Relatório 47

De 22 a 28/04

Temas:

  • Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores
  • Elon Musk e Alexandre de Moraes
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Bem-vindos(as) ao MDP!

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Expandimos o projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 22 a 28/04 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do momento. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) manifestação pró-Bolsonaro em Copacabana, RJ; ii) novos programas do governo Lula para pequenos empresários e empreendedores; iii) conflito entre Elon Musk e Alexandre de Moraes.
Ao todo, foram analisadas 149 interações, que totalizaram 6.831 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Evangélicos
Manifestação pró-Bolsonaro Unanimemente o grupo apoiou a manifestação, avaliando-a como um direito legítimo de Bolsonaro se defender da perseguição que sofre e de mostrar sua força como representante da direita. O grupo avaliou a manifestação como um direito do ex-presidente de mostrar suas convicções e receber o apoio da população. Muitos falaram sobre o caráter pacífico do evento e alguns debateram os nomes para substituí-lo na disputa eleitoral futura. O grupo avaliou a manifestação como um direito democrático de Bolsonaro e de seus apoiadores, mas sem expressar apoio a ele. Alguns o criticaram por não aceitar a derrota e ainda insistir em problematizar essa questão. O grupo não havia acompanhado o evento em si. Muitos se mostraram indiferentes, considerando apenas ser um direito democrático à manifestação de ideias. Alguns criticaram Bolsonaro por insistir na narrativa de perseguição e por polarizar a política no país. Os participantes evangélicos responderam à questão em consonância com seus grupos originais, não apresentando coesão a partir de suas convicções religiosas.
Novos Programas O grupo ficou dividido. Alguns avaliaram as iniciativas como boas, considerando-as como incentivos para a economia. Outros criticaram, afirmando que apenas endividariam futuramente a população e cobrando medidas mais populares do governo. Os participantes aprovaram as iniciativas, reconhecendo ser uma boa medida para reorganização e crescimento da economia e para auxílio dos pequenos empreendedores. O programa do ano passado, Desenrola, foi rememorado e também elogiado. A maioria dos participantes aprovou as medidas anunciadas, avaliando que contemplariam públicos de baixa renda e que necessitam de ajuda. Alguns participantes desaprovaram os programas, considerando-os ineficientes e preferindo que outras ações fossem tomadas. O grupo aprovou as propostas, considerando-as como assertivas para os pequenos empreendedores. Alguns participantes realizaram colocações acerca de mudanças desejadas, como redução dos juros e impostos, para que a adesão aos programas não viesse a gerar, a longo prazo e juros altos, futuras dívidas e inadimplência. Os participantes aprovaram as medidas anunciadas, considerando um auxílio significativo para os pequenos empreendedores e para ajudar a aquecer a economia do país.
Embate entre Elson Musk e Alexandre de Moraes Os participantes posicionaram-se a favor de Elon Musk, avaliando-o como alguém de defende a liberdade de expressão e que estaria denunciando, através de suas plataformas, muitos erros do atual governo. Alexandre de Moraes foi acusado de querer governar o Brasil e de se colocar acima das leis. A maioria do grupo defendeu as atitudes de Elon Musk, avaliando-as como necessárias para a liberdade de expressão. Alexandre de Moraes foi avaliado como autoritário e como alguém que estaria excedendo seu papel. Alguns participantes não se posicionaram, afirmando não ter uma opinião formada sobre o embate. Não houve consenso no grupo. Alguns se posicionaram a favor de Musk, em nome da liberdade de expressão. Outros a favor de Alexandre de Moraes, defendendo o cumprimento das leis. Muitos não se posicionaram, afirmando ver parcialmente razão em ambos os lados. A maioria do grupo não estava acompanhando os debates ou não tinham um posicionamento sobre o tema. Alexandre de Moraes foi avaliado, por alguns, como correto, por defender a regulamentação das mídias no país. Mas o ministro também recebeu criticas por estar abusando do poder. Os evangélicos agiram em conformidade com as características de seus grupos. Os bolsonaristas defenderam Elon Musk, enquanto os demais foram mais imparciais, pontuando aspectos de ambas as partes.
Pergunta 04
O ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (21.abr.2024) na praia de Copacabana, no Rio, teve um público (segundo estimativas) que variou de 40.000 a 45.000 pessoas. O evento reuniu o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), entre outros aliados. O protesto foi convocado por Bolsonaro em meio a investigações das quais é alvo por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado. Vocês acompanharam notícias sobre o ato? O que pensam sobre Bolsonaro ter convocado essa manifestação?
Aprovam a manifestação

Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) aprovaram e celebraram a manifestação, avaliando-a como uma forma de demonstrar a força do ex-presidente, de reforçar os posicionamentos da direita, defender seus ideais políticos e de realizar um ato previsto pela democracia. Muito enfatizaram o caráter pacífico da passeata.

O grupo dos bolsonaristas convictos (G1) se diferenciou ao endossar a narrativa de Bolsonaro e aliados, de que ele é perseguido pela mídia e pela esquerda, de que as acusações contra ele são injustas e de que o comunismo ameaça a nossa democracia.

O grupo dos bolsonaristas moderados (G2) viu a manifestação mais como uma forma de mostrar a força da direita e divulgar os potenciais substitutos de Jair Bolsonaro.

"Não acompanhei mas penso que bolsonaro está certo. Ele ficou por muito tempo calado enquanto o STF atacava. Agora É a vez dele falar e se defender. As manifestações só mostram o quanto ele é forte." (G1, 35 anos, artesã , SC)

"Acompanhei sim e acho que ele pode convocar sim,afinal não existe lei que proíba ele de se manifestar seja de que forma for e se o povo compareceu em massa é por que são livres para escolher." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Sim, acompanhei tanto São Paulo como Rio de Janeiro. É importante lembrar q é um direito democrático convocar manifestações, o mais importante é q esses eventos aconteçam de maneira legal e pacífica, sem causar violência." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Acompanhei as notícias e sigo ambos ,Nikolas Ferreira e Bolsonaro,acho que quem cala consciente ,e Bolsonaro está mais do que certo de fazer manifestação sim e mostrar o qto está sendo perseguido, e mostrar que a população está ao lado dele ,e não apoia o que está na presidência e mto menos a sua cúpula !!!" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)

"Eu vi a notícia do acontecimento no Instagram do Jair Bolsonaro, e vi que foi muito lindo o ato, é muito válido ter convocado o povo para a manifestação, sendo que o mito é inocente das acusações. Palavras do Jair Bolsonaro "Eu amo o Brasil!". 🇧🇷🇧🇷 Apesar de ser injustiçado, ainda mostra seu amor a pátria!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Bolsonaro fez o certo, pq o mundo precisa saber que a grande maioria dos brasileiros se manifesta e luta pela nossa democracia, pela nossa liberdade, não aceitamos o comunismo e essa perseguição política contra Bolsonaro e contra a direita. Sigo todos os nomes que foram citados e alguns mais.O mundo precisa saber o que acontece no Brasil e que a mídia insiste em mentir e omitir." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Eu acompanhei, creio que ele reuniu muitas pessoas e influenciadores e pessoas de renome para justamente tentar limpar sua imagem onde está sendo acusado, creio que é uma ótima tentativa para reerguer ele e indicar alguém que ele queira para representá-lo em uma futura eleição." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)

"Não acompanhei com muita proximidade a manifestação, mas acredito que ele esteja fazendo o que há de alcance nesse momento, visto que precisa manter seus eleitores bem engajados em prol de uma possível volta ao governo, indicando seu sucessor. Entendo que mantendo o respeito e a democracia brasileira, não há problemas." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

Direito Democrático

Os grupos 3 e 4 (preferências flutuantes e lulodescontentes) também disseram ser a manifestação um direito democrático. Contudo, a maioria havia se informado de modo bastante superficial acerca do ocorrido e afirmou não se interessar por fatos vinculados ao ex-presidente.

"Não acompanho as notícias, fico sabendo as vezes das manifestações, nas redes sociais ,não sou contra desde que não sejam com violência seja passiva organizada." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Acompanhei pelas redes socias tambem. Manifestações ao meu ver são de uma forma de mostrar descontentamento. Mas a de ontem acredito que só foi para mostrar apoio ao Bolsonaro." (G3, 36 anos, autônoma, SP)

"Eu acompanhei o ato pela TV e Redes Sociais. O Bolsonaro está no direito dele realizar o ato em busca de defesa ou inocência. Vivemos em um país democrático e todos tem direito de manifestar, desde que seja sem violência e desrespeito a nossa democracia." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Não acompanho muito as coisas sobre o ex presidente, confesso que não vi nada sobre e acho inútil esse tipo de ato, o povo não ganha nada com isso, mas de qualquer forma é um direito que ele tem." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Não vi nada sobre e nem acompanhei, até porque não gosto dele, mas acredito sim , que está no direito dele de fazer , sendo uma coisa civilizada e respeitosa." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Apesar de não ser a favor do ex presidente Bolsonaro ele é livre para falar e manifestar o que pensa." (G4, 45 anos, artesã , PR)

Críticos às pautas defendidas

Em ambos os grupos 'não-bolsonaristas' (G3 e G4), alguns participantes criticaram as pautas defendidas por Bolsonaro durante o ato, argumentando que ele estava errado por não admitir sua derrota no pleito, por não apresentar provas para comprovar sua inocência (e então provar que sofre perseguição) e ainda por aumentar a polarização no país, fator avaliado como prejudicial para todos.

"Fiquei sabendo sobre a manifestação pois as redes sociais só se falava sobre isso, mas acho uma perda de tempo acompanha pois além da aglomeração, o principal assunto era sobre as fraudes nas urnas, isso sem nunca ter mostrado nenhuma prova ""concreta"". Sério já deu de Bolsonaro ficar se fazendo de vítima parecendo criança que não sabe perder, digo isso mesmo não sendo a favor do atual presidente." (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"Eu não acompanhei as notícias sobre o ato ao vivo, só fiquei sabendo mais tarde. Penso que Bolsonaro nunca aceitou ter perdido as eleições e fica fazendo esse tipo de ato para saber quantos ainda o apoiam" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Não vi nenhuma notícia. Mas acho que esse tipo de protesto é tão somente mais uma manifestação política da direita brasileira que está se radicalizando politicamente cada vez mais. Esse tipo de protesto só serve para alimentar a politicagem que nada traz de útil à sociedade. Fatalmente, quanto mais a politicagem (seja de direita ou de esquerda) ser alimentada no Brasil, menos melhorias reais teremos no Brasil. Quiçá um dia teremos mais política e menos politicagem e um Brasil mais unido e melhor." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"ACOMPANHEI MUITO VAGAMENTE ESTE NOTICIÁRIO E CONFESSO SENTI UM POUCO DE TERROR,TIPO AGORA VAI TER UMA GUERRA NO BRASIL,DEPOIS COM O PASSAR DO TEMPO A COISA VIROU UM TEATRO E TUDO VIROU EM PIZZA OS CULPADOS CONTINUAM EM LIBERDADE RINDO DA NOSSA CARA" (G4, 51 anos, professora , RS)

"Eu vi alguma coisa sobre isso,mas confesso que não acompanhei,pois sou contra o ex-presidente,não gostei das atitudes dele na pandemia.Sei que ele deve ter os direitos dele de fazer esses atos. Mas acho que a maioria das pessoas que vão nem entendem o que estão fazendo lá, são manipulados." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Somos livres para ter nossas opiniões e manifestações pessoais e políticas, o erro é tentar protestar com agressividade, mais tudo que é pacífico, é sim digno de visibilidade e respeito, me atrevo a dizer que "achar" certo ou errado, não compete a nós, porque são pessoas exercendo seu direito de expressão, porém, acho que se há uma investigação e não há culpa, qual a necessidade de tal ato?! Não há medo aonde há inocência." (G4, 28 anos, gestora em TI, SP)

Pergunta 05
O governo anunciou nesta segunda-feira (22) diversos programas de crédito. O primeiro é um programa de renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte, chamado de "Desenrola" dos pequenos negócios. O segundo, chamado “Programa Acredita”, abrangem a liberação de crédito para o fortalecimento de negócios administrados por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que reúne dados de 95,7 milhões de brasileiros de baixa renda. Além disso, o governo também anunciou uma linha de crédito destinada a MEIs e microempresas. Outro eixo do programa anunciado pelo governo nesta segunda-feira é o estímulo ao crédito imobiliário. O que vocês acham dessas medidas?
Aprovam as iniciativas

A maioria dos participantes, incluindo alguns do grupo 1 (bolsonaristas convictos), expressou apoio às iniciativas, considerando-as como uma maneira de auxiliar a recuperação econômica, especialmente após os impactos da pandemia.

Muitos ressaltam a importância de inclusão dos pequenos empresários e reconheceram que o acesso ao crédito é fundamental para manter os negócios funcionando. Eles também sugeriram melhorias nos programas, como a ampliação dos beneficiários, redução da burocracia, das taxas de juros e dos impostos.

"As novas medidas de crédito para microempresários podem ser uma ajuda importante, especialmente considerando o impacto econômico da pandemia. Elas podem fornecer acesso a capital de giro e outras formas de financiamento que são essenciais para manter os negócios funcionando." (G1, 34 anos, desempregada, SP)

"Como tenho Mei acho fundamental termos iniciativas do governo para ampliar nossos negócios e realmente durante a pandemia os pequenos e médios empreendedores sofreram bastante e ter esse apoio com investimentos e uma maneira de acabar com as dividas eu acredito que seja muito importante pra todos nós que precisamos." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"De acordo com o anuncio do presidente, penso q as medidas anunciadas parecem ser uma tentativa p/ ajudar os pequenos negócios e impulsionar a economia do país, o q é primordial p/ a recuperação e o crescimento econômico." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Sou favorável não somente aos inscritos e participantes do cadastro único. A pandemia deixou muitas pessoas endividadas, seja por tentar manter o negócio, seja para manter as despesas familiares. O governo só fica pensando e fazendo ações para pessoas sem renda, mas esquece da população trabalhadora que mal ganha pra suprir as necessidades básicas." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Sou favorável as medidas, porém acredito que a fiscalização, principalmente a do cadunico precisa ser mais rigida. Muitos autônomos com boas rendas, se declaram baixa renda para se beneficiar desses programas." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"As medidas são realmente boas, mas vamos ver na prática, como vai ser, se os bancos vão liberar esse crédito todo que estão falando, e sem tanta burocracia para MEI que na pandemia foi a que mais sentiu, se endividou e a que mais precisa de apoio. O Banco só a abre a mão a juros baixos pra empresa grande, os pequenos dificilmente conseguem alguma coisa." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Excelente, mas é blindado projeto que precisa ampliar mais, pois poucos meis tem acesso" (G4, 36 anos, empreendedor, PE)

"Acho que todas são medidas boas, porém se os impostos continuam sendo o grande problema do empresariado, acredito que é inviável, pois uma hora a conta não vai fechar." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

"Sobre o programa acredita eu achei super válido por ser vinculado ao CAD único que faz esse controle de cadastros e de quem realmente vai ter direito, o programa é bem interessante e com certeza pode ser muito bem utilizado por quem conseguir, talvez pra algumas mulheres empreendedoras esse programa acredita seja o ponta pé para conseguir alavancar com seu negócio." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

Desaprovam as iniciativas

Muitos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) posicionaram-se de modo contrário às propostas, baseados em desconfiança em relação ao governo e em alegações infundadas.

Alguns falaram em necessidade de geração de emprego e não da criação de incentivos que endividariam mais as pessoas, usando como exemplo o FIES, que acaba por onerar os estudantes no futuro.

O projeto foi visto também como já existente, e o PT acusado de apropriar-se de ideias alheias.

"Medidas tomadas em momento de crise, totalmente eleitoreira e para manipular opiniões. Dito isso, acho que o povo tem quem faser uso dos programas que este desgoverno disponibiliza e na hora do voto é bolsonaro (Pq uma coisa não tem nada ver com a outra) como falaram o pessoal da saúde em 2022" (G1, 54 anos, músico, RS)

"Vendo a situação da economia no Brasil, não confio nessas medidas tomadas pelo atual desgoverno. O governo brasileiro deveria tomar atitudes relacionados a empregos e salário digno. Esse desgoverno não faz nada se não for pelo próprio interesse e por trás disso, tem interesse dele, pq com os brasileiros ele não se importa." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Isso é induzir a novas dívidas. Mas precisamos nos apegar mesmo em estudar ,em trazer o emprego para a população. Não é crédito !!! Assim deixa a população ainda endividada..." (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)

"Sabemos como trabalha o PT. Sempre querendo ganhar os créditos em cima do que já existe, como no caso do bolsa família. Quanto a liberação de crédito, é tanta burocracia. Por que não diminuir os impostos? O preço de tudo aumenta e a dívida também" (G1, 35 anos, artesã , SC)

"Eles querem é isso mesmo, individar cada vez mais o povo de baixa renda, os programas deles é sempre assim como fizeram com Fieis que bolsonaro teve que perdoar as dívidas dos estudantes pois todo mundo com o nome sujo, aí afeta diretamente a economia são pessoas que já não tem poder de compra nenhuma , aí agr pega um bolsa família que já virou uma aposentadoria e um incentivo a fazerem filhos sem estrutura nenhuma só pra se cadastrarem, as pessoas não aceitam mais empregos nenhum de carteira assinada pra não perderem o benefício, e a gente pagadores de impostos que sustente cada vez mais essa galerinha que se contentam com migalhas, aí ainda liberam imprestimos pra esse grupo terrível 👍🏻" (G1, 41 anos, motorista de aplicativo , BA)

Pergunta 06
No início do mês, o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), questionou uma postagem no X do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que derrubou os bloqueios das contas na plataforma impostas pelo ministro, ameaçando fechar o escritório da plataforma no Brasil. Disse ainda que considera censura a sua empresa no Brasil e ameaçou descumprir as determinações do STF, além de pedir o impeachment de Moraes. Em resposta, o ministro incluiu o nome do empresário no inquérito que investiga supostas milícias digitais e disse que “as redes sociais não são terra sem leis”. Nessa terça-feira, 23, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou um convite, em caráter de urgência, para que o bilionário Elon Musk preste esclarecimentos a respeito de denúncias de supostos abusos de autoridade que o proprietário do X alega ver na justiça brasileira. Vocês estão acompanhando esse debate? Quem está com razão e por quê?
Defendem amplamente Elon Musk

Unanimemente os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e do grupo 2 (bolsonaristas moderados) defenderam Elon Musk. Para eles, o bilionário representava a luta pela liberdade de expressão e Alexandre de Moraes seria responsável por estabelecer a censura no país.

O ministro foi bastante atacado, sendo acusado de abusar os limites de seu cargo, autoritário e interessado em governar o país através da imposição de decretos exorbitantes.

"Estou acompanhando sim, Elon Musk está com a razão, o mundo precisa saber que já não somos uma democracia a muito tempo e que Alexandre de Moraes virou um ditador frio e sanguinário, que quer calar todos da direita a qualquer custo, graças a Deus Elon Musk entrou nessa guerra pela liberdade de expressão, só não vê quem não quer que quem está governando é o STF, e por isso quer o fim das redes sociais no Brasil." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"A razão é de Elon Musk. Se temos um ministro que quer mandar e desmandar na liberdade de expressão, então temos censura. Como disse a colega acima: alexandre de Moraes virou um ditador." (G1, 35 anos, artesã , SC)

"Estou acompanhando ! Acredito que Elon Musk tem um olhar crítico e realista sobre o Brasil. Acredito estarem na cola dele por ele ter levantado críticas de assuntos sérios como por exemplo, ele já comentou sobre a alta taxa de desmatamento na Amazônia, a desigualdade social no país e a instabilidade política e também questões complexas que afetam milhões de brasileiros e merecem atenção e debate." (G1, 34 anos, desempregado, SP)

"Estou acompanhando sim, e com toda certeza devemos aplaudir Elon Musk, ele é muito poderoso, e se estamos numa democracia, porque esses bloqueios de contas? Simplesmente, Alexandre de Moraes se acha grande e poderoso, e temos que derrubá-lo sim. Concordo com um impeachment do próprio senhor das razões, que manda e desmanda no Brasil." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Sim, estou acompanhando e realmente concordo com Elon Musk. Ele tá certo ao questionar as ações do ministro Alexandre. Na vdd, Alexandre está passando dos limites, atirando para todo lado, sem pensar nas consequências. A liberdade de expressão é importante, e restringir isso só pq alguém não concorda com certas opiniões não é justo, por esse motivo, acho que Elon tem razão em levantar essa questão....." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Pelo que tem sido noticiado ultimamente, o senhor Musk tem enxergado os pedidos de bloqueio de contas feito pelo ministro do STF Moraes, como um atentado à liberdade de expressão , tendo em vista que a maioria dos pedidos , não possuem um claro motivo para que ocorra esse bloqueios, nesse ponto vejo que o senhor Musk tenha razão. O Ministro tá demais de autoritário" (G2, 26 anos, autônomo, DF)

Avaliando o caso...

Majoritariamente no grupos 03 (eleitores flutuantes) e parcialmente no grupo 04 (lulodescontentes), os participantes não se posicionaram de modo enfático. Muitos afirmaram que estavam avaliando as informações e aguardando os desdobramentos do caso.

O tema da necessidade de combate às fake news foi mais defendido, com posicionamentos favoráveis às medidas de retirada de conteúdos de desinformação das redes, mas sem o "radicalismo" de derrubada de contas. Os participantes expressaram preocupações com relação à aplicação adequada das leis e regras em relação às mídias digitais, reconhecendo a importância de combater as fake news sem comprometer a liberdade de expressão.

Alguns participantes criticaram os supostos radicalismos dos protagonistas do embate – Elon Musk e Alexandre de Moraes – afirmando que ambos tentavam chamar a atenção para seus nomes, a partir dessa "disputa de egos".

"Vi só as notícias não acompanhei bem, não vejo nenhum dos 2 com uma razão a tal ponto ver essa debate igual vem tendo. Inquérito não tem por objetivo condenar ninguém, e sim apurar. Se não se incluir o Musk, não se tem como apurar se ele teve participação em práticas que colaboraram no sentido da interrupção do processo democrático no Brasil." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Não importa quem seja o cidadão, empresário, ou político, as regras e leis têm que ser seguidas. Não acompanhei a fundo o assunto em questão, mas duas partes estão defendendo os direitos e leis que existem em relação às mídias digitais e quem estiver errado tem arcar com as consequências e punições. Eu ainda não estou do lado de nenhuma das partes porque só na hora do desenrolar do processo vai dar para saber quem está certo. Mas sou a favor de combater fake news, mas não de derrubar as contas." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Acompanhei algumas notícias é muito importante pra pessoas saberem que a internet tem regras sim e não é uma terra sem lei e ainda mais se for pra espalhar fake news só que por outro lado acho que o ministro tem exagerado um pouco pq temos o direito de nós manisfestar e dar nossa opinião talvez ele pudesse mostrar quais o tipos de fake news esses perfis estão divulgando. Por uma notícia que eu vi o Elon Musk fala que ele tem que suspender a conta como se a postagem infrigisse a normas do X e não que foi uma ordem do ministro por isso que ele considera que seja censura. Uma coisa certa é apagar o conteúdo, mas não a conta" (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

"Não estou acompanhando porque não gosto da forma como a mídia tem tornado os Ministros do STF em "celebridades" por toda a exposição em canais de internet e TV. Antigamente, mal se ouvia falar em ministros do STF, cujo trabalho é apenas fazer cumprir a lei, agora dá impressão que conduzem massas, que ajudam em campanha política de um lado, etc e com respaldo da lei." (G3, 36 anos, autônoma, SP)

"Acompanho muito pouco sobre isso, e também tenho a visão de que ambos estão errados, ambos na verdade estão "disputando" poder, não é de agora que vemos que Ellon não gosta e nem aceita que seja contrariado, e Alexandre quer poder silenciando outros, e no fim, ambos estão somente disputando egos, e não nenhum deles estão realmente preocupados com o que é importante e não nenhum deles estão realmente preocupados com a liberdade de expressão do outro." (G4, 28 anos, gestora em TI, SP)

"Estou acompanhando um pouco esse debate e embora eu não goste do Elon Musk, acho que ele está com a razão. O bloqueio de contas de fato parece ser censura e acho que é fundamental nos posicionarmos contra ela, para não voltarmos a viver como na época da ditadura. Não sei até que ponto o Elon Musk está de fato preocupado com a censura no Brasil ou apenas com o quanto ele pode perder com isso (sinceramente acredito mais na segunda opção). Mas também concordo com Moraes que Fake News matam pessoas, aqui na minha cidade teve casos graves por conta disso" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

Defendem Alexandre de Moraes

Alguns participantes dos grupos 3 (eleitores flutuantes) e 4 (lulodescontentes) se posicionaram a favor das decisões de Alexandre de Moraes, defendendo a necessidade de regulamentação das mídias e aplicação das leis para todos, incluindo o bilionário Elon Musk.

"Eu não acompanhei o caso. Mas tem que ficar claro para todos empresários,famosos, políticos e pessoas comuns que as regras e leis são para todos. Na internet existem sim leis e protocolos. Se o empresário se sente desconfortável com as leis do país, pode sim se retirar. Porque somente no Brasil as pessoas fazem o que quer." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Tem que ter lei para segurança d todos e privacidade o Brasil já e difícil imagina sem lei de privacidade. Alexandre está correto" (G3, 39 anos, secretária , PR)

"Não estou acompanhando de perto, porém tenho ouvido bastante a respeito. De acordo com o art 5° da CF de 1988, "É livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato." Sendo assim, se quem esta utilizando o X para manifestar seus pensamentos, não esteja se escondendo atrás de fakes e não comentando nenhum crime, não há necessidade de bloquear as contas. Mas como é isso que tá acontecendo, gente fake nas contas, então o Moraes está mais correto" (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Estou acompanhado pelos jornais e sites de notícias algo sobre esse debate. Acho que Moraes está certo de cobrar responsabilidades das redes sociais internacionais. Tem que se ter responsabilização por notícias irreais ou distorcidas e por retirada de conteúdos impróprios ou nocivos. As redes sociais não podem ser uma terra sem Leis. E é absurdo Elon Musk querer ser acima das Leis e se considerar intocável. Mas, na realidade, pouco o STF ou qualquer outra autoridade consegue fazer contra essas multinacionais das redes sociais, pois elas têm sede no exterior - mas essa outra seara que dá um debate à parte." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"Acompanhei algumas coisas e acho que Moraes está certo em defender que a internet não pode ser uma terra sem lei, é muito importante que sejam impostas regras para que não ocorra desinformações, disseminação de ódio e etc." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

O posicionamento dos evangélicos

Os participantes evangélicos não apresentaram posicionamentos comuns, mas sim consonantes com seus grupos de pertencimento na pesquisa.

Os evangélicos bolsonaristas defenderam o ex-presidente e Elon Musk, o apoio incondicional à liberdade de expressão, enquanto os 'não-bolsonaristas' tiveram posturas mais críticas nesses temas.

"Eu vi a notícia do acontecimento no Instagram do Jair Bolsonaro, e vi que foi muito lindo o ato, é muito válido ter convocado o povo para a manifestação, sendo que o mito é inocente das acusações. Palavras do Jair Bolsonaro "Eu amo o Brasil!". 🇧🇷🇧🇷 Apesar de ser injustiçado, ainda mostra seu amor a pátria!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Eu sempre estou acompanhando todas as notícias do presidente Bolsonaro,e nesse último domingo passado, percebo que ele continua tendo o apoio das lideranças e da grande parte da população. Vejo com bons olhos as atitudes do presidente Bolsonaro,em passar credibilidade dos atos democráticos,atos que realmente são pacíficos e muito importante para a nação. Acredito,mesmo estando longe das manifestações,que elas são honestas e Democráticas." (G3, 42 anos, assistente logístico , PE)

"Estou acompanhando sim, e acredito que Elon Musk tem razão. Se vivemos em uma democracia por que não podemos ter liberdade de expressão? Só quem perde com tudo isso é o Brasil porque Elon Musk ajuda muito vários países." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Um grande empresário nomeado exigindo cautela em relação a algumas atitudes promovidas pelo excelentíssimo Juiz do STF,coisas que realmente acredito que estão passando dos limites essa perseguição,parece uma espécie de brincadeira política." (G3, 42 anos, assistente logístico , PE)

Considerações finais

A divisão do Monitor em quatro segmentos possibilitou a observação de diferenças específicas que antes não conseguíamos enxergar.

O apoio ao ex-presidente Bolsonaro foi diferente em cada segmento. Os bolsonaristas convictos seguem endossando seu líder, defendendo-o de todas as acusações até então sofridas. Já os bolsonaristas moderados, embora aprovem a imagem do ex-presidente, demonstram perceber que ele não voltará ao poder e já falam em novos nomes para substituí-lo. Já os novos grupos (Preferências flutuantes e Lulodescontentes), embora tenham reconhecido a manifestação como um direito democrático, avaliaram seu conteúdo negativamente, o que já era esperado por suas configurações. Mesmo aqueles que não votaram em Lula (como no caso dos flutuantes) mostraram-se descontentes com aquilo que vem como estratégia do ex-capitão em tumultuar o país e questionar a legitimidade das instituições, sobretudo as eleitorais.

Outra diferença, agora mais intensa, entre os dois grupos bolsonaristas ocorreu na aprovação de programas do atual governo. Enquanto os convictos, em sua maioria, parecem ser incapazes de validar medidas adotadas pela atual gestão, expressando opiniões muitas vezes embasadas em desinformação, os moderados já se mostraram mais flexíveis, abertos a reconhecer os acertos da atual gestão, particularmente aqueles pertinentes à pautas econômica.

Os grupos de bolsonaristas moderados, de eleitores flutuantes e de lulodescontentes, são favoráveis às medidas, mas usaram a oportunidade suscitada pelo tema para manifestar anseios por mais medidas de ampliação dos beneficiados e de auxílio ao empreendedorismo, como a redução de impostos e de juros.

A pauta da disputa entre Musk e Moraes uniu mais os bolsonaristas, que a trataram pelo enquadramento da liberdade de expressão versus a censura. O bilionário foi fortemente defendido pelos grupos dos convictos e moderados e o Ministro duramente criticado. Mais uma vez as opiniões dos convictos foram mais radicais do que a dos moderados, dado que confirma a correção de nosso recrutamento. Os eleitores flutuantes e os lulodescontentes debateram mais os temas envolvidos na questão do que o apoio a um dos lados, sobretudo por avaliarem que ambos os envolvidos tinham acertos e erros. Porém, a necessidade de se combater a desinformação e a regulamentação das mídias sociais foram posições expressas pela maioria dos participantes desses grupos.

Distribuição da participação
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As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.