O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 16 a 22/9, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) agressões física e verbal cometidas durante o debate em São Paulo; ii) posicionamentos sobre criação de regras para o debate eleitoral; iii) definições do voto e acompanhamento das campanhas políticas.
Ao todo, foram analisadas 173 interações, que totalizaram 8.651 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Agressões no debate de SP | Os participantes criticaram o descontrole de Datena, avaliando seu comportamento como um indício de sua inabilidade política, enquanto Marçal foi elogiado por sua tática de desestabilizar o adversário. | Os participantes criticaram as ações dos dois candidatos. As ações de Marçal e de Datena foram percebidas como totalmente inadequadas, pelo uso da violência verbal e física. | O grupo criticou o formato do próprio debate, por permitir que acusações sejam trocadas, sem manter o foco na apresentação de propostas e debate de ideias. Ambos os candidatos foram rejeitados. | Houve forte desaprovação do comportamento de ambos os candidatos. Marçal foi criticado por exagerar nas provocações, ofendendo o adversário. E Datena foi julgado por agir com violência física. | Os participantes condenaram as atitudes de ambos os candidatos, acusando Marçal de ter premeditado tais provocações e Datena por seu descontrole. Ambos foram vistos como inadequados para gestão pública. | Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de participação. |
Criação de regras para os debates | A maioria do grupo viu uma possível regulamentação como prejudicial para a democracia, avaliando que impedir os candidatos de escolherem o tom adotado e suas narrativas seria censura. | A maioria dos participantes apoiou a adoção de regras mais rígidas para controlar o uso do tom agressivo e ofensivo nos debates. Tanto o TSE quanto as emissoras foram vistos como responsáveis. | Houve consenso sobre a importância de impor regras e punições mais severas nos debates, com foco em reduzir as ofensas pessoais e resgatar a seriedade das discussões. O TSE foi indicado como principal responsável. | O grupo defendeu amplamente a criação de regras mais rígidas para os debates, com sanções para comportamentos inadequados. Tanto o TSE quanto as emissoras deveriam dividir essa responsabilidade. | O grupo enfatizou a necessidade de punições severas e de regras claras para controlar a agressividade dos candidatos, criticando o ambiente dos debates atuais como desrespeitoso e focados em audiência. | Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de participação. |
Decisão do Voto | Os participantes já tinham opinião formada, baseando-se principalmente em convicções políticas ideológicas e rejeitando candidatos de esquerda. As redes sociais foram citadas como meios de informação. | A maioria dos participantes já havia decidido seus votos, avaliando sobretudo o histórico dos candidatos e quais valores defendiam. Alguns falaram em escolher os indicados por Bolsonaro. | Embora muitos já tivessem decidido seu voto com base no histórico e propostas, o espírito de ceticismo sobre a política e os candidatos predominou, revelando uma expectativa baixa de mudanças significativas. | Os participantes se mostraram bastante indecisos e procrastinando a decisão. Muitos também estavam descrentes, demonstrando frustração com a repetição de candidatos e falta de propostas viáveis. | Os participantes estavam acompanhando as campanhas. Muitos decidiram seus votos com base nas propostas dos candidatos, sobretudo para as áreas de saúde, educação e meio ambiente. | Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de participação. |
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) refletiram uma ampla reprovação em relação à agressão física cometida por Datena, destacando que, em um ambiente político como o debate eleitoral, é esperado que os candidatos mantenham o controle emocional. No entanto, Marçal foi bastante elogiado por sua postura, avaliada como astuta e inteligente, por explorar as fraquezas de Datena e desestabilizá-lo.
Dessa forma, para esse grupo, as provocações e trocas de ofensas, comuns em debates, foram vistas como parte do cenário político, mas a transgressão da agressão física foi avaliada como um limite inaceitável.
"Não acompanhei o debate mas vi os vídeos.. sempre houveram provocações e acusações em debates desde que me conheço como eleitor. (Lá se vão 36 anos) portanto a única postura que deve ser avaliada neste contexto é a do Datena, que demonstrou tudo o que acusava sobre Marçal... é um descontrolado agressor que prega democracia mas não tem estabilidade emocional para exercer um cargo político. Fico imaginando ele eleito sendo questionado por jornalistas que nao se identifiquem com o espectro político dele. O que será que ele jogaria. Caiu a máscara do defensor da democracia relativa. Tomara que piore. 😂😂😂" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Horario eleitoral é uma fábrica de memes. Assim como os debates. Sempre houve ofensas, e o datena só mostrou sua falta de equilíbrio emocional. Já o Marçal foi esperto"" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Datena perdeu a razão, e o Marçal pegou no calor dele. Por isso perdeu a compostura, jogou a cadeira, extremamente agressivo, e não tem competência para o cargo, poderia pegar o banquinho dele e sair das eleições. Duas ele já desistiu! Marçal, acho um cara extremamente astuto, e esperto, foi de ambulância e fazendo caras e bocas. Aliás, um artista nato. 🤣🤣🤣 Ainda ficou com o Marçal nas eleições, não voto em São Paulo, mas se votasse, seria o Marçal" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"A atitude do Datena, só mostrou o quanto desequilibrado ele é e com isso assinou sua derrota de vez. Já não teria chance de vitória, com isso só piorou sua situação. Hj vi uma notícia de que a Rede Tv vai parafusar as cadeiras no chão para o próximo debate.(😂😂😂) Datena não consegue enfrentar Pablo Marçal nas palavras, verbalmente, já parte para agressão física."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Acho que nada justifica a agressão do Datena, até por que nesses debates sempre teve provocações e acusações, ele já devia estar preparado para isso já que se propôs a se candidatar, na minha opinião o Datena está totalmente errado. O Marçal foi esperto, agiu dentro dos limites e teve controle" (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
Os participantes dos demais grupos (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) destacaram a falta de postura tanto de Pablo Marçal, que frequentemente provoca os adversários, quanto de Datena, que perdeu o controle e partiu para a agressão física. Houve uma visão generalizada de que ambos os candidatos falharam em manter a compostura, o que foi visto como um reflexo da falta de preparo emocional e político. Para esses, tanto Pablo Marçal quanto Datena, falharam em demonstrar as qualidades necessárias para governar uma cidade como São Paulo.
Muitos apontaram que o espaço que deveria ser destinado à apresentação de propostas foi transformado em uma arena de provocações e violência, em um "circo de acusações", o que desvaloriza o processo eleitoral.
"Eu acho uma vergonha tudo isso. Mas não esquecendo que agressão não é somente quando se bate ou algo parecido,e muitos estão se esquecendo disso. Esse Marçal dispensa comentários,provocativo e usa a inteligência pro lado errado. Eu me sinto envergonhada com tudo isso." (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
"Na minha opinião não gostei da postura dos dois candidatos,duas pessoas públicas ,com atitudes infantis coisa de criança, invés de levar um debate com proposta,levar para as pessoas novidades,levam para um debate algo absurdo, agressões verbais e físicas." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Vergonhoso, a atitude dos dois. O Pablo por usar esse tipo de artimanha nojenta (que a maioria dos políticos usa, em vez de expor seus planos para a cidade) de ficar trocando ofensas com o adversário, instigando a ira. E o Datena por deixar o Pablo mexer com a cabeça dele, acabou mostrando que não tem controle sobre suas emoções e atitudes. Deu ao Marçal munição pesada contra ele próprio. Ao meu ver nenhum dos dois tem condições de governar nenhuma cidade, ainda mais a de São Paulo" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Não assisti o debate mais vi algumas matérias na internet esses debates tem sido show de horrores triste ver cenas assim eles não mostram proposta é ofensas um com outro." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"NAO ACOMPANHEI ESTA PRESEPADA,MAS JA É DE SE ESPERAR E NAO É A PRIMEIRA VEZ QUE ACONTECEM AGRESSOES FISICAS E VERBAIS A BAIXARIA É COMPLETA." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Eu vi um vídeo no Instagram e achei errado a atitude dos dois candidatos,o Marçal por provocar demais e não ter respeito e usar palavras de baixo escalão e o Datena por perder a cabeça e partir pra agressão. Eles todos deveriam se preocupar em falar seus projetos pra sua cidade e não perder tempo em si atacar uns aos outros." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Os dois estão errados, nada justifica a violência, principalmente em um debate que vai decidir jm comando de uma política que tomara decisões. Concordo que o Plablo Marcal é um debochado, uma criança, que na minha opiniao não tem estrutura para gerenciar uma carteira , Por outro lado não concordo com a postura de Datena. Nunca iria apoiar uma violência ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"O candidato Marçal fez tudo de forma premeditada. Ele não esperava a cadeirada, talvez esperasse um soco ou algo do tipo para poder lacrar nas redes sociais e pousar de vítima, como já está fazendo. Ele sabia do destempero do Datena, e que em algum momento ele cairia na armadilha dele. É lamentável ter essas pessoas disputando um cargo público, mas infelizmente, o Brasil está se tornando cada dia mais, uma terra de ninguém." (G5, 49 anos, bancário , CE)
Embora não tenha sido uma visão unânime, muitos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) viam esse tom acalorado dos debates como uma característica inevitável, ou até desejável, nas disputas políticas, considerando-o uma forma de expor as falhas dos adversários e o cenário político em geral. Esses ainda defenderam a importância da liberdade de expressão nos debates políticos, mesmo que isso resultasse em um tom mais agressivo, apontando que punições severas por linguagem agressiva poderiam ser vistas como uma forma de censura.
"Os debates sempre foram num clima ameno pq os candidatos eram tudo farinha do mesmo saco. Fingiam ser inimigos mas nos bastidores eram aliados. Eu tô adorando nestes últimos anos os debates pois escancarou a hipocrisia da imprensa e de muinto políticos. TSE não tem que se meter em debates . Quem tem que estabelecer regras ea emissora. punir por linguagem? Isso por acaso não seria coisa de ditador ? Querer proibir a liberdade de expressão? 🤨🤔" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu penso que o TSE não tem que se meter em debates. E acredito que os candidatos tem que falar aquilo que pensam mesmo. Escancarar hipocrisia. Afinal não vivemos em uma democracia. Deveriam ter afastado e cassado a candidatura do Datena e nada foi feito. Então que continue assim." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu não acho errado sobre o tom de voz em debates, pra falar a verdade eu até gosto, acho que não teria graça se fosse tudo uma santa paz, Acho que devem sim ter liberdade para dizerem o que quiserem, quem não aguentar é só não ir." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"Acho que o Pablo está lavando a alma de muitos brasileiros. Em debate é comum agressão verbal, onde surgem "os podres" de cada candidato. É lógico que o concorrente vai expor mesmo. Acho que a responsabilidade é de cada emissora,ter seguranças por perto e manter a segurança física de cada um. A verdade é que muitos estão tão sujos, que não tem como evitar serem expostos, pois muita gente que não acompanha política no dia a dia, é bom pelo menos nos debates terem consciência em quem vai votar." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
Os demais participantes dos grupos 2, 3, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas), incluindo parcela do grupo 1 (bolsonaristas convictos), demonstrou uma forte tendência a favor da criação de regras mais rígidas e punições para controlar o tom agressivo em debates políticos.
Muitos dos participantes acreditavam que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria assumir um papel ativo na regulamentação, pois, segundo eles, o nível dos debates tem caído, transformando-se em uma troca de ofensas e desrespeito, em vez de focar nas propostas políticas. A percepção geral foi de que a falta de regras claras contribui para o aumento de "baixarias", o que desvirtua o propósito dos debates e desrespeita tanto os espectadores quanto os próprios candidatos. A imposição de limites mais rigorosos foi vista como essencial para restabelecer a seriedade e a civilidade nas discussões.
As emissoras também foram consideradas responsáveis, devendo fazer valer as regras do debate, com âncoras mais ativos e incisivos na manutenção da organização.
"Nem dá pra classificar como debate, virou um circo de horrores com candidatos despreparados e sem nenhuma educação, o TSE já deveria ter tomado uma providência e acabado com essa falta de respeito com a populacao." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Eu acho que a pessoa que está apresentando o debate político tem que ser autoritário, e colocar ordem no debate, ter regras claras, sem agressão, tanto em palavras como em agressão física. Penalidades, e regras para todos os candidatos anunciada no começo do debate." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Eu acredito que os políticos costumam falar mais alto em debates para transmitir energia, emoção e destacar suas ideias. Mas isso não justifica o uso de um tom agressivo ou desrespeitoso, os debates deveriam ser conduzidos com mais respeito e civilidade. O TSE deveria sim implementar regras mais severas, principalmente para evitar qualquer forma de agressividade Física, moral ou verbal como tem acontecido frequentemente.." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Tom agressivo acho desnecessário, tem como conversar civilizadamente, porém como nos debates é sempre acusação acaba chegando nisso. Sim, o TSE junto com as emissoras deveriam implantar regras, e se caso extrapolar punir." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Acho sim que TSE venderia impor regras rígidas e também punições. Como pessoas que almejam representar o povo tem esse tipo de comportamento?!" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Acredito que o TSE deveria criar regras e principalmente punir quem violar as regras. Pois a cada eleição essa prática nojenta só piora.
Talvez assim os candidatos parem de agir como crianças birrentas e ajam como adultos sérios, que é o tipo de pessoa que deveria assumir cargos de liderança pública. Na maioria das vezes eles nem falam de forma consistente sobre seus planos de governo."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Tanto o TSE como a imprensa que são responsáveis pelo debate deveriam ter regras bem rígidas. Porque é um absurdo o que vem acontecendo, só se ofendem e projetos que é bom...Nada!"" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Acho que deveriam ser mais rígidos pois os debates hoje em dia parece um circo. Deveria sim ter mais regras, acho uma falta de respeito." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"O TSE deveria punir severamente tal prática, seja como uma punição de não aparecer na TV por determinado tempo ou outra coisa, para expor suas ideias não precisa gritar,ofender ,precisa ser claro , sem brigas e gritarias ,além de não ser elegante é esse o candidato que eu não quero ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Acredito que deveria haver algum tipo de punição sim. é uma prática desrespeitosa com o oponente do debate e com quem assiste. tolo é quem “gosta” e quer ser representado por alguém que não tem controle emocional. TSE e emissoras deveriam estabelecer regras" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) majoritariamente já haviam escolhido seus candidatos, com base em posicionamentos políticos e histórico dos candidatos. Para esses, a escolha deveu-se de modo significativo à fidelidade prévia e defesa dos valores conservadores. Alguns fizeram suas escolhas com base no apoio de Bolsonaro.
A rejeição a candidatos de determinados partidos, principalmente os associados à esquerda, foi uma constante, sendo um critério significativo para a escolha do voto.
Houve uma clara preferência pelas redes sociais como meio de informação, onde os eleitores buscavam maior diversidade de opiniões e comparações entre candidatos. A desconfiança nas pesquisas eleitorais tradicionais também foi expressa, com alguns preferindo confiar em enquetes informais online.
"Moro a 20 anos em Maringá e já conheço cada candidato. Acompanho sempre a vida deles e os acontecimentos. Já tenho opinião formada e seu em quem vou votar. Não voto em candidatos da esquerda ou que apoiam e favorecem a esquerda. Levo em consideração o que conheço sobre a vida de cada um e quais valores eles defendem."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Tenho acompanhado os debates pela televisão, entrevistas e debates em redes sociais de direita agora pesquisas eleitorais eu desconfio dos resultados das pesquisas oficiais que passam na TV, por isso sempre procuro ver o ranking dos candidatos no Instagram, Facebook através das enquetes que eu acho que são mais confiáveis. Eu já escolhi meus candidatos, mas fico de olho nas propostas de outros candidatos, levo muito em consideração candidatos que não são coligados com os partidos de esquerda, muito menos voto em quem se coligou a esses partidos de esquerda principalmente PT." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Não acompanho propaganda eleitoral pois é sempre mais do mesmo. Só dinheiro público sendo desperdiçado com horário eleitoral obrigatório.. Não sei em quem vou votar para prefeito pois aqui na minha cidade só tem candidato do centrão e esquerda. Só tenho candidato p/ vereador." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Aqui na cidade onde moro tenho acompanhado os debates e redes sociais, já decidi em quem vou votar. Vou votar em candidatos que compactuam com meus pensamentos e meus valores. O meu é apoiado pelo Bolsonaro" (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Estou acompanhando pelas redes sociais e eventualmente por debates para analisar o temperamento e a personalidade do candidato. Levo em consideração o individuo e se o candidato e seus partidos estão compatíveis com minhas convicções." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Em relação ao meu voto acredito que já está finalizado,irei votar no candidato oposição ao atual aqui no meu município, acredito que ele é muito mais bem preparado,já foi ministro do ex presidente Bolsonaro. E as ideias dele refletem o que a minha cidade está precisando. Faltam atenção à saúde,ao saneamento básico, geração de trabalho etc...coisa que a gestão não está fazendo com prioridade. Em tudo eu levo em consideração." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Sim, eu estou acompanhando a campanha dos candidatos, pelas redes sociais. Já decidi meu voto para Prefeito e Vereador e levei em consideração que não fez promessas, e sim apresentou propostas de melhorias." (G2, 35 anos, contadora, RS)
As respostas dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) mostraram uma tendência de ceticismo em relação aos candidatos, com muitos eleitores expressando frustração com as promessas não cumpridas e a repetição de figuras políticas que já ocuparam cargos. Ainda que a maioria acompanhasse a campanha eleitoral, fosse pela TV, rádio ou redes sociais, a confiança nos políticos e suas promessas era baixa, com vários eleitores ainda indecisos sobre em quem votar. Mesmo entre aqueles que já haviam decidido, o sentimento de "não há nada de novo" permeou as opiniões, destacando uma expectativa baixa quanto a mudanças significativas na política local. A análise crítica das propostas e o desempenho histórico dos candidatos foram fatores centrais nas considerações dos eleitores.
"Acompanho alguns informações pelo rádio e redes sociais. Já estou mais do que certa que nenhum candidato atual e com suas propostas merecem meu voto." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Sempre acompanho e vejo muitas figurinhas repetidas que pouco fazem pela população, pela TV. Já estou decidido, prezo sempre pelo voto em candidatos do bairro e que lutam pelo bairro. Não tento apostar em quem já está lá dentro e nada faz, aposto em quem quer entrar pra fazer." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Estou acompanhando alguns candidatos pela internet, a maioria são conhecidos nada de novo. Eu estava querendo uma cara nova e novos "planos" mas infelizmente será igual todos os outros anos.." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Eu estou acompanhando sim alguns candidatos mas até o momento não sei bem em quem votar tá muito difícil acreditar em candidatos, só fazem promessas enganosas e não cumprem nada .estou muito com incerteza." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Na minha cidade está uma verdadeira palhaçada, com perseguições, toda semana tem um mandato indeferido, depois recorre e volta de novo, dps indefere de novo e assim vai, não acompanho pela tv e sim pelas redes sociais, meu voto já está decidido e levo em consideração como a cidade se encontra e o que precisa, as propostas dos candidatos e se eles possuem carater, como realmente são como pessoa." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Estou acompanhando bastante pelas redes sociais, aqui já está decidido quem vai se eleger, vai ser o atual prefeito. O meu candidato tem boas propostas, mas não irá se eleger, infelizmente. Inclusive tenho visitado o portal da transparência da minha cidade, e vi que o dinheiro público não está sendo bem gasto, por isso meu voto não vai pro atual prefeito."" (G4, 25 anos, babá, RS)
"Não estou acompanhando os debates nem as propagandas eleitorais. Estou desacreditada na política e cansada das velhas promessas peguei ranço dos candidatos e da hipocrisia dos mesmos vou votar apenas para exercer meu dever como patriota." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Honestamente, estou acompanhando muito pouco pelas redes sociais pois mal estão fazendo debates, estou levando em consideração os projetos oferecidos e projetando se tem viabilizacao para o que estão oferecendo, ainda não tenho um candidato escolhido, mais pretendo esta semana me aprofundar mais na política da minha cidade." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
As respostas do quinto grupo mostraram um forte interesse em acompanhar o processo eleitoral, com a maioria dos eleitores já tendo decidido seu voto ou demonstrando intenção de analisar cuidadosamente as propostas e o histórico dos candidatos. O acompanhamento pelos meios tradicionais, como TV e rádio, ainda foi mencionado, mas as redes sociais também desempenharam um papel importante na formação de opinião. A confiança no candidato foi associada não apenas às propostas, mas ao caráter e à trajetória pessoal, refletindo uma busca por coerência entre discurso e prática. Houve uma ênfase particular em áreas como saúde, educação e meio ambiente, destacando a preocupação com questões sociais e estruturais nas cidades.
A maioria do grupo demonstrou uma disposição para participar ativamente do processo democrático, acreditando que, apesar das decepções anteriores, é importante manter a fé em mudanças e melhorias futuras.
"Sim estou bem atualizada para quem eu votar, neu candidato me ganhou justamente pelas propostas dele , assistir algumas campanhas dele e hoje estou satisfeita a quem darei meu voto , todo ano de eleição é a mesma coisa ,criamos expectativas e no final nós decepcionamos ,mais não podemos perder. A fé de que um dia dará certo ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"O que eu levaria em consideração no meu voto, seria o histórico da pessoa, o seu plano de governo e principalmente se há algo relacionado ao meio ambiente e plano de contenção de danos, pois não existe nenhuma proposta mais importante do que essa, afinal, se nada for feito, iremos literalmente morrer sufocados, queimados, intoxicados!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Eu faço questao de acompanhar o horário politico, os debates, analiso as propostas para decidir quais candidatos são mais "confiáveis", também analiso essas brigas entre candidatos, para também nao votar em quem nao vale a pena." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Eu estou acompanhando pela TV e rede sócias ainda não decidi em quem vou votar. Estou analisando bem as propostas que estão apresentando. Levo em consideração aqueles que querem melhorias pra saúde, educação" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"Estou acompanhando pelos noticiários e pela tv local que mostra alguns debates. O meu voto já está bem definido desde o início da campanha eleitoral. O atual prefeito foi muito competente, honesto e pretendo votar nele, se ele está fazendo um bom trabalho, qual razão para mudar?" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Ainda n decidi meu voto, analisando as propostas dos candidatos. Priorizo os que falam sobre saúde, segurança e educação." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
O resultado da pergunta sobre as agressões trocadas entre Marçal e Datena revelou um reposicionamento significante do campo bolsonarista. Quando perguntamos a opinião dos participantes sobre Pablo Marçal na última semana de agosto, os bolsonaristas convictos se dividiram entre aqueles que simpatizavam com o candidato, vendo nele um novo Bolsonaro, e outros que o rejeitavam exatamente pela razão de ter trocado farpas com o ex-presidente e seus filhos. Já os bolsonaristas moderados, naquela ocasião de declararam admiradores de Marçal, por sua inteligência e articulação. Pois a cadeirada inverteu quase completamente essas posições. Agora os bolsonaristas convictos foram o único grupo a defender Marçal: colocaram toda a culpa no destempero de Datena, enquanto veem o coach como um arguto estrategista. Já os bolsonaristas moderados rejeitaram a violenta troca entre os dois candidatos, não manifestando qualquer simpatia por Marçal.
No final de agosto houve inclusive alguns participantes dos outros três grupos que, apesar de dizerem não gostar de Marçal, expressaram admiração por sua forma “articulada” de se expressar. Agora não mais. A rejeição a ele foi total depois da cadeirada.
As respostas acerca da criação de regras mais rígidas para o debate confirmam essa interpretação. Os bolsonaristas convictos foram os únicos que discordaram, dizendo que o endurecimento das regras cercearia a liberdade de os candidatos se expressarem nos debates da maneira com melhor lhes aprouver. Os outros quatro grupos, inclusive bolsonaristas moderados, consensualmente manifestaram apoio à enrijecimento, sendo o TSE e as emissoras identificados como as instituições que deveriam cuidar disso.
A pergunta sobre a decisão do voto também conversa com pergunta anterior, na qual inquirimos os participantes sobre a potencial influencia de apoios de Lula e Bolsonaro em suas escolhas. Os bolsonaristas convictos se mostraram naquela ocasião os mais decididos, inclusive por aderirem fielmente aos candidatos do campo bolsonarista. Agora declaram já terem candidatos, escolhidos com base na ideologia e na rejeição à esquerda. Os bolsonaristas moderados ainda dizem estar avaliando históricos, ainda que alguns declarem intenção de votar em candidatos apoiados por Bolsonaro. Os flutuantes, como é sua marca, declaram se pautar por propostas e histórico dos candidatos, ao mesmo tempo que expressão seu imenso ceticismo nas eleições como um instrumento de mudanças. Posição similar foi manifestada pelos lulodescontentes, grupo que tende a congregar pessoas também mais céticas, ainda que mais à esquerda que os flutuantes. Já os lulistas falam que estão acompanhando as campanhas, e escolhendo seus candidatos com base em propostas para áreas básicas da administração pública, como saúde, educação e meio ambiente.
É impressionante a assimétrica desses posicionamentos, dado que coloca em questão as narrativas apocalípticas de polarização que se tornaram tão comuns nos dias de hoje. De fato, a extrema-direita se declara ideológica, focada em valores, convicções, etc. Mas não encontramos o mesmo tipo de adesão à esquerda. Pelo contrário, quanto mais à esquerda caminhamos, mais encontramos eleitores preocupados com policy, e não com ideologia, pelo menos não com ideologia entendida como um enorme atalho que poupa o eleitor de se informar sobre outros assuntos importantes da administração pública. Em outras palavras, para o eleitor de extrema-direita, parece ser suficiente o candidato se declarar antipetista, cristão e conservador. Já os eleitores mais à esquerda demandam conhecer as propostas para problemas concretos da administração municipal, ou, pelo menos, é isso que suas falas nos permitem entrever.
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.