Relatório 04

05 a 11 de maio

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O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 05 e 11/05, dois grupos foram monitorados acerca de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas radicais (G1) e bolsonaristas moderados (G2).
Cada grupo foi composto de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião.
Três temas foram explorados ao longo dessa quarta semana: i) aprovação do governo Lula; ii) os principais problemas do país; e iii) os problemas ambientais e os principais responsáveis por buscar soluções.
Ao todos, foram analisadas 894 interações, que totalizaram 5794 palavras.

G1 (Bolsonaristas Radicais) G2 (Bolsonaristas Moderados)
125 dias do governo Lula Majoritariamente o grupo reprovou o início da gestão de Lula, avaliando que nesse tempo o presidente não fez nada pelos pobres e somente se preocupou em perseguir politicamente Bolsonaro. A maioria no grupo julgou negativamente as ações de Lula até então, criticando o excesso de viagens e os problemas na economia. Poucos participantes aprovaram as decisões e medidas tomadas pelo presidente.
Principais problemas do país Saúde, segurança, educação e desemprego foram os problemas mais citados pelos participantes. Educação, saúde e segurança dominaram as pautas como maiores problemas, segundo os participantes do grupo.
Questão Ambiental A maioria do grupo atribuiu a responsabilidade por ações de preservação do meio ambiente à população em geral, que deveria modular seu comportamento de modo a minimizar os problemas. O governo foi citado mais como responsável por ações de conscientização. A maioria do grupo falou em ações conjuntas, mas com maior responsabilidade para a população, seguido por ações de fiscalização e orientação por parte do governo. Empresas foram citadas apenas como contribuintes do processo, mas não como agentes importantes de transformação.
Pergunta 09
O governo Lula completou 125 dias. Como vocês avaliam o atual governo? Quais são as medidas tomadas até agora que vocês aprovam e quais vocês desaprovam?
Péssimo!

Como era de se esperar pelo viés dos grupos, 88% do total de participantes avaliaram os primeiros 125 dias de governo de modo bastante negativos.

Muitos participantes pontuaram aspectos gerais e claramente produto de visões pré-estabelecidas, sem ponderações acerca de quais foram realmente as medidas adotadas até então pelo governo.

Muitos também acusaram Lula de estar perseguindo Bolsonaro politicamente, de desfazer tudo o que o ex-presidente fez, ou, alternativamente, "de apenas ter viajado" todo esse tempo.

"Não aprovo, nao vejo ele fazendo nada que ajude o povo." (G1, 39 anos, vendedora online, PR)

"O foco dele é desfazer tudo de bom que Bolsonaro fez" (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Fica difícil aprovar um governo que prometeu mto e não entregou nada! Apenas com discursos e mídia não se governa um país! Até aqui, a única preocupação desse governo e seus aliados foi perseguir Bolsonaro e desfazer tudo que ele fez! Mto difícil!" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"O que fizeram das eleições até hoje? Só conversa, é o que eu realmente eu tenho visto acontecer. Agora só resta esperar o menos pior e que tenha jeito com a crise global que se aproxima." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Não aprovo, até agora não fez nada de bom, só mentiras e perseguição a oposição, tirando do mais pobre e favorecendo os mais ricos, ele enganou muita gente com essa narrativa de "pai dos pobres", só favoreceu os amigos, os artistas e prometendo ajudar ditaduras vizinhas, péssimo demais!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Avalio negativamente, até agora não vi nenhuma coisa que seja realmente relevante para nós. Até agora não vi nenhuma medida boa, esta tudo igual ou pior ao que estava, ainda torço para que as coisas melhorem mais não vejo nada sendo feito" (G2, 28 anos, autônoma, DF)

"Péssimo, só fez viajar" (G2, 50 anos, dona de casa , DF)

"E tem gente ainda que acredita que ele é o Pai dos pobres 🤣🤣🤣" (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

Ponderações acerca da economia

Entre os que realizaram colocações mais refletidas, a estagnação da economia (frente as promessas de melhoria) e a visão do abandono das classes mais baixas, com aumento dos preços dos alimentos, da gasolina e também aumento dos índices de desemprego, foram as críticas mais frequentes. A narrativa aqui é a de que Lula não está governando para a classe que o elegeu e que ele mais prometeu cuidar.

A falta de ações para a área da saúde, da segurança pública e o aumento de impostos foram problemas citados como crescentes. Notícias falsas sobre o corte no Bolsa Família ou de água para o nordeste também foram relatadas.

Por fim, alguns participantes ainda lançaram críticas às medidas de revogação do marco do saneamento e aumento do número de Ministérios, que traria mais custos aos cofres públicos e poderia ser uma forma de agregar corrupção e aumentar o clientelismo, abrindo mais espaço para "aliados" em mais cargos públicos.

"Não tenho conhecimento de nenhuma medida que favoreça a classe trabalhadores e aos empresários! As empresas continuam fechando, greves e paralisações ainda continuam acontecendo." (G1, 42 anos, técninca administrativa, PA)

"Queria revogar o marco do saneamento básico, esse governo é um desgraçado querendo ferrar quem mais precisa, os pobres não tem consideração por ninguém, tem que cair fora, não era nem pra tá aí governando era pra tá na cadeia de onde nunca deveria ter saído!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Não vi nada de bom nesse governo. Cortaram bolsa família de muitas pessoas que precisam. Bolsonaro aumentou o bolsa família para 600,00" (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Ladrão cortou a água do nordeste que o Bolsonaro levou" (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Não sei nos outros estados, mas o que mais se reclama aqui em Salvador é dos postos de saúde e UPAs (e com muita razão, situação muito delicada). Fora que o preço da cesta básica não para de crescer e a gasolina alta, bem menor do que prometeram. Sobre a Caixa Econômica: Auxílio tá mais difícil de conseguir, os empréstimos acabaram e ainda teve um corte recente no bolsa família de um monte de gente." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"125 dias de desgoverno, a mesma conversa de sempre, a violência crescendo e tudo aumentando de preço. na minha opinião eu não aprovo medida nenhuma que ele tomou, ele só espantou investidores e briga com a direita dia e noite. Tá na hora dele governar de verdade." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"Sinceramente não vejo nada de positivo quanto aos 125 dias de hj governo. O que eu estou vendo e seu governo fazendo uma caça as bruxas do governo passado. Citando o mais grave a saúde pública. Não vejo uma política voltada para solucionar esse principal problema do povo brasileiro." (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"Nos 125 dias que passaram não vi nada de diferente , e sim impostos e preço aumentando do final do mandato passado, não teve muitas melhorias e foram várias coisas que pioraram ao brasileiro, outros países sendo beneficiado com o nosso dinheiro, e a vida do brasileiro sempre de mal a pior!" (G2, 28 anos, autônomo , AL)

"Mudou nada, o Brasil continua ruim, tudo continua muito caro, a economia não cresce e muita gente tá desempregada, todo dia um novo imposto, inflação crescente, gastos crescentes, o caminho da corrupção sendo refeito, porque o que eu estou vendo é que a única reconstrução que foi feita até agora foi remontar toda a antiga estrutura de ministérios, só vejo ele ajudando seus “companheiros” de partido e retornando seus esquemas." (G2, 40 anos, rodoviário, PE)

"Outrossim, o aumento dos ministérios reflete diretamente no aumento do gasto público, principalmente nas áreas de menos urgência como cultura e povos indígenas, haja vista que esses atuais ministérios poderiam ser secretarias mais enxutas e menos onerosas." (G2, 31 anos, contadora, BA)

Aprovam medidas

Como aspectos positivos, foram mais citados a retomada do Programa Mais Médicos e o aumento do Bolsa Família com o acréscimo de 150 reais.

A extradição de Thiago Brennand e a revogação do acesso a armas e munições também foram citadas como medidas positivas realizadas por Lula.

"Tem até uma medida que achei positiva, são os 150 reais que recebem por criança no auxílio Brasil, que a curto prazo é positivo mais a longo prazo é negativo porque acaba deixando presas essas pessoas a não evoluirem a não procurarem emprego, vão ficar nessa vida aí de auxílio." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"Acho que a extradição do Tiago Brenan é algo positivo em fazer lei cumprir." (G2, 43 anos, agente de turismo , GO)

"Avalio como regular até o momento, das 36 promessas feitas ele já cumpriu 13, vale destacar algumas que aprovo: 1. Aumento do salário mínimo de R$1302 para R$1320;

2. Criar o Ministério dos Povos Originários; 3. Manter o benefício social em R$600 reais + R$150 por filho até 6 anos de idade; 4. Aumento da verba da merenda escolar para até 39%; 5. Retomar o programa mais médicos;" (G2, 26 anos, administrador , GO)

"No meu ponto de vista nesses 100 dias ainda não deu muitas mudanças drásticas mas já deu algumas melhoradas algumas das medidas que foi boa a respeito das armas tirando o acesso a qualquer um ter uma arma, o programa mais médicos aumentando o número de profissionais da área para desafogar a saúde e reestruturou o bolsa família" (G2, 38 anos, vendedor, RS)

"ele está indo muito bem! eu aprovo sim, oque ele está fazendo , certeza que la na frente irá fazer coisas melhores, para os brasileiros" (G1, 16 anos, técnica em computação, SE)

Pergunta 10
Pensando na situação do país como um todo, quais vocês acham que deveriam ser as prioridades a serem tratadas no Brasil? Por quê? (por favor, citem 3 prioridades)
Prioridades

Os dois grupos apresentaram comportamentos semelhantes em relação às prioridades elencadas, identificando educação (27 citações), saúde (26 citações), segurança (24 citações) e geração de emprego (15 citações) como os problemas mais urgentes a serem resolvidos no país.

Educação

O campo da educação foi o mais citado pelos participantes, sobretudo no grupo 2, de moderados. Entre as necessidades listadas, a valorização dos profissionais da área, a melhoria da infraestrutura e reforma dos currículos escolares foram as medidas mais citadas como urgentes.

A conclusão mais comum é a de que a maior qualidade de ensino e o maior acesso à instrução aumentariam a oferta de emprego e a renda, e, consequentemente, contribuiriam para a diminuição da desigualdade e dos índices de criminalidade e violência.

Educar a sociedade também foi visto como uma forma de politizar a população.

"Porque com a melhoria da educação, o nível de vida da população iria melhorar mais, teríamos pessoas mais educadas e diminuiria o índice da criminalidade devido a condição social melhorar, ou seja, teriam muito mais oportunidades de trabalho devido o nível de estudo!" (G1, 42 anos, técninca administrativa, PA)

"Educação pois o povo sem educação, cultura vira massa de manobra." (G1, 47 anos, microempreendedora , SP)

"3- educação: a educação do Brasil está a deriva, temos bons profissionais capacitados porém a remuneração é tão pouca que estão desistindo de trabalhar no serviço público, inclusive no dia de hoje estão em greve aqui no DF, o governo deveria olhar com outros olhos nossos professores e tentar entender o que falta, aprimorar e remunerar melhor as áreas necessárias do nosso país" (G2, 28 anos, autônoma, DF)

"A educação está cada vez pior, falta professores nas sala de aula, o salário dos professores são uma miséria." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"2. Educação: A educação é outra área crucial que precisa ser tratada. Melhorar a qualidade da educação é fundamental para garantir um futuro melhor para o país. Isso inclui investir em infraestrutura escolar, capacitação de professores, melhoria dos currículos e incentivar a educação em tempo integral. Além disso, é importante que haja uma maior integração entre as universidades e a indústria, para que os estudantes possam se preparar melhor para o mercado de trabalho." (G2, 38 anos, gerente de imobiliária , SP)

"2. Educação: muito precária, sem qualidade de ensino, estrutura, reconhecimento e valorização dos professores e nos últimos tempos tem sofrido grandes ataques por falta de segurança." (G2, 26 anos, administrador , GO)

Saúde

A área da saúde foi citada como emergencial devido à alta demanda por parte da população e à baixa capacidade para atender a todos, o que acarreta elevado tempo de espera por consultas e tratamentos.

A percepção de que cirurgias e procedimentos levam anos para serem realizados foi disseminada.

Alguns participantes citaram a necessidade de investimentos em pesquisa como uma maneira de resolver problemas, pois trariam os benefícios proporcionados pelos avanços tecnológicos.

"No meu estado tá horrível a saúde. Não se consegue consulta simples com ortopedista e nem ginecologista. Fora os exames simples como eletrocardiograma que chamam quando já morreu." (G1, 26 anos, estudante, ES)

"Saúde, por mais q seja de graça em muitos lugares a fila de espera pra uma cirurgia leva anos;" (G1, 29 anos, empregada doméstica , SP)

"2- a SAUDE PÚBLICA tbm tá complicada com hospitais lotados e muita demora nos atendimentos" (G2, 28 anos, autônomo , AL)

"2- Saúde: infelizmente hoje em dia a saúde para quem depende do SUS é quase inexistente, você espera horas para não ser atendido, anos para uma cirurgia que morre na fila de espera, hoje é algo que não podemos contar, ou você paga um plano de saúde ou morre esperando atendimento" (G2, 28 anos, autonôma, DF)

"1. Saúde: A saúde é uma das áreas mais importantes a serem tratadas no Brasil. É necessário melhorar a qualidade do atendimento e o acesso aos serviços de saúde, garantindo que todos os brasileiros tenham acesso a tratamentos adequados, principalmente aqueles que são mais vulneráveis. Além disso, é preciso investir em pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias e medicamentos, e também em programas de prevenção e promoção da saúde." (G2, 38 anos, gerente de imobiliária , SP)

"3. Saúde: apesar de termos um sistema de saúde reconhecimento no mundo inteiro de saúde gratuita, precisa muito a melhorar ainda em infraestrutura e oferta de serviços com qualidade para a população, bem como suprir o defit de demanda para a população." (G2, 26 anos, administrador , GO)

Segurança

O aumento da criminalidade foi justificado a partir de duas hipóteses principais: o aumento da desigualdade no país, acentuado pelos efeitos da pandemia e o aumento da certeza da impunidade, avaliado como uma consequência gerada pela vitória do PT. Muitos participantes se colocaram em posição de reféns, com seu direito de ir e vir tolhidos pelo medo da violência.

Alguns participantes trouxeram reflexões acerca da necessidade de investimento em inclusão social, com ações educativas e de geração de renda e emprego para jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A necessidade de modernização das forças de segurança também foi citada.

"Na minha opinião depois do governo atual a criminalidade aumentou muito muito , claro óbvio já existia antes sempre existiu .. mas com a ctz da impunidade aumentou muito" (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

"Estamos cada dia mais presos dentro de nossas casas, refem do medo, como pais nao temos paz e tranquilidade por nossos filhos, todos nós vivemos dentro de um medo que não se torna passageiro." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"1- segurança: hoje em dia estamos reféns em nossas próprias casas, não temos mais o direito de ir e vir e nem de ter nada, trabalhamos apenas para sustentar o vício dos outros e para sermos roubados, infelizmente até quando eles vão presos geralmente são soltos rapidamente e devolvidos para cometer novos crimes " (G2, 28 anos, autonôma, DF)

"1. Segurança: o nossa país tem uma das piores desigualdade do mundo, logo depois da pandemia isso aumentou ainda mais, tornando o Brasil ainda mais inseguro." (G2, 26 anos, administrador , GO)

"3. Segurança: A segurança é uma preocupação crescente no Brasil. É necessário investir em políticas de segurança pública que sejam eficazes e que garantam a proteção da população. Isso inclui a melhoria das condições de trabalho das forças de segurança, a implementação de tecnologias para combater o crime e o investimento em programas de prevenção ao crime, como ações de inclusão social e oportunidades de emprego para jovens em situação de vulnerabilidade." (G2, 38 anos, gerente de imobiliária , SP)

Desemprego

O mal estado da economia e a falta de empregos foi o quarto problema mais citado. Os participantes usaram como exemplos lojas e empresas que estariam fechando devido à crise econômica, aumentando os índices de desemprego e o número de trabalhadores informais, com renda insuficiente.

"Emprego, há muita gente desempregado pós covid atuando como ambulante. Fora as lojas fechando como Renner, Marisa, Lojas Americanas..." (G1, 26 anos, estudante, ES)

"Economia pois estamos vivendo uma crise, olhe os preços absurdos e que só aumentam e emprego por que muita gente perdendo seus empregos por causa da economia, empresas quebrando por falta de apoio." (G1, 47 anos, microempreendedora , SP)

"Emprego, gerar mais emprego principalmente em cidades pequenas, trazendo e dando lugar a fábricas, pequenas empresas; assim muitos não precisaria de ficar em fila de CRAS" (G1, 29 anos, empregada doméstica , SP)

Outros

O problema da fome foi também bastante citado, como um mal que precisaria ser erradicado de vez. As medidas do governo foram criticadas, por não terem produzido até agora os resultados prometidos, pois a inflação crescente impossibilitaria as pessoas de comprarem até mesmo os alimentos básicos. Desemprego e desigualdade social foram temas associados ao problema em questão.

O combate à corrupção foi citado como um problema, mas sem ligação direta ao nome de Lula. Contudo, ainda no que toca o quesito da economia, o presidente foi criticado por abrir crédito a países vizinhos. Os exemplos citados eram bastante desatualizados, o que indica disposição a priori contra o petista ou mesmo exposição a informações falsas.

"A economia tá um caos. E o que vemos? Como prioridade do governo atual é que há alguns meses atrás, o presidente Lula anunciou a volta dos financiamentos do BNDS para países da América Latina, como Argentina, Venezuela e Cuba. Com uma economia ainda se recuperando de 2 anos de pandemia e uma recessão mundial a caminho, emprestar dinheiro para quem não tem histórico de bom pagador, não parece ser um bom negócio. Incrível com os governantes de hoje que estão aí no comando do Brasil atual são previsíveis e rasos. A prioridade deles é negociar, emprestar dinheiro e pagar juros. O mundo está caminhando para a volta a um mundo de economia produtiva, e não essa economia financeirizada que só beneficia pessoas preguiçosas." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Na minha opinião a fome também. porque o nosso país ele se preocupa muito com outras prioridades q não são tão importantes como o bem estar da populaçao.Os governantes estão muito acomodados sem se importar com a situação do povo que tem sofrido muito com essa falta de humanidade.se vc olhar pra o nosso brasil hoje vc não acredita no q vê todos os dias presenciamos noticias no mundo sobre a fome" (G2, 29 anos, desempregada, PI)

"Corrupção na política. Esse e o nosso maior flagelo. Se tivesse uma legislação mais severa com a corrupção certamente teríamos mais dinheiro para investir em outras áreas que necessitam." (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"E sobre a fome? É difícil assistir jornais locais ou nacionais e observar o quanto ainda tem pessoas que não tem o que comer, pais que não tem o que oferecer a seus filhos. Que não tem emprego, que passam fome realmente. Crianças desnutridas e inúmeros abaixo do peso. Crianças que vivem abaixo da linha da necessidade básica." (G2, 40 anos, rodoviário, PE)

"Acabar com a fome, hoje só existem promessas e nem uma conclusão, a cada dia sendo criado novos impostos, e o alimento ficando mais caro, em vez de melhorar e o "pobre" começar a ter uma vida mais digna, só estão sendo afundados a cada dia mais!" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)

Pergunta 11
Na questão sobre as prioridades do Brasil atual quase ninguém respondeu meio ambiente. O que vocês acham desse tema? Quem deveria fazer mais pelo meio ambiente, governo, empresários ou à população? Por que?
Considerações gerais

Embora todos os participantes tenham concordado acerca da importância do tema, ninguém o havia citado anteriormente como uma questão emergencial.

As respostas foram dadas de modo a corroborar as afirmações sobre a necessidade de se pensar na temática, com exemplos cotidianos, como poluição, degradação da fauna e flora e utilização excessiva dos recursos naturais.

A população em geral foi citada como responsável por mudanças em 48% das respostas, enquanto 34% escolheram uma combinação entre os três agentes citados na pergunta (população, governo e empresários). O governo foi citado como principal responsável em 18% das respostas e em empresas privadas não foram identificadas de modo isolado, mas apenas em conjunto com os outros agentes.

"Eu acho que preservar o meio ambiente é tambem uma das prioridades fundamentais ,afinal é nele onde estão os recursos naturais necessários para a nossa sobrevivencia ,como por exemplo:a agua os alimentos e as materias primas.Sem esses recursos todas as formas de vida no planeta poderão acabar." (G2, 29 anos, desempregada, PI)

"Eu acho que é muito importante sim debater propostas voltadas ao meio ambiente e à proteção da Amazônia. Mas, eu acredito que é papel do presidente amar e respeitar aquele povo que lá estão cuidando e preservando aquelas terras, vi que de fato algumas atitudes foram deixadas de lado e não com prioridade, mas acredito que para esta realidade precisamos de um líder que respeitem aquelas riquezas que lá estão" (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Cada ano que passa o mundo compromete a fauna e a flora em razão do desenvolvimento, entretanto, a preservação do meio ambiente é fundamental para a sobrevivência da nossa espécie e dos animais. Nesse contesto, a nova política mundial está no sentido de preservação do meio ambiente. Assim, considero um importante tema para a preservação da natureza e para manutenção das relações com outros países." (G2, 31 anos, contadora, BA)

"Na minha opiniao, meio ambiente é importante e precisa de atenção principalmente na educação que é a base" (G2, 43 anos, agente de turismo , GO)

Responsáveis

Para a maioria dos participantes, a solução depende necessariamente da conscientização dos indivíduos, que assim transformarão suas ações cotidianas.

Participantes também propuseram ações conjuntas, envolvendo as três esferas. Contudo, novamente os indivíduos foram mantidos como foco principal, como os verdadeiros agentes de mudança, enquanto o governo foi citado como agente intermediário, que deveria criar mecanismos de conscientização para a população, políticas de incentivo educacional, e também vigiar tais medidas, podendo punir quem não as cumprisse.

Poucos participantes citaram a responsabilidade de empresas e setor privado na degradação do meio ambiente, e, quando o fizeram, também os viram como agentes que poderiam contribuir para a disseminação de ideias e campanhas de preservação, mas sem colocá-los na posição de responsáveis pelos danos e pela restauração dos impactos já causados.

"Acho q o meio ambiente somos nós um todo responsáveis, começa dentro de casa, nós devemos ensinar isso aos nossos filhos" (G1, 29 anos, empregada doméstica , SP)

"Eu creio que meio ambiente é dever de todos. Na minha casa prezamos por cuidar do meio ambiente, tenho placa solar, reutilizo materiais, faço descarte seletivo e busco sempre produtos que não agridem o meio ambiente" (G1, 47 anos, microempreendedora , SP)

"O governo deveria ser mais atuante em relação de fazer campanhas permanentes de preservação do meio ambiente, conscientizando assim toda a população." (G1, 42 anos, técninca administrativa, PA)

"O governo que deveria fazer não faz, em poucos meses a amazônia já foi desmatada mais que nos 4 anos do governo anterior, toda mídia esquerdista se cala diante desse crime ambiental, então acho que cada um de nós temos que defender a nossa floresta, a nossa flora e fauna." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)

"A questão do meio ambiente é dever de toda sociedade! Todo precisamos estar Unidos em pequenas e grandes ações de cuidado e proteção do meio ambiente! Agora, fato é quero governo Federal precisa ser atuante no quesito se fiscalização e preservação da Amazônia, pois é responsabilidade dele fazer isso!" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"A degradação do meio ambiente não e um problema só do Brasil. Mas sim de todo o mundo. Assim sendo os maiores responsáveis que devem criar programa voltado a cuidar de toda fauna flora de cada país se deve aos seus governantes. Pois hoje em dia qualquer ação que você envolva muitas pessoas tem que haver recursos a disponibilidade de recursos financeiros. Assim sendo isso torna difícil ter programas individuais para combater esse grande mal que assola nosso mundo" (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"Para começar deveria ter a consciência da população, se cada um fizesse sua parte, seria um problema a menos. E o governo precisa de alguma forma de incentivar todos a cuidarem do meio ambiente, trazendo medidas e prevenções." (G2, 24 anos, promotora de eventos , DF)

"O tema meio ambiente é muito importante, tanto a nível nacional e a nível mundial, a população como um todo deve ser responsável pelo meio ambiente, porém o governo e empresas deveriam ser responsáveis por projetos e incentivos, isso traria maior noção as pessoas e faria com que trouxesse mais conscientização, para mim é um tema que deve ser abordado diariamente em vários meios para que as coisas comecem a dar certo, como medidas de prevenção, e de socorro imediato aos recursos naturais" (G2, 28 anos, autônoma, DF)

"Acho que não tem isso de quem deveria fazer mais, acho que cada um poderia fazer sua parte.O governo poderia fazer programas de incentivo a reciclagem, da fim aos lixões a céu aberto, ampliar rede de esgoto e saneamento. A População também pode ajudar não jogando lixo no chão, importando sempre com o destino adequado dele, separar lixo reciclável e os empresários informando aos colaboradores sobre boas práticas de sustentabilidade, produzir serviços e produtos com menos degradação possível. E assim todos fazendo sua parte estaremos contribuindo para o meio ambiente." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"Acredito que a melhor solução seria os demais países intervir no nosso com punições severas, visto que temos a maior floresta tropical do mundo, sendo seu papel mega importante para regular a emissão de CO² na atmosfera e a destinação correta do fundo Amazônia retomada com o atual governo." (G2, 26 anos, administrador , GO)

Considerações Finais

Como podemos notar essa semana, a defesa da disseminação das armas de fogo como solução para o problema da segurança não é consenso entre os bolsonaristas.

Novamente identificamos vários participantes que relatam fake news como se fossem notícias verdadeiras, sinal de que a esfera comunicativa bolsonarista ainda está operando.

Programas de apelo popular, como o Mais Médicos e o Bolsa Família, têm boa recepção mesmo entre os bolsonaristas. Programas que beneficiam os mais pobres são capazes inclusive de desgastar o argumento frequentemente expresso essa semana de que Lula de fato não governa para os pobres.

O problema da segurança foi interpretado de duas maneiras diferentes pelos bolsonaristas. A primeira, tradicionalmente esposada pela direita conservadora, é de que sua causa principal é a impunidade, que alguns inclusive associam com o PT. A segunda, contudo, vê nas desigualdades agudas em nosso país como a fonte da falta de segurança, inclusive defendendo medidas para mitigá-las. Ou seja, a diminuição das desigualdades e a promoção do bem-estar dos mais pobres é uma agenda à qual alguns bolsonaristas, particularmente os mais moderados, não são insensíveis.

No que toca o meio ambiente, é dominante a percepção de que a população é a maior responsável em protegê-lo. Essa concepção é disseminada entre os brasileiros, para muito além dos limites do bolsonarismo, como já constatamos em outras pesquisas. Os participantes imaginam que a solução pela conscientização individual resolveria o problema, deixando de perceber a importância da regulação governamental e a responsabilidade das empresas no dano ambiental.

Distribuição de Participação
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Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações

Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas

SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura

Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid

Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura

#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

Relatório #19 MED

ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula

Bolsa família, Laicidade do Estado e MST

Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.