O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 5 a 11/5, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) denúncias de fraudes no INSS; ii) legado do Papa Francisco; iii) viagem de Lula à Rússia.
Ao todo, foram analisadas 161 interações, que totalizaram 8.151 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Fraude no INSS | Os participantes expressaram a ideia de que os órgãos públicos eram omissos e aparelhados politicamente, responsabilizando diretamente o governo atual e seus apoiadores pela corrupção, com discursos fortemente ideológicos e revoltados. | Predominou a percepção de impunidade e de uma corrupção sistêmica. Embora alguns tenham feito críticas ao governo, a principal preocupação foi com a recorrência das fraudes. | Os relatos refletiram a visão de um sistema público corrompido e ineficaz, em que fraudes eram encobertas e os mais vulneráveis ficavam desamparados. Houve críticas tanto à estrutura estatal quanto, em menor grau, ao governo atual. | A corrupção foi vista como um problema antigo e enraizado nas instituições. Os participantes demonstraram descrença na efetividade das leis e pessimismo quanto à possibilidade de punição dos responsáveis. | Os participantes valorizaram a função social dos programas, mas criticaram a ausência de controle e fiscalização. Nenhum participante recorreu a ataques políticos diretos. | Os participantes formularam seus argumentos de acordo com seus grupos de participação, sem fundamentação religiosa ou moral nítida. |
Papa Francisco | A maioria dos participantes frisou seu distanciamento em relação à Igreja Católica e ao papa Francisco, com opiniões centradas em indiferença e crítica política, pois associam sua figura à esquerda. | A maioria demonstrou admiração pelo papa Francisco, valorizando sua humildade e compromisso social. A Igreja foi vista como instituição necessária. | O papa Francisco foi avaliado como um líder humano e acolhedor. Os participantes expressaram desejo pela continuidade de sua agenda. Alguns questionaram a real influência da Igreja hoje. | Houve grande simpatia pelo papa Francisco, mesmo entre não católicos, associada à sua simplicidade e inclusão. Ao mesmo tempo, surgiram críticas à estrutura luxuosa e burocrática da Igreja. | O papa Francisco foi exaltado como um dos maiores líderes da história da Igreja, e a instituição foi reconhecida como simbolicamente ainda influente. | Salvo os convictos, houve a valorização da figura do papa Francisco, reconhecido por sua humildade, carisma e compromisso social. |
Lula na Rússia | Majoritariamente o grupo criticou a viagem, vista como apoio a regimes autoritários e desperdício de recursos públicos. Muitos participantes associaram Lula à corrupção e ao alinhamento ideológico com ditaduras. | A maioria defendeu a ida como parte do papel institucional do presidente, destacando a importância das relações diplomáticas e acordos comerciais. | Houve divisão entre a compreensão da visita como um gesto diplomático necessário e frutífero economicamente e preocupações com a imagem simbólica do Brasil ao se associar a um governo autoritário. | A maioria apoiou a visita com base em uma visão pragmática de neutralidade e respeito entre nações, defendendo a separação entre relações comerciais e julgamentos políticos. | Os participantes defenderam a ida como estratégica para o Brasil, destacando os benefícios comerciais e diplomáticos, relativizando o impacto simbólico e priorizando as realções internacionais. | O grupo formulou suas opiniões de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
As falas dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) revelaram uma visão generalizada de desconfiança em relação à atuação dos órgãos públicos diante de fraudes em programas sociais. Houve uma percepção recorrente de que esses órgãos agiam com leniência, omissão ou parcialidade, contribuindo para a repetição dos desvios ao longo do tempo. Muitos participantes expressaram descrença na recuperação dos valores desviados e dúvida quanto à existência de mecanismos de fiscalização eficazes e imparciais.
A diferenciação desses grupos veio através do apontamento dos responsáveis. De modo mais intenso entre os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e mais sutil entre os do grupo 2 (bolsonaristas moderados) o atual governo foi responsabilizado pelo ocorrido.
Os ataques direcionados ao governo e a seus apoiadores, no grupo 1 (bolsonaristas convictos), foram numerosos, intensos e marcados por um forte viés ideológico. O governo atual foi amplamente retratado como corrupto, incompetente e conivente com esquemas de desvio de recursos públicos, especialmente por sua associação com escândalos passados. A retórica predominante construiu uma imagem de um “desgoverno” que não apenas falha em coibir fraudes, mas que deliberadamente as acoberta ou mesmo delas participa. A esquerda política, de modo geral, foi retratada como inimiga do povo, com afirmações de que estaria interessada em manter a população em estado de vulnerabilidade para benefício próprio. Os apoiadores do governo também foram alvo de críticas contundentes, muitas vezes com linguagem ofensiva e desqualificadora. Foram chamados de "idiotas úteis", "zumbis" e acusados de cegueira ideológica, ignorância ou conivência com a corrupção.
No grupo 2 (bolsonaristas moderados) algumas falas atribuíram responsabilidade diretamente ao governo federal atual, mencionando o presidente Lula, associando-o a escândalos e sugerindo conivência com irregularidades. Essas críticas, embora incisivas em alguns momentos, conviveram com um tom mais reflexivo ou resignado em parte dos depoimentos, que enfatizaram a continuidade histórica da corrupção no país ou a ineficácia dos órgãos de controle em qualquer governo.
"É difícil saber qual órgão deve investigar fraudes no governo federal com o aparelhamento político em todas as esferas com o PT no poder, é uma sensação de que nada vai ser investigado, ninguém será punido e tudo vai ser esquecido e vamos continuar sendo roubados. O povo não tem noção da roubalheira, parece que roubar dinheiro público é natural, ninguém reclama e se indigna, com tudo que vem acontecendo lotam Copacabana pra ver um show, mas não saem de casa pra pedir justiça e o fim da corrupção. E esses debates é um enxugar gelo perda de tempo não dá em nada. Quem estava roubando o INSS também é beneficiário do Bolsa Família, a ganância dos ladrões de cofre público é nojento, essa gente não tem coração e nem limites. Não vejo garantia de direitos no Brasil, porque no governo comunista ninguém tem direito a nada e quanto pior melhor para eles roubarem." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Eu acredito que já não exista mais um órgão que não esteja comprometido com o partido das trevas. Estamos assistindo a barbaridades acontecerem diante dos nossos olhos como esse roubo aos aposentados e pensionistas, e o pior, de mão atadas, isso porque todos os órgãos parecem estar ligados a esse governo podre." (G1, 45 anos, padeiro, PB)
“O que esperar de um governo igual ao PT. Eles sempre foram corruptos. Só apenas voltaram à cena do crime. Espero que nas próximas eleições nosso país seja governado por pessoas melhores e que realmente trabalhem para o crescimento de nosso país. Acredito que a PF e os órgãos competentes devem investigar e punir os envolvidos."(G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)
"É triste saber que fazem isso, pois só mostra que em todo programa social tem fraudes e desvios, com isso muda a minha visão nesse caso do INSS de que futuramente se terei ou não esse direito. É difícil indicar qual órgão público deveria monitorar pois de alguma forma sabem dos desvios, pois tudo é ligado ao governo." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Boa tarde, infelizmente sabemos que acontece e muito esse tipo de coisa, e infelizmente nada vai ser feito, fraudes, desvios entre outras coisas. E nada é feito no Brasil, tudo 'pode' e muitas coisas são escondidas." (G2, 50 anos, auxiliar, SP)
"Na minha opinião eles fazem muito pouco, isso foi apenas o começo de muitas fraudes que existem no Brasil." (G2, 26 anos, vendedora, AL)
As falas dos demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) evidenciaram um sentimento de indignação generalizada e descrença na capacidade do Estado de garantir justiça e proteção aos cidadãos diante de fraudes em programas sociais. Muitos participantes apontaram que os desvios ligados ao INSS são apenas mais um exemplo de um padrão antigo e recorrente de corrupção enraizada nas instituições públicas brasileiras. O sentimento de impotência foi comum, especialmente ao se referirem às dificuldades enfrentadas por aposentados e idosos, que seriam os mais atingidos por esse tipo de fraude. As leis foram percebidas como ineficazes e a atuação dos órgãos públicos como lenta e omissa, contribuindo para a perpetuação das práticas ilícitas.
Quanto aos ataques ao governo, eles apareceram de forma pontual e mais moderada nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes). A crítica principal se dirigiu à estrutura governamental como um todo — descrita como corrupta, ineficiente e indiferente ao sofrimento da população —, sem necessariamente focar em partidos ou figuras específicas. A maioria das falas denunciou a corrupção como um problema crônico e sistêmico, que atravessa diferentes gestões, sugerindo uma visão de desilusão com o Estado de forma ampla, mais do que uma oposição ideológica direcionada. Ainda assim, a omissão do governo atual diante das fraudes foi apontada como uma falha grave, especialmente pela demora em agir e em proteger os direitos básicos dos mais vulneráveis.
"Os órgãos públicos agem muito mal, tentam empurrar para um e para outro e sempre arranjam um laranja pra levar a culpa. Sim, isso faz com que eu perca completamente a confiança na minha garantia de direitos no Brasil... Milhares de pessoas foram prejudicadas com essa fraude, pessoas que realmente precisavam do dinheiro para sobreviver! Muitas delas são humildes e sem estudos, não fazem nem ideia de como tentar brigar para reaver tudo o que deixaram de receber. E sabemos que nada de sério vai acontecer com quem encheu os bolsos com dinheiro alheio." (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
"Estou chocada com a notícia rs brincadeira. Mais que sabido que o velho ditado uma mão lava a outra te forneço algo e você me fornece algo em troca e tá tudo certo. Todos os envolvidos ganham algo, os advogados uma parcela do benefício concedido e com conluio com os servidores, que também ganham algo ao liberar o benefício. Até os médicos são comprados pelos próprios beneficiários para atestarem o laudo. Não generalizando que são todos assim, mas uma boa fatia e não justifica o que falarei agora, mas quanto mais difícil a situação do país mais pessoas corruptas vão existir. Na verdade a garantia de direitos é como eu disse em alguns casos o que compra com presentinho tem o benefício mais rápido e o outro chora na cama enquanto sofre. Os órgãos públicos não fazem nada ao meu ver pois alguns também estão envolvidos para abafar o caso, então pode colocar o monitoramento que for, as denúncias que forem... um ou outro vai se lascar, mas em geral é uma máfia muitoooooo grande difícil de derrubar. O país está corrompido num geral." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"EU ESTOU BEM INFORMADA SOBRE ESTE NOTICIA CAÓTICA ATÉ PORQUE TENHO PESSOAS DA FAMÍLIA QUE FORAM LESADAS, A PALAVRA RAIVA E DESESPERO ME DEFINEM NESTE MOMENTO, IMAGINA O TRANSTORNO PARA OS IDOSOS TEREM QUE PROCURAR SEUS DIREITOS, E O PIOR TEREM QUE PASSAR NECESSIDADES BÁSICAS COM OS VALORES QUE ERAM DESCONTADOS, COMO SE NÃO BASTASSE A MISÉRIA DO SALÁRIO MÍNIMO. A IMPUNIDADE VAI PREVALECER COMO TUDO NESTE BRASIL FALIDO CORRUPTO, E NÃO CREIO QUE VAI TER PUNIÇÃO CONTRA OS POLÍTICOS E OS RESPONSÁVEIS POR ESTE CRIME CRUEL E DESUMANO." (G4, 51 anos, professora, RS)
"Para mim o governo hoje de forma geral de maneira extremamente omissa quanto a suspeitas de desvios e demora muito a agir para investigar desvios. Esse desvio só demonstra que a corrupção está intrínseca no governo e que o governo deveria ser muito mais austero na investigação de descontos em aposentadorias e na concessão de benefícios sociais como Bolsa Família." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Em primeiro lugar isso não muda nada a forma como eu enxergo programas sociais no Brasil. Eles continuam sendo necessários, e muitas vezes, a única oportunidade que uma pessoa mais carente tem de mudar de vida e conseguir ter uma condição mais digna de moradia e social. Acontece que a cultura da corrupção é muito forte no Brasil, lembro da época da Covid que colegas meus, com uma ótima condição social entraram no programa e retiravam os benefícios na Caixa. Claro que tem que existir um controle maior para a prevenção de fraudes, mas também urge a necessidade de que as próprias pessoas tomem consciência e parem de cometer tais atos ilícitos!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Tanto minha mãe quanto minha avó foram afetadas com esses descontos, o esquema realmente era grande, por sinal há cerca de 1 ano minha avó entrou com um processo contra o sindicato que fazia os descontos, pois até assinatura falsa dela possuíam, os descontos começaram em 2019 e nem minha mãe nem minha avó conseguiram fazer o cancelamento, foi extremamente absurdo toda situação, acredito que o esquema era maior do que se pensava e eu realmente espero que os afetados sejam ressarcidos." (G5, 25 anos, estudante, AL)
Nos grupos 2, 3, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) a figura do papa Francisco despertou ampla simpatia entre os participantes, mesmo entre aqueles que não se identificavam com a religião católica, incluindo os evangélicos. Sua imagem foi associada à humildade, ao compromisso com os pobres, à defesa da paz e à abertura ao diálogo, características que foram amplamente valorizadas. Em contraste com papas anteriores, Francisco foi percebido como um líder mais próximo das pessoas e mais sintonizado com os desafios contemporâneos. Em vários grupos, houve a expectativa de que seu sucessor mantenha esse perfil humanitário e acessível, considerado essencial para o fortalecimento do papel da Igreja no mundo atual.
"Eu sou evangélico, e acredito em Deus! A figura do papa Francisco foi muito importante, pois além de ser um papa latino, ele era muito diferente dos outros, carismático e simples. Para o mundo é muito importante, pois tenta levar a paz para os países. Independente da religião e crença." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Mesmo não sendo católica reconheço q o Papa Francisco era uma pessoa muito importante no meio católico... pois representava uma liderança da Igreja no mundo todo. Aqui no Brasil a Igreja Católica ainda é predominante e tem grande influência na cultura, nas festas, nos valores das pessoas e tbm em ações sociais..." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Ele foi muito forte e impactante como Papa, seguia muito o verdadeiro amor de Cristo nosso senhor e sinceramente será muito difícil achar um igual ou superior a ele. Eu sentia leveza nele na fala por mais pesadas que fossem as notícias, ele sempre estava atento e pedindo orações em casos que às vezes nem eram religiosos. Pra minha opinião ele foi muito impactante na igreja Católica." (G3, 39 anos, analista financeiro, SP)
"Francisco foi um Ser Humano que foi muito além de um Papa, ele pregou verdadeiramente o amor ao próximo, a simplicidade e a bondade. Sobre a figura da igreja, acho que a religião em sua raiz traz benefícios para qualquer ser humano independente de qual siga, mas como tudo existem algumas pessoas junto a corrupção que estragam qualquer local. Espero que o novo Papa continue pregando a simplicidade e a igreja sem preconceitos como Francisco pregava." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
"Não sou católica mas eu sempre soube do Papa, e ele era um ser realmente muito bom, eu acho que esse papa que faleceu suas índoles e ideias deveriam estar caracterizado com o conclave porém não senti nada disto olhando a imagem que ele passou." (G4, 27 anos, analista de sistemas, SP)
"O papa Francisco foi um ótimo líder, não se corrompeu, pelo contrário, abriu mão de muitas coisas. Ele realmente exerceu o cargo que teve, ele era completamente diferente de todos que já foram papa um dia.
A igreja católica tem bastante influência sobre o governo. Tomara que o próximo papa seja um pouco do que o Francisco foi." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressaram um sentimento predominante de distanciamento e, em muitos casos, rejeição à figura do papa Francisco e à própria Igreja Católica. A visão sobre Francisco foi marcada por críticas à sua atuação e à sua orientação ideológica. Ele foi descrito como um papa “esquerdista”, acusado de apoiar causas que não seriam compatíveis com a Bíblia e visto como alguém que contribuía para divisões políticas no mundo atual.
Mesmo entre alguns católicos declarados houve a percepção de que o papa não representava os valores esperados para o cargo, o que gerou indiferença a seu legado.
"Eu acho que ele era um papa esquerdista, nada mais do que isso. Pra igreja evangélica o papa não significa nada." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)
"Via o papa como um ser humano comum como qualquer um de nós. E esse último papa apoiava questões que a bíblia não aprova. O único digno de adoração pra mim só Deus e mais ninguém. Minha opinião apenas. Respeito a opinião das outras pessoas." (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)
"Eu acho que o papa Francisco ajudou bastante a extrema esquerda, dando voz a muita militância da agenda woke. Ele contribuiu para a separação ideológica que esse globalismo impõe na sociedade. Não vejo importância da Igreja Católica no cenário atual do Brasil e do mundo. Eu acho que a religião tem que ser a favor das causas sociais." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Sou católica, mas o último Papa que senti verdadeiro foi João Paulo II. Não aprovava o comportamento, atitudes do papa Francisco. Eu, como católica, não me sentia representada por ele. Prefiro não dizer o que penso, para quem gostava dele não se sentir ofendido, pois não senti pela morte dele. Sobre o novo papa, acho que apesar de fazerem todo esse ritual da conclave e tal, o novo papa já está escolhido, para que se cumpra o que está na Bíblia e para que se cumpra o que o sistema quer." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
Quanto à Igreja Católica, majoritariamente os participantes de todos os grupos demonstraram forte consciência de sua relevância histórica e influência nos âmbitos político, social e cultural. Mesmo com o crescimento de outras religiões, a Igreja ainda foi vista como um ator global de destaque, mas que estaria cada vez mais enfraquecida, com sua importância sendo relativizada no cenário contemporâneo. Para alguns, a Igreja já não exercia mais influência significativa sobre a sociedade ou sobre suas vidas pessoais, enquanto outros reconheciam sua relevância mais simbólica do que efetiva.
Além disso, muitos declararam não acompanhar ou não confiar plenamente na Igreja, mencionando contradições entre os princípios cristãos e a ostentação e luxo percebidos no clero.
"Eu acho uma figura importante, uma figura que ajuda muito a contribuir com o pensamento crítico em relação à paz mundial e também à importância da religiosidade para as pessoas. Não é uma religião que eu sigo, mas eu respeito muito. E a igreja católica tem uma grande importância mundial que deve ser valorizada e respeitada por todos." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem, RJ)
"O papa Francisco foi uma pessoa simples, muito acolhedor, preocupado com os mais necessitados, visitou muitos países respeitando cultura e religião, uma grande figura 'humana' que vai deixar saudades.
Considero a Igreja Católica importante para divulgar/ pregar o verdadeiro amor de Jesus, de ser paciente, de ser bom, partilhar com os mais necessitados, pois a igreja foi criada pelo próprio Jesus Cristo, pela defesa da vida e amor nas famílias." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Não acompanhava muito o Papa, mas pelo que vi nas reportagens quando ele faleceu pareceu ser o Papa mais humano até então, que amava as pessoas sem distinção. Na minha percepção a Igreja Católica já não tem tanta força ou influência no mundo como antes." (G3, 45 anos, turismóloga, RJ)
"O papa Francisco foi um ser importante para a aceitação das coisas novas no mundo, um papa inclusivo. A Igreja Católica é muito importante hoje, pois o catolicismo é muito seguido em todo o mundo."
(G3, 25 anos, contador, RJ)
"O papa Francisco tem uma figura, ao meu ver, que representa um pouco de amor ao próximo, sensatez, união. Porém, a sua representatividade nos tempos atuais acho que está mais ligada aos governos e em grandes pautas." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM)
"O papa mim significa sinal de virtude, compreensão, sabedoria e união. Acho que nos tempos atuais a representação da igreja perdeu a força." (G5, 28 anos, gerente comercial, AM)
A maioria dos participantes dos grupos 2, 3, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) entendeu a viagem como parte das atribuições diplomáticas do cargo presidencial, ressaltando que, ao aceitar o convite, o presidente cumpriu seu papel institucional de representar o Brasil em eventos internacionais. Alguns enfatizaram a importância de manter relações comerciais e políticas com países estratégicos, independentemente de suas orientações ideológicas, separando as questões econômicas dos juízos sobre regimes de governo. Para esses, manter o diálogo com parceiros comerciais, mesmo em contextos controversos, foi visto como um gesto político estratégico que não necessariamente implica apoio ao regime anfitrião. A presença foi, portanto, relativizada como um ato protocolar que não comprometeria, por si só, os princípios democráticos do Brasil.
"Entendo que cumpriu o seu papel como presidente e representante do Brasil já que foi convidado para essa celebração." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Acredito que ele precisa ir né como presidente no Brasil ele é referência e a pessoa que foi escolher para ela nesses momentos então eu espero que ele faça boas escolhas e concordo dele ter ido acho que ele precisa sim estar nesses ambientes e nesses locais." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem, RJ)
Não é ruim, visto que está sendo aplicada a política da boa vizinhança para a boa parceria comercial." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Também acho q pode não ser tão negativo essa ida, acho que também não vai se envolver, só por ter ido lá." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Como representante do Brasil ele tem que comparecer e não para se meter sobre como o outro país é governado e sim para fazer a política de boa vizinhança." (G4, 53 anos, dona de casa, BA)
"Sendo uma figura pública e que representa o País é obrigação dele ser imparcial e comparecer aos eventos em que é convidado." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
"Eu realmente acho que uma coisa não tem a ver com a outra. Uma coisa é a ‘mensagem’ e as conclusões que as pessoas inventam, outra coisa é o agir do Lula. Ele pode com certeza não concordar com o regime e as ações do Putin, mas ele não pode criar inimigos para o Brasil." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Eu acho que o presidente Lula participar desse encontro com um presidente que é a favor da ditadura não quer dizer que o Lula seja simpatizante. Eu acredito que ele tenha que comparecer para mostrar a boa vontade e boa convivência entre os países." (G5, 28 anos, gerente comercial, AM)
As opiniões manifestadas no grupo revelaram uma forte rejeição à visita do presidente Lula à Rússia, marcada por percepções negativas quanto às suas motivações e consequências políticas. Os participantes associaram a viagem a uma suposta afinidade ideológica com regimes autoritários, reforçando uma visão de que o presidente não estaria comprometido com os valores democráticos. Essa crítica não se limitou ao evento específico, mas foi ampliada por uma desconfiança generalizada em relação ao governo federal, frequentemente relacionado a práticas autoritárias, desperdício de recursos públicos e alianças com países que não seguem princípios democráticos.
Alguns participantes revelam uma narrativa fortemente conspiratória, na qual a ida de Lula à Rússia foi interpretada como parte de um suposto esquema para envio clandestino de riquezas e armas, através de Janja.
"Eu acho que o Lula é um parceiro apoiador da ditadura, não tem surpresa nessa viagem para homenagear um ditador. Lula já enviou dinheiro e ouro para a Rússia pela ex- amante que foi condenada pela lava jato a tal Rosemere Noronha, o que está acontecendo é que ele voltou a cena do crime, como falou o vice dele, Alkmin, porque a Janja viajou uma semana antes do descondenado, quem garante que eles não estão levando dinheiro ou outras riquezas pra fora do país de novo, essa ida dele deve ter outro propósito obscuro que nós não sabemos, uma vez que tem alguns policiais federais militando ao lado dele. Pena que nós brasileiros somos ruins de memória, porque tudo de ruim dos governos do PT passado estamos vendo agora em 2025."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Todos nós sabemos que Lula sempre apoiou ditadores, temos como exemplo Venezuela e Cuba que recebem recursos do governo brasileiro para financiar suas ditaduras. Dinheiro do povo brasileiro!" (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Lula é um ditador e quer negociar com Países que seguem a ditadura e a Rússia é um deles. A Rússia tem as costas largas e a esquerda se aproveita disso. Janja chegou antecipadamente, uma semana antes na Rússia, usando o Airbus A330, o maior avião da FAB, avião de carga, levando malas de dinheiro, armamentos e munição. O acesso da passagem do avião foi negado de sobrevoar por alguns Países. Nesse encontro esteve tbm presente um certo ditador Venezuelano, o qual Lula tem negócios. Nada de bom vem desse encontro."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Zero surpresa com a ida dele para a Rússia. É, e sempre apoiou ditadores. E pra min tem muito caroço nesse angu. Principalmente essa ida de Janja uma semana antes." (G1, 27 anos, microempreendedora, MG)
Os temas da semana demonstraram, mais uma vez, como os bolsonaristas convictos são os mais radicais em suas opiniões e posicionamentos.
A questão inicial da semana, sobre as denúncias de fraude no INSS trouxe uma convergência no sentimento de descrença nas instituições públicas, especialmente quanto à sua capacidade de fiscalizar, coibir e punir fraudes em programas sociais. A percepção de impunidade foi quase unânime, acompanhada por críticas à lentidão, à omissão e à falta de rigor dos órgãos responsáveis. Porém, como já era de se esperar, entre os bolsonaristas houve a responsabilização direta do presidente Lula e de seu governo, marcada por ataques duros, uso de termos ofensivos e narrativas que ligavam o caso atual a escândalos passados associados à esquerda. Nos demais grupos, embora críticas ao governo atual também tenham surgido, elas apareceram de forma mais pontual e diluída, com maior ênfase na corrupção como um problema sistêmico e histórico. Ainda assim, o impacto político recaiu sobre Lula, que foi citado inclusive em falas de participantes que não se identificavam com posições bolsonaristas, como os eleitores flutuantes e lulodescontentes, o que indica que a fraude no INSS contribuiu para ampliar o desgaste da imagem do governo, mesmo entre eleitores que não fazem parte da base da oposição.
As respostas à pergunta 21 revelaram um forte contraste entre os grupos quanto à figura do papa Francisco. Entre os bolsonaristas convictos predominou um sentimento de rejeição e distanciamento em relação ao pontífice, que foi majoritariamente percebido como um líder “esquerdista” e ideologicamente alinhado a pautas progressistas que, na visão dos participantes, se opõem aos valores bíblicos. Nos demais grupos, inclusive entre bolsonaristas moderados, a percepção foi marcadamente mais positiva. A figura do papa Francisco foi amplamente valorizada por sua humildade, empatia, compromisso com os pobres e abertura ao diálogo inter-religioso e social. Mesmo entre participantes evangélicos (que não reconhecem a autoridade simbólica do Papa) houve reconhecimento do seu papel humanitário e do seu esforço por um cristianismo mais inclusivo.
De modo similar entre os cinco grupos, a Igreja Católica foi vista como uma instituição de grande relevância histórica e simbólica, embora muitos reconhecessem seu enfraquecimento e crise de credibilidade, especialmente por conta de contradições internas, afastamento dos fiéis e percepções de luxo e conservadorismo entre o clero.
As reações à ida do presidente Lula à Rússia dividiram nitidamente os grupos analisados. Entre os bolsonaristas convictos predominou uma interpretação fortemente negativa, com acusações de que a viagem representaria apoio explícito a regimes ditatoriais e uma suposta afinidade ideológica de Lula com líderes autoritários como Vladimir Putin. Além disso, trazendo para o debate as narrativas paralelas disseminadas nessa parcela da população, a viagem foi enquadrada em um enredo conspiratório mais amplo, marcado por desconfiança quanto às intenções do governo, insinuações de desvios de recursos públicos e suspeitas infundadas sobre ações clandestinas envolvendo a primeira-dama. Já entre os demais grupos a ida de Lula foi majoritariamente compreendida como uma simples ação diplomática protocolar, compatível com as responsabilidades do cargo presidencial, valorizada inclusive pelos bolsonaristas moderados.
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.