Relatório 56

De 24 a 30/6

Temas:

  • Aumento para os Procuradores de SP
  • Descriminalização da Maconha no país
  • Golpe na Bolívia
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 24/6 a 30/6 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) projeto de lei enviado por Tarcísio de Freitas, para concessão de benefícios aos procuradores estaduais; ii) descriminalização do porte de maconha no país; iii) tentativa de golpe militar na Bolívia.
Ao todo, foram analisadas 154 interações, que totalizaram 6.919 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Evangélicos
Concessão de benefícios a Procuradores Estaduais de SP O grupo criticou a proposta enviada pelo governador, considerando-a injusta, sobretudo quando comparados os salários e benefícios dados aos Procuradores com o da população em geral. Os participantes reprovaram as medidas propostas, argumentando que o benefício seria oneroso aos cofres e uma concessão desigual, beneficiando somente uma classe profissional em detrimento de outras. O grupo ficou revoltado com a proposta, comparando as desigualdades salariais do país e argumentando que a medida traria mais benefícios a um grupo que já possui um salário bem acima da média dos brasileiros. O grupo posicionou-se de modo contrário à proposta, avaliando que ela traria mais privilégios a uma classe profissional que já possui muitas regalias. Alguns criticaram Tarcísio de Freitas. Os participantes evangélicos, assim como os demais, reprovaram as propostas de benefícios extras aos Procuradores.
Descriminalização do porte de maconha Muitos participantes interpretaram o caso como liberação do uso de drogas, posicionando-se fortemente contra. Esses, também acusaram o governo de ser o responsável por essa decisão, sem observar o princípio da independência dos poderes. Majoritariamente o grupo demonstrou oposição à decisão do STF. Os participantes destacaram o potencial aumento do uso de drogas, da criminalidade e dos problemas sociais como consequências negativas da decisão. Não houve consenso no grupo. Enquanto alguns expressaram apoio à medida como um passo em direção à legalização, que poderia gerar impostos e reduzir gastos com encarceramento, outros manifestaram preocupações com o aumento do tráfico e do consumo da droga. Alguns participantes apoiaram a medida, destacando benefícios econômicos, como a redução dos gastos com prisões. Outros, criticaram, enfatizando o aumento do consumo, da violência e os riscos do vício. Os evangélicos majoritariamente se posicionaram de modo contrário à resolução, preocupados com os prejuízos sociais que o uso da droga acarreta. Muitos criticaram, inclusive, o uso exagerado do álcool e cigarro.
Golpe na Bolívia Unanimemente o grupo afirmou que os acontecimentos eram fruto de uma armação do presidente da Bolívia, orquestrados para melhorar a sua reputação no país. O grupo avaliou que a tentativa do golpe visava a livrar os bolivianos de um governo ditatorial. Para eles, a decadência econômica do país era fruto das decisões ruins do presidente. A maioria dos participantes não havia acompanhado o caso ou mostrou-se superficialmente informada sobre os desdobramentos. Alguns falaram sobre os riscos da polarização política para a democracia. A maioria dos participantes não havia acompanhado os acontecimentos do país. Mesmo assim, muitos repudiaram a ação, avaliando-a como um ato antidemocrático e inaceitável. Os participantes evangélicos responderam à questão de acordo com seus grupos originais de pertencimento.
Pergunta 31
O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criou um projeto de lei, para concessão de licença por “excesso de trabalho” para os Procuradores do Estado. Segundo Tarcísio, a licença será uma “importante medida de gestão e de equacionamento das condições de excesso de trabalho”. Segundo o projeto, quem estiver sobrecarregado, poderá tirar um dia de folga a cada três trabalhados, até o limite de sete dias de descanso no mês, ou receber o valor em dinheiro. Podem pedir a licença – ou reembolso – os procuradores que trabalharem em finais de semana ou feriados para atender “providências extrajudiciais ou judiciais”, que estiverem cobrindo colegas durante férias ou licença e que acumulem funções em grupos de trabalho, comitês, mutirões, programas de colaboração ou “quaisquer atividades públicas relevantes. O salário inicial dos procuradores do Estado de São Paulo é de R$ 38,9 mil. O que vocês acham dessa concessão de benefícios apresentada pelo governador de SP?
Críticos ao projeto

Unanimemente os quatro grupos demonstraram uma profunda insatisfação com o projeto de lei proposto pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Em todos os grupos, os participantes expressaram indignação e revolta, destacando a disparidade entre os privilégios concedidos aos procuradores e a falta de benefícios para os trabalhadores comuns. Muitos consideraram a medida injusta e um reflexo de como a elite continua a ser favorecida em detrimento da maioria da população trabalhadora. As respostas evidenciaram uma percepção clara de que a proposta reforça a desigualdade existente, privilegiando uma classe já bem remunerada enquanto os trabalhadores de setores essenciais enfrentam condições laborais difíceis, sem compensações adequadas.

Os participantes enfatizaram que o governo deveria concentrar seus esforços em criar projetos que beneficiem todos os trabalhadores, garantindo uma distribuição mais equitativa dos benefícios e melhores salários a todos. Houve um consenso de que o projeto de lei é uma afronta aos trabalhadores que enfrentam longas horas e condições precárias sem recompensas proporcionais.

"Eu acho vergonhoso um projeto de lei dessa natureza, enquanto nos assalariados mal temos direito de receber férias e FGTS que já até quiseram extinguir , um político cria uma lei absurdo dessas , sou totalmente contra." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu não concordo com esses benefícios apresentados. Já pensou trabalhar 3 dias, e descansar 1 porque trabalhou demais. Se for assim, todos teriam esse direito, não somente os privilegiados. Porque todo trabalho honesto é digno. Eu imagino o rombo que seria em um ano de trabalho desses procuradores para o Brasil, e o salário deles já é bem generoso." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Eu acho engraçado que este tipo de concessão só existe para os altos escalões,o pobrezinho trabalhador que ganha um salário mínimo e rala pra 10 pessoas juntas, não tem este tipo de vantagem, por que será ???? O direito deveria ser igual para todos." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Achei ridículo, não vejo como medida de gestão, se tem excesso de trabalho que contratem mais procuradores e pagar menos, assim o trabalho renderia mais." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Acho inadmissível isso ,eles já têm tantos benefícios,e ainda acham pouco é,porque não fazem um projeto desses,para os assalariados,que trabalham feito burros de carga,e têm uma mísera folga por semana." (G2, 26 anos, vendedora , AL)

"Cada um puxa a sardinha pro seu lado … aff ! Isso é sério msm? Onde iremos parar, enquanto o reles trabalhador assalariado tem que fazer hora extra, novos trabalhos para se viver. Sentir cansado? Não podemos. Mas esses daí devem né?! Que triste a nossa realidade" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Inacreditável ler uma notícia dessa ..... Pedir licença ou reembolso enquanto trabalhadores assalariado trabalhando muitas vezes 6x1 em trabalho braçal ganhando pouco e ainda tendo que agradecer por ter um trabalho procuradores com salários altíssimo ainda com direito a descanso por excesso de trabalho só rindo." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

"Pro trabalhador CLT não tem esses privilégios! Esse governador de são Paulo é horrível, infelizmente o povo de são Paulo tem que aturar. Mais se isso fosse para todos os trabalhadores,mas só beneficia a elite. Discordo totalmente!" (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Sou totalmente contra ao meu ver esse projeto só privilegia uma categoria de trabalhadores. Seria justo se o projeto abrangesse por exemplo os trabalhadores braçais que muitas vezes tem excesso de trabalho e nem por isso tem algum benefício. Sei que um trabalho intelectual tem seu valor. Muito me indigna saber que se perde tempo para elaborar um projeto deste que só favorece uma classe que já tem uma ótima remuneração." (G4, 53 anos, artesã , SP)

Defensores do Tarcísio de Freitas

Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) criticaram o projeto como os demais, porém alguns levantaram suspeitas sobre a idoneidade da notícia, argumentando que poderia ser falsa.

Essa parcela de participantes expressou descrença nas fontes tradicionais de mídia, como Folha de São Paulo, UOL, e Globo, alegando que essas mídias são tendenciosas e criadoras de fake news em prol da esquerda política. Após a condução do debate para essa perspectiva cética, a retórica predominante foi a de que a direita estaria sendo injustamente atacada pela esquerda através da mídia, e que isso seria uma estratégia para ganhar eleições através de manipulação e desinformação. Alguns defenderam a integridade de Tarcísio, destacando seu crescente apoio popular como uma ameaça aos adversários políticos.

"Eu não concordo, porque o salário do procurador do estado já é muito alto e isso já compensa todo o trabalho que eles tem na profissão, porque só a elite tem regalias se quem carrega o sistema pesado nos ombros é o trabalhador que ganha pouco e trabalha no limite da estafa pegando ônibus e trem lotados para sustentar esse sistema caro e cheio de privilégios. Não li nada a respeito sobre isso, não sei se foi ideia do governador Tarcísio, não vou julgar porque a esquerda vive levantando fale news contra os políticos de direita, e eu gosto do Tarcísio. Mas não concordo com essa concessão de benefícios para quem já ganha um salário absurdo de alto." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Pode ser fake news, pois o único lugar que eu tinha visto foi na UOL. Tudo panelinha com a Globo. Achei um absurdo esses benefícios. O Tarcísio é de direita, e possível candidato para a presidência do Brasil." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Tbm percebi esse tipo de notícia pela Folha, pela Globo e outros que só dão notícias a favor da esquerda. Pesquisei no YouTube, não encontrei nada. Google só páginas que lambem o governo e a esquerda. Estranhei mesmo!" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Eles vão fazer de tudo para destruir a imagem do Tarcísio, só sabem fazer isso, acusar com mentiras ou vem com assunto sem sentido como se fosse a verdade para convencer os eleitores." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"E o pior que a esquerda faz de um jeito que o povo acaba acreditando, tem que pesquisar a fundo as informações, e ver a veracidade do que foi postado. Estão querendo derrubar a direita a todos custo! Só assim, eles podem ganhar eleições com falcatruas, fake News, farsas, e arquitetando manobras para ganhar mais eleitores a favor deles próprios. Só assim a esquerda ganha, pois a maioria com toda certeza é de direita!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

Pergunta 32
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (25), descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. De acordo com a manifestação da maioria do Supremo, o porte de maconha continua sendo ilícito, mas as punições aos usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal. Em suma, o porte de maconha, mesmo que individual, permanecerá sendo considerado um ato ilícito, ou seja, contra a lei e proibido em ambientes públicos, mas não acarretará em prisão dos envolvidos. Segundo dados do IPEA, Brasil gasta quase R$ 600 milhões ao ano com presos condenados por portar até 100 gramas de maconha. Como vocês avaliam essa decisão?
Contrários à mudança nas leis

A maioria dos participantes, de todos os grupos, adotou posição contrária a que foi estabelecida pelo STF. Com maior recorrência nos grupos bolsonaristas, mas também presente entre participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes), o discurso predominante foi de que a descriminalização seria um caminho para aumento do uso de drogas. As respostas demonstraram um profundo ceticismo quanto aos benefícios da decisão e um forte desejo por medidas mais rigorosas contra o uso e o tráfico de drogas.

Os participantes expressaram preocupação com o aumento da violência, do tráfico e do consumo de drogas entre os jovens. Muitos argumentaram que a maconha serve como porta de entrada para drogas mais pesadas e que a decisão poderia enfraquecer as penas para traficantes.

Nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) houve também críticas ao STF, alegando que a decisão deveria ser tomada pelo Congresso, e não pelos ministros do tribunal, o que foi visto como uma interferência inconstitucional. Alguns acusaram o governo federal de ser o responsável por tal decisão.

Nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) alguns participantes sugeriram que, ao invés de descriminalizar, o foco deveria ser em políticas públicas mais eficazes de tratamento e prevenção ao uso de drogas.

"Eu, sou contra a liberação das drogas em qualquer quantidade, isso vai aumentar ainda mais a violência com a facilidade de conseguir maconha, muitos vão querer roubar pra sustentar o vício e não serão punidos por isso. Que governo maldito é esse, que só governa contra o povo e a favor de bandidos. Pra que eleições se o STF está aprovando leis ao invés do congresso, ninguém votou nos ministros do STF, eles não nos representam, que loucura estamos vivendo, parece que não temos constituição, as leis sendo ignoradas por um ministros militantes do PT. Sou totalmente contra essa arbitrariedade maléfica, que Deus tenha misericórdia de nós e de nossos filhos. Muito triste isso!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Eu achei um absurdo a liberação, sou totalmente contra a liberação de qualquer tipo de droga ilícita ser liberada! Já imaginaram que vai aumentar o tráfico, o traficante vai levar pouca quantidade, vai vender sem ser preso, e aumentar o número de jovens usando a maconha. Esse desgoverno está de parabéns pela grande iniciativa, aonde vamos parar? Vai aumentar a criminalidade, furtos, jovens iniciando nesse mundo, pois o governo apoia! Deus proteja nossos jovens, que são o futuro do Brasil! Indignado!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Não sou a favor da liberação do porte de maconha p/ uso pessoal, Acho q isso pode incentivar mais pessoas a usarem drogas...acredito que a fiscalização não será eficaz e a lei pode não ser bem aplicada, com isso causando mais problemas sociais." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Na minha opinião o Brasil ainda não é capaz de aceitar a liberação do porte da maconha,por diversos motivos. Nós ainda não somos capazes de enfrentar de cara a criminalidade,o crime é o fator principal para que isso aconteça, liberar uma pequena quantidade com a prerrogativa de que seria benéfico isso não me entra na cabeça. Temos grandes problemas com a desigualdade social,temos uma grande massa,favelas do mundo e é ali onde os criminosos atuam,atuam na classe mais vulnerável,lucram e destroem família por causa das drogas, facções, milícias todos estes irão se beneficiar dessa injustiça liberação. Tomara que isso não passe pelo senado e nem pela câmara dos deputados,e que nem um grama de.maconha seja aceito por eles." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

"Para mim esse é o primeiro passo para a legalização da maconha. E com essa atitude os usuários se sentem mais impunes e o tráfico aumenta o lucro. O Brasil vai deixar de gastar com punição, para gastar com conscientização, porém uma conscientização ineficaz. Já passou da hora da nossa justiça desenvolver maneiras eficientes para a correção dos problemas que assolam o nosso país, hoje a prisão faz com que as pessoas saiam piores do que entraram e as atitudes não criminalizadas são tratadas como piada pela população. Como dito pela Jhuliana, só vai chover no molhado." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Tbm considero chover no molhado! Fato! Acredito que seja mais um passo para legalizar a droga. O que já poderia ter sido feito , assim como em alguns países do mundo. Agaranhar imposto, fazer conscientização e trabalhar ambientes para o uso. Ajudaria na discriminação e consciência da droga. Mas desse jeito ai sou contra, só vai facilitar um pouco o uso" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Eu concordo que o Brasil não tenha um amadurecimento para um debate sobre discriminação do uso de maconha. Eu sou contra a liberação de uso de maconha porque uso de drogas é muito prejudicial, seja com a quantidade e frequência que for. Mas o fato de liberar o uso e porte em pequenas quantidades não contribuirá na busca de equidade no sistema judiciário. Equidade judiciária é algo muito mais amplo e complexo de se debater e passa até mesmo por um repensar social." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Pra existir o usuário tem que existir o traficante,então sou contra a descriminalização da maconha. Gostaria de o uso fosse só medicinal com a cannabis que ajuda em melhoria de algumas doenças. Fora isso sou contra,pois famílias são destruídas,pois muitos usuários prejudicam suas famílias." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Eu creio que essa não seja a melhor solução. Ao meu ver muitos intendenderao como incentivo a decisão e que assim só vai aumentar o consumo sem punição." (G4, 53 anos, artesã , SP)

"Eu sou contra a discriminação do porte de maconha e de qualquer tipo de droga. Mas tenho a opinião que a prisão do usuário poderia também ser convertida em tratamento se o usuário desejasse ajuda para deixar o vício ou até mesmo converter a prisão em trabalhos voluntários. Não adianta prender o usuário se não prender o traficante. Só tem droga para uso porque alguém vende. O traficante precisa ser preso e ter punição exemplar e sem privilégios ou progressão de pena. Já quanto ao uso medicinal do cababidiol eu sou a favor, desde que com uma fiscalização bastante rigorosa, mas sem necessidade de judicialuzar as decisões de quem tenha direito ou não ao uso; essa decisão cabe ao Médico." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

Favoráveis à mudança nas leis

Entre os participantes que apoiaram a medida - uma pessoa no grupo 1 (bolsonaristas convictos) e com mais intensidade nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes), os argumentos destacaram os benefícios econômicos decorrentes, como a redução dos gastos com prisões e a possibilidade de direcionar recursos para políticas de saúde pública e tratamento de dependentes. Houve quem enfatizasse que a legalização poderia também desarticular o poder do tráfico organizado sobre a venda da droga, além de beneficiar aqueles que utilizam maconha para tratamentos medicinais.

Para alguns, a descriminalização não mudaria em nada a decisão pelo consumo, uma vez que, segundo esses, a ilegalidade não era vista como um fator coercitivo para os usuários de maconha.

"Avalio como positiva. A maconha não é porta de entrada para outras drogas e sim o álcool. Uma coisa é estar com um baseado no bolso e outra é um kilo no carro. Por mais que o uso recreativo cause danos mentais, o alcool e a nicotina causam danos piores, não só na saude como tambem sociais. Nunca vi acidente de carro por causa de maconha. Nunca vi brigas por causa de maconha. Em relação a maconha, continua sendo ilícito. Não veremos ninguém em uma praça fumando. Não foi nada liberado. Apenas vão por um limite de gramas. Passando desse limite será considerado tráfico e haverá prisão. Se o cidadão, que antes era preso por um baseado, vai terá que assinar o termo circunstanciado(como sempre foi feito ) terá processo administrativo registrado"" (G1, 35 anos, artesã , SC)

"Sou a favor, mas acho que em vez de apenas descriminalizar o porte da maconha, devia ter a preocupação de criar políticas de legalização com campanhas e regras rígidas, para o uso legal e consciente do cidadão. Porque ela já circula ilegalmente entre a população, então criminalizar ou descriminalizar não faz muita diferença." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Se é para economizar dinheiro público, sou super a favor. Gastar R$600 milhões ao ano com pessoas que vão voltar a fumar assim que saírem da cadeia é rasgar dinheiro. Então, melhor só punição administrativa mesmo. As pessoas que gostam de maconha sempre vão fumar, independente de qualquer proibição. Por isso sou a favor da liberação geral, assim ia acabar com o tráfico, que só se fortalece porque é proibido." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Na minha opinião eu acho que deveria legalizar logo, quem faz uso não está interessado em saber se pode ou não, e faz e vai continuar fazendo uso! Agora com a descriminação ficou mais fácil ainda. Olhando pelos gastos que isso gera todos os anos com condenados por fazer o porte de pequenas gramas, o supremo tribunal tem essa decisão e se formos parar para pensar no final das contas somos nós que pagamos através de impostos que eles fiquem presos e muitas das vezes recebem benefícios até maiores que nossos salários mínimos que ficamos o mês todo trabalhando kkk. Então legalize logo, fume quem quiser." (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"Bom eu sou a favor da descriminação para usuários, não apoio o tráfico mas também vejo como algo econômico para o próprio Brasil, o Brasil tem que se preocupar com coisas que realmente é grave e dar total atenção a isso." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)

"Essa lei eu super gostei pois além de pensar na economia estão fazendo algo muito bem, pois a cerveja causa diversos acidentes além de outros danos familiares e está ali todo churrasco brasileiro, e além do mais legalizado. Então acredito que fará um bem grande pra economia além de ajudar diversas doenças tanto mentais como as crônicas ☺️" (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)

"Foi uma boa decisão, visto que o dinheiro gasto com a criminalização é bem alto e pode ser usado para coisas mais urgentes e necessárias, como políticas de saúde pública, prevenção do uso de drogas, tratamento de dependentes, pesquisas sobre os efeitos da cannabis e etc. Também com a descriminalização pode reduzir o trafico da maconha e assim retirar o controle das mãos de organizações criminosas." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"EU ACOMPANHEI ONTEM A NOTICIA,EU GOSTEI BASTANTE DA DECISÃO.ISSO VAI GERAR ECONOMIA PARA O PAIS COM OS GASTOS COM OS PRESOS,E DIMINUIR AS GUERAS DE FACÇOES COM MUITAS MORTES DE JOVENS INOCENTES.A MACONHA É UMA PLANTA BENEFICA PARA MUITAS DOENÇAS,E CAUSA MENOS MORTE MUITO MENOS DO QUE OUTRAS DROGAS E O ALCOOL,ATE QUE ENFIM O STF CRIOU ALGO SENSATO." (G4, 51 anos, professora , RS)

Pergunta 33
A Bolívia viveu horas de incerteza nesta quarta-feira (26) depois que um grupo de militares se mobilizou no centro de La Paz, algo que o presidente Luis Arce descreveu como uma tentativa de “golpe de Estado”. Soldados e veículos militares tomaram por algumas horas o controle da Plaza Murillo, em La Paz, e entraram no Palácio Quemado, sede do governo, liderados pelo general Juan José Zúñiga. Horas depois, Zúñiga foi preso pela polícia. Vocês souberam desse acontecimento? Como avaliam o caso?
"Informados"

Somente os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) estavam suficientemente informados dos acontecimentos no país vizinho.

Para os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) o golpe havia sido tramado pelo próprio presidente, a fim de elevar sua popularidade no país. Muitos criticaram a gestão de Luis Arce, comparando-a com a de Lula e avaliando-a como uma ditadura opressora, responsável pela falência econômica do país.

"Eu acompanhei o caso. E ja foi comprovado que tudo nao passou de uma manobra de luis Arce para tentar melhorar sua popularidade e sair como heroi.. A farsa foi desnunciada pelo proprio general zuniga." (G1, 54 anos, músico, RS)

"Pelos portais de notícias que eu sigo tudo isso não passou de uma palhaçada orquestrada pelo próprio presidente da Bolívia, que enganou bastante gente de direita aqui no Brasil que chegou a noticiar que estava em curso um golpe de estado na Bolívia, achei tudo isso uma encenação, de muito mal gosto." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Pelo que eu li, foi uma falsa tentativa de golpe. Manipulação do Luís arce, um presidente que faz isso não merece nenhuma credibilidade para mim! O general denunciou e foi preso. Na realidade o presidente da Bolívia quem manda nas forças armadas, ele é o soberano, sabe tudo! Que aliás só faz asneiras, igual ao nosso presidente Lulinha! Quando abre a boca só sai besteira, e só pensam nos bolsos cheio de dinheiro, o povo que se lasque!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

" Pelo que acompanhei dessa notícia foi tudo uma encenação por parte do presidente pra aumentar sua popularidade e desviar a atenção pra péssima condição econômica do país." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

Mudanças necessárias

Os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) viam unanimemente a Bolívia como um país regido por um regime opressor e ditatorial. Porém, o grupo se dividiu na análise da situação.

Para parte do grupo, a intervenção foi vista como um passo, mesmo que controverso, na direção de uma mudança necessária, como uma resposta extrema contra o governo tirânico e opressor de esquerda.

Os outros participantes repudiaram a invasão do Palácio Quemado, avaliando como uma abordagem imprudente, expressando desejos por soluções mais pacíficas e estruturadas, que possam beneficiar a população a longo prazo, sem recorrer à violência.

"Sim tomei conhecimento, até que enfim alguém tomou uma atitude para acabar com a tirania daquele governo,que maltrata o povo e deixa que a população passe fome e necessidades. Não sei se é a melhor atitude,mas já é uma." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Sim, vi no noticiário esse caso. A Bolívia precisa se desamarrar desse governo ruim, ditador, e alguém tem que ter força pra lutar pra uma mudança, mas penso que invadir a sede do governo não é uma boa opção." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"O que eu sei sobre o presidente Luis Arce da Bolívia é q ele é um ditador esquerdista. De acordo com as informaçoes da midia relatou q um grupo de militares tentou tomar o controle da Plaza Murillo em La Paz e invadiu o palácio Quemado como tentativa de golpe de Estado. Na minha opinião essa visão esquerdista vai contra aquilo que penso, eu vejo a situação da Bolivia e temo q o Brasil esteja seguindo um caminho parecido como o da Venezuela e da propria Bolívia, com grande risco de enfrentar problemas semelhantes no futuro." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Eu li rapidamente algo,acho isso uma ação e tanto, acredito que para conseguir mudanças é necessário punho forte,tomara que essa luta seja para o bem do pais,e principalmente para a população pois são os mais prejudicados em tudo" (G2, 50 anos, auxiliar , SP)

"Eu vi o caso pelo Instagram e pelos veículos de comunicação nacional, acho que é um pouco radical demais , más acontece quando o governo não agrada a sua população." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"nós temos visto nos últimos anos na América do Sul exclusivamente,partidos esquerdistas com viés ideológicos socialistas assumindo varias presidências de vários países latino americano . que outrora produziam e acompanhavam todo o crescimento econômico do mundo e hoje em dia nós vemos essas nações enfraquecidas pautadas apenas nos ensinamentos do fórum de São Paulo. Vi esses dias várias notícias sobre uma possível tentativa de Golpe de Estado que na minha opinião é mais uma tentativa da mídia tentar puxar a opinião pública a viver uma realidade que ela não vive. A Bolívia nesse momento já está vivendo uma ditadura na cara dura,e toda essa tentativa dos militares é na minha opinião é de se ver livre de um governo cruel,digo isso porque já está acontecendo, começaram prender o general, vão agora dos oficiais rebeldes,vão atrás dos soldados até chegar na população." (G2, 42 anos, assistente logístico, PE)

Defensores da democracia

Poucos participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) haviam acompanhado os fatos ou demonstraram interesse em debater o assunto. Para esses, os atos eram inadmissíveis, tanto por ferirem os princípios democráticos, que deveriam ser respeitados acima de tudo quanto pela violência empregada.

"Não ouvi ou vi nada aí da sobre esse acontecimento. Sinceramente não sei opinar" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Li muito pouco sobre, mas pelo o que entendi militares do alto escalão tentaram uma invasão ao palácio do governo. Isso tem cara de ser planejado pela oposição ao governo atual, afim de desmoralizar o trabalho feito. Inclusive em 2019, a Bolívia passou pela mesma situação na época do presidente Evo Morales, com um "golpe" militar para desestabilizar o governo vigente." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Eu vi uma matéria rápida sobre o assunto no CNN, aonde dizia que muitos moradores temendo o aumento na inflação correram para o supermercado para fazer estoque. Claro que o receio não foi justificado mas dá pra vermos como cada um age na incerteza.Isso porque no outro dia era como se nada tivesse acontecido, um desavisado dificilmente saberia do acontecido. Na mesma matéria comparou o acontecimento com o do ano de 2019 mas não acompanhei esse e nem sei sobre o que se trata." (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"Nao me envolvi no assunto. Mas é algo sobre um golpe fracassado. Algo que não foi planejado e foi feito no impulso. Mas estão enfatizando ser um golpe de estado." (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Infelizmente quando acontece algo como golpe de estado significa que as pessoas esqueceram da democracia. Infelizmente atos como esse não resolvem nenhum problema. Pelo contrário só aumentam os problemas. Vi já no finalzinho de uma reportagem que o presidente trocou todo o comando militar." (G4, 53 anos, artesã , SP)

"Não acompanhei profundamente, mas não concordo com esse tipo de ação, principalmente quando há violência. Vejo que cada um defende seu ponto de vista, porém nenhuma tentativa de golpe pode ser aceita, pois uma nação se norteia pela vontade da maioria." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

"Não fiquei sabendo sobre isso, não tenho muito o que opinar, só que não concordo com nenhum tipo de violência ou golpe." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Fiquei sabendo e acompanhei com atenção esse fato lamentável. Essa tentativa de golpe antidemocrático é algo muito grave e que não pode acontecer em nenhum país que queira ser democrático. Essa tentativa de golpe, para mim, é fruto da instabilidade política da Bolívia. A Bolívia é um país que saiu recentemente de uma governo extremamente repressor e violento, e que ainda tenta lançar seus tentáculos sobre a frágil democracia da Bolívia. Essa tentativa - felizmente frustrada - de golpe militar só demonstra a fragilidade da atual democracia na Bolívia; esses golpistas demonstram que regimes repressores ainda têm muita força política na Bolívia. Espero que a Bolívia consiga num futuro próximo ser um país mais estável politicamente e mais em paz." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

Considerações finais

Os temas da semana reforçaram alguns comportamentos típicos dos grupos acompanhados nesta pesquisa.

O debate sobre os benefícios concedidos aos procuradores do Estado de São Paulo - embora tenha unificado os grupos sob a ótica da desigualdade salarial e de benefícios concedidos no país para alguns grupos de elite - com o decorrer das interações deflagrou características típicas dos bolsonaristas convictos: a defesa da direita e dos seus. Mesmo criticando a temática, prontamente esses participantes questionaram a veracidade da notícia, defendendo Tarcísio de Freitas e acusando as mídias tradicionais (dessa vez incluindo até a Jovem Pan) de noticiarem apenas fatos benéficos ao governo e à esquerda.

De resto, o aumento proposto pelo governador de São Paulo foi rejeitado consensualmente em todos os grupos. A justificativa é baseada na percepção de que os procuradores já têm salários polpudos e muitas regalias e de que, por conseguinte, seriam ainda mais beneficiados, enquanto o resto da população em nada se beneficia.

A descriminalização do porte de maconha foi enquadrada por todos os grupos dentro do assunto mais amplo da liberalização do uso de drogas, particularmente pelos mais conservadores. Esse tema é na verdade bastante impopular na sociedade brasileira, como mostram repetidas pesquisas de opinião. Enquanto os bolsonaristas convictos mais uma vez identificaram a mão do governo por trás de algo que desaprovam, mesmo que a decisão tenha sido de fato do STF, os moderados preferiram justificar sua rejeição pelos aumentos da criminalidade e da adição, que a medida supostamente traria. Os flutuantes e lulodescontentes se dividiram entre aqueles que também acreditam que a liberalização pode aumentar o vício e a criminalidade e outros que viam na legalização benefícios econômicos advindos da taxação e de menores gastos com prisões de usuários. Previsivelmente, os evangélicos foram contrários à decisão e aproveitaram para também criticar o uso de álcool e tabaco.

A grande surpresa da semana ocorreu na questão sobre o potencial golpe ocorrido na Bolívia. Enquanto os bolsonaristas convictos avaliaram os fatos amparados em notícias sobre ter sido um ato combinado para reforçar a imagem do atual presidente, mas sem relatar as fontes dessas informações, parcela dos bolsonaristas moderados se mostrou aberta a aceitar o golpe militar como solução emergencial para o país, que supostamente viveria numa ditadura da esquerda. Mesmo não sendo favoráveis aos ataques do 8/01, esses participantes demonstraram que sua defesa da democracia não é inquebrantável.

Os flutuantes estavam pouco informados sobre o assunto, mas aproveitaram para criticar a polarização política, como prejudicial à democracia. Foram somente os lulodescontentes a rejeitar claramente o ocorrido, ainda que muitos não tivessem acompanhado seus detalhes.

Distribuição da Participação
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Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

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#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

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ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

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Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.