O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 8 a 14/7, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) percepções sobre o espectro ideológico; ii) avaliação de pesquisa sobre aprovação do governo Lula; iii) possibilidade de isenção de multas aplicadas à empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Ao todo, foram analisadas 182 interações, que totalizaram 7.939 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Espectro Político | O grupo classificou a esquerda de modo negativo, associando-a a questões de libertinagem e desordem, enquanto a direita seria a defensora dos bons costumes e do desenvolvimento. Muitos criticaram o uso da nomenclatura extrema direita. | O grupo classificou a esquerda como representante do campo progressista e de intervenção na economia e a direita como um pouco conservadora e liberal economicamente, defensora da meritocracia. Muitos criticaram a extrema direita, avaliando-a como ultraconservadora e radical. | A esquerda foi descrita como defensora dos direitos dos trabalhadores e da intervenção estatal na economia, enquanto a direita foi associada ao conservadorismo e ao liberalismo econômico. A extrema direita foi vista negativamente e criticada por seu radicalismo. | O grupo avaliou a esquerda como representante dos princípios revolucionários e progressistas, enquanto a direita defenderia os valores morais tradicionais e o capitalismo. A extrema direita foi amplamente criticada por seu nacionalismo extremo, autoritarismo e xenofobia. | O grupo avaliou que esquerda defenderia uma maior intervenção estatal enquanto a direita defenderia uma menor intervenção, favorecendo a iniciativa privada. A extrema direita foi vista de forma negativa, caracterizada por extremismo, autoritarismo e diversas formas de discriminação. | Os evangélicos posicionaram-se mais de acordo com seus grupos originais de participação. Somente os evangélicos bolsonaristas convictos defenderam de modo extremado os valores tradicionais e conservadores. |
Aprovação do governo | Os participantes expressaram forte descrença em relação à credibilidade e confiança nos dados da pesquisa. Para eles, os dados não representavam a realidade, pois percebem uma piora da economia, com a alta dos preços, especialmente de alimentos e itens básicos. | Os participantes também manifestaram forte ceticismo em relação à pesquisa, sobretudo pela alta aprovação do presidente Lula. Eles argumentaram que a economia não apresentava sinais de melhoria e que os preços dos combustíveis, gás e itens da cesta básica continuavam a subir. | Os participantes foram unânimes em expressar insatisfação com a situação econômica e descrença na pesquisa. Muitos relataram que os preços de produtos básicos, como alimentação, gasolina, gás de cozinha e energia elétrica estavam mais altos do que antes. | A maioria dos participantes expressou frustração com a atual situação. Para esses, apesar de alguns indicadores econômicos mostrarem crescimento, os preços de bens e serviços continuavam a subir, enquanto os salários não acompanhavam essa alta. | A sensação geral foi de que as melhorias estavam acontecendo, mas de forma lenta e inconsistente. Muitos participantes afirmaram que, embora houvesse um crescimento do PIB e alguns sinais de melhora em certos preços, esse fato ainda não refletia significativamente no dia a dia. | Não houve convergência de opiniões entre os participantes evangélicos, que se posicionaram de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Isenção de multa à empresa dos irmãos Batista | Embora nem todos estivessem a par da da notícia, a maioria das respostas refletiu uma visão crítica do governo atual, acusando-o de proteger corruptos e privilegiar seus aliados. | As respostas refletiram uma forte desaprovação da decisão, considerada injusta e favorecendo os ricos e poderosos, especialmente aqueles com conexões governamentais. | Os participantes mostraram-se indignados em relação à notícia. Muitos destacaram a corrupção e as injustiças sistêmicas, avaliando que beneficiam sempre os mais ricos. | As respostas do grupo refletiram uma percepção de injustiça e favorecimento dos ricos e poderosos, criticando a prática "comum" de perdoar dívidas de grandes empresários. | O grupo repudiou a possibilidade da isenção, apontando que a "prática comum" de perdoar dívidas de grandes empresas é injusta, pois os cidadãos comuns enfrentam severas penalidades por infrações menores. | Não houve diferenciação nas respostas dos participantes evangélicos. |
Nem todos os participantes se dispuseram a debater a questão, afirmando não dominar tal assunto e preferindo ausentar-se do exercício reflexivo.
Entre os respondentes, os participantes dos grupos 2 (bolsonaristas moderados), 3 (eleitores flutuantes), 4 (lulodescontentes) e 5 (lulistas) avaliaram os posicionamentos ideológicos de acordo com percepções gerais de esquerda e direita.
A direita foi associada aos valores conservadores (moderados) e defensores do liberalismo econômico (ou neoliberalismo) e à valorização e reconhecimentos do mérito. Para alguns, a direita foi avaliada como a responsável pela defesa da propriedade privada e do mercado livre (numa associação ao capitalismo). Os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) manifestaram-se como apoiadores desse sistema de organização política. Os demais participantes não se posicionaram.
A esquerda foi avaliada como representante do campo progressista, sendo associada a uma maior intervenção estatal em prol dos mais necessitados, como promotora da igualdade social e justiça, representante das minorias e da mudança dos valores tradicionais, propondo modificações nas estruturas conservadoras.
Os dois campos políticos foram avaliados como compostos por pontos positivos e negativos em suas proposições, ao contrário da extrema direita, que foi percebida, em todos esses grupos, de forma negativa, caracterizada por seu extremismo, ultraconservadorismo, autoritarismo e por suas diversas formas de discriminação (políticas nacionalistas radicais, xenófobas e racistas).
A polarização foi vista como prejudicial, causando divisões e impedindo o progresso social e político.
"me identifico com a direita penso q cada um deve ter mais liberdade p/ fazer suas escolhas. Acho q a esquerda quer que todos tenham as mesmas oportunidades, com o governo ajudando com serviços como saúde e educação e outros. Já a extrema direita acho q tem ideias muito conservadoras e radicais" (G2, 43 anos, administradora, GO)
"A direita defende valores conservadores e tradicionais, liberdade do mercado e poder limitado de intervenção do Estado. A esquerda defende os direitos dos trabalhadores e das chamadas minorias, a igualdade por meio de políticas públicas e a intervenção do Estado. A Esquerda e a Direita dizem que a política de extrema-direita inclui pessoas/grupos com opiniões extremas nacionalistas, racistas, xenofobas e fundamentalistas religiosos." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Eu percebo como termos para classificar o pensamento uma pessoa ou grupo de pessoas. A esquerda defende uma sociedade com menos desigualdades e um estado que investe e controla a economia. A direita defende a liberdade individual com menos impostos e livre concorrência entre empresas privadas. A estrema direita tem consequências negativas, pois é marcada pelo nacionalismo extremo, com autoritarismo e desconfiança em relação a instituições democracias." (G3, 45 anos, professora , MT)
" Eu vejo a extrema direita como um grupos muito extremista, defendem opiniões nacionalistas, xenófobas, racistas, fundamentalistas religiosas, ou outras opiniões reacionárias. Eles tem opiniões muito fortes, não aceitam ouvir nada diferente e são muito preconceituosos. A esquerda defende uma maior igualdade social. Lutam por cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas. Porém acho que a realidade não é bem assim, eles são totalmente contra a meritocracia e a capacidade crítica de cada cidadão, como se o meio sempre fizesse a pessoa. E a direita defende o conservadorismo, poder limitado do Estado, é super capitalista... Enfim eu vejo problemas em todos esses grupos, rsrs, não consigo defender nenhum deles integralmente." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Essas escolhas de esquerda/direita tem causado inúmeros conflitos, ódio entre grupos e como eu já ate disse anteriormente eles pegam um partido para idolatrar e muitos deles são surfam na onda e nem entendem nada de politica." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Pelo que sei na política, o significado de polarização está relacionado a uma divisão da sociedade em polos, que representam posições diferentes sobre um determinado tema. Porém, essa palavra tem sido usada de modo negativo, uma vez que passou a se referir a disputa entre dois grupos que se fecham em suas convicções e não estão dispostos ao diálogo, oque já é de se repensar. A extrema direita sei que é caracterizado por elementos como nacionalismo extremo, autoritarismo e xenofobia. Alguns exemplos de regimes de extrema-direita são o fascismo, na Itália; o nazismo, na Alemanha; e o franquismo, na Espanha. A esquerda e a direita são duas ideologias políticas diferentes. De forma geral, podemos dizer que a esquerda tem princípios mais revolucionários e a direita, princípios mais conservadores.
Este é meu entendimento." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Creio que essas nomenclaturas estão diretamente ligadas à forma como esses grupos se relacionam com o capitalismo. A esquerda pensa o capital num âmbito mais social, acreditando que o Estado pode agir mais em favor das pessoas, em especial dos mais necessitados, enquanto a direita através de sua relação com o capitalismo propõe um Estado menor em suas ações em relação ao povo, deixando que a iniciativa privada assuma um papel que seria dele. Já a extrema direita consegue elevar a ausência do Estado à uma potência máxima, tanto no que se trata na relação com o capitalismo quanto no quis dizer respeito à dignidade, respeito e direitos de seu povo." (G5, 49 anos, bancário , CE)
"Esquerda para mim, é caracterizada pelo bem de uma igualdade social que envolve uma atenção maior com os cidadãos que encontram-se em uma posição de desvantagem em relação aos demais. A direita costuma defender os valores tradicionais da família que está de acordo com a hierarquia social e acredita que a desigualdade social é algo natural. Eles também defendem os valores religiosos etc. A extrema direita tende a ser mais extremista com as suas características. Eles constumam ser ultraconservadoras,autoritárias, anticomunistas, nativistas, racistas, xenofóbicos, homofóbicos, transfóbicos, etc. Na direita extremista, inclui-se o facismo e o neonazismo." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) diferenciaram-se em suas respostas, adotando uma visão radical e negativa da esquerda e totalmente positiva da direita.
Muitos participantes associaram a esquerda a desordem, ao retrocesso e à promoção de políticas que desvalorizam a família e os valores morais tradicionais. Para eles, os governos de esquerda tendem a ser corruptos e a promover políticas assistencialistas que mantêm os pobres dependentes. Supostos exemplos históricos como Fidel Castro, Hugo Chávez, e até Adolf Hitler e Stalin foram usados para ilustrar líderes de esquerda como opressores e responsáveis por crises econômicas e sociais.
Em contraste, a direita foi descrita como promotora da ordem, progresso e manutenção dos valores familiares tradicionais. Os participantes acreditavam que a direita se esforça para proporcionar uma educação de qualidade, crescimento econômico e respeito às leis. Alguns destacaram que a direita busca o desenvolvimento e bem-estar de todos os cidadãos, respeitando a democracia e a liberdade individual.
Para esses, não existiria a extrema direita num sentido radical, sendo o termo visto como uma perseguição pejorativa da mídia e dos oponentes. Para esses, a esquerda era extremista em suas proposições e não a direita.
"Acho engraçado estas denominações em que só existe a extrema direita.. ja a extrema esquerda que a mais de 30 anos está aí fazendo quebradeira em universidades, greves e tumultuando em todas as casas parlamentares do pais, está não sofre perseguição e nem é criminalizada. Pior que está narrativa é mundial .. no mundo todo a direita é acusada de fascista homofobica e rascista. Mas se observarmos as atitudes dos líderes da esquerda mundial, a esquerda é quem realmente protagoniza todos os adjetivos que acusa a direita de praticar. Ex: Fidel Castro, Hugo Chávez, Adolf Hitler, Stalin, Pinochet, mao tse-tung, mussolini entre vários outros. a esquerda sim é totalmente extrema e acusa a direita de fazer o que ela é quem faz." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Vou deixar minha opinião bem resumida. Esquerda é a bagunça, libertinagem. Direita é ordem. Extremista é quem defedne aborto e isos não é coisa da direita" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"A esquerda é a favor de tudo que não presta. De tudo que desvaloriza a família e os valores morais. A direita tenta manter os valores morais e a família tradicional. A direita quer uma educação de qualidade, a economia fluindo. A esquerda quer que o povo viva de assistencialismo. Para continuar controlando os mais pobres." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"A esquerda é o comunismo. Grandes querendo se beneficiar do poder, e oprimindo os pobres, e não querem uma população bem informada, e aproveita disso. Ilude com misérias. Já a direita quer ordem e progresso! Como está na bandeira do Brasil! Pessoas com trabalho digno, estudo sem bagunça, bandalheira. Porque com o estudo atingiremos nosso objetivo, educar os jovens. Nosso futuro! Respeito, e progresso! Esquerda é um retrocesso!" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Eu vejo a esquerda como, tudo que não presta, a falta de educação, respeito ao próximo, bom senso e falta de princípios que organiza uma sociedade. A direita, é onde tudo funciona, onde as leis são respeitadas, as repartições públicas funcionam, não existe diferença entre as pessoas, onde todos são iguais perante a lei, os estudantes são inteligentes e vão a escola para aprender sobre as matérias didáticas e jamais para militar pra políticos ladrões, extrema direita é como a extrema esquerda vê todos que não apoiam as ideias pervertidas, distorcidas e insanas que a esquerda defende, aí eles rotulam de extrema direita." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Basicamente a mídia classifica a extrema direita como pessoas que são religiosas, que são contra o aborta, legalização das drogas e patriotas. são colocados pela mídia como "extrema direita." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"Esquerda é contra Deus, contra a Pátria e contra a família. Esquerda é socialismo, comunismo, bagunça, ideologia de gênero, liberação de drogas, liberação de armas somente para bandidos, fazem leis que defendem bandidos e condenam inocentes, planejam destruição das famílias, fim de religiões, condenam quem defende a liberdade e aquilo que é correto, são a favor do aborto, perseguem e criam acusações fakes contra políticos de direita, planejam controle sobre a população e já colocaram em ação esses planos, controlam redes sociais e televisores, roubam de dinheiro público, jogam juros e taxas em tudo para suprir o que eles gastam, nas escolas querem fazer lavagem na cabeça das crianças e formam alunos vazios, revoltados e complexados, fazem do SUS um caos, jogam a população uns contras os outros usando manipulação cerebral como raça, opção sexual entre outras coisas, etc... A direita e extrema direita defende Deus, a Pátria e a família. É contra liberação de drogas, defende a família, defendem religiões, são a favor de armas para pessoas de bem se defenderem de bandidos diante de porte de arma, são contra o aborto, administram o Brasil de maneira adequada para a população conseguir viver, aumentam o índice de empregos e trazem oportunidades para a população, mas escolas criam alunos inteligentes, educados e bem desenvolvidos, criam estratégias para o desenvolvimento de todos os Estados brasileiros, cuidam da saúde no SUS adequadamente, não fazem diferença entre raças e opções sexuais como a esquerda manipulam as pessoas e faz todos pensarem, dão valor a qualidade de vida da população, defende a democracia, defende a liberdade, etc..." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
A maioria dos participantes não concordou com os dados apresentados, afirmando que a economia do país não havia melhorado.
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressaram descrença tanto à credibilidade científica da pesquisa quanto à ideia de que a economia havia melhorado. Para esses, o quórum de entrevistados não era significativo e a aprovação de Lula era falsa (com acusações sobre a pesquisa ter sido comprada e manipulada pelo PT).
Nos grupos 2, 3 e 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) a frustração com os preços altos de itens básicos, como alimentos, gasolina e gás, foi um tema recorrente e alicerce para os argumentos de que os dados da pesquisa não refletiam, de fato, a realidade do país. Muitos relataram que, apesar de algumas quedas nos preços de certos produtos, a sensação geral era de que o custo de vida continuava elevado, dificultando o acesso a bens essenciais, especialmente para os que vivem com salários baixos.
Houve um consenso de que, ao menos em suas realidades locais, não havia evidências de uma melhoria econômica e muitos expressaram um forte descontentamento com o governo atual (questionando também o crescimento da aprovação de Lula).
"🤣🤣🤣🤣🤣🤣esta pesquisa só pode ser piada de mau gosto, não tem cabimento... pq a pesquisa foi feita com apenas 2mil pessoas e pior com idade a partir de 16 anos. 2mil pessoas não corresponde a 1% da população e ainda feita com pessoas que não contribuem em nada com a economia, pois em sua maioria jovens com idade entre 16 ou mais ( provavelmente o mais é até 20 anos) estão estudando e sonhando com revolução vivendo as custas dos pais. isso é estelionato e propaganda para tentar melhorar a imagem deste desgoverno. não precisa de pesquisa pra saber que a população em sua grande maioria esta descontente com o governo atual. quem discorda ou tenta passar pano das duas uma: é descolado da realidade ou é muito canalha e ta ganhando algo pra faser isso. ( como pelo jeito este instituto de pesquisa )" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Fez essa pesquisa com quem e onde??? Só os petistas né !!pq eu abro minhas redes sociais o que mais vejo é o povo metendo o pau no lula ,reclamando do governo dele ,o que não era novidade....Se melhorou só se foi para pior 😅" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"Essa pesquisa foi certamente comprada , pois não vejo melhoras na economia , aqui na cidade onde moro , a cesta básica tá caríssima , as verduras até o final do mês passado, estavam custando 10 ou mais o kilo, e o arroz e o feijão tem marcas que chegam a 10 e a 12 o kilo também , as empresas fechando as portas , aqui fechou 2 bom preço, 1 todo dia , e várias empresas pequenas , isso desde que o descondenado assumiu , acredito que a economia tá bem pior." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Como pode ter havido melhora na economia se ontem mesmo já anunciaram aumento da gasolina, do Gás e sem falar na cesta básica que todo mês aumenta,vc nunca faz uma feira para gastar o mesmo valor sempre é maior." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Essa pesquisa foi feita por onde? Qual estado. Eu não ouvi falar sobre ela. A economia está péssima, os preços nas alturas e quem recebe salário mínimo sabe disso. Não dá pra passar o mês. Não sei como famílias com filhos fazem hoje em dia para comer. Eu trabalho todos os dias e não consigo comprar carne no mercado. Opto por outros ingredientes mais acessíveis. E lá em Brasília eles aumentam os próprios salários." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Eu particularmente não vi grande melhoria. Só vejo aumento das coisas,quando abaixam valor de alguma coisa acrescentam em outra. Feira,mercado eu não sei mais o que é isso. Então de verdade não vejo nada de melhora" (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
"Eu não percebi nada de bom. Os preços em geral estão elevados, criou a taxa de compras internacionais. Os programas de moradia mcmv taxas e labores elevados. Só acho que será daqui pra pior" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Essa faixa etária é muito baixa, deviam fazer com quem tem poder de compra real. Pq para nós que fazemos a economia girar, não sentimos baixa de preços e sim muitos aumentos. Taxas altas, poder de compra cada vez menor, fora que o desemprego está aí batendo cada dia mais na porta dos brasileiros. E quando se tem emprego o salário é inesplicavelmente baixo. Não vi melhora"" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Na minha visão a economia do país está indo ladeira abaixo, o poder de compra das pessoas reduziu muito, todo mundo que a gente conversa por aí tá sempre reclamando de falta de dinheiro. Pessoas que conheço há anos (clientes), que nunca tiveram problema financeiro, hoje tem e muito. Uma ida ao supermercado e já fica um terço do salário mínimo lá, está um horror. Uma parcela enorme da população é endividada, com nome sujo e tal. Então o que melhorou? Nada! O que piorou? Custo de vida, como alimentação, aluguel, gasolina, etc e poder de compra" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"No meu ponto de vista, eu não tô vendo nenhuma melhora na economia e muito menos pro cidadão brasileiro. Só vi o brasileiro se lascando com altas taxações em suas compras, aumento do gás, gasolina, suprimentos básicos subindo cada vez mais entre mil e outros." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Acredito que não houve muita melhora, mas com base em pesquisas o PIB cresceu, o mercado de trabalho tem melhorado e etc. E o que piorou é a inflação, juros altos e o custo de vida alto, ainda há muito que ser melhorado na economia e na qualidade de vida da população." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
Entre os participantes dos grupo 5 (lulistas) havia a percepção de uma melhora tímida na economia. Muitos notaram que, embora houvesse um crescimento do PIB e alguns sinais de melhora em certos preços, essa recuperação ainda não se refletia significativamente no dia a dia das pessoas. Vários relatos indicaram que, apesar de uma leve diminuição em alguns custos de alimentos, os preços continuavam altos, especialmente para itens básicos como gasolina e gás de cozinha. A sensação geral era de que as melhorias estavam acontecendo, mas de forma lenta e inconsistente.
A maioria concordou que, embora o panorama macroeconômico mostrasse alguns avanços, a realidade cotidiana de muitos brasileiros ainda era marcada por dificuldades financeiras. A expectativa era de que as condições pudessem melhorar ao longo do ano, mas o consenso era que ainda havia muito a ser feito para que as melhorias fossem sentidas de forma mais ampla e eficaz.
"As melhorias não são achismos, são fatos. Houve um aumento de basicamente o dobro no aumento do PIB no governo Lula, diferente do governo Bolsonaro que teve apenas quedas em todos os sentidos da economia. Óbvio que com isso, não estou dizendo que o governo Lula esteja sendo 10/10 em todos os sentidos. Há muito o que melhorar e há muita coisa que poderia ter sido feita e ainda não foi." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Eu vejo essa melhoria em um crescimento lento mas já é perceptível nas compras do mercado e para adquirir alguns bens mas ainda assim é um crescimento lento mas dá para notar que as coisas estão melhorando. O que eu acho que piorou é a expectativa de compra fora do Brasil por exemplo em sites estrangeiros com a nova taxação" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
"Acredito que a melhoria esta vindo devagar, passamos por um longo período de pandemia, na pandemia os preços subiram muito, era um caos, apesar de apoiar o governo atual acredito que as coisas ainda estão caras e é preciso rever, ate pq muita gente vive com ate menos que um salário mínimo e com isso acaba não tendo condições de fazer uma feira de mercado descente, quando consegue, se na minha casa que mora 2 pessoas e alguns Pets, sentimos o aumento dos produtos, quem dira uma casa maior ou com menos condições financeiras." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Uma pequena melhoria nos preços, mas já é um avanço. Tenho esperanças que continuem baixando os preços." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Que houve uma economia já forma geral é inegável, basta ver o crescimento do PIB e os índices do mercado! Só que esse crescimento ainda não foi visto no cotidiano, mesmo com a inflação controlada, ainda está bem complicado de equilibrar as contas! O aluguel continua super alto e as oportunidades de boas vagas escassas!!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Bom percebi que algumas coisas estão mais barato é outras não. Mais acho que ainda pode melhorar no decorrer do ano. Verdura e legumes estão com preços absurdo de auto espero que abaixa." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os cinco grupos de discussões expressaram uma percepção comum de indignação e insatisfação com a possível isenção da multa, destacando a injustiça e a desigualdade no tratamento entre ricos e pobres. Em todas as respostas, houve uma crítica recorrente à diferença de tratamento, onde os ricos e influentes são favorecidos pelo governo e conseguem escapar das penalidades, enquanto os cidadãos comuns enfrentam severas consequências por infrações menores. A ideia de que "os amigos do rei" recebem benefícios e privilégios injustificados foi um tema consistente, refletindo uma desconfiança generalizada no sistema de justiça e na administração pública.
Houve uma forte condenação da corrupção e dos esquemas políticos que permitem tais favorecimentos, com muitos destacando a necessidade de que as grandes empresas cumpram suas obrigações contratuais e financeiras. A frustração com a situação econômica do país e a percepção de que os governantes e grandes empresários se beneficiam em detrimento da população também foram sentimentos comuns entre os grupos, unindo suas opiniões em uma crítica ao estado atual de governança e justiça no Brasil.
"A bandidagem voltando a cena do crime e sendo ajudada novamente pelo governo petralha. Enquanto isso o povo paga a dívida por eles. Eo governo dos pobres tornando ricos mais ricos e pobres mais pobres." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Não estou ciente desse caso mas o que penso é que o bônus vai pra quem faz errado e quem faz certo que paga toda a conta." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Sem dúvida a velha prática de proteger os amigos corruptos está de volta, por trás do não pagamento de multa com certeza alguns serão privilegiados, também esperar o que desse governo que já foi marcado por vários esquemas de corrupção no passado, eles está fazendo o que mais sabem fazer corrupção sempre." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Não lembro de ter escutado esse fato. Não concordo em isentar a multa, provavelmente essa multa estava estabelecida em contrato, pode pagar a multa parcelado, pois pra qualquer coisa não cumprida pelas empresas que geram multa nunca é isentado. Mas como os irmaos Batista tem influencia e ligaçao com o governo, pode ser que sejam beneficiados." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Saber eu não soube,mas minha opinião é que se é para perdoar ou minimizar as multas de qualquer empresa, que se faça isso com todos os brasileiros também,afinal essas empresas são muito grandes e ganham muito dinheiro só não pagam por que sonegam ou são mau administradas enquanto que o pobre não pagam por que,ganham pouco e as vezes nem ganham,por não terem a oportunidade de trabalhar." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Já tinha ouvido sobre essa multa, mas não sobre a tentativa de redução. Tem muito caroço nesse angu, pois essas multas normalmente são revertidas para programas sociais e em ajuda para o órgão fiscalizador, para o ministério estar abrindo mão, é porque alguém vai receber alguma coisa." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Acho que eles deveriam pagar a multa SIM, pois eles descumpriram o contrato emergencial fechado em 2021 se não me engano. Acho um absurdo isso. O Brasil só me mostra que sempre quem tem poder e dinheiro pode fazer oque quiser" (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Não soube , mas na minha opinião devem pagar a multa sim,eles que são os donos da empresa e precisam arcar com os custos. Infelizmente a conta sempre sobra para os brasileiros, que vem pagando as dividas do governo a tempos, os deputados e senadores precisam defender e representar o povo , fazer o seu papel, não só ficar lá esperando o salário cair na conta." (G4, 25 anos, babá, RS)
"NAO ASSISTI NADA SOBRE ESTE ASSUNTO MAS COMO CIDADÃ A EMPRESA CITADA QUE É MILIONARIA E FAMOSA DEVE SIM PAGAR MULTA PORQUE ENGANARAM O POVO E NAO CUMPRIRAM COM AS REGRAS ESTABELECIDAS,O CERTO SERIA CADEIA MAS NO BRASIL SE UM POBRE ROUBA UM PAO DO MERCADO VAI PRESO,MAS ESTAS PESSOAS IMPORTANTES ACABA TUDO EM PIZZA,QUERO ESTAR VIVA PARA VER QUAL O FINAL DESTA HISTORIA" (G4, 51 anos, professora , RS)
"sobre a inserções de multas, isso só vale pra rico, pq quando um pobre faz desvio de energia por não ter condições de pagar talões altíssimos, são impostas multas de a partir de 3mil reais. isso pra quem não tem nem como pagar o gasto mensal, é muito. mas como eles são ricos, possuem influência, tem jeito pra tudo, não é mesmo?!" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Concordo totalmente Eu também não fiquei sabendo disso mas essas intenções de multa realmente só são para os ricos porque os pobres nunca tem esse tipo de benefício aliás sempre é cobrado mais caro e de forma mais incisiva de quem é pobre tanto cumprindo medidas da lei quanto o processos" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
Contrariando as expectativas, os participantes bolsonaristas não realizam debates mais profundos estabelecendo ligações entre os irmãos Batista e o governo Lula. Somente no grupo 3 (eleitores flutuantes) o caso foi mais mencionado.
Muitos participantes expressaram indignação com a possibilidade de isenção de multa para os irmãos, destacando que eles têm um histórico de envolvimento em esquemas corruptos e que frequentemente se beneficiam das suas conexões com o governo. As críticas apontaram que, apesar de repetidamente violarem a lei e causarem prejuízos ao país, eles continuam a enriquecer e a evitar as consequências legais, o que gerou uma sensação de injustiça e de perpetuação da corrupção.
"Não soube do ocorrido, mas se errou e a multa foi aplicada devidamente, deveria pagar. Mas lembrei que já vi esses nomes e fui pesquisar, depois do que li, devem pagar sim." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Os caras erram, roubam dinheiro do país em situação emergencial, e por algum motivo inexplicável devem ser isentos de multa. "Pode roubar à vontade querido, e não precisa se preocupar que não vai acontecer nada". Que beleza, os ladrões de colarinho branco, né? Roubam muito mais do que o moleque que sai correndo com o nosso celular (não defendendo essa atitude), e saem ilesos e milionários, rindo da cara dos trouxas aqui... Me dá náusea esse tipo de notícia, é absurdo demais." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Irmãos batista da JBS envolvidos em corrupção desde sempre, tá ai mais um esquema de corrupção bem feitinho compraram a Ambar, o Lula fez uma medida provisória colocando o aumento na conta de luz nossa para pagar essa divida. Todo esse favorecimento é uma via de mao dupla, para eles e o povo paga a conta e essa é a forma de livrar a âmbar. Tudo isso ai é maracutaia, e é so ladeira abaixo." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Não tinha conhecimento desse assunto, dei uma olhada por cima . Mas os dois irmãos foram envolvidos em um esquema de corrupção vergonhoso que não deu em nada ainda conseguiram triplicar o patrimônio deles e ainda querem fazer um acordo pra eles se livrarem da multa que eles tem que pagar é um absurdo atrás do outro." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"Não tinha visto nada a respeito. Mas sei quem são os irmãos pois estão sempre nas mídias." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
Os participantes mostraram extrema clareza e convergência acerca do significado de direita e esquerda. A primeira identificada com o neoliberalismo, a iniciativa privada e os valores conservadores e a segunda com a intervenção do estado da economia e valores progressistas. Também foram unânimes na rejeição à extrema direita, por excesso de radicalidade conservadora. Os bolsonaristas convictos foram uma exceção parcial, pois não criticaram a posição radical de direita, mas o rótulo “extrema-direita” como algo pejorativo. Os bolsonaristas moderados mostraram ter concepções do espectro ideológico muito similares às dos outros grupos, inclusive sem apelas para a demonização da esquerda.
O resultado é surpreendente dada a já conhecida pouca aderência cognitiva que os conceitos do espectro ideológico, como esquerda e direita, têm na população brasileira. Contudo, alguns estudos recentes mostram que Bolsonaro e o bolsonarismo contribuíram para clarificar essa compreensão ao assumirem abertamente sua posição de direita. Provavelmente, estamos observando nessas respostas os efeitos desse realinhamento cognitivo que já está em movimento há anos.
Quando o tema foi a melhora da avaliação de Lula, o resultado também surpreendeu. Não no polo bolsonarista, pois convictos e moderados declararam não acreditar na pesquisa e usaram o argumento da deterioração econômica, principalmente a inflação dos itens básicos, como evidência disso. Mas flutuantes, lulodescontentes e mesmo lulistas relativizaram a melhora da avaliação, também manifestando percepção de deterioração da economia via aumento da inflação de produtos e serviços básicos. Os dois últimos grupos, eleitores de Lula, reconhecem melhoras na economia, mas estão muito preocupados com a alta de preços.
Esse resultado é um pouco paradoxal, dado que a melhora observada na pesquisa quantitativa não refletiu claramente na nossa pesquisa, de natureza qualitativa. Isso provavelmente se dá pelo fato de a melhora ter sido de alguns pontos percentuais, algo muito difícil de captar qualitativamente.
A isenção de multa aplicada à empresa dos irmãos Batista foi, previsivelmente, rechaçada por todos os grupos, que a veem como uma medida para privilegiar os já muito privilegiados. É o tipo de notícia que coloca a opinião pública toda de um só lado. Houve uma diferença sutil entre os grupos à direita dos que votaram em Lula, pois também associaram a isenção à suposta corrupção do governo.
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
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Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
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Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; iii) Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
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Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
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#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
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#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
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Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
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GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
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Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.