O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 27/10 a 2/11, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) encontro entre Lula e Trump; ii) megaoperação de combate ao crime no Rio de Janeiro; iii) reunião entre o Ministro da Justiça e o governador do RJ e criação de escritório emergencial.
Ao todo, foram analisadas 387 interações, que totalizaram 12.791 palavras
| Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Encontro entre Lula e Trump | Predominou a descrença e ironia em relação à reunião, vista como encenação política sem resultados concretos. As falas expressaram rejeição a Lula e simpatia por Trump. | O grupo avaliou o encontro como necessário, porém pouco produtivo. As falas expressaram cautela e ceticismo quanto a possíveis acordos e efetividade das negociações. | O grupo manteve um tom moderado, destacando a importância da boa relação entre os países, com esperança de resultados positivos, mas também dúvidas sobre avanços reais. | Prevaleceu a percepção de que a aproximação foi movida por interesses estratégicos. A maioria reconheceu a importância econômica da relação, mas com desconfiança da concretização de resultados. | O grupo demonstrou otimismo e confiança na postura de Lula, interpretando o encontro como sinal de fortalecimento da diplomacia e ganho de prestígio. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
| Megaoperação no RJ | Predominou a defesa enfática da operação como ação justa e necessária para eliminar o crime num contexto de guerra entre o bem e o mal. A violência foi moralmente legitimada e atribuída à omissão do governo federal e da esquerda. O apoio à letalidade policial foi quase unânime. | Os participantes valorizaram a repressão como último recurso após o fracasso de outras medidas, reconhecendo-a como necessária, ainda que trágica. Houve consciência dos custos humanos, mas prevaleceu a ideia de que a força é inevitável diante do domínio das facções. | O grupo mostrou ambiguidade: considerou a operação necessária, mas lamentou a violência e questionou sua eficácia. Parte reconheceu a falta de planejamento e a necessidade de estratégias mais inteligentes e duradouras para conter o crime. | Os participantes reconheceram a gravidade da criminalidade e consideraram as ações repressivas como medidas “necessárias”, embora profundamente trágicas. Prevaleceu a visão de que o enfrentamento armado é um “mal inevitável”, mas não uma solução real. | Houve divisão entre quem via a operação como ação dura, porém necessária, e quem a condenava como massacre ineficaz e politizado. O debate opôs segurança e direitos humanos, com críticas à seletividade da violência. | As operações foram vistas como tristes, mas necessárias para o combate efetivo da criminalidade, expressando uma leitura espiritualizada da ordem pública dentro da lógica da luta entre o bem e o mal. |
| Parceria pela Segurança Pública | Predominou uma visão fortemente crítica ao governo federal e de apoio irrestrito às forças policiais e ao governador do Rio. O grupo rejeitou a ideia de parceria, considerando-a falsa e politicamente motivada. | Houve consenso de que a cooperação entre as esferas federal e estadual era essencial. As falas destacaram a importância da integração técnica e da responsabilidade compartilhada para melhorar a segurança pública. | Mesmo majoritariamente céticos em relação aos resultados, parte do grupo demonstrou disposição em reconhecer que a cooperação entre as esferas poderia ser positiva, desde que conduzida com alinhamento de interesses e foco no bem comum. | O grupo adotou um tom descrente quanto a resultados imediatos, mas concordou com a unificação das forças, ressaltando que o problema da violência exige ações estruturais, conjuntas e contínuas. | As falas expressaram descrença e repúdio ao governador, atribuindo-lhe motivações eleitorais e oportunistas. A parceria foi vista como simbólica e ineficaz diante da profundidade do problema da criminalidade. | Os participantes se posicionaram de acordo com seus grupos de pertencimento. |
As opiniões expressas no grupo 1 (bolsonaristas convictos) revelaram um posicionamento amplamente cético em relação ao encontro entre Lula e Donald Trump. Predominou a percepção de que a reunião não produziu resultados concretos, sendo interpretada como um gesto simbólico, sem efeitos práticos para o Brasil. O tom predominante foi de descrédito e ironia, reforçando a ideia de que a aproximação entre os dois líderes seria superficial e movida por interesses de imagem mais do que por avanços reais nas negociações comerciais. O nome de Trump apareceu com maior simpatia e autoridade, visto como quem detinha o controle da situação. Para o grupo, o presidente estadunidense estaria apenas atuando em prol dos interesses econômicos do seu país, sem qualquer simpatia genuína por Lula.
Além disso, no grupo, prevaleceu uma forte rejeição à mídia tradicional, associada à manipulação de informações e à defesa do governo. As falas expressaram desconfiança quanto à veracidade das notícias, interpretando a cobertura como instrumento de propaganda favorável a Lula e de distorção deliberada dos fatos.
"Acompanhei sim estes fatos. Mas não acho que está reunião tenha sido positiva. Pois pelo que ouvi nos meios alternativos , não ficou nada definido sobre sanções, tudo que está sendo dito na imprensa são narrativas do governo para passar um ar de tranquilidade.
Mas sabemos que as coisas não são bem assim."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Acompanhei sim, e não ficou nada acertado com o presidente Trump, o que conseguiu foi marcar outra reunião pra outro dia aí. Nada ficou resolvido sobre novas sanções, vistos e sobre as tarifas. A imprensa tenta passar um ar de que está tudo bem e que acordos serão fechados. Mas está tudo como sempre esteve, na estaca zero, Lula ainda ficou todo sem jeito com Trump falando sobre o capitão."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Bom dia a todos, eu acompanhei as notícias e não vi nada positivo em relação a esse encontro tudo o que vejo é blá-blá-blá da imprensa brasileira para puxar o saco do cachaceiro da república, como também vi uma matéria sobre a CNN que estava distorcendo as traduções das conversas entre Trump e o pinguço para tentar denegrir a imagem do Bolsonaro!" (G1, 45 anos, padeiro, PB)
"Trump está fazendo o que pode por questão econômica, mas em nenhum momento demonstra interesse as falas de Lula. A reunião não foi positiva, pois Lula sempre abre aquela boca de cachaça para estragar tudo. Não foi nada bom para Lula e ainda teve que engolir Trump elogiando Bolsonaro, o que incomodou e ele irritado, foi colocar os jornalistas para correr."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Sem contar o constrangimento que Lula foi submetido, quando jornalistas americanos fizeram menção a Bolsonaro e Trump respondeu, o elogiando." (G1, 54 anos, músico, RS)
A maioria dos participantes dos grupos 2, 3 e 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) reconheceu a importância institucional da reunião entre Lula e Trump, destacando que encontros diplomáticos entre líderes de grandes economias são necessários para preservar o diálogo e o comércio internacional. Apesar disso, prevaleceu a percepção de que o encontro foi pouco produtivo e que ainda era cedo para avaliar resultados concretos. Os grupos demonstraram uma combinação de expectativa e desconfiança, oscilando entre a esperança de um possível acordo comercial e a descrença quanto à efetividade prática das tratativas.
Houve reconhecimento do papel estratégico dos Estados Unidos e da necessidade de o Brasil manter boas relações diplomáticas, independentemente de quem ocupe a presidência. Ao mesmo tempo, emergiu um discurso de prudência e cautela em relação às informações veiculadas pela mídia e às promessas de governo, sugerindo um cansaço com acordos anunciados e não concretizados.
"Não acompanhei esse fato, mas esse encontro se faz necessário para que se consiga alinhar as questões com problemas entre os dois países. Espero que tenha um avanço e um acordo seja firmado pois, os países são parceiros comerciais e um precisa do outro." (G2, 35 anos, coordenadora, DF)
"Boa noite acho que essas bajulações ,elogios entre outras coisas tem alguma coisa por vir, difícil acreditar em um resultado independente de quem esteja na frente de tudo ,eu particularmente só acredito quando realmente acontecer, principalmente no que se diz respeito a inflação,taxas etc ." (G2, 50 anos, auxiliar, SP)
"Boa tarde, não acompanhei, mas acredito que a melhor opção seja, de fato, um acordo entre as partes. A boa relação entre os países é benéfica para todos" (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
"Pelo que acompanhei foi mais uma reunião para marcar outra reunião é meme que rola por ai e me parece que o negocio não sai disso, nada de tirar tarifas ou haver acordos, o negocio não sai disso é só alguns elogios um monte de bla bla bla ... O pior foi a CNN distorcendo a fala do Trump sobre Bolsonaro, quando perguntaram sobre o assunto ser Bolsonaro e ele diz que não é da sua conta, a CNN vai lá e interpreta não é da nossa conta, mídia manipulando mais uma vez nas redes sociais. Essa reunião só deveria ser direta e reta sem meia volta toda vez." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"Sim, acredito que essa reunião foi importante para ambos os países, que visar acabar com as tarifas e estabelecer uma melhor relação, tanto política e econômica entre os dois países." (G4, 28 anos, nutricionista, RJ)
"Estou acompanhando essa notícia. Acho que essa abertura a uma futura negociação das tarifas americanas seja apenas uma jogada política de Trump. Acredito que Trump tenha interesses em ter alguma negociação direcionada ao comércio das Terras Raras. Acredito que Trump oferecerá trocas com revisão das tarifas atuais em troca de alguma negociação que traga vantagens aos Estados Unidos na compra das Terras Raras. Trump não faz nada para sair perdendo." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
As opiniões do grupo 5 (lulistas) revelaram um tom amplamente favorável à aproximação entre Lula e Trump, destacando o potencial econômico e diplomático do encontro. A maioria dos participantes interpretou a reunião como um sinal de maturidade política e afastamento de posturas extremas, enxergando na cooperação entre os dois países uma oportunidade de fortalecimento da economia brasileira e reposicionamento do país no cenário internacional. Houve reconhecimento do protagonismo de Lula na condução diplomática e elogios à sua postura firme e estratégica frente aos Estados Unidos, percebida como uma defesa da soberania nacional. A visão predominante foi otimista, ancorada na ideia de que o diálogo traria benefícios mútuos e representaria um avanço nas relações bilaterais.
Ao mesmo tempo, parte do grupo demonstrou prudência e consciência das assimetrias envolvidas nas negociações, ressaltando a necessidade de o Brasil agir estrategicamente, diversificar mercados e reduzir a dependência de países como os EUA. Essa cautela, contudo, não anulou a percepção positiva geral sobre o encontro, que foi descrito como um marco diplomático favorável e um “gol de placa” para o governo brasileiro.
A mídia foi percebida como fonte legítima de informação e confirmação dos avanços diplomáticos. Os participantes mostraram confiança nas notícias sobre o encontro, utilizando-as para sustentar uma leitura positiva do governo e reforçar a ideia de fortalecimento da imagem internacional do Brasil.
"Acompanhei as notícias pelo YouTube. Já estava na hora se encontrarem para botar um ponto final nessa taxação e retirar as sanções contra os membros do STF. Fiquei feliz, o povo Brasileiro só tem a ganhar com esse encontro." (G5, 28 anos, gerente comercial, AM)
"Eu penso que esse fato só demonstra mais uma vez três importantes aspectos da política e de como não se sujeitar a condições desfavoráveis foi um grande acerto do nosso presidente, os fatos são:
1- O Brasil sai muito fortalecido dessa queda de braço, o presidente Lula foi firme e corajoso ao colocar a soberania nacional acima de uma possível crise econômica e agora vai conseguir os melhores acordos para o Brasil.
2- O Brasil com o Lula continua a ser um país forte, independente e com muita importância na geopolítica mundial. Negar isso é negar a realidade, basta ver o quanto que o Lula é procurado e o quanto a sua agenda é cheia nos encontros internacionais.
3- O Trump pode ser tudo, mas bobo e burro ele não é. Ele sabe que no final das contas as tarifas, principalmente da carne e do café iriam prejudicar demais a economia dos Estados Unidos.
Conclusão, a reunião foi ótima e foi um gol de placa do nosso presidente, que só demonstra mais uma vez a sua força e inteligência ao derrotar em uma relação diplomática o ""maior país do mundo""." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Acho que foi muito importante esse acontecimento pois também foi resultado da postura firme e diplomática do Lula em relação a soberania Brasileira. O Trump vinha atacando a política Brasileira de diversas formas e tensionando essa relação política e econômica aplicando altas taxações (como tem feito com outros países, como a China), quando se viu na necessidade de respeitar a dialética e a importância da economia brasileira." (G5, 26 anos, consultor de RH, RJ)
"Boa noite eu vi alguns cortes pelas redes sociais, mais especificamente pelo Instagram. Sobre a aproximação dos presidentes eu acho que no fim das contas e benéfico para o nosso país, avaliando todo o contexto passado anteriormente esse e o melhor cenário sem dúvidas." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM)
A maioria dos participantes dos grupos 1 e parte do grupo 2 (bolsonaristas convictos e moderados) expressaram uma aprovação enfática e incondicional da megaoperação no Rio de Janeiro, vista não apenas como necessária, mas como ato de justiça e restauração moral. A repressão policial foi celebrada como resposta legítima e redentora diante de um mal social considerado absoluto — o domínio das facções e a ineficácia do Estado. A violência, longe de ser lamentada, foi interpretada como instrumento purificador, capaz de devolver à “população de bem” o controle sobre territórios tomados pelo crime. Mesmo as mortes de civis foram relativizadas como custo inevitável de uma guerra justa, que precisava ser travada “até o fim”. Nessa perspectiva, a operação simbolizou o resgate da autoridade estatal e da dignidade social perdidas, um momento de coragem frente à impunidade e ao caos.
O discurso desses participantes revelou uma identificação emocional e moral com a força policial, descrita como heroica e justa. O enfrentamento armado foi naturalizado como a única linguagem compreendida pelos criminosos e, portanto, a única forma eficaz de restabelecer a ordem. A operação foi exaltada não apenas por seus resultados imediatos — prisões e mortes de suspeitos —, mas por seu valor simbólico: representava o Estado “finalmente reagindo”. Entre muitos participantes a frase "bandido bom é bandido morto" foi utilizada.
Duas participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictas) e alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados) expressaram pesar pelas inúmeras mortes nas comunidades, mas esses posicionamentos foram residuais dentro desses grupos e, mesmo lamentando a dimensão trágica das perdas humanas, não deixaram de demonstrar apoio à operação.
“Boom dia; eu achei ótima, que tenha mais dessa no RJ, pq a criminalidade está absurda, porque se deixar de mão esses grupos vai tomar de conta, parabéns à polícia militar, triste pelos os 4 policiais mortos, mas feliz por alguns bandido presos e mortos.” (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
“Eu moro no Rio de Janeiro e posso dizer que sim, essa operação é muiiito necessária, porque não adianta prender que a injustiça solta e eles voltam pior ainda, os policiais estão de parabéns, são heróis... chega, não aguentamos mais viver com medo da violência, se tem que morrer que sejam esses vagabundos.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Estão certíssimos, operação certa. Triste pelos políciais que morreram. E tem que matar todos os bandidos mesmo, pois do que adianta ser preso e dps ser solto e fazer pior com a população. Os caras estão treinados para tomar o país, daqui a pouco vai ser guerra para todo o lado. Então eu apoio e acho que bandido bom é bandido morto.” (G1, 27 anos, microempreendedora, MG)
“Boa noite! Eu me pergunto porque não fizeram policiamento direto nesses lugares com alta criminalidade? Foram 4 policiais mortos nessa ação, os bandidos merecem mesmo a cova, deveriam ter matado todos! Bandido bom é bandido morto!” (G1, 64 anos, empresário, PR)
“Eu acho que chegou a um ponto que sim. Todas as outras ações já foram testadas ao longo do tempo. Nada deu resultado... o Rio é terra de ninguém, a lei lá não existe. É de se lamentar a perda de vidas mas eu não vejo outras opções.” (G2, 38 anos, professor, SP)
“Boa tarde. Esse tipo de operação é o caminho certo pra esse tipo de situação e lugar como no RJ, onde quem comanda é o crime organizado e o povo tem que conviver com isso, infelizmente precisou chegar nisso e a polícia precisa dar continuidade nesse tipo de operação, não só de vez em quando.” (G2, 35 anos, contadora, RS)
“Boa tarde a todos. Infelizmente o domínio do crime organizado no país chegou ao extremo e se tratando de extremo não teria nesse momento como ser diferente. É triste e lamentável pelas mães que choram pelas escolhas erradas de seus filhos, e quantas outras mães inocentes esses mesmos filhos já fizeram chorar também?” (G2, 35 anos, coordenadora, DF)
Os grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) expressaram uma postura predominantemente favorável à operação, embora com nuances de cautela e preocupação humanitária. A maior parte dos participantes concordou com a necessidade de uma ação policial firme, reconhecendo que o domínio das facções e o avanço do crime organizado atingiram um ponto em que a intervenção se tornou inevitável. Essa aprovação, porém, foi acompanhada de consciência dos riscos e limitações do método empregado: os participantes não celebraram a violência, mas a entenderam como uma resposta dura e necessária diante da omissão histórica do Estado. O tom das falas revelou um sentimento de tristeza e resignação, mas também de realismo, aceitando a operação como passo correto em uma situação de emergência, ainda que longe da solução definitiva para o problema.
Mesmo entre os que lamentaram o alto número de mortes, prevaleceu a ideia de que era preciso agir, pois o Estado não poderia mais se manter ausente de territórios dominados pelo crime. A reprovação não foi dirigida à existência da operação em si, mas ao modo como foi conduzida — considerada mal planejada, desorganizada e pouco integrada às políticas sociais.
“Acredito que esse não seja o caminho ideal, mas é o que se faz necessário, visto que as facções agem dessa forma no momento de resistência às ações policiais. Levando em consideração os 81 presos, onde boa parte foi presa pois se entregou. Sendo assim, o número de mortes representa mais a audácia na reação dos bandidos do que a letalidade das forças policiais.” (G3, 25 anos, contador, RJ)
“Boa tarde, do meu ponto de vista, sou a favor dessa operação, mas também não sou a favor de violência. É melhor bandido morto do que preso e solto de novo. Infelizmente policiais, pais de família, acabaram morrendo, mas se não combatermos o mal pela raiz, esse mal irá crescer cada vez mais. É a justiça que tem que mostrar quem manda.” (G3, 30 anos, diarista, TO)
“Ontem foi um caos, só quem mora no Rio de Janeiro sabe o estado de alerta e insegurança que vivemos diariamente. O que está acontecendo, infelizmente, é necessário, pois o poder público deixou o poder paralelo crescer e dominar o estado. Agora precisa agir de forma severa, e ainda assim não tenho certeza se isso vai resolver, mas é o que precisa ser feito.” (G3, 45 anos, turismóloga, RJ)
“Esse tipo de operação policial infelizmente é necessário e indispensável no combate à criminalidade. Esse tipo de ação infelizmente causa muitas mortes, mas é essencial para diminuir a força do crime organizado. Há outras formas de combate, mas o enfrentamento direto é indispensável.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“Eu fico dividida entre se é o caminho certo. Infelizmente a criminalidade assola nosso país, enquanto não investirmos realmente em educação, cultura e lazer nas áreas de pobreza, ficaremos à mercê dos jovens que entram pra criminalidade. Porém acho esse tipo de operação necessária para combater esses criminosos, já que fazem muitas comunidades reféns.” (G4, 29 anos, profissional de TI, MG)
“De certo fico entre a cruz e a espada... não é esse tipo de operação que resolve a criminalidade porque coloca o cidadão no meio disso, mas é uma atitude enérgica que infelizmente tem que haver. Acho que o problema vai muito além de políticas públicas, mas deve ser varrida a milícia e praticadas políticas que eduquem e ocupem os jovens.” (G4, 41 anos, farmacêutico, PE)
As respostas do grupo 5 (lulistas) apresentaram maior diversidade de posicionamentos internos em comparação aos demais grupos, oscilando entre o apoio pragmático às ações repressivas e forte crítica à lógica da “guerra entre o bem e mal”.
Parte dos participantes reconheceu a operação como necessária diante do poder das facções e do histórico de fracassos de políticas mais brandas, avaliando que, embora trágica, a violência seria inevitável em um cenário descrito como “guerra urbana”. Nessas falas, a morte de inocentes foi lamentada, mas enquadrada como consequência colateral de um processo tido como indispensável para restabelecer a ordem e conter o crime. O discurso punitivista, portanto, esteve presente, mas temperado por sentimentos de pesar, empatia pelos entes dos mortos e pela percepção de que o Estado deveria planejar melhor as operações e reduzir as perdas humanas.
Em contrapartida, emergiram vozes dissidentes e mais críticas, que denunciaram a operação como uma chacina e questionaram sua eficácia, legitimidade e motivação política. Esses participantes enfatizaram que o enfrentamento violento não resolve o problema estrutural do tráfico, criticando a ausência de inteligência, coordenação federal e políticas de inclusão social. As falas mais progressistas destacaram que as mortes atingem majoritariamente pessoas pobres e periféricas, denunciando um padrão seletivo da repressão estatal. Também apareceu a defesa de uma abordagem voltada à saúde pública e ao corte de fluxos financeiros das facções, em vez da eliminação física de suspeitos.
“Bom dia, infelizmente sim apesar dos contras eu acredito que o combate está no caminho certo, ninguém consegue combater a criminalidade com flores, já tentaram ações pacíficas como integrar bases polícias pacificadores dentro desses locais porém não deu certo, acho que ações mais enérgicas são necessárias, infelizmente é sim de fato uma guerra, uma guerra contra a criminalidade e como em toda guerra teremos algumas baixas.” (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM)
“Enquanto a questão das drogas e da trafico for vista somente como segurança pública e não saúde, essas atrocidades vão continuar acontecendo. O que houve na segunda no rio tem nome e é muito claro: chacina! Ninguém pode ser assassinado sem um julgamento, NINGUÉM. Não importa qual crime a pessoa tenha cometido, não vivemos em um regime de exceção no qual o direito é ignorado. A lei brasileira garante a ampla defesa e o réu é inocente até o final do processo.
Eu vi vários vídeos e chorei demais com eles, a cena dos corpos esticados na rua, com as pessoas ao redor chorando pela morte dos seus entes queridos é de cortar o coração de qualquer um. O combate ao crime organizado se faz com inteligência, estrátegia, planejamento e não com força.
Para realmente desestabilizar as facções é necessário cortar o dinheiro delas, como foi feito em São Paulo, com o fechamento de vários postos clandestinos e com o PCC sendo asfixiado onde realmente importa, grana. Matar um ou outro traficante NÃO MUDA ABSOLUTAMENTE nada na estrutura, é só uma cortina de fumaça e um teatro para um governador com um indice baixissimo de aprovação. Enfim, teria milhões de coisas para falar sobre essa operação, mas nada muda que ela foi criminosa e não por quem mora no morro, mas por quem a executou.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Nunca foi e nunca será, se fosse assim, muitas opções já teriam acabado com o crime organizado. Engraçado que na Faria Lima não fizeram isso né? O Estado é o verdadeiro crime organizado, que não descansará até eliminar todos os pobres. Sem cabimento algum pensar que pessoas que não tiveram oportunidade na vida, foram obrigadas a se renderem ao crime, por culpa de um governo que só pensa nos ricos, são culpadas de terem se tornado isso. E o pior é que eles não são os verdadeiros chefes do tráfico, crime e etc, os ricos são, os políticos que estão envolvidos nos piores esquemas possíveis, e que ainda assim, não são recebidos a tiros na única região que lhes sobraram para viver. Não se trata de defender bandido, e sim de saber que ali não morreram apenas pessoas envolvidas no mundo do crime (também são vítimas), e sim crianças, pais trabalhadores e mães que deram o sangue para criar os seus filhos.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
“Bom dia, sim! Acho que é preciso operações como essa para combater as facções. Se tivessem realizando sempre acredito que fosse até mais fácil, pena ter havido 4 mortes de policiais que estavam a serviço.” (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
Entre a maioria dos participantes evangélicos dos cinco grupos, a criminalidade foi frequentemente enquadrada em termos éticos e espirituais — um confronto entre “bem e mal”, “justos e ímpios”, “trabalhadores e bandidos”. A operação foi majoritariamente aprovada como instrumento necessário de justiça e restauração da ordem, mesmo quando havia reconhecimento do sofrimento causado. Essa aprovação não foi apresentada apenas como uma escolha política ou pragmática, mas como expressão de uma luta moral, em que o uso da força seria autorizado por um ideal superior de proteção da população “de bem” e cumprimento do dever.
Além disso, houve predominância do discurso de resignação e inevitabilidade: muitos viam a operação como triste, mas inevitável, associando o sofrimento coletivo à ideia de provação ou consequência de um mundo corrompido. Mesmo entre aqueles que demonstraram empatia pelos inocentes, a ênfase permaneceu na necessidade de “limpar o mal” e “restaurar a paz”.
“Eu moro no Rio de Janeiro e posso dizer que sim, essa operação é muiiito necessária, porque não adianta prender que a injustiça solta e eles voltam pior ainda, os policiais estão de parabéns, são heróis... estamos cansados desses vagabundos que não respeitam ninguém. Esse é o caminho certo que continue essa operação abençoada, chega, não aguentamos mais viver com medo da violência, se tem que morrer que sejam esses vagabundos.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ – Outras evangélicas)
“A polícia precisa dar continuidade nesse tipo de operação, não só de vez em quando.” (G2, 35 anos, contadora, RS – Outras evangélicas)
“Bandido escolheu essa vida, então, antes ele do que eu ou minha família... Agora precisa agir de forma severa, e ainda assim não tenho certeza se isso vai resolver nosso problema.” (G3, 45 anos, turismóloga, RJ – Outras evangélicas)
“Prefiro essa operação mil vezes do que passar a mão na cabeça de bandido que não se importa com nada, infelizmente policiais, pais de família, filhos de alguém acabaram morrendo, mas se não combatermos o mal pela raiz esse mal irá crescer cada vez mais.” (G2, 30 anos, diarista, TO – Assembleia de Deus)
“Infelizmente o domínio do crime organizado chegou ao extremo... É triste e lamentável pelas mães que choram pelas escolhas erradas de seus filhos, e quantas outras mães inocentes esses mesmos filhos já fizeram chorar também?” (G2, 35 anos, coordenadora, DF – Outras evangélicas)
“Fico pensativa sobre os policiais que morreram e deixaram suas famílias... Porém acho esse tipo de operação necessária para combater esses criminosos, já que fazem muitas comunidades reféns.” (G4, 29 anos, profissional de TI, MG – Outras evangélicas)
“Eu até agora estou abalada com tudo isso... concordo que a criminalidade tem que ser exterminada, mas não dessa forma. Muitas pessoas pagando o preço disso tudo... tudo isso é muito triste 😢 só Deus para dar sabedoria nesta hora.” (G4, 53 anos, dona de casa, BA – Assembleia de Deus)
“Eu acredito que o combate está no caminho certo... infelizmente é sim de fato uma guerra, e como em toda guerra teremos algumas baixas.” (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM – Universal do Reino de Deus)
As opiniões expressas pelo grupo 1 (bolsonaristas convictos) revelaram um posicionamento amplamente crítico em relação à proposta, ao governo federal e, em especial, ao ministro da Justiça. As falas indicaram uma forte desconfiança quanto à sinceridade da parceria anunciada entre as esferas federal e estadual, associando-a a manobras políticas e estratégias de autopromoção. O grupo interpretou a iniciativa como parte de uma narrativa governamental desvinculada da realidade da segurança pública e da necessidade de resultados concretos. Predominou a percepção de que o governo federal adota uma postura leniente em relação ao crime, o que inviabilizaria qualquer cooperação efetiva com o governo do Rio de Janeiro.
O grupo tendeu a valorizar a atuação do governo estadual e das forças policiais, contrapondo-a a uma crítica moral e política ao governo federal, visto como distante, omisso e conivente com a criminalidade.
“Bom dia acredito que quando as coisas são esclarecidas de forma coerente e de responsabilidade de ambas as partes pode sim contribuir para uma melhoria na segurança pública desde que haja uma atitude etica de ambos os lados” (G1, 38 anos, diarista, SP)
"Acho que vai ficar só nisso, narrativas, de concreto nada que venha do governo federal, Lula não consegue classificar os traficantes como terroristas, e isso já basta para perder as esperanças de que alguma coisa de bom vai vir pra combater o crime e beneficiar os moradores do Rio de Janeiro. Tem que fazer e pronto pra que parceria se já sabemos que nada vai mudar, esse governo federal é uma piada de muito mal gosto.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Foi precisa essa intervenção da polícia militar e civil para exterminar os traficantes, bandidos no RJ, e que continuem com a segurança da população, desses marginais. Eu não acho que seria uma boa parceria com esse desgoverno, pois Lula defende bandido, são "amiguinhos" né. Traficantes para o atual desgoverno não são terroristas, mas a mulher que tinha um batom como arma, essa é terrorista, as senhoras idosas são terroristas. Que saia logo esse governo porque o Brasil está ruim em todas as áreas! Vergonha desse desgoverno!” (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Acho que eles têm que ter uma parceria, para fortalecer e para que os policiais possam estar mais protegidos em megaoperações como essa do Rio, mas todo mundo sabe que o governo federal não quer ajudar a acabar com as facções, porém, como é um período que antecede as eleições, ele vai fingir que vai ajudar o governador do Rio para não perder votos, já que não se fala de outra coisa na internet a não ser a respeito dessa faxina!” (G1, 45 anos, padeiro, PB)
As opiniões dos grupos 2, 3 e 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) revelaram uma visão amplamente favorável à cooperação entre as esferas federal e estadual. Predominou a ideia de que a integração institucional seria essencial para fortalecer as operações de segurança e garantir resultados mais eficazes no enfrentamento ao crime organizado. As falas refletiram uma percepção de urgência diante do agravamento da violência, mas também expressaram confiança de que o trabalho conjunto poderia representar um avanço concreto, desde que pautado por responsabilidade, coordenação e clareza nas atribuições de cada nível de governo.
De modo geral, os grupos demonstraram predisposição ao consenso e evitaram debater disputas políticas ou realizar acusações diretas, concentrando-se no mérito técnico e operacional da parceria. A segurança pública foi tratada como uma questão coletiva e prioritária, cuja solução dependeria de união de esforços, investimentos em tecnologia e integração de estratégias.
“Sim, o Governo Federal precisa contribuir com o Governos Estaduais em qualquer apoio necessário. O governo estadual precisa de reforço durante inúmeras ações de segurança, e o governo federal tem obrigação de apoiar.
Estamos num momento crítico, não somente no RJ, e precisamos evoluir em tecnologia para cuidar e proteger a população, e aí que a esfera federal deve colaborar.” (G2, 32 anos, analista de sistemas, SP)
"Acredito que se trabalharem juntos e for do "interesse" de ambos, pode ser o início do enfrentamento ao crime organizado.
A situação em vários estados do país está em nível máximo de alerta e em estado crítico no que diz respeito à segurança.
A população já não suporta mais tanta insegurança como estamos vivendo atualmente.” (G2, 35 anos, coordenadora, DF)
“Não importa se o governador mudou de ideia, de lado o que importa é que eles se unam para resolver problemas da segurança pública, como diz a União faz a força. Espero muito que dê certo, é que através disso traga melhorias é ideias para o bem estar populacional garantindo o direito dos cidadãos de conviver numa sociedade mais segura. Onde o crime não venha ter o poder que vem tendo nesses últimos anos. É acho sempre bom deixa as diferenças de lado e agir de uma forma justa para todos.” (G3, 30 anos, diarista, TO)
“Acho que esse não é o momento de brigas por ego. É momento de unir todos os Poderes e se pensar exclusivamente na população que tem sofrido tanto com a violência no Rio. Na verdade sofrido com a violência que tem assolado o Brasil todo. Espero que essa parceria aconteça de verdade e que o Governo e o Estado passem a se preocupar com a população e a implantar ações que deixem a todos mais seguros.” (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
“Boa noite! Independente da situação, ou operação policial a ser feita, todas as esferas do governo devem estar juntas para que as ações sejam efetivas e combata com eficiência o crime organizado que esta tomando conta de todo o país. Com certeza os resultados serão melhores.” (G3, 45 anos, professora, MT)
“Tenho a opinião que uma parceira entre os Governos Federal e Estadual é indispensável para o combate ao crime organizado que chegou nesse patamar avassalador que está no Rio de Janeiro. Não é hora de jogos de egos, mas de ação contínua e vigorosa de combate efetivo ao crime organizado. É claro que uma ação mais efetiva de combate ao crime organizado gerará combates violentos; mas isso é um efeito colateral do próprio combate à violência; mas sem reação essa violência nunca diminuirá.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
Da mesma maneira que o grupo 1 (bolsonaristas convictos), o grupo 5 (lulistas) articulou seu discurso a partir da indignação e da descrença na parceria, apenas invertendo os personagens da rejeição. A maioria das falas expressou repúdio pessoal a Cláudio Castro, associando suas iniciativas a interesses próprios e estratégias de manutenção de poder, sem compromisso real com a segurança pública ou com o bem-estar da população. As operações policiais foram descritas como ações precipitadas, mal planejadas e guiadas por conveniência política, enquanto a integração com o governo federal foi percebida como simbólica e ineficaz diante da complexidade estrutural do crime organizado no Rio de Janeiro. Dessa forma, as opiniões revelaram uma descrença generalizada nas intenções políticas e na efetividade da parceria anunciada, predominando a leitura de que as ações tinham motivação eleitoral e caráter oportunista.
“Vamos lá, tudo o que vem do Cláudio Castro tem motivação eleitoral, absolutamente tudo. Eu não acredito em nenhuma ação desse ser desprezível que tenha motivações para a melhoria do Estado e da população fluminense. Eu acho uma pena que os eleitores do Rio de Janeiro tenham colocado esse ser como Governador e pior ainda que apoiem as suas decisões. Sobre a integração, não vai adiantar de nada, é só mais uma cortina de fumaça, pois o Rio de Janeiro, com a Câmera que tem, com a milícia e com tudo o mais que envolve o Estado, não será resolvido de uma maneira simples e necessita de um plano de ação de longo prazo que não será feito, pois afeta o interesse direto de quem controla a cidade e o estado.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Realmente tudo que vem desse Claudio Castro tem interesses eleitoral. Olha essa operação que ele fez só por interesse político.
O pior que tem muita gente que oh apoia... E apoiou essa operação. Que matou várias pessoas.... Operações como essa devem ser estudada pela inteligência ao longo prazo... Não levanta da cama e decidir invadi a favela... Para não acontece oque aconteceu.” (G5, 28 anos, freelancer, SP)
“certamente não é algo que eu confio. acho que estão fazendo isso como uma forma de proteção para quando eles, pq assim só após o ocorrido do RJ ele vem querer fingir que se importa? acredito que esse escritório pode ficar mt oculto e fácil de ser manipulado. sim, a parceria pode ter grande potencial, mas acho que deve ser criada de outra forma. a mudança de postura já é algo de se esperar desse ser, ainda mais considerando o histórico que ele tem, deve ser tudo fingimento pra ganhar destaque.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
“Bom dia, não confio muito nessa pessoa acredito que toda ação realizada por ele tenha algum tipo de interesse de ganho por trás, acredito que se tenha benefícios próprios ele e capaz de fazer qualquer coisa para conseguir.” (G5, 28 anos, auxiliar administrativo, AM)
Ao longo das discussões sobre o encontro entre o presidente brasileiro e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram compartilhados cinco vídeos, todos no grupo de bolsonaristas convictos. Os conteúdos se dividiram entre notícias diretas sobre o evento, repercussões em veículos de mídia paralela de orientação direitista e vídeos de caráter especulativo voltados à mobilização das bases conservadoras.
A informação mais recorrente nos vídeos tratava de uma suposta falha de tradução cometida pela imprensa tradicional em relação a uma fala de Trump sobre Jair Bolsonaro. Questionado se a situação dos direitos políticos do ex-presidente seria discutida no encontro, Trump respondeu: “It’s none of your business” (“Isso não é da sua conta”). Segundo os produtores dos vídeos, a imprensa teria interpretado erroneamente a frase, afirmando que o americano quis dizer que o tema não cabia aos Estados Unidos, quando, na verdade, ele teria se referido à falta de educação da imprensa em querer saber o conteúdo da conversa.
As discussões apresentadas nos demais vídeos concentraram-se em dois eixos principais. No primeiro eixo, manteve-se o discurso já recorrente em outras ocasiões: não teriam ocorrido avanços concretos nas negociações sobre as tarifas — que, segundo os autores, sequer teriam sido debatidas — e as sanções impostas pelos Estados Unidos continuariam até que Lula e o Supremo Tribunal Federal concedessem anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro.
No segundo eixo, alguns produtores de conteúdo sugeriram que a ausência de discussão sobre as tarifas teria sido proposital, interpretando-a como uma estratégia de autopromoção do presidente brasileiro, que se interessou mais em explorar politicamente o encontro do que em obter resultados diplomáticos efetivos.
"Claramente a imprensa não soube traduzir a fala de Trump e a modificou para não ficar feio pra eles, porque o presidente deu uma bela resposta para essa imprensa golpsita e interesseira" - Vídeo de Paula Marisa
“Ainda serão discutidas as sanções. O Rubio ainda vai botar pra ferrar com todo mundo. Só que agora, Brasília está completamente dividida. A Magnitsky agora realmente está sendo compreendida, ninguém mais vai ficar zombando disso. E o pau vai torar. Eu tô doido pra ver como é que tá em Brasília. E vocês?” - Vídeo de Allan dos Santos
“Só que aí tem um porém, né? O Lula só governa no Brasil com o Supremo Tribunal Federal. E, ao que tudo indica, ele não quer negociar tarifaço se não incluir salvar a pele de alguns ministros que estão ajudando ele a governar, segundo ele mesmo. O Bolsonaro, no governo dele, dizia: "Eu não governo por causa do STF". E o Lula, no governo dele, diz: "Eu só governo porque o STF me ajuda". Vocês sacam a diferença?” - Vídeo do vereador de Erechim-RS, Rony Gabriel (PL)
“A pior coisa que pode acontecer com esse governo do Lula é essa situação entre Brasil e Estados Unidos serem resolvidas, se o diálogo resolver a animosidade. Lula sabe disso e hoje, mais uma vez, ele toma uma atitude, o governo brasileiro, para enterrar qualquer possibilidade de pacificação. Lula quer tarifaço. O Lula quer mais sanções para usar isso de forma política. Ele tá vendo que conseguiu manipular a opinião pública de certa forma para melhorar a sua aprovação.” Deputado Federal Gustavo Gayer (PL-GO).
Ao longo das discussões sobre a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, foram compartilhados 24 vídeos e algumas imagens, incluindo uma publicação falsa que simulava um post do ministro Flávio Dino, supostamente criticando a operação e sendo apresentado como membro de facções terroristas.
Os vídeos se distribuíram em quatro grandes eixos: i) conteúdos jornalísticos e informativos sobre os casos — como notícias, cortes de matérias, dados das apreensões, imagens dos criminosos e depoimentos de moradores e familiares; ii) vídeos de opinião e mobilização produzidos por influenciadores, baseados ou não nas notícias anteriores; iii) notícias e relatos de outros crimes, com ou sem ligação direta com as facções; e iv) materiais de caráter propagandístico, voltados a atacar o governo federal, especialmente o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
Prevaleceram, de um lado, conteúdos da CNN Brasil como referência negativa e, de outro, da Revista Oeste e do podcast Timeline — apresentado por Allan dos Santos — como exemplos de “mídia honesta”. Os vídeos de opinião, quando baseados em fontes alternativas, remetiam principalmente a esses dois veículos. Neles, Allan dos Santos destacava Bolsonaro como a única liderança do Executivo supostamente disposta e preparada para enfrentar o crime organizado. Outros influenciadores adotaram um tom especulativo, vinculando as facções a integrantes do governo e de instituições públicas, sobretudo Lula, o MST, Alexandre de Moraes e o STF. Também circularam vídeos sobre a suposta penetração dessas organizações na sociedade civil e no Estado, frequentemente com base em comentários do ex-comandante do BOPE, Rodrigo Pimentel.
Paralelamente, figuras da ala institucional do bolsonarismo também se manifestaram, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO). O mineiro adotou um discurso alinhado ao punitivismo presente nas discussões dos grupos focais, defendendo a execução dos criminosos e criticando o que descreveu como a “vitimização” promovida pela esquerda. Também ironizou o luto pelos mortos e questionou a manutenção das prisões. Já o deputado goiano seguiu um tom mais conspiratório, insinuando que a recusa dos parlamentares do PT em assinar o pedido de abertura de uma CPI para investigar o crime organizado se devia a supostos vínculos com as facções.
Além desses conteúdos, circularam amplamente vídeos de propaganda que retratavam Lula e o PT como “protetores dos traficantes” e associavam Alexandre de Moraes e o STF ao avanço do crime organizado no país.
Por fim, registrou-se o primeiro compartilhamento de um vídeo deepfake. O material, produzido com recursos de inteligência artificial, manipulava imagem e voz para simular um integrante do Comando Vermelho pedindo ajuda e demonstrando medo da operação. O objetivo aparente era legitimar e exaltar a ação policial, reforçando sua necessidade e eficácia.
"As facções no Brasil estão preparados para tomar o País. Eles são treinados por terroristas. Nas favelas, tem vários terroristas estrangeiros infiltrados que vêm e fazem a vida aqui e são colegas do Dino."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Esse comunista (Flávio Dino) quer criar a própria polícia, mas não é pra agir contra bandidos, será contra a população de bem que não concordar com eles." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Ele não morre e nem moraria em favelas. Ele tem parte com o crime e tem livre acesso" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Verdade, ele entrou dentro da favela da Maré sem escolta nenhuma e nada aconteceu com ele, até hoje não deu uma explicação sobre isso" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“O Bolsonaro, ele foi o único presidente que toda a administração dos Estados Unidos, seja de governo, seja de estado, né, entendeu que queria lutar contra o narcotráfico e o terrorismo. [...] Agora, eles esfaquearam o Bolsonaro porque eles sabiam que o Bolsonaro não seria como todos os outros. Pergunta para o PCC se eles têm medo do Caiado. Diz para mim. Pergunta para o PCC se eles têm medo do Tarcísio. Talvez agora... do Ratinho. Não, talvez o Tarcísio agora está começando a, a querer andar no trilho, né? O que ele fez semana passada foi fenomenal. Sim. Talvez agora o Tarcísio vai começar a dar trabalho para o PCC. Agora, o PCC não tem medo do Ratinho Júnior, o PCC não tem medo do, do, coitado do Zema.” - Vídeo de Allan dos Santos, no podcast da Revista Timeline.
“‘O PCC está dentro do STF. A gente não pode falar nada porque o crime está dentro do governo. Porque eu ouvi e falei o que eles falaram. Eu não ia inventar uma coisa dessa na minha cabeça.’ O que eu vou te mostrar agora pode explicar por que essa mulher está sendo caçada. Flávia Magalhães, a mesma que foi usada como boi de piranha pelo sistema, revelou algo que o Brasil inteiro precisa ouvir. Ela afirma que Alexandre de Moraes se encontrou pessoalmente com o chefe do PCC, Marcola. E o que ela disse aqui é tão grave que pode expor a ligação entre o crime organizado e o topo do poder judiciário.” - Vídeo do influenciador bolsonarista Gustavo Rodrigenes.
“O PCC é um milhão de vezes mais sofisticado que o Comando Vermelho. O PCC opera hoje paraíso fiscal, o PCC opera futebol na Europa, apostas, né? Obras públicas em cidades do interior. Você não vê nenhuma liderança do Comando Vermelho hoje que tenha saído de uma favela e tenha comprado um apartamento no Leblon, na Barra da Tijuca. Você não vê. Aí você pensa assim: "Pô, cadê o dinheiro desses caras?" Já o PCC, não. O PCC eu tenho certeza que tem milionários aí em São Paulo, se apresentam como donos de comércio, se apresentam como donos de casa de aposta, donos de boate, sabe?” - Vídeo do ex-comandante do BOPE Rodrigo Pimentel
“Deveria ter morrido era muito mais. Porque criminoso que morre não volta para cometer crime” / “Os 60 mortos que eram criminosos e estão pintando como se fosse vítimas” / “Daí, traficante é morto pela polícia e eles estão de luto. Deve ser porque perderam 60 eleitores hoje” / “Vamos ver até quando esses 85 presos serão, de fato, presos, né? Porque daqui a pouco a justiça dá um jeito de soltá-los”. – Vídeos de Nikolas Ferreira (PL-MG)
“Mas vai ter essa CPI. E o que essa CPI descobriria, presidente? Quais seriam os resultados dessa investigação? Será que o motivo da esquerda ficar tão triste quando um traficante é morto é porque talvez essa investigação vai mostrar que tem gente aqui que chegou aqui com a ajuda deles? Será que essa investigação vai provar que tem vereador, prefeito, que tem gente eleita com a ajuda do narcotráfico? Será que é por isso que eles morrem de medo e não assinaram a CPI? Esse é o momento, um marco na história do Brasil.” – Vídeo do Gustavo Gayer (PL-GO)
"Olha, até a Polícia Federal fez uma grande ação recentemente de da questão de uma fábrica de fuzis e de outras questões de lavagem de dinheiro, mas nessa operação nós estamos sós, porque nós não podemos contar, uma vez que o material que nós precisamos é um material que precisa de GLO e o presidente da República é contra a GLO". Claudio Castro (PL-RJ), em declaração ao R7.
“E quem disse que traficantes são vítimas, não somos nós. Pelo contrário, nós defendemos que organizações criminosas sejam colocadas como terroristas. E quem negou essa classificação não fomos nós, foi o governo Lula que negou colocar ambas organizações criminosas como terroristas. E tá dando no que deu. Gente, criminoso tacando bomba de, em cima de, pelo drone, em cima de policial. Mas, o que dizer, né? Quando o Lula ganhou, tem um vídeo emblemático, né, de que quem estava comemorando, Evair? Os criminosos dentro da cadeia. Estavam lá, ó, fazendo o L quando o Lula ganhou, entendeu?” Nikolas Ferreira (PL-MG), em discurso em plenária.
Durante as discussões sobre a reunião entre o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, circularam dois conteúdos, novamente no grupo de bolsonaristas convictos, que exploravam contradições entre as versões apresentadas por ambos.
As postagens destacaram uma disputa pública em torno da comunicação e dos pedidos de apoio para a megaoperação no estado. De um lado, Lewandowski declarou não ter recebido solicitação formal do governo fluminense antes da ação policial, enfatizando que nenhum pedido anterior havia sido negado e criticando o fato de não ter sido avisado. De outro, Castro afirmou que havia tentado contato com o ministro, mas não obtivera retorno. A Polícia Federal confirmou que houve contato prévio com unidades locais, mas não um acionamento oficial pelo governo do estado, o que reforçou a leitura de que se tratava de um conflito de versões. Esses conteúdos foram amplamente compartilhados em tons de acusação, ora apontando falha de comunicação, ora sugerindo descaso do governo federal, alimentando narrativas de descoordenação e disputa política entre as esferas estadual e federal.
"Para ficar bem clara essa situação: houve um contato em nível operacional, informando que haveria uma grande operação e questionando se a Polícia Federal teria alguma possibilidade de atuação em sua área, no seu papel. Nós identificamos, a partir da equipe do Rio de Janeiro — e volto a insistir —, que, diante da análise geral do planejamento, não recebemos detalhes mais específicos. A partir dessa avaliação, entendemos que não era o modo como a Polícia Federal atua ou conduz suas operações. Então, informamos — e reforço, o colega do Rio de Janeiro comunicou ao seu contato operacional — que a Polícia Federal seguiria com seu trabalho de investigação e de inteligência, como polícia judiciária, mas que, naquela operação, que era de competência do Estado do Rio de Janeiro e envolvia mais de cem mandados a serem cumpridos, não havia atribuição legal para a nossa participação. Portanto, não faria sentido o nosso envolvimento. / “Mas se enrolaram completamente. Que vergonha, que vexame. Ricardo Lewandowski não quis deixar, ficou incomodado quando o diretor da PF começou a dar aquela alegação de que alguém sabia.” - trecho de reportagem do "O Antagonista"
A primeira questão da semana evidenciou que o grupo de bolsonaristas convictos segue firme na defesa do ex-presidente e negação de qualquer potencial aproximação de Lula e Trump. As falas desse grupo refletiram uma postura crítica em relação à figura de Lula, associando-o à fragilidade política, constrangimento diplomático e incapacidade de conduzir acordos internacionais de forma eficaz. Além disso, vídeos com desinformação foram mobilizados para questionar as notícias veiculadas. Já os grupos mais ao centro, incluindo os bolsonaristas moderados, adotaram uma postura intermediária, avaliando a reunião como necessária, mas com resultados incertos. Suas falas indicaram uma expectativa racionalizada, que reconhecia a importância da diplomacia, embora sem ilusões sobre efeitos imediatos. Em contraste, o grupo de lulistas interpretou o encontro de forma amplamente positiva, otimista e personalista, centrada na imagem do presidente e atribuindo a Lula uma atuação firme e estratégica, capaz de reposicionar o país no cenário global.
Retomando a questão das informações veiculadas, as percepções sobre a mídia acentuaram o contraste entre os grupos posicionados nos extremos. Enquanto o grupo de bolsonaristas convictos apresentou um discurso de deslegitimação dos meios de comunicação, acusando-os de distorcer informações e proteger o governo, o grupo de lulistas demonstrou alto grau de confiança na cobertura jornalística, tomando-as como prova do sucesso da política externa de Lula.
A segunda questão da semana revelou um consenso mínimo, mas presente em todos os grupos: a percepção de que é preciso agir de forma mais enfática diante da criminalidade e de um sentimento generalizado de insegurança. As falas expressaram a noção de colapso da presença estatal em territórios dominados por facções e a urgência de ações mais estratégicas e coordenadas. Ainda assim, o dissenso emergiu de forma nítida quanto ao método e à legitimidade da violência. Enquanto os bolsonaristas convictos e parte dos moderados sustentaram uma visão fortemente punitivista e moral, retomando o discurso do ex-presidente de que “bandido bom é bandido morto”, os grupos mais progressistas adotaram uma postura reflexiva e humanitária, sem deixar, contudo, de reconhecer a necessidade de respostas firmes e enérgicas diante do avanço do crime organizado.
Entre esses polos discursivos, delinearam-se duas formas distintas de compreender o papel do Estado: de um lado, a punição como instrumento de restauração da ordem e da justiça; de outro, a reconstrução institucional como caminho para uma segurança duradoura. Importante destacar que, mesmo entre os lulistas, houve apoio à repressão em caráter emergencial — vista como “último recurso” diante da calamidade da segurança pública no Rio de Janeiro. Entre os evangélicos, a operação foi frequentemente interpretada em termos morais e espirituais, como uma disputa entre o bem e o mal, em que a força policial representava o lado justo e redentor.
Sob a ótica dos próprios participantes, sobretudo onde o humanitarismo prevaleceu sobre o punitivismo, algumas direções foram apontadas como essenciais para o enfrentamento estratégico da criminalidade: (i) inteligência e continuidade — operações menos espetaculares e mais cirúrgicas, sustentadas por investigação, cooperação federativa e metas verificáveis; (ii) ataque às finanças das facções — bloqueio de ativos, ruptura de cadeias logísticas e combate às conivências institucionais; (iii) proteção ativa de civis — protocolos de redução de danos, rotas seguras e comunicação prévia com as comunidades; e (iv) prevenção estruturante — investimentos em educação, trabalho, urbanismo social e políticas de drogas baseadas em evidências.
Ainda nessa questão, o papel da mídia tradicional, em especial a cobertura da Rede Globo, foi alvo de críticas por parte dos bolsonaristas convictos, mas esse fato será debatido na próxima seção, que trouxe, de modo excepcional neste relatório, uma discussão sobre posicionamentos mais intolerantes de alguns membros desse grupo.
A última questão da semana revelou percepções distintas sobre o episódio envolvendo o ministro da Justiça e o governador do Rio de Janeiro, mas também alguns pontos de convergência. A segurança pública foi unanimemente reconhecida como um dos principais desafios do país, e a cooperação entre as esferas federal e estadual apareceu como um caminho desejável, embora nem sempre visto como viável. De modo geral, o que uniu os grupos centrais foi a expectativa por ações coordenadas, éticas e permanentes, capazes de transcender disputas partidárias e priorizar a proteção da população. E o que separou os grupos nos extremos foi a desconfiança: o grupo de bolsonaristas convictos responsabilizou o governo federal, enquanto o grupo de lulistas o governador do Rio. Ainda assim, ambos convergiram na mesma percepção de que nenhuma das partes oferecia soluções reais — compartilhando uma descrença profunda na política e na efetividade das ações anunciadas.
O comportamento de alguns participantes do grupo 1, composto por bolsonaristas convictos, durante essa semana é digno de uma nota à parte. O debate foi marcado por alta participação, forte carga emocional e alto número de mensagens. A discussão sobre a atuação da força policial no Rio foi dominada por um pequeno núcleo de três participantes, responsáveis por grande parte das postagens, réplicas e compartilhamento de mídias externas (links de vídeos, postagens do Instagram, trechos de reportagens e comentários de redes sociais). Esse trio praticamente assumiu o controle da conversação, guiando os temas, definindo o enquadramento moral do debate e respondendo repetidamente aos demais. Isso é comportamento raro, pois no geral as discussões recebem uma participação bastante balanceada dos participantes de todos os grupos.
Convém salientar que não houve divergências significativas de opinião no grupo, apenas variações de intensidade nas falas. Quando alguns participantes expressaram pesar pelas mortes durante a invasão dos complexos da Maré e do Alemão, esse trio, acompanhado por outras vozes, tratou de desqualificar os argumentos apresentados por meio de ironias, elevado fluxo de mensagens moralizantes e envio contínuo de novas mídias. O volume de conteúdo compartilhado transformou o espaço de discussão em um ambiente de reafirmação ideológica mais do que de troca equilibrada de opiniões. As mídias e links enviados reforçavam narrativas de guerra — imagens de confrontos, manchetes sobre armamentos, vídeos de opinião e depoimentos pró-polícia —, funcionando como “provas morais” que legitimavam a violência e desacreditavam aqueles que expressavam empatia por civis ou críticas à operação.
Além disso, as críticas à Rede Globo foram um subtema recorrente. A emissora foi retratada como cúmplice do crime e inimiga da polícia, acusada de “defender bandidos”, “mentir para o povo” e “atacar os heróis da segurança pública”. O tom das mensagens expressava rejeição total à mídia tradicional, vista como instrumento do “governo de esquerda” e da manipulação ideológica. O chamado por “não assistir mais à Globo” apareceu como marca de identidade moral e política, simbolizando a ruptura entre os “cidadãos de bem” e um sistema midiático percebido como corrompido e antipatriótico.
Por fim, como evidência comparativa, os dados de participação mostraram que, enquanto os demais grupos enviaram, em média, 35 mensagens na semana, o grupo 1 produziu 253, ou seja, mais de 7 vezes a média. Isso é sinal claro da intensidade do investimento e da mobilização que o tema da segurança pública tem no camp bolsonarista.
"Eu não concordo de chegarem invadindo a favela pois acabam matando pessoas inocentes que não tem nada a ver com o crime organizado ,faz toda essa operação prendem um monte de gente ,depois de 1 semana estão todos bandidos na rua novamente" (G1, 38 anos, diarista , SP)
"Quem matou inocentes foram os próprios traficantes" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Então na tua visão tem que chegar com buquê de flores e tentar o diálogo? Enquanto os traficantes jogam bombas com drones na polícia ? Infelizmente numa guerra inocentes morrem tbm, é Muinto por culpa de quem os USA como escudos. ( hamas é um exemplo disso) culpar a polícia por todas as mortes, me faz lembrar o Lula culpando os usuários e inocentado os traficantes." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Se fosse um parente seu morto lá no meio acredito que sua opinião seria muito diferente ,a Polícia Brasileira está despreparada ,nossos governantes não investem em segurança é isso que estou querendo dizer" (G1, 38 anos, diarista , SP)
"Tu estava lá , tu viu ou tá só repetindo as falácias da Globo? Dá uma olhada no vídeo é tu vai poder culpar quem realmente merece" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Fala sério, queria o que, que a polícia chegasse e pedisse por favor pro traficante parar de traficar, ou o ladrão parar de roubar, oferecesse flores e livros, esses lixos não conhecem limites, não sabem o que é piedade, a polícia é muito educada isso sim!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"A imprensa sempre defendeu bandido e atacou a polícia. Agora que é patrocinada pelo governo, bem capaz que vão falar algo" (G1, 54 anos, músico, RS)
"""Lógico! Tenho dó de quem assiste e acompanha Globo, G1, entre outros. E os globais também, tudo defendendo os bandidos, interessados em manter as drogas deles em dia né, receber o pózinho da sexta a noite."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)"
"Esse MC Daniel fala que tem que oferecer vida digna. Pq não cobra o presidente que ele com certeza votou. Quanta hipocrisia. Esse MC tem é medo de ficar sem os docinhos dele se é que me entendem e sem poder participar dos programinhas da Globo." (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)
"Desde que a internet chegou no Brasil nunca mais assisti TV aberta" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Aqui meus filhos não seguiram essa ideologia de prostituição, homossexualismo, traição, mentiras, etc... É só esse tipo de coisa o propósito da Globo" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Não vejo a hora em que o Carvajal denuncie nos USA o Lula a Globo e todos os envolvidos em corrupção e na Compra das eleições no Brasil." (G1, 54 anos, músico, RS)

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.
Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Paraná, pesquisador do INCT ReDem e dos Grupos de Pesquisa NUSP e Observatório das Elites, vinculados à UFPR. Tem como interesses de pesquisa representação política parlamentar e metodologia científica. Possui experiência com a utilização de Inteligência Artificial na pesquisa cientifica, bem como na estruturação e análise de bancos de dados prosopográficos.
O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.
Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.
Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.
O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.
Reforma Casa Brasil; Município Mais Seguro; Nepotismo e STF
Adulteração das bebidas; Precarização do Trabalho; Reunião entre Chanceler Brasileiro e Secretário de Trump
Declarações de Flávio Bolsonaro; Reforma da estabilidade dos servidores públicos; Críticas ao governo Lula.
Manifestações anti-PEC da Blindagem; Decisões prioritárias do Congresso; Declarações de Trump
Assassinato de Charlie Kirk; Novo programa do governo: Vale-gás; Confiança nos meios de comunicação
Declarações de Tarcísio de Freitas; Reações às falas dos Ministros; Condenação de Jair Bolsonaro
Expectativas sobre Julgamento de Bolsonaro; Pauta da Anistia no Congresso; Percepções sobre o Julgamento
Fiscalização das emendas parlamentares; PEC da blindagem; Megaoperação
Prisão de Hytalo Santos; Saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto; Áudios de Silas Malafaia
Mudanças na CNH; Vídeo de Felca; Sanções dos EUA ao Mais Médicos.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Denúncia contra Nikolas Ferreira; Medida de ajuda a refugiados; Imposição de Lei Magnitsky
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an