O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 1° a 7/7, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) mudanças na lei, para garantir o pleno atendimento em saúde de pessoas transexuais e travestis ; ii) alta do dólar e novas manifestações de Lula sobre o mercado financeiro; iii) indiciamento de Jair Bolsonaro por apropriação de bens públicos, pela venda das joias .
Ao todo, foram analisadas 177 interações, que totalizaram 8.533 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Atendimento de Saúde a pessoas trans e travestis | O grupo mostrou-se bastante incomodado com as mudanças, argumentando que o SUS deveria priorizar procedimentos emergenciais ao invés de questões por eles avaliadas como desnecessárias. | A maioria do grupo apoiou as mudanças propostas, considerando que o atendimento de saúde deveria ser um direito universal e tais mudanças vinham ao encontro dessa premissa. | O grupo apoiou completamente as mudanças propostas, celebrando a garantia dos direitos universais. Muitos foram pesquisar sobre as mudanças e reforçaram seus posicionamentos favoráveis. | Unanimemente o grupo apoiou as proposições, comemorando a ampliação de direitos da comunidade. Muitos defenderam o direito à identidade de gênero e a completa integração desses na sociedade. | O grupo celebrou as mudanças, percebendo-as como uma vitória para as comunidades trans, apontando que a medida traria mais dignidade, respeito e igualdade. | Os participantes evangélicos se posicionaram de modo diverso, de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Alta do dólar e manifestações de Lula | Os participantes avaliaram Lula e Haddad como despreparados, acusando-os de incompetência e irresponsabilidade. Para eles, a alta do dólar era sim reflexo das falas do presidente e de sua incompetência para governar o país. | Houve uma visão comum de que as declarações do presidente geraram incerteza e afetaram negativamente o mercado, causando alta do dólar e afetando as exportações e a imagem internacional do Brasil. | Os participantes expressaram preocupação com as declarações de Lula. A opinião predominante foi de que os políticos, especialmente os presidentes, têm uma enorme influência sobre a economia com suas falas e atitudes e que Lula deveria ser mais responsável e cauteloso. | Houve consenso de que as declarações do presidente repercutiram negativamente, especialmente por afetarem mercados sensíveis, como o de câmbio. Porém, muitos participantes apontaram fatores mais relevantes para a alta do dólar, nesse momento. | Os participantes concordaram que a valorização do dólar é um fenômeno complexo, amplamente influenciado por eventos externos e especulações de mercado, e não apenas pelas declarações do presidente. | Não houve interferência do viés religioso na formulação das respostas dos participantes praticantes das religiões evangélicas. |
Indiciamento de Bolsonaro | Unanimemente o grupo reforçou o discurso de que Bolsonaro era perseguido politicamente e inocente de todas as acusações sofridas, retomando as acusações sofridas por Lula para traçar comparativos entre os dois. | Todos do grupo concordaram sobre haver perseguição política contra Bolsonaro, porém a maioria avaliou que havia indícios de que ele era culpado no caso da venda das joias. Apenas alguns defenderam sua inocência. | O grupo avaliou como justas as acusações realizadas e também o indiciamento de Bolsonaro pelo caso das joias. Alguns, mesmo adotando essa posição, acreditavam que o ex-presidente era perseguido politicamente. | A maioria do grupo avaliou o indiciamento como justo, defendendo que todas as pessoas deveriam ser julgadas de acordo com seus erros e que Bolsonaro havia cometido muitos. Alguns viam perseguição política no caso, mas não inocentaram o ex-presidente. | O grupo não via perseguição política e sim um processo justo de investigação. Muitos afirmaram que aguardariam as conclusões para confirmar se ele era ou não culpado. Caso fosse, havia expectativas de que cumprisse sua sentença. | Os participantes evangélicos responderam à questão de modo diverso, mais ancorados em seus grupos de pertencimento. |
Alguns participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e todos os participantes dos grupos 3 (eleitores flutuantes), 4 (lulodescontentes) e 5 (lulistas) apoiavam as mudanças estabelecidas, defendendo o princípio do direito universal à saúde. A maioria celebrou a vitória dessa classe, apontando que tais ações contribuiriam para a inclusão social desses grupos.
Alguns mostraram-se preocupados com as demandas extras que tais medidas poderiam trazer ao já conturbado SUS, avaliando que as pessoas que tivessem realizado a cirurgia de mudança de gênero poderiam necessitar de atendimento especial.
"Creio eu que nesse caso é uma mudança que está indo em concordância, pois questão de saúde é humano não questão de gênero, eu penso que é válido até por que muitas das vezes essas pessoas tinham vergonha de ir buscar atendimento justamente pelo atendimento e também por outras pessoas as julgarem, com essas mudanças creio que por lei ficaria mais tranquilo deles conseguirem atendimento de forma em geral." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Eu acho bem louvável que o governo se preocupe com essa questão. Acima de tudo, somos seres humanos e devemos ser respeitados em todas as nossas necessidades, como eu não faço parte desta minoria, não tenho ideia dos problemas que enfrentam ao tentar receber cuidados médicos. O SUS é completamente capacitado para gerir essa questão e creio que quando chegar na sua porta terão novas opções para serem colocadas em prática para a população LGBT+." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Sou a favor sim é um direito de todos terem uma atendimento adequado.Mais também concordo com a opinião da colega, será que algumas especialidades estão preparadas pra receber esses pacientes? Teria que ter uma unidade especializada em atendimento pra eles até pra ter um serviço de mais qualidade ." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"Eu sou a favor das mudanças, acho que todos merecem atendimento igualitário e se isso não ocorre naturalmente, pois a população ainda tem muito preconceito, deve ser feito através de medidas e portarias. Na minha opinião a população trans deve ser tratada como qualquer outra, a sociedade precisa aceitar esse grupo e inseri-los no mercado de trabalho, etc sem tanto tabu a respeito do tema." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"NAO ASSISTI A NOTICIA MAS ESTOU SURPREESA E OTIMISTA COM ESTE RESULTADO,TODOS SOMOS FILHOS DO MESMO GRANDE CRIADOR DO UNIVERSO,E CADA SER HUMANO É UNICO COM SUAS CARACTERISTICAS FISICAS E EMOCIONAIS,E MERECEM TODO O RESPEITO E DIGNIDADE.AGORA COM ESTA DECISAO VAI MELHORAR MUITO A VIDA DESTAS PESSOAS QUE VAO TER ATENDIMENTO ACOLHEDOR E HUMANIZADO NOS SISTEMAS DE SAUDE NO BRASIL, E ESPERO QUE A LEI SEJA CUMPRIDA NA SUA TOTALIDADE." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Muito me alegra saber que com essa decisão mais uma barreira do preconceito foi quebrada, garantindo igualdade. Vivemos em uma sociedade que independente de gênero sofre com a saúde pública. Imagino como deve ser sofrido para os travestis e transexuais buscar atendimento de saúde. Afinal CPF não tem gênero. Todos nós pagamos impostos e todos tem direitos a saúde." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Eu acredito que dentro e fora de qualquer contexto, antes dos gêneros, todos são seres humanos, com valores, sentimentos e etc. é um grande passo a inclusão dessas pessoas. assim como elas anteriormente teriam se adaptado ao sistema opressor e homofóbico, agora o sistema terá que se adaptar. um grandão passo, uma grande vitória. acredito que todos gostaríamos que esse fosse o fim de tempos homofóbicos, mas devemos comemorar as “pequenas” conquistas para essas pessoas que sofrem desde muito tempo." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"É um direito garantido por lei. O acesso à saúde, assim como outros direitos não podem ser obstruídos por ideologias ou opiniões preconceituosas." (G5, 49 anos, bancário , CE)
Unanimemente os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) rejeitaram as proposições, realizando questionamentos bastante desinformados acerca das vivências das pessoas trans e travestis. Para esses, outras demandas do país eram mais importantes do que essa, citando problemas na economia e educação e na própria capacidade de atendimento do SUS.
"Se não entendi errado um travesti vai poder se consultar com um ginecologista ou uma lésbica poderá ser atendido por um urologista? Se for isso mesmo é o direito mais sem futuro que já vi kkk" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Se é que eu tenha entendido, um travesti ou uma pessoa trans por exemplo tem que ser atendido dignamente, isso ok. Mas ser atendido por um ginecologista? Aonde vamos parar? Realmente fica muito confuso na minha cabeça o que o desgoverno do Lula pretende com tudo isso? Talvez um médico apropriado para todos os gêneros existentes? Mas são tantos gêneros que até desconheço. O mundo tá virado de ponta cabeça! Essa é minha opinião, não quero ofender ninguém, mas temos outras coisas para pensar no país! Fome, saúde no geral, está o caos, educação, economia. Fui no mercado gastei 300 reais, trouxe as compras em uma sacola. Absurdo tudo isso!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Então, fui no Dr. Google pesquisar. Diz que seriam uns 200 procedimentos mas não há uma lista com todos, apenas uns 5. Seriam retirar a mama, implante de mama, mudança de sexo. Na minha opinião isso não é caso de saúde pública. Isso é vaidade, então que paguem!! Agora um doente vai perder a vaga pra um bonito que quer ser bonita" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Um absurdo, como um homem que se entendi como mulher ira passar por uma ginecologista ,isso não existe ,olha cada uma que só Deus" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"Acho que seria constrangedor para as senhoras que frequentem o ginecologista, e se deparar com um trans, travesti. Acho que ninguém pensou nisso. Nas famílias conservadoras, e outra ginecologista perde com isso. E pelo SUS tem outras prioridades, como uma cirurgia de catarata que estou há mais de dois anos para conseguir. Que faz parte de médicos especialistas, tá difícil viu!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Mesmo que tivesse feito a transição, ainda assim, não teria ovário, útero, mamas, nada feminino. Pq tirou o órgão sexual masculino, não significa que se tornou uma mulher."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
Os evangélicos posicionaram-se em concordância com seus grupos de pertencimento. Entre os participantes dos grupos bolsonaristas houve rejeição às proposições, mas entre os demais, não. A religião aqui não foi um fator preponderante para embasar as opiniões.
"Acho que seria constrangedor para as senhoras que frequentem o ginecologista, e se deparar com um trans, travesti. Acho que ninguém pensou nisso. Nas famílias conservadoras, e outra ginecologista perde com isso. E pelo SUS tem outras prioridades, como uma cirurgia de catarata que estou há mais de dois anos para conseguir. Que faz parte de médicos especialistas, tá difícil viu!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Eu acho isso uma militância sem fim pra dividir a população, tanta coisa mais importante que o SUS não está dando conta, como as pessoas que estão na fila de transplante, na fila pra fazer cirurgia de urgência e vem esse povo militante que quer cirugia grátis, quer mudar de sexo que arque com os custos do seu próprio bolso, tem muitas outras prioridades na frente, isso é um deboche com a população que banca o SUS e esses políticos que não prestam pra nada, só pra causar escândalos." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"O meu pensamento em relação ao assunto proposto: Nesse encarte,ao meu ponto de vista,fica bem claro que há interferência nos conceitos prioritários e básicos na questão que se refere,a saúde do homem e da mulher, E fica claro que estão sendo invadidos por interpretação de uma instituição que não passa nesse momento crédito nenhum,eu não sou capaz de acreditar nesse supremo,não é porque está se dando direitos a um grupo prioritário,respeito a todos os gêneros e tenho ciência que é importante este grupo ter os seus direitos respeitados,contudo que esse mesmo grupo respeite a família formado por Homem e mulher. Fica bem nítido que o supremo está trabalhando nas pautas e nos viés ideológicos socialistas e olhando está atitude sou totalmente contra." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Eu acredito que será uma mudança mais que eficaz,a saúde é um direito de todos independente de qualquer coisa, direitos igual e atendimento com igualdade sempre ."" (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
"Eu concordo com a mudança pois todos tem que ter direito ao tratamento adequado a sua saúde. No caso do atendimento de acordo com o gênero que a pessoa se identifica tem que haver um preparo da equipe de saúde para o atendimento porque cada médico tem sua especialidade e dependendo os sintomas apresentados ele não vai conseguir diagnosticar a doença e dar seguimento ao treinamento, mas eu sou favorável sim a adaptação dos médicos para melhor atender essa classe de pessoas." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Acho que cada indivíduo tem que ter seus direitos respeitados, independente de gênero e opção sexual.Se uma pessoa não tem mais o órgão genital de nascença no caso de mulheres trans, acredito que deva ter o atendimento adequado ao seu estado na atualidade. Mais no caso dos travestis eles tem seus órgão de acordo com seu nascimento então acredito que eles precisam estudar e ouvir onde essas pessoas se sentem confortáveis pra ir e quem pode atendê-las com conhecimento." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"penso que essa mudança é muito positiva pois o mais importante é a preservação da Saúde e o acesso a atendimento e saúde básico" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
"Acho que essa mudança é bastante satisfatória e positiva, todos merecem direitos iguais sem exceção de gênero e respeitando acima de tudo." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os participantes dos grupo 1 (bolsonaristas convictos), 2 (bolsonaristas moderados) e 3 (eleitores flutuantes) viram uma relação direta entre as falas do presidente e os impactos econômicos imediatos na alta do dólar. Os membros destes grupos criticaram fortemente a forma como Lula se comunica, acusando-o de incompetência e afirmando que sua falta de habilidade comunicativa exacerba os problemas econômicos.
Em ambos os grupos, comparações com o governo anterior de Bolsonaro foram feitas, apontando que, embora ambos sejam criticados por suas falas, Lula estaria cometendo erros ainda maiores.
Os bolsonaristas convictos também criticaram Fernando Haddad, considerando-o igualmente despreparado.
Os bolsonaristas moderados avaliaram que o país precisava reorganizar sua economia, reduzindo gastos, para que nossa moeda fosse valorizada.
"O desgoverno federal não entende nada de economia muito menos de cotação do dólar, são pessoas despreparadas e sem qualquer condições de ocupar o cargo em que estão. Lula não sabe o que diz, ele mente o tempo todo, e quando diz que vai reagir a alta do dólar, fala por falar porque nem ele sabe o que fazer pra conter a economia. O Haddad é outro despreparado que não sabe o que fazer. Avalio como um irresponsável ignorante que está levando o país a falência!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Essa fala do Lula deu a impressão que nem ele sabe o que fazer, Acredito que ele tem que falar menos e agir mais, O Bolsonaro era tão criticado por suas falas, mas vejo o Lula fazendo pior, E acredito que o Dólar vai continuar subindo por que o governo não vai fazer nada para impedir." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"Essa declaração do Lula sobre o dólar foi muito incoerente, ele só fala asneiras. Não temos uma pessoa capaz nesse desgoverno para nem sequer falar de economia, o Haddad fez um curso básico de 3 meses para assumir o cargo, como pode entenderem de economia, e só afunda o nosso país!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Acho a fala do Lula completamente irresponsável, a prioridade do governo deveria ser reduzir gastos, ao contrário, só aumentam, daí querer fazer economia com o bolso do contribuinte. O dólar está em alta porque a economia americana está indo bem e cada vez atraindo mais investimentos. Assim , tem uma moeda valorizada, porque nosso governo não copia esse exemplo , essa é a "atitude" que deveriam tomar." (G2, 43 anos, professora , SP)
"A fala de um presidente tem muita influência,tanto para melhorar como para piorar a situação do País,e se a fala dele está trazendo negatividade para o Brasil, então ele tem que rever e analisar tudo que fala ou faz." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Do jeito que tá, o presidente vai quebrar a economia do Brasil até o final do seu mandato. Penso q o governo deveria focar em reduzir gastos em vez de aumentar...." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Tudo que o líder de uma nação fala tem consequências, não tem como fugir disso. Seja especulação ou não, tudo que ele disser será munição para outras pessoas, nações e partidos. E vamos combinar que faz muito tempo que não temos um presidente que saiba se posicionar e se pronunciar adequadamente, chega a ser vergonhoso. Tanto Bolsonaro, quanto Lula não têm essa capacidade ao meu ver. Só espero, sinceramente, que ninguém seja pior que a Dilma, ela conseguia falar coisas de dar nó no cérebro." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Tudo que um líder de uma nação fala , deveria ser muito bem pensado, pq tem consequências. Tivemos alguns que não tinham filtro e isso impactava negativamente o nosso país. Assim como o atual, deve tbm ser mais seletivo nas palavras e opiniões abertas. Deixar um pouco menos vítima seria uma boa tbm"" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"As manifestações do Lula só demonstram que o Brasil virou um ônibus sem letreiro, ninguém sabe o itinerário que vai seguir, são sempre falas polêmicas, sem sentido e ofensivas, me parece que só mudamos o palestrante e o alvo... E isso, como toda declaração política, resvala no Dólar, que já está inflacionado pela alta dos juros nos EUA e reflete pior para gente por conta dessas declarações que causam desconforto nas relações políticas com outros países." (G3, 25 anos, contador, RJ)
Os participantes dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) compreendiam que o tema era bastante complexo e influenciado por diversos fatores mais impactantes, como a política econômica dos EUA, as eleições norte-americanas e conflitos globais.
Para esses, as falas de Lula, embora possam ter causado algum desconforto, não eram fortes o suficiente para gerar impactos no câmbio internacional.
Entre os lulodescontentes houve críticas à falta de coordenação e entendimento entre Lula e o presidente do Banco Central, o que foi visto como um fator agravante na instabilidade econômica.
No grupo 5 (lulistas) muitos participantes manifestaram apoio ao presidente Lula, acreditando que ele está comprometido em beneficiar o povo brasileiro e preocupado com a economia do país.
"Acho que o presidente precisa ter cuidado em suas falas. Elas não são tão impactantes, mas tudo tem reflexo. Falta de entendimento com o presidente do BC trocas de picuinhas é bem pior. A atitude tem que ser tomada. O presidente diz que vai se reunir com os ministros para tratar da alta do dólar. Espero que após esta reunião saia alguma ação efetiva. Pois essa alta do dólar preocupa muito pois a inflação tem maior efeito é no pobre."" (G4, 53 anos, artesã , SP)
"ASSISTI PARCIALMENTE A NOTICIA E PERCEBI SERIEDADE E COMPROMISSO NA FALA DO PRESIDENTE ELE ESTA REALMENTE PREUCUPADO COM A ECONOMIA DO PAIS TAXAS DE JUROS E ALTA DO DOLAR.ESTE PRESIDENTE ESTA MUITO COMPROMETIDO EM BENEFICIAR O POVO BRASILEIRO E A CLASSE OPERARIA E MAIS POBRE." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Eu acredito na intenção do Presidente Lula em tentar valorizar mais a nossa moeda, principalmente nesse período da política internacional, vale salientar que o aumento do dolar, nao tem apenas a ver com nosso pais e sim com a própria política dos EUA, acredito que o nosso presidente vai tentar dar uma equilibrado, ja que nesse último mes o dolar cresceu mais de 60 centavos em comparação com a nossa moeda" (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"Embora ele tenha boas intenções, não acho que BC brasileiro tenha poder para afetar o BC americano. Existe jogo político sim por trás dessa alta do dólar." (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Acredito sim que ele tenha boas intenções também, mas não tem muita lógica. O real não tem chance alguma de afetar o dólar, os EUA é um país poderoso, dificilmente de ser atingido." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Eu entendo as boas intenções do presidente usando essa fala pra manter uma visão positiva do cenário atual mais acredito que não tenha uma solução imediata possível pra conter o aumento do dólar pois a moeda deles está sendo elevada porque lá está em no momento eleitoral. Eu acredito que nesse momento as falas do presidente do banco central podem influenciar muito mais o aumento do dólar" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
"Não acredito que a alta do dólar esteja atrelada tão somente à fala do presidente, há todo uma conjuntura externa (guerras, eleições...) contribuindo para isso. E é claro, muitos especuladores se aproveitando da situação." (G5, 49 anos, bancário , CE)
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressaram a visão comum de que o ex-presidente é perseguido politicamente, sobretudo por ser uma ameaça à reeleição de Lula, no próximo pleito.
Para esses, Bolsonaro é inocente. O fato dele ter sofrido várias denúncias, mas nada ter sido comprovado, é usado como prova de sua inocência, reforçando sua integridade perante seus apoiadores e a percepção de perseguição.
Alguns participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) compactuavam desta mesma opinião.
"Existe sim uma perseguição. Bolsonaro é uma ameaça para eles e não vão descansar até que seja preso." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"sim existe clara perseguição politica contra Bolsonaro, este caso das joias não é o único exemplo.. estão querendo igualar a reputação de Bolsonaro á lula, para coloca-lo na mesma posição em que hje lula se encontra, que éa de EX PRESIDIARIO..." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu acredito no ex presidente, já houve várias denúncias contra ele , mas nada conseguiram provar , já está mais que provado que Bolsonaro é uma ameaça para esses políticos corruptos que estão no poder , e já compraram vários setores, Mídia , imprensa , políticos e etc, eu acredito na integridade do ex presidente Jair Bolsonaro" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Existe sim uma escancarada perseguição a Bolsonaro. Os opositores só vão descansar quando prenderem o ex presidente. Bolsonaro é uma ameaça para eles." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"O Lula a gente já sabe que é trambiqueiro mas até agora nada foi provado contra o Bolsonaro , você não pode achar nada de uma pessoa que não teve processos julgados e condenados igual ao presidente Lula que foi descondenado para assumir o Brasil" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Injustiça em alto grau, perseguição política, contra o único presidente que lutou pelo povo e continua lutando. Em todas acusações contra ele até agora não conseguiram comprovar nada, porque ele é honesto e íntegro e quando a pessoa é do bem Deus ajuda." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"São quase 2 anos e vira e mexe voltam com esse assunto que até o momento não conseguiram provar nda, acredito que o indiciamento do ex-presidente é mais uma perseguição política..." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Acho que exista sim uma perseguição, pois politicamente falando o Sr Jair Messias Bolsonaro , para a oposição é uma iminente preocupação, pois sua popularidade é alta e tenta disseminar essas coisas contra ele, pra tentar diminuir sua popularidade." (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"A minha opinião é que tem uma perseguição política sim contra Jair Messias Bolsonaro. É nítido que querem tirar ele do jogo político,para que somente um partido ganhem as próximas eleições novamente. A questão aqui realmente parece ser uma auto punição para quem é comprovado toda vez que Bolsonaro não cometeu crime nenhum. Toda vez que se arma um cerco Bolsonaro se sai bem das acusações." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
A maioria dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e alguns do grupo 3 (eleitores flutuantes) acreditavam que havia perseguição política a Bolsonaro, mas não o achavam inocente perante as acusações sofridas. Para esses, o ex-presidente havia sim errado, mas as proporções das acusações eram mais intensas a ele do que aos demais envolvidos.
"É notório que existe sim perseguição política contra o ex presidente. Mas eu acredito ser justo, pelo que acompanhei sobre as provas do caso, sobre o relógio ser recomprado e também sobre outras ocasiões, pelo que foi divulgado baseado nisso eu entendo por mim que está sendo justo, até por que se não, não teria o por que ele ter feito uma manobra para recompra, e tbm acharem um novo item que estaria sendo leiloado fora do Br, claro todos negaram o fato agora é esperar o resultado, é bem complicado, pois se todos negam realmente seria difícil dizer quem seria o real "culpado" Bolsonaro por ter o cargo mais alto e realmente já ter sido no passado procurado por outras polêmicas a perseguição é maior em cima dele." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Essas jóias devem valer muito dinheiro pois vários personagens estão participando disso e são todos de alto escalão. Tem envolvidos da Marinha, advogados e funcionários do Governo. Tem até delação premiada, o ex-presidente se meteu numa arapuca das grandes. Claro que tem perseguição contra ele, mas o indiciamento está correto." (G2, 43 anos, professora , SP)
"A PF tem que fazer o trabalho dela sim investigação,indiciar os culpados acho que tem um pouco de perseguição sim mais se ele errou tem que pagar . A verdade é que nossa política é muito suja são tantos escândalos e no final não dá em nada eles não cumprem e tudo acaba em pizza" (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
Os demais participantes dos grupos 3 (eleitores flutuantes), 4 (lulodescontentes) e 5 (lulistas) defenderam que o indiciamento do ex-presidente era justo e necessário. Para eles, as evidências justificavam as investigações e o indiciamento, não havendo perseguição política. Muitos aguardavam a conclusão do inquérito e esperavam que, se culpado, fosse responsabilizado por seus atos e punido em conformidade às leis.
Os lulodescontentes se mostraram mais entusiasmos com a potencial condenação de Bolsonaro do que os lulistas, que adotaram uma postura mais formal.
"Não acho que seja perseguição,tá tudo muito claro quanto a venda das jóias. E ele não é nenhum leigo,que não soubesse que não poderia vender,então agora que pague pelo seus atos." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"Se aqueles que fizeram a balbúrdia no dia das eleições estão sendo julgado, acho justo o julgamento. Afinal qdo se toma posse, deve se ter alguns regulamentos dentre eles o recebimento de presentes e ué são direcionados a Nação e não a pessoa eleita , então é justo o julgamento sim." (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
" O inidiciamento do Ex-presidente Jair Bolsonaro é justo, e tem que ser investigado até o fim. A população tem que estar a par do andamento do processo pois se for verdade tem a ver com o patrimônio público. Eu não veio como perseguição, e se ele não deve não tem nada a temer." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Em certo modo é meio que uma perseguição, mas no fundo eu acho é pouco se realmente for verdade pois o cara desde que perdeu as eleições não sai da mídia, vive fazendo protestos, manifestação, ganhando horrores em pix dos "apoiadores" os mesmo que estão pedindo asilo político em outros país. Então quer ficar se fazendo de vítima, correndo atrás de teorias da conspiração agora arce com as consequências, se elas forem verdadeiras." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Com certeza é mais que justo,ele teve atitudes e falas terríveis durante seu mandato. Não melhorou em nada a vida dos brasileiros,além de fazer várias coisas que não condiziam com a postura de um presidente!" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Não acho que existe perseguição nenhuma, se ele está sendo indiciado pela PF não é atoa, então deve sim ser condenado e cumprir sua pena, esse homem foi um péssimo presidente para o Brasil, suas atitudes e falas eram ridículas, espero que ele pague por tudo que fez." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Tenho a opinião que o indiciamento de Bolsonaro é demais envolvidos nesse caso é justo. Pelas informações apuradas realmente houve a apropriação e venda desses presentes de forma ilegal. Quem pratica crime precisa ser punido. Quanto ao tempo de prisão só é uma mera consequência legal dos crimes cometidos. Todo político de alto escalão tem a arrogância de se achar intocável e que por ter ocupado um cargo de alto escalão não será punido." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Se há evidências e provas do envolvimento dele, não há porque entendermos como perseguição, até mesmo porque ele terá o amplo direito à defesa. Se ficar provado que é culpado, que arque com as consequências." (G5, 49 anos, bancário , CE)
"Acho que por todas as provas e investigações já realizadas, o indiciamento é justo e a investigação deve continuar acontecendo. Caso seja comprovado que ele realmente teve participação e ficou com o dinheiro, como o assessor diz que aconteceu, deve ser punido e preso pelos crimes já mencionados." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Eu acredito que o indiciamento é justo pois está tendo investigações com o ex-presidente e seus associados e todas as provas são condizentes aos crimes que ele está sendo acusado e se houver outras provas posteriores e outras investigações e continuar sendo provado culpa sim ele realmente deve ser indiciado" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
Essa semana conseguimos finalmente completar o espectro ideológico dos grupos, adicionando um grupo de pessoas que votaram em Lula e continuam a apoiar o governo.
O assunto das mudanças na legislação para garantir o pleno atendimento de saúde de pessoas transexuais e travestis dividiu os grupos de modo a isolar os bolsonaristas convictos, que argumentaram serem medidas desnecessárias e que a prioridade deveria ser dada aos procedimentos emergenciais. Todos os outros grupos saudaram a medida como uma conquista da universalização do direito à saúde, inclusive os bolsonaristas moderados. Tal resultado confirma a hipótese de que as características mais salientes desse grupo são o neoliberalismo e o antipetismo, mas não o conservadorismo em relação a valores.
O tema das falas de Lula e seu impacto sobre a economia e, mais especificamente, sobre o câmbio, foi discutido pelos grupos de modo razoavelmente previsível. Os bolsonaristas convictos aproveitaram para taxar Lula e Haddad como incompetentes. Os moderados confirmaram mais uma vez sua porosidade ao argumento hegemônico da grande mídia de elegia ao mercado e crítica à intervenções do presidente. Tal posição não foi muito diferente daquela esposada pelos flutuantes, também muito contaminados pela narrativa de que o “mercado” deveria dar a medida justa da taxa de juros. Houve ecos dessa posição inclusive entre lulodescontentes e lulistas, mas também houve nesses grupos participantes que identificaram outros fatores que contribuem para a alta do dólar, inclusive a especulação do mercado. Em suma, a penetração do discurso ortodoxo, fiscalista, pró-mercado é grande, algo que não deve surpreender, visto que a grande imprensa promove uma verdadeira lavagem cerebral de sua audiência em prol de tal interpretação, há décadas.
O indiciamento de Bolsonaro no caso das joias foi recebido pelos grupos de modo parcialmente previsível. Os bolsonaristas convictos reafirmaram sua crença na inocência do ex-presidente, novamente acusando Lula e a esquerda de perseguição política contra o ex-mandatário. Entre os bolsonaristas moderados há os que partilham dessa posição, porém a maioria disse ver indícios de crime cometido por Bolsonaro nesse caso. Flutuantes e lulodescontentes em sua maioria avaliou o indiciamento como justo, pois veem indícios de crime nos fatos revelados, contudo houve nesses dois grupos participantes que viam também indícios de perseguição política. Mesmo alguns lulistas mostraram-se cautelosos em relação ao caso, preferindo aguardar a conclusão das investigações.
Em sua primeira semana, os lulistas foram previsíveis ao adotar um posicionamento mais progressista em relação à questão dos direitos das pessoas trans ou mesmo as falas de Lula sobre a economia. Em sua maioria creem que Bolsonaro é culpado no caso da joias, mas é digno de nota que a maneira como se posicionam nesse caso está longe do tom de radicalismo que reveste os comentários dos bolsonaristas convictos a respeito de Lula. Será que podemos ler isso como evidência de que a tal propalada polarização política, ou mesmo afetiva, é mais intensa no polo direito do que no esquerdo? As próximas semanas vão nos ajudar a decifrar essa xarada.
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; iii) Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.