O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 29/04 a 05/05 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) novas leis para saída temporária de detentos; ii) condenações dos envolvidos nos atos de depredação do 08/01; iii) atuações de Lula e Bolsonaro em momentos de calamidade pública.
Ao todo, foram analisadas 134 interações, que totalizaram 7.284 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Evangélicos | |
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Saída de Detentos | Por unanimidade, o grupo posicionou-se de modo contrário às "saidinhas", acusando Lula de defender bandido com seu veto. Muitos exemplificaram com histórias de reincidência de crimes e oportunidades para fugas. | Todos do grupo rejeitaram as saídas temporárias como uma opção, avaliando que 'criminosos' deveriam perder todos os direitos de liberdade e também exemplificando com casos de crimes e fugas cometidos nesse momento. | Somente um participante mostrou inclinação a validar a possibilidade de saída temporária, por ter na família um caso assim. Os demais foram contrários, argumentando que as saídas temporárias dão oportunidades para novos crimes. | Majoritariamente o grupo se mostrou contrário às saídas dos presos, argumentando que as penas deveriam ser cumpridas integralmente. Muitos falaram sobre falhas do sistema penal do Brasil. O direito à ressocialização foi defendido por uma integrante. | O grupo religioso mostrou-se contrário à possibilidade de saída temporária dos presos, com os mesmos argumentos sobre reincidência de crimes e oportunidade para fugas. |
Condenações do 8/01 | O grupo avaliou as condenações como injustas, afirmando que os atos foram cometidos por pessoas infiltradas da esquerda, que teriam tramado contra os protestantes patriotas de bem. Alguns ainda consideraram se tratar de perseguição política de Alexandre Moraes contra a direita. | O grupo ficou dividido. Alguns defenderam a narrativa de que havia infiltrados da esquerda e que foram estes que depredaram os prédios. Outros foram favoráveis ao julgamento dos invasores, mas consideraram que havia perseguição política e as penas eram severas demais. | O grupo foi favorável às condenações, considerando que a depredação do patrimônio público não poderia ficar impune e que atos de vandalismo deveriam ser coibidos de todas as formas. Alguns preferiam que os envolvidos arcassem financeiramente com os custos das reformas. | Unanimemente o grupo foi favorável às condenações, considerando os acontecimentos do 8 de janeiro como atos de vandalismo. A defesa do patrimônio público e da democracia foi citada como valores inegociáveis. | Os participantes evangélicos deram suas respostas de modo coerente aos seus grupos, não demonstrando comportamento de grupo. |
Ações de Lula e Bolsonaro | Todos os participantes elegeram as atuações de Bolsonaro como exemplares, ofertando ajuda necessária e condições humanas para a recuperação dos estados. Lula foi criticado, acusado de estar viajando em um dos casos e agora de estar preocupado com futebol e não com o estado. Nenhum dado das ações do atual governo foi citado. | O grupo divergiu bastante em suas opiniões. A maioria não politizou suas respostas, afirmando apenas que todos devem ajudar. Já outros defenderam Bolsonaro e acusaram Lula. Porém, alguns participantes relembraram o episódio do jet ski de Bolsonaro e elogiaram a atuação de Lula no caso mais atual do RS. | O grupo não avaliou as ações pontuais de cada presidente em sua época. A narrativa preponderantes foi construída em torno do descaso dos governantes com as pautas ambientais e a falta de medidas e ações para mitigar os efeitos de enchentes e demais desastres. | O grupo reconhecia as ações atuais de Lula, mas avaliou se tratar de um protocolo de governo, exemplificando que Bolsonaro e Dilma também realizaram ações do tipo em suas gestões. Pedidos por medidas de prevenção foram feitos, para evitar futuras catástrofes. | A pauta foi tratada pelos evangélicos de modo diverso, com posicionamentos mais pertinentes aos grupos que participam. Entre os bolsonaristas convictos, houve críticas à Rede Globo, por manipular o enquadramento das ações de Bolsonaro em 2021. |
Nos quatro grupos, os participantes mostraram-se contrários a qualquer direito concedido às pessoas condenadas, independente do tipo de infração cometida.
Os argumentos foram majoritariamente baseados em supostos casos de fugas e reincidências de crimes, nesses momentos das saídas temporárias.
Alguns foram radicais em relação à penalização de pessoas condenadas, argumentando que a punição deveria ser de total retirada dos direitos de ir e vir. Frases do tipo "quem quer direitos e liberdade não deve cometer crimes" foram constantes.
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) criticaram Lula pelo veto dado, repetindo as narrativas de que ele defenderia bandidos e por isso teria tomado tal decisão.
O caso de Suzane Von Richthofen foi citado várias vezes, para exemplificar as contradições de ofertar liberdade provisória em determinadas datas. Para esses, ela ter tido liberdade no dia das mães foi considerado um paradoxo.
"Sou contra qualquer tipo de saidinha a favor de presidiários. A maioria sai e não volta e ainda voltam a cometer crimes. Lula favorece tudo que é errado e a classe presidiária são seus eleitores. Lugar de preso é na cadeia, sem qualquer tipo de benefício." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Sou contra a saidinha dos presos. Se querem ter liberdade é só não cometer crimes. A partir do momento que escolhe cometer crimes tem que ser privado a sua liberdade. Porque todos nós somos livres para fazer nossas escolhas, sejam certas ou erradas." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sou contra as saídas em datas comemorativas mas a favor das saídas a trabalho. Vou usar o exemplo da Suzane(aquela dos irmãos Cravinhos) matou os pais e sai no dia das mães??????? Se fosse pra carpir um lote, tudo bem."" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"E claro que o Lula não vai fazer uma lei que pode se prejudicar a si próprio, afinal é um expresidiario, e os detentos votaram em massa nele. Defensor de bandido!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Sou totalmente a favor da proibição,por que está mais que comprovado que a grande maioria dos presos que são liberados voltam a cometer crimes e não voltam a se apresentar nos presídios." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Sou contra,porque a maioria das vezes,quando eles,recebem esses benefícios,acabam aprontando mais. E boa parte deles ,nem retornam às prisões, se eles estão ali, é por merecimento próprio,e se eles quiserem ter de volta,a liberdade,que cumpram a pena,estabelecida pelos seus atos."" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"Eu sou completamente contra a saída dos presos por qualquer motivo que seja, independente de ser crime hediondo ou não. Do momento que essa pessoa cometeu um crime, ela tem que ser punida adequadamente. As punições no Brasil são uma piada, ninguém leva a sério e isso é um dos motivos pelos quais a criminalidade continua tão alta no país. Todos sabem que nada de muito grave acontece... A Susane von Richtoffen matou os pais e tinha direito de sair no Dia das Mães, não dá pra acreditar! Fora que agora ela está solta e tendo uma vida normal, sendo que deveria ter pego prisão perpétua. Enfim, acho que se as punições fossem severas, o tempo de prisão fosse realmente longo, sem benefícios, as pessoas pensariam duas vezes antes de cometer crimes" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Sou contra a saída em qualquer circunstâncias, até para o semiaberto, visto que já saem para trabalhar como forma de complementar pena, não devem ter direito a lazer nas datas especiais. Estão presos para pagarem por seus atos errôneos, então que continuem lá." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Bom eu sou a favor de presos de crimes hediondos não saírem, eu sou contra até regime semiaberto nesses casos pois já vi em noticiário vários casos que eles saem e cometem algo horrível alguns nem voltam...Se eles querem algum direito e respeito é só não ser preso, não cometer crime..." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Temos casos de pessoas que mataram os pais, aquela Suzana lá, mataram filhos e saem numa boa nas datas comemorativas do dia dos pais e mães. Na minha percepção isso é totalmente incoerente,pois deviam nem cometer crimes pra não precisar desse tipo de benefício.Então sou a favor de que proíba qualquer tipo de saidinha." (G4, 49 anos, artesã , CE)
Somente uma participante mostrou-se plenamente favorável ao direito concedido, argumentando em prol da necessidade de ressocialização dessas pessoas em condições mais dignas. Outro disse ser favorável somente porque tinha um parente que se beneficiava da política. E alguns outros participantes disseram-se contrários à medida, mas abriram exceções para casos de comprovado bom comportamento.
"Concordo que os presos que cometem crimes hediondos não devem ter direito a saídas e acho que os que estão no semiaberto devem sair, muitas vezes a pessoa tá lá por algo que ela não fez, pessoas que tem um bom comportamento lá dentro necessitam dessa ressocialização. Pra depois que voltarem, terem condições de se reintegrar e não cometer novos crimes" (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Eu estou dividido porque tem uns presos que saem e apronta na rua,tipo tenho um parente que estava saindo pra trabalhar e voltar pra cadeia ,estava fazendo tudo direitinho ,então acho q uns pagam pelos erros dos outros. Então fico na dúvida." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Eu não sou favorável. Acho que isso é um estímulo para que o crime prevaleça. Gostaria que a lei da saidinha somente fosse realmente aplicada para pessoas mudadas, trabalhadas por profissionais em psicologia, mostrando que realmente o preso merecesse esse abono."" (G3, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Eu sou contra que saiam. Deveriam fazer um estudo, ver quem já sai pra trabalhar, se essa pessoa ta sendo correta e nesses momentos e dai ela poderia sair, mas sabemos que isso não vai acontecer, então que alguns paguem por causa da maioria" (G4, 45 anos, artesã , PR)
Unanimemente no grupo 1 (bolsonaristas convictos) e parcialmente no grupo 2 (bolsonaristas moderados) as condenações foram avaliadas como injustas, uma vez que, na concepção desses grupos, os invasores do dia 8/1 eram pessoas infiltradas, enviadas pela esquerda para causar tumulto e incriminar os representantes da direita, pessoas de bem que lá estavam pacificamente. Muitos falaram em imagens comprobatórias dos infiltrados petistas nas depredações, incluindo Lula e Gleisi Hoffmann.
Alexandre de Moraes foi acusado de perseguir politicamente os participantes patriotas do protesto.
"As câmeras mostraram claramente quem esteve lá e destruiu tudo, mostrou por onde entraram e por onde saíram, mostrou que estiveram lá até a Gleisi e o Lula, como tbm quem colocou os verdadeiros vândalos para dentro e depois para fora. Isso fica impune! Os inocentes pagaram por um crime que não cometeram. Até mesmo quem não entrou, foram condenados. Acho totalmente injusto essas condenações. Acho que o STF, o Alexandre está agindo injustamente, passando pano a favor da esquerda. Tudo armado para calar o povo."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Os verdadeiros vândalos estão impunes, foram todos combinados sobre o que teriam que fazer e foram pagos para isso. Tiveram proteção e estão livres, enquanto inocentes estão sendo punidos por aquilo que não fizeram. Patriotas são organizados, não são vândalos, são passivos e não cometeram esses crimes." (G1, 39 anos, administradora, RJ)
"Não tem justiça nenhuma nessas condenações, tem é perseguição aos patriotas, quem realmente invadiu e quebrou e ainda recebeu água do General G dias, estão ai soltos livres. Essas condenações é a maior injustiça que já ocorreu no Brasil, e o STF está fazendo de tudo para calar a direita. Foi tudo armação da esquerda, as cópias dos vídeos que foram apagados não servem de prova? Não entendo porque ainda não prenderam quem realmente quebrou e invadiu a sede dos três poderes. A esquerda várias vezes invadiu e quebrou tudo e nunca aconteceu nada com eles." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Sim eu assisti.e revi as imagens que eles gravaram para incriminar,quem não está a lá ,ou seja usaram vestes para dizer que era do grupo dos eleitores e apoiadores de Bolsonaro, mas as imagens mostram claramente quem foi, e os mandantes TB!!! VEJO INJUSTIÇA , o STF parece o dono do Brasil pq manda e desmanda e ninguém consegue tirar Moraes de lá" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"Já vimos casos anteriores e idênticos a estes mas com julgamentos diferentes. MST e BLACK BOCKS invadindo e depredando prédios publicos. 2 movimentos terroristas que sempre agiram com a conivência e apoio deste atual governo. Para mim as ações do STF e PGR não passa de perseguição e intimidação as pessoas que fazem parte de um grupo político ao qual eles odeiam. Pois fica claro que tomam medidas diferentes para as mesmas ações em relação aos 2 espectros." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu acho que estão condenando as pessoas errada,vídeos já mostraram quem foram os reais vândalos e infelizmente a nossa justiça fecha os olhos para não verem ." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Eu avalio de forma negativa, já foi divulgado e provado quem foram os vândalos verdadeiros, porém é mais fácil colocar a culpa nos mais fracos." (G2, 35 anos, contadora, RS)
Parte dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) considerou necessários os julgamentos, defendendo que o patrimônio público deve ser respeitado e preservado e que os manifestantes haviam se excedido. No entanto, as condenações foram vistas como desproporcionais, exageradas perante os crimes cometidos e consideradas motivadas por perseguição política.
Alguns viram injustiças nas condenações, por acreditarem que todos estavam sendo julgados numa mesma régua, sem proporção aos atos realizados (apenas por estarem presentes no local).
"Eu acho essas condenações bem pesada e desproporcional, embora invadir e destruir prédios públicos seja um crime grave, acho q estão tratando tudo de forma muito geral sem considerar detalhes importantes, muitos foram influenciados pelo grupo ou não entenderam a gravidade doque estavam fazendo. Porém tem outros crimes como corrupção e crimes hediondo q parecem não estar recebendo a mesma atenção, isso gera uma sensação de injustiça onde alguns recebem penas pesadas e outros escapam impunes, mesmo cometendo crimes mais sérios......" (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Eu acho que de acordo com a pena falada creio que quem está sendo julgado, realmente fez algo que seja de quebrar ou vandalizar, então esses e somentes esses devem ser julgados, outros que entraram mas não vandalizaram só invadiram não devem pegar prisão seria algo desproporcional, creio que sobre a vandalização, nesses casos concordo avalio justo." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Eu acho que deveriam condenar todos que realmente fizeram o vandalismo, não somente os mais "fracos". O erro foi de todos que invadiram e tbm fizeram a canalização e concordo da pena e condenação para todos aqueles que realmente estavam no local" (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Estamos vivenciando em nossa nação um autoritarismo jurídico,onde o poder supremo excita penas que para mim são exageradas. Não sou contra as apurações dos crimes cometidos,mas existe uma farra de penas sendo executada neste período. Acredito que se realmente houvesse penas justas,o poder judiciário deveria averiguar os fatos,vai encontrar várias falhas, imagens vazadas, quem realmente quebrou, então isso não fica muito claro para essas condenações,tem pessoas que estão sendo condenadas sem merecer. Está é minha percepção." (G3, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Creio que se realmente foi cometido o crime que disseram, seria justo , mas o que acontece é que muitas pessoas foram acusadas e estavam ali pacificamente e acabaram pagando pelo crime de alguns, o bom seria se a justiça fosse um pouco mais transparente, e trouxesse as informações,os motivos e as provas para justificar tais prisões" (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Não sou a favor do vandalismo ou de tais atos cometidos, mas como foi um "crime" contra o atual governo, olha só como a justiça funciona. Estão querendo crucificar as pessoas com essas penas exageradas e desproporcionais, enquanto vemos políticos corruptos sendo revelados todo santo dia e nada é feito, porque o nosso atual poder judiciário passa a mão por cima. Justiça que só pende pro lado dos mais fracos, não é justiça, se chama ditadura!" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
Foi consensual entre os participantes dos grupos 3 (eleitores flutuantes) e 4 (lulodescontentes) a percepção de que os atos de 8 de janeiro foram atos de vandalismo, totalmente contrários aos princípios democráticos e passíveis das punições estabelecidas. As condenações foram tidas como corretas, para que todos percebessem os limites de se manifestar e funcionassem como exemplos de justiça para quem ousa atentar contra o país.
Alguns participantes defenderam que, além da prisão, os envolvidos deveriam arcar com os danos financeiros causados.
"Se são justas ou não sei muito a respeito da lei. Mas o que fizeram não foi certo, principalmente porque todos os gastos pra repetir os danos sai do lombo e bolso do trabalhador comum. Tem que pagar. Na minha opinião não tinha que ser com prisão não mas sim em dinheiro. Porque com prisão muito não serão presos e os que forem, não ficarão presos nem meses." (G3, 37 anos, assistente administrativa, MG)
"Eu sou a favor das condenações porque destruíram um espaço e objetos que não são deles. Se alguém entra na minha casa e destrói tudo, eu vou chamar a polícia e esperar que essa pessoa seja presa. Foi vandalismo isso. E não sabemos se não seria ainda pior se tivessem encontrado petistas no caminho deles até lá, se não teriam ocorrido crimes contra essas pessoas. Enfim, acho necessário que esses invasores sejam condenados até para servir de exemplo para outros criminosos. Quanto ao tempo de pena, acho que uns 3 anos tava bom" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Com certeza deve haver punição e sim por uns 3 anos para que sirva de lição para outras pessoas que queiram atentar contra ao patrimônio público. Acredito que não prisão dentro da cadeia e sim com a obrigação de pagar o dano causado e também com serviços comunitários." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Justo sim porque as pessoas em si elas não tem que sair quebrando e destruindo nenhum patrimônio sendo que não cabe a direito a ela pagar o próprio bolso sendo que todos nós cidadãos page por esse preço dos vandalismo." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Eu acho justa, como disse anteriormente sou a favor de toda manifestação pacífica, sem depredação de bens seja lá se quem for, uma das acusadas é da minha cidade, e usa tornozeleira, e não, ela não parou, mesmo com isso, ela faz "arruaça" quebrou vidro de carro de vizinhos com partido contrário, ou seja, não aprendeu e sim faria de novo, todos os envolvidos deveriam/devem ser presos." (G4, 28 anos, gestora em TI, SP)
"Acho muito justo, fizeram todo aquele auê e acharam que não aconteceria nada, foi vandalismo puro, e os responsaveis devem e tem que pagar por tudo o que fizeram." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Eu acredito que devam mesmo ser punidos,porque tinhas artes além de valiosas, bastante antigas e saíram destruindo tudo sem olhar pra trás. Querendo trazer a ditadura de volta sem saber de todos os perigos que ela trás pra sociedade em geral. O errado é não punir os mandantes e aqueles que financiaram as idas pra Brasília." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Todos temos o direito de manifestar nossa opinião, porém os atos de 8 de janeiro de 2023 foi na verdade vandalismo, um crime e concordo com a condenação/punição, assim como qualquer outro ato que destrua patrimônio publico ou privado. Deixar de punir, seria ser conivente que o ato e seria a abertura para qualquer grupo, seja de direita ou esquerda, achar que poder fazer o mesmo pois não terá punição." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
Entre os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados), o ex-presidente foi defendido e aclamado como alguém que teria atuado incansavelmente durante os desastres na Bahia e Minas Gerais.
Já Lula foi criticado por estar viajando e festejando na Índia no ano passado e por ter falado sobre futebol, recentemente, no Rio Grande do Sul. Janja também foi alvo de críticas.
"Isso é muito fácil! Bolsonaro esteve presente e ajudou todas as vezes, oferecendo ajuda para a população, inclusive na época da pandemia, que não vem aí caso, ele ajudou financeiramente a população.Já Lula, fica ausente, não oferecia ajuda e dessa última vez, está fazendo politicagem, pq ele não dá ponto sem nó.Quando foi "eleito" e logo que assumiu, estava acontecendo uma catástrofe no Brasil e eles estavam se divertindo, inclusive a "Canja" estava pulando carnaval e debochando das pessoas que estavam sofrendo. Outra vez, foram viajar e fizeram pouco caso. Nota zero para o Lula. Nota 10 para Bolsonaro, mas se tivesse nota maior que 10, seria a nota máxima." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"eu como gaúcho tenho propriedade para comparar as atuações dos presidentes citados .. e nao tenho duvida alguma que Bolsonaro foi o mais humano dos 2 , esteve em loco vendo os estragos na bahia e MG designou recursos e mao de obra para ajudar nas buscas e recuperação das citades afetadas. ja este que esta ai, em 23 além de nao ajudar com nada mandou a primeira disgrama pra representa-lo . tomou uma enorme duma vaia pois so apareceu aqui pq foi cobrada por estar viajando pra europa fazendo turismo. já em 24 todo mundo sabe que a popularidade do lularapio ta em baixa entao ele vai se aproveitar da tragédia para faser o que sempre faz.. mentir e faser das mortes e tragédias palanque politico." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Em 2021, Bolsonaro enviou ajuda e dinheiro para as prefeituras. Em 2023, Lula estava passeando na Índia e liberou para as prefeituras um empréstimo. E agora em 2024 o que o lula diz quando chega no rio grande do sul que torce pro grêmio e pro inter. Tem gente morrendo, família perdendo tudo e vem com piadas."" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"graças a deus moro numa região que nao foi afetada, mas em nome de todas as famílias agradeço a vcs e todos os estados que estão colaborando. pq se depender deste desgoverno que nao faz nada nem pela região onde ele é natural e tem votos .." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Com certeza existe uma grande diferença entre os dois presidentes, Bolsonaro sempre procurou ajudar e Lula tem usado esses episódios como palanque eleitoral." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Bolsonaro apesar de estar de férias em 2021, visitou as áreas atingidas na Bahia sendo aplaudido pelas vítimas. Já Lula e Janja viajaram pra Índia qd aconteceram os desastres no litoral paulista, onde Janja disse estar com vontade de dançar, posteriormente Lula só liberou 2/3 do recurso que havia prometido para ajudar as vitimas. Agora lula visitou o RS e disse..que estava torcendo por inter e grêmio, e nas poucas vezes que esteve perto do público recebeu uma sonora vaia, e gritos de "Lula ladrão seu lugar é na prisão"" (G2, 43 anos, administradora, GO)
Entre todos os participantes, somente alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados) relembraram e criticaram a atuação de Bolsonaro em 2021, quando ele estava de férias e teria ido passear de jet ski, sem visitar prontamente a Bahia.
Porém, foram casos isolados dentro do próprio grupo, que, em sua maioria, avaliou que a atuação de ambos os presidentes teria sido igual, com medidas de auxílios financeiros emergenciais.
"Eu me recordo que naquela época 2021 Jair Bolsonaro estava de férias,andando de jet ski, e siquer sugeriu de interromper para ir até o local. Agora o presidente lula deixou de lado sua folga e seguiu em uma outra ocasião onde ocorreu um desastre no litoral norte de são Paulo. Uma diferença enorme entre os dois" (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
"Eu não lembro muito do Bolsonaro sobre catástrofes ambientais, lembro sobre os comentários dele que não foram bem recebidos e algo sobre andar de jet ski. Em questão ao Lula aparentemente por ser uma notícia mais recente ele já foi direto ao local porém já foi atacado por frases ditas também, creio que a ação de ir ajudar lá e verificar o que estão precisando, já ajuda demais então é um ponto positivo." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Na época Jair Bolsonaro,estava de férias,e nem se abalou com as calamidade que acontecia,ele só veio se pronunciar quando o povo ,pediu uma atitude. Já o Lula não foi diferente,eles só fazem algo , quando caem na mídia pra chamar atenção. Não vejo diferença entre os dois."" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
Muitos participantes dos grupos 3 (eleitores flutuantes) e grupo 4 (lulodescontentes) avaliaram a atuação de ambos os presidentes como protocolares. O tema mais debatido nesses grupos foi a necessidade de ações preventivas, para que catástrofes ambientais sejam evitadas e para que essa temática passe a ser de interesse dos líderes políticos.
"Cada um agiu de uma forma,mas o que importa é o apoio a quem precisa e nesse momento é o Rio Grande do Sul, tanto Bolsonaro apoiou,mesmo sem ter ido lá,como Lula provavelmente vai apoiar também. Vamos aguardar para ver." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"As enchentes tem sido um grave problema nos últimos tempos no nosso território,isso é a falta de investimentos consideráveis dos nossos governantes, investimentos que tem sido ao longo do tempo desviados para outras finalidades. Sem olhar para viés ideológicos acredito que é de extrema boa vontade as atitudes do governo federal atual, acredito que o nosso povo está acima de tudo em primeiro lugar,e merece o nosso respeito e nossa contribuição. E os governos ao meu ver fizeram e estão fazendo o melhor pelo seu povo." (G3, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Tando os anteriores quanto o atual não tem realizado medidas ou ações efetivadas pra precaver desastres ou recuperar os desastres ocorridos na diferente partes do país. Essas questão ambiental é de anos e não é de interesse dos governantes resolver. A população também não faz nada efetivamente pra cobrar ou mesmo evitar tais situações." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Eu não me lembro como cada presidente atuou nesses desastres exatamente porque nenhum deles fez algo relevante. Falar meia dúzia de palavras bonitas depois que dezenas de pessoas perdem as vidas e centenas perdem as suas moradias, não resolve nada. Todo ano algumas regiões do Brasil são castigadas por problemas ambientais, geralmente são as mesmas (Petrópolis, por exemplo) e não se faz absolutamente nada para evitar a situação! Eu nunca vi nenhum político se dedicar a isso de fato" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Os dois presidentes atuaram liberando recursos emergenciais em em grande valor, distribuindo os valores para os setores mais críticos como alimentação, FGTS, aluguel.... O grande problema é que só fazem isso quando a tragédia acontece. Precisamos de políticas públicas efetivas de prevenção aos desastres, para que não haja tanto prejuízo e perda de vidas. A forma como os presidentes lidam com as emergências é aceitável, mas tem que melhorar muito quando o assunto é prevenção." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Não me lembro muito bem de 2021 pois acompanhei pouco, mas agora em 2024 o presidente veio para Santa Maria, deu apoio disponibilizando aeronaves e verba para auxílio das famílias ,é importante, o mais importante que isso são planos mais efetivos para suportar aqui no estado essas situações de cheias, que cada vez estão piores e vai piorar ainda mais infelizmente." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Em todos os governos - Dilma, Lula e Bolsonaro - houve a liberação de recursos financeiros emergenciais. Todos liberaram muitos recursos para assistência, mas pouco efetuaram de obras estruturais. É lógico que a assistência é fundamental. Mas tão importante quanto também o é as obras estruturais permanentes para retirada das populações de área de risco, por exemplo, e canalização de rios. Mas essas obras nenhum dos 3 governos fez." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Todos os governos liberaram recursos para ações emergenciais. Mas o problema é falta de ações estruturais definitivas." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
Os participantes evangélicos mostraram convergência de opiniões na temática da primeira pergunta, condenando as possibilidades de presos saírem em determinadas datas e mostrando desejo pela rigidez nas aplicações de penas e cumprimentos de sentenças.
Na segunda pergunta, os participantes evangélicos mostraram-se mais sintonizadas com seus grupos de origem, com destaque para aqueles pertencentes aos grupos de bolsonaristas convictos e moderados que acusaram a esquerda de perseguir os manifestantes.
Nas respostas à terceira questão, os evangélicos do grupo de convictos (grupo 1) de destacaram por causarem a Globo de manipulação da cobertura das catástrofes ambientais em 2021 com o fito de difamar Bolsonaro.
"Temos casos de pessoas que mataram os pais, aquela Suzana lá, mataram filhos e saem numa boa nas datas comemorativas do dia dos pais e mães. Na minha percepção isso é totalmente incoerente,pois deviam nem cometer crimes pra não precisar desse tipo de benefício.Então sou a favor de que proíba qualquer tipo de saidinha." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Eu sou totalmente contra a saída de temporária de presos, seja qual for o crime cometido. Porque se o cidadão errou tem que cumprir a pena em regime totalmente fechado sem regalias. O Projeto de lei foi uma ótima iniciativa, não foi aprovado por completo, mas já melhora muito a situação, pois muitos aproveitam a oportunidade para cometer mais crimes e outros nem voltam para terminar dr cumprir a pena." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Eu acredito que devam mesmo ser punidos,porque tinhas artes além de valiosas, bastante antigas e saíram destruindo tudo sem olhar pra trás. Querendo trazer a ditadura de volta sem saber de todos os perigos que ela trás pra sociedade em geral. O errado é não punir os mandantes e aqueles que financiaram as idas pra Brasília." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Eu tenho que lamentar por essas tragédias ambientais. O ser humano está destruindo o planeta, a natureza responde. Quanto ao presidente Bolsonaro, em 2021, foi muito criticando pela Globo, mas ajudou a população afetada. Agora no governo Lula, a Globo não fala mau do presidente ladrão, está enchendo os bolsos, está sendo paga. Aí o Lula vem com promessas de ajuda, realmente não acredito nessa ajuda. Só faz em benefício próprio, e parte da população acredita. Só tenho a lamentar!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"graças a deus moro numa região que nao foi afetada, mas em nome de todas as famílias agradeço a vcs e todos os estados que estão colaborando. pq se depender deste desgoverno que nao faz nada nem pela região onde ele é natural e tem votos, ainda mais com a Globo endeusando as visitas que ele faz .." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Com certeza existe uma grande diferença entre os dois presidentes, Bolsonaro sempre procurou ajudar e Lula tem usado esses episódios como palanque eleitoral pra passar na Globo." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
O debate acerca das mudanças da lei que regula as saídas temporárias mostrou fortíssima maioria de posicionamento conservador no que toca a política carcerária, ou seja, que adota uma concepção punitivista de justiça e se opõe veementemente à ideia de que presos também têm direitos. Tal posição vai muito além da linha que separa os grupos bolsonaristas dos outros, arregimentando a maioria dos participantes nos quatro grupos.
Notamos também o uso de fórmulas prontas para discutir a questão, sinal de que muitos participantes não estão de fato dispostos a refletir criticamente sobre o assunto.
Os atos de 8 de janeiro continuam a ser um grande divisor de águas, pois separam os grupos apoiadores de Bolsonaro daqueles que não são, a começar pelos flutuantes, isto é, aqueles que não votaram em Lula, mas rejeitam veementemente os atos de 8 de janeiro. Os bolsonaristas moderados são, no geral, favoráveis às punições, mas dizem que o processo está sendo direcionado politicamente, sobretudo pela figura de Alexandre de Moraes. Os lulodescontentes condenaram veementemente os atos, usando termos como atos de vandalismo e concordando com as sentenças. Muitos defenderam os princípios democráticos e almejaram que os custos da reforma da sede dos Três Poderes fossem arcados também pelos invasores.
Mereceu destaque a percepção de que as ações dos presidentes da república, seja Bolsonaro ou Lula, são protocolares quando de desastres naturais foi comum a muitos eleitores flutuantes, lulodescontentes e mesmo bolsonaristas moderados.
A presença de desinformação mais uma vez pode ser captada nos grupos bolsonaristas. A maioria dos convictos e alguns moderados creem na tese da infiltração da esquerda na promoção dos atos de depredação. Alguns chegam ao ponto de afirmar que Lula e Gleisi foram gravados enquanto participavam ativamente das depredações. A distorção informativa também se presta a promover a reputação de Bolsonaro, pois vários participantes dos grupos bolsonaristas dizem que ele atuou incansavelmente para mitigar os efeitos dos desastres naturais durante sua gestão.
Os evangélicos essa semana confirmaram a posição de favorecer uma concepção punitivista de justiça criminal. Foram eles também os bolsonaristas mais propensos a atacar a Rede Globo, acusando-a de manipular o noticiário sobre os desastres de 2021 para atingir Bolsonaro.
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.