Relatório 52

De 27/5 a 2/6

Temas:

  • Acusações contra Zambelli
  • PEC das Praias
  • Veto à criminalização das Fake News
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 27/5 a 2/6 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) formalização das acusações contra Carla Zambelli; ii) PEC das praias; iii) veto do Congresso à criminalização das Fake News.
Ao todo, foram analisadas 155 interações, que totalizaram 5.601 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Evangélicos
Acusações contra Carla Zambelli O grupo considerou que a situação estava sendo tratada com rigor excessivo, uma vez que Zambelli era aliada de Bolsonaro e, portanto, perseguida pelo STF. A maioria dos participantes não validou o depoimento do hacker como uma prova cabal contra a deputada. A maioria não acreditava nas acusações, pela falta de evidências mais significativas e pela crença que a deputada não seria tão irresponsável a ponto de cometer tal crime. Em caso de novas provas, o grupo mostrou-se favorável à condenação. O grupo demonstrou indignação pelos atos cometidos pela deputada. Alguns participantes criticaram a possibilidade de que, mesmo que ela seja culpada, as consequências sejam mínimas, avaliando que a justiça não pune os políticos no país. A maioria dos participantes disse não ter acompanhado os desdobramentos mais recentes do caso, porém mostraram-se favoráveis à condenação da deputada e demonstraram forte reprovação da atuação de Zambelli, tanto neste caso quanto em outros. Os participantes evangélicos demonstraram opiniões condizentes aos seus grupos originais de pertencimento.
PEC das Praias A maioria do grupo foi contrária às propostas da PEC, considerando que limitaria o acesso universal às praias, uma das poucas opções de lazer das classes mais baixas. Alguns participantes demonstraram descontentamento com Flávio Bolsonaro. O grupo ficou dividido. Alguns foram favoráveis, considerando que a iniciativa privada traria mais investimentos, aquecendo a economia do país. Outros demonstraram preocupação com os impactos ambientais e exclusão da população. A maioria dos participantes demonstrou apoio ao projeto, considerando que, em áreas mais longínquas, seria uma forma de desenvolver o potencial turístico dos espaços e alavancar a economia do país. Entre os contrários, preocupações como ecossistema foram recorrentes. As respostas do grupo revelaram uma divisão de opiniões, com alguns participantes vendo vantagens na privatização dos terrenos de marinha, enquanto outros se preocupavam com os impactos ambientais e sociais. As respostas dos evangélicos sobre a PEC 3/2022 não foram uniformes, indicando que suas opiniões variaram amplamente, independentemente de sua religião.
Fake News O grupo comemorou a decisão do Congresso, avaliando-a como acertada. Para esses, a PL era uma tentativa da esquerda em censurar que informações fossem compartilhadas, atentando contra a liberdade de expressão da população. O grupo ficou dividido. Alguns aprovaram que os vetos foram mantidos, considerando que seria uma medida de censura para calar as verdadeiras críticas ao governo. Outros avaliaram que era necessário criminalizar as fake news, pelos prejuízos gerados. O grupo lamentou as decisões do Congresso, considerando que as fake news deveriam ser combatidas e seus criadores penalizados. Muitos apontaram que aqueles que votaram contra a criminalização são provavelmente os maiores disseminadores de notícias falsas. As respostas do grupo demonstram uma preocupação generalizada em relação à decisão de não criminalizar a disseminação de fake news, apontando os prejuízos causados pelas mentiras em campanhas políticas e em outros momentos. Os evangélicos mantiveram-se alinhados aos seus grupos de origem, sem mostrar uma unificação de opiniões que fosse influenciada pela prática religiosa.
Pergunta 19
Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto viraram réus na última terça-feira 21 por decisão unânime da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, no caso da invasão a sistemas do Poder Judiciário. Em janeiro de 2023, o hacker inseriu dados falsos, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os atos foram pensados para beneficiar o ex-presidente, Jair Bolsonaro. Posteriormente, Delgatti confessou a ação e afirmou ter recebido 40 mil reais de Zambelli para realizar o serviço. A defesa da deputada nega as acusações. Vocês estão acompanhando o caso? Como avaliam os atos da deputada federal?
Perseguida politicamente

Unanimemente, entre os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos), a deputada foi avaliada como inocente e vítima de perseguição política, devido sua proximidade com Bolsonaro.

Vários participantes manifestaram ceticismo em relação à confiabilidade do hacker e acreditavam que ele poderia estar manipulando informações para benefício próprio.

A prevalência dessas respostas destacou uma percepção de parcialidade e manipulação política por parte do STF, reforçando a visão de que Zambelli estava sendo injustamente perseguida, devido às suas associações políticas.

Algumas respostas refletiram um sentimento de indignação e frustração com a situação política em geral, expressando a crença de que há uma perseguição geral e sistemática contra figuras de direita.

"Nada impede de ser mais um golpe da esquerda para sujar a imagem da parlamentar, como podemos confiar na palavra de um Hacker que usa de meios escusos para obter benefício próprio??Estou acompanhando através da mídia pra ver onde isso vai dar." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Acredito que seja mais uma manipulação por parte do STF para manchar a imagem de Carla Zambelli. Perseguição política." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Verdade, o hacker não é alguém que mereça créditos, eu não confio no depoimento dele, mas a Carla Zambeli é de direita e vai ser condenada , pode aguardar!" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Estou acompanhando pela mídia e acredito que isso foi mais uma criação da esquerda para querer destruir a deputada e tentar mais uma vez sujar a imagem do nosso ex presidente Bolsonaro, mas como a verdade sempre prevalece , mais na frente tudo vai ser descoberto e vai ser mais uma vexame para a esquerda." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

Falta de evidências significativas

Os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) demonstraram dúvidas quanto ao processo, avaliando que as evidências apresentadas eram questionáveis. Muitos expressaram a necessidade de apresentação de provas concretas para qualquer condenação, não considerando os depoimentos do hacker como satisfatórios.

Esses, ainda destacaram a importância da justiça ser aplicada igualmente a todos, manifestando desconfiança em relação ao sistema judiciário. Alguns endossaram o coro de que o STF estaria perseguindo apenas políticos da direita.

"Sou pela justiça,se for provado que ela realmente pagou e solicitou o serviço,que sejam punidos com o rigor da lei,a deve ser para todos,se bem que não é,mas ,deveria ser." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Não acompanhei esse caso, mas caso Carla tenha de fato feito isso, tem que ser punida conforme a lei. Só que a lei ultimamente só vale pra quem é da direita né, isso me preocupa" (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Acompanho esse fato bem de perto,e tenho notado que os fatos que validam nos altos a condenação, não tem elementos que provem que a deputada cometeu crime de invasão do sistema judiciário e isso coloca o próprio judiciário em contradição. Acredito na inocência da deputada Carla Zambelli,ela não seria tão burra como falou o Sr. Morais,seria uma burrice extrema da deputada. Eu avalio como muito negativo para a política,esse fato,os fatos não são concretos e cheios de lacunas e ainda podem não levar a lugar nenhum." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

"Não há provas concretas de que a deputada invadiu o sistema judiciário, penso que Carla Zambelli não é culpada, não seria tão imprudente e irresponsável como foi falado. Por esse motivo acredito que ela não cometeu crime. Mas posso mudar de opinião se apresentarem provas de verdade" (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Sim, estou acompanhando o caso envolvendo Carla Zambelli e Walter Delgatti Neto. Se essas acusações se confirmarem, as ações de Zambelli são extremamente preocupantes. Envolver-se em um esquema para falsificar documentos judiciais é uma ofensa grave que compromete a integridade do sistema judicial e mina a confiança pública nas instituições. Isso pode trazer sérias consequências legais e políticas para ela." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

"Isso tá um caso complicado já que ainda não provaram nada,mais acredito na inocência da deputada,acho que uma pessoa culta estudada não ia fazer,algo assim,sabendo que poderia ser descoberta.Vamos esperar o verídito final,se culpada ou inocente" (G2, 26 anos, vendedora , AL)

Desaprovam sua conduta

Houve um consenso nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) de que, coma validação das provas, a deputada Carla Zambelli deveria ser severamente punida, considerando sua conduta uma grave violação da confiança pública.

Alguns mostraram-se resignados com a possibilidade de que, mesmo que ela seja culpada, as consequências possam ser mínimas devido ao sistema judicial que, segundo eles, muitas vezes falha em punir adequadamente os políticos corruptos.

O comportamento de Zambelli em outras ocasiões também foi reprovado, como no caso em que ela sacou a arma contra um eleitor de Lula ou por ser vista como alguém que compartilhou muitas notícias falsas durante a pandemia.

"No início das investigações eu acompanhei o caso e vi a última matéria de terça-feira. E imprescindível que os fatos sejam apurados até o fim e os envolvidos sejam punidos de acordo as penas estabelecidas na legislação vigente. O atos da Deputada são inaceitáveis, ela foi eleita para trabalhar em prol do país e não para estar cometendo atos ilícitos e crimes." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Acho imperdoável uma pessoa que deveria ,trabalhar em favor do pais ,cometendo crime ,não sei onde esse mundo vai parar, todo dia uma coisa nova ,vários políticos no meio de tanta coisas erradas,crimes etc... que pague pelo seu crime ." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Eu estou acompanhando o caso e acredito em todas as acusações feitas contra a deputada. Acho que ela agiu de forma muito baixa. Não precisa fazer nada disso para tentar provar o seu ponto, defenda as suas ideias de forma correta e saudável. Acho completamente absurdo e só mostra para a população que está "tudo bem" cometer atos ilícitos" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Bom não estou acompanhando esse caso ainda, então me mantenho neutra. Porém se isso for verdade mesmo eu acho muito vergonhoso. Um ato desse do (hacker) e de quem mandou também, pois se fake news é crime, isto também é não importa se é esquerda ou direita, é crime e se está provado, os autores devem ser penalizados." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)

"Não acompanhei muitas coisas mas acho que esses atos são uma vergonha, essa mulher já fez tantas coisas q não sei como ainda é deputada, espero que ela seja penalizada e que seja seu último mandato também." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Eu sempre achei errado o comportamento dessa senhora,pois além de andar armada,ainda espalhou e espalha muitas fakes news,desde a pandemia que comecei a prestar atenção nas atitudes erradas dessa senhora. Espero que seja o último mandato dela." (G4, 49 anos, artesã , CE)

Pergunta 20
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado fez nesta segunda-feira (27) uma audiência pública para discutir a PEC 3/2022 - a“PEC das Praias”. Em seu parecer, Flávio Bolsonaro (relator) disse que o objetivo da PEC “é extinguir os terrenos de marinha e estabelecer um regime patrimonial específico para esses bens”. Segundo ele, os terrenos de marinha “causam prejuízos aos cidadãos e aos municípios, por serem onerosos”. Num trecho mais polêmico, a PEC propõe que a transferência dos territórios de marinha para ocupantes particulares, estados e municípios seja autorizada. Na prática, empresas e outros ocupantes particulares poderão adquirir a posse desses territórios e utilizá-los de movo privado. Se aprovado, o texto permitirá que empresas de diversos setores passem a ter domínio sobre esses territórios, como resorts, hotéis, cassinos e instituições de outros segmentos. Essa prática ocorre em diversos polos turísticos do mundo. É o caso da cidade de Cancún, no México, conhecida por ter resorts com praias paradisíacas particulares. Como vocês avaliam essa proposição?
Favoráveis às proposições

Todos os grupos demonstraram divisão opostas em suas opiniões.

Aqueles que apoiavam a proposta destacaram que, se bem conduzida, a privatização dos terrenos de marinha poderia gerar empregos, aumentar a receita pública e impulsionar o turismo, beneficiando a economia local. No entanto, muitos frisaram a necessidade de regulamentações rigorosas para proteger o meio ambiente e garantir o acesso público às praias.

Aqueles que apoiavam a proposta ainda apontaram que a privatização poderia reduzir despesas governamentais com o mantenimento dos terrenos e espaços.

"Pelo que li dessa Pec, ela não vai restringir o acesso as praias. Porque bloquear acesso as praias seria ilegal. Aqui onde moro existem muitos condomínios próximo a praias e nem por isso é restrito o acesso a praia." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Se realmente não for restringir o acesso a praia vai ser interessante porque com a chegada dos grandes investidores vai gerar empregos e até ajudar a preservar as praias. Agora precisa ser muito estudado para que o pobre não saia prejudicado e a ambição não destrua as praias." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Sou de acordo, porém com ressalvas que protegeriam o meio ambiente,colocando limitações nos tipos de estabelecimento que podessem ser construídos nestes locais,para que não sejam privilegiados pessoas com intenções negativas para a natureza." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Uma proposta que precisa ser bem discutida, pois porque a marinha tem esses terrenos? Se não utiliza pra nada é interessante que seja usado em prol da população, danfo chance para "pequenos empreendedores" e que não prejudique a natureza." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Olhando pelo lado econômico será muito benéfico. Com a abertura de vários comércios voltados para o turismo, iria aumentar a taxa de emprego além da valorização da cidade." (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"Se for viável e trouxer mais empregabilidade e algum retorno monetário aos cofres públicos será uma boa opção. Realmente as forças armadas detém de vários terrenos e alguns se tornam honerososa pq não fazem bom proveito deles. Mas digo, isso se trouxer por lei ou decreto bônus financeiro ao governo e aumento de empregos pra população" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Sinceramente não sabia mais achei uma ótima ideia no Brasil temos praias maravilhosas acho que poderia ser muito bom para aumentar bom turismo o que vai gerar mais emprego e aumentar o movimento do comércio local claro que tudo feito com transparência." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

"Eu acho uma boa ideia,tira as despesas do governo e espero que isso beneficie o povo de alguma forma. Prefiro que sejam privatizadas e tragam benefícios para a população do que ser do governo e cada um meter a mão da maneira que quer." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Eu acho que é uma boa ideia. As Forças Armadas e o Governo não tem que ter posse de terrenos que não sejam para o uso estratégico ou para fins sociais. Entregar esses terrenos à iniciativa privada é uma forma de aliviar um pouco o imenso fardo dos custos do Estado. Muitas vezes esses terrenos da União se tornam verdadeiras travas a ações de melhoria social ou ampliação de investimentos privados." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

Contrários às proposições

A maioria dos participantes foi contrária à iniciativa. Muitos expressaram preocupação de que a transferência dos terrenos de marinha para particulares e empresas resultaria na exclusão da população de baixa renda das áreas costeiras, que são atualmente um dos poucos lazeres gratuitos disponíveis.

Houve também uma crítica generalizada à proposta, avaliada como prejudicial aos comerciantes menos favorecidos e como uma ação que favoreceria apenas os ricos e grandes empresas, únicos capazes de gerir negócios amplos nessas áreas, em detrimento aos pequenos empresários e população nativa.

Muitos também expressaram preocupação com a possibilidade de construção descontrolada e degradação ambiental.

"Não estou por dentro dessa PEC, e não li nada a respeito, mas pelo que li aqui na pergunta eu não sou favorável se for impedir a população de frequentar alguma praia que pode ser atingida por isso." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Na prática eu acho que essa PEC quer sucatear os terrenos de marinha causando um enorme desequilíbrio no meio ambiente. Isso geraria a construção descontrolada de prédios, esgotos e asfalto em áreas de preservação que se encontra em várias cidades. Seria uma facilidade para fazer uma praia particular como as citadas no texto. Isso não vai trazer nenhum benefício para a população em geral em impostos. Esse assunto é de interesse de pessoas e empresas cheias de dinheiro para fazerem mais dinheiro. Aliás, essa PEC é um desserviço."" (G2, 43 anos, professora , SP)

"Eu avalio de forma negativa, não vejo essa PEC como algo proveitoso e benéfico, isso só vai gerar mais problemas, visto que liberando esses locais que hoje a natureza é preservada, não tem esgoto sujeira, lixo. Abrindo pra empresas comprarem e por exemplo abrir um resort, imagina como o ambiente mudaria? Algo que até então está seguro e preservado se tornará mais um ambiente desmatado para um resort que provavelmente só vai beneficiar pessoas de alto poder aquisitivo. A natureza pede socorro. Não concordo com a PEC" (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)

"Eu acho absurdo. Acho que a população vai acabar se prejudicando, por perder espaços turísticos bonitos e agradáveis. Provavelmente vai elitizar totalmente, então só quem terá acesso será a classe A. É legal ter praias paradisíacas organizadas e limpas, mas não vejo isso sendo acessível ao povo. Enfim, a gente paga imposto sem parar e não tem nada em troca, e se isso ocorrer até perderemos as praias belas do nosso país" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"ASSITI PARCIALMENTE ESTA NOTICIA ONTEM E SOU A FAVOR QUE CONTINUE COMO RESPONSABILIDADE DO GOVERNO PORQUE NA MINHA OPINIÃO,ESTAS TERRAS ,VÃO SER CONTAMINADAS PELA A INDUSTRIA E A GANANCIA DOS RICOS E PODEROSOS.VÃO POLUIR O MAR OS RIOS A TERRA E A NATUREZA EM SI." (G4, 51 anos, professora , RS)

"Sou totalmente contra. Essa PEC é uma ofensa direta contra o direito dos brasileiros, além de tudo vai estar prejudicando cada vez mais o ecossistema." (G4, 25 anos, babá, RS)

Críticas a Flávio Bolsonaro

Alguns participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) expressaram surpresa e desapontamento pelo fato de Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, estar promovendo uma medida prejudicial aos interesses da população.

"As vezes tenho a impressão de que este Flávio Bolsonaro é um clone esquerdista infiltrado na familia, o cara só faz merda e só joga contra.. Pqp" (G1, 54 anos, músico, RS)

"É uma pec para tirar uma das formas mais usadas pelos menos favorecidos , a praia é uma das poucas diversões que os pobres ainda têm direito gratuito, aí vem um político e cria uma lei para vender… e não dá nem para acreditar que é um filho do nosso ex presidente Jair Bolsonaro autor de uma burrada dessas, é o fim." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Essa PEC prejudica os pobres, isso sim. Privatizar as praias, significa fechar. Na moral da história, só rico vai frequentar lugares que todos tem acesso. Que insensatez do filho do Bolsonaro. Aliás, nem está parecendo filho com essa PEC polêmica de privatização. Sou totalmente contra!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

Pergunta 21
Por 317 votos a favor, 139 contra e quatro abstenções, o Congresso Nacional manteve todos os vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto que pôs fim à Lei de Segurança Nacional nesta terça-feira, 28. Com a decisão, o Congresso barrou transformar em crime a disseminação de informação falsa (fake news) em campanha eleitoral. O que vocês acham dessa decisão?
Concordam com os vetos

Integralmente no grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns participantes no grupo 2 (bolsonaristas moderados), concordaram com os vetos do Congresso e mantenimento das decisões do ex-presidente.

Para eles, essa mudança na legislação seria uma uma forma de censura, que poderia ser utilizada para restringir a liberdade de expressão e silenciar oposições políticas à esquerda. Muitos retomaram suas percepções de que as redes sociais eram espaços em que a verdade era partilhada, enquanto os meios de comunicação, sobretudo a Rede Globo, espalhavam notícias falsas e não eram punidos.

Entre os moderados, alguns questionaram os processos pelos quais essa proibição seria implementada e quem julgaria a veracidade das notícias, levantando dúvidas sobre a eficácia e a justiça de tal medida.

"Foi a melhor decisão do congresso, porque essa PL é pra censurar quem fala a verdade nesse governo da mentira, porque todos sabem que eles só querem que as redes sociais desapareçam porque não tem como sustentar a mentiras deles. A globo é a maior propagandista de fake News, mente muito pra apoiar esse governo ladrão e corrupto, graças a Deus que manteve todos os vetos do presidente Bolsonaro." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Ainda bem que não foi aceito. Pq essas leis são pra calar quem tentar falar mau do governo." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Sou contra a censura e a liberdade de expressão. Gostei que não foi aprovado, pq a partir disso, verdades ficariam ocultas. Hj já temos redes sociais, dizendo ser fake news aquilo que são fatos reais. Tem rede social, que pune até quando se fala sobre Deus. Intrigante é que as mentiras que espalham sobre Bolsonaro, não dizem ser fake news, mas quando é uma notícia verdadeira sobre Lula e sobre a esquerda, já vem logo dizendo que é fake news. Temos a própria televisão brasileira espalhando fake news, o que é vergonhoso. Hj se alguém quer notícias verdadeiras, tem que procurar fontes verdadeiras, através da internet, através de pessoas honestas com a notícia." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"E esse resultado prova que Bolsonaro sempre teve razão. Como podem vetar a liberdade de expressão nas redes sociais? Isso sim seria um crime contra a democracia. Esse governo quer acabar com o Brasil, gerando cada vez mais impostos, e corrupção solta entre eles. A gente tem o direito de expressar nossa opinião, debater nas redes sociais, e a esquerda querem nos calar. Isso não vai acontecer! A rede Globo espalha tanta fake news, e não falam nada, a bandeirantes, com o Datena falando asneiras. Todos querem uma fatia do bolo. Liberdade de expressão sim!" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Que bom que pelo menos nisso, o Congresso ajudou aos brasileiros, tava muito na cara , que essa Pl era só para calar a boca de quem queria mostrar os erros cometidos pelo governo e pelos políticos da esquerda , essa PL só serviria para incriminar quem tentasse mostrar a a podridão que o Presidente e seus aliados fizessem, e tiraria a liberdade de expressão do povo brasileiro." (G2, 45 anos, padeiro , PB)

"Sou a favor do veto, até mesmo por que, quem iria julgar se era falsa ou verdadeira a informação ?" (G2, 54 anos, aposentado, PB)

Discordam e reprovam os vetos

A maioria dos participantes, até mesmo do grupo 2 (bolsonaristas moderados), reprovaram os vetos do Congresso.

Muitos expressaram preocupação com o potencial prejudicial das informações falsas, especialmente durante o processo eleitoral, no qual a disseminação de notícias falsas pode distorcer a percepção pública e influenciar resultados. Inúmeros exemplos foram dados, retomando até casos da pandemia. Para esses, a criminalização deveria, inclusive, ser estendida para além dos momentos eleitorais.

Alguns participantes acusaram os políticos que votaram pelo veto de serem os que mais se beneficiavam desse recurso.

"Vejo essa decisão como negativa, principalmente em campanha eleitoral, pois no fim tudo é um jogo de interesses." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Muito negativa,agora alguns vão se achar no direito de espalhar fake news,isso só vai favorecer os que fazem esse vandalismo,tornando tudo mais complicado do que já se encontra." (G2, 26 anos, vendedora , AL)

"Lamentável, deveria ser considerado crime sim. Mas infelizmente isso beneficia aos próprios que votaram a favor do veto. Nosso país tem tudo para crescer, mas infelizmente o câncer da corrupção não permite. Disseminação de fake news é extremamente prejudicial em qualquer situação, mas na política interfere diretamente no futuro da nação."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)

"Eu acho totalmente absurdo, fake news geram muitos problemas para a sociedade, causam brigas, acusações indevidas e às vezes até ocasionam crimes. A ideia de enganar a população vem desde tempos remotos, fazia-se a "política do pão e circo" para que o povo se distraísse e não notasse as coisas erradas que aconteciam na política. Hoje manipulam informações para o povo crer em algo, desviar a atenção, odiar alguém por motivos irreais e etc. É crime, é gravíssimo e deveria ser combatido de todas as formas." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Concerteza os que votaram a favor são o que são os espalham a fake news acho uma vergonha mais fazer o que estamos nas mãos desses políticos a maioria corrupto que agem em prol deles mesmo." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

"Acho um absurdo, pois nas campanhas eleitorais as fakes news podem interferir na tomada de decisões e posicionamentos políticos das pessoas, portanto deve sim ser considerada crime para que haja penalizações." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Isso só mostra o interesse de quem votou em utilizar o mecanismo da fake News um dia, porque não tem cabimento. Criminalizar esse ato em campanha eleitoral é um grande passo para exemplo para punição para quem acha que podem disseminar informações falsas sem consequências." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

"Achei ruim essa decisão, deve haver punição sim , fake news é mentira e mentira tem q ser punida." (G4, 25 anos, babá, RS)

Considerações finais

As opiniões sobre Carla Zambelli e as acusações contra ela variaram amplamente de acordo com a orientação política dos grupos. Enquanto os bolsonaristas convictos viram-na como uma vítima de perseguição política, defendendo a aliada do ex-presidente, os bolsonaristas moderados avaliaram o caso com mais ressalvas, colocando-se numa postura de espera, não convencidos pelas atuais provas, mas sem a inocentar prontamente. Os flutuantes, confirmando seu ceticismo em relação às instituições democráticas, usaram o caso de Carla Zambelli para reafirmar que a justiça brasileira não pune políticos.

Surpreendentemente, os bolsonaristas convictos foram contrários à privatização das praias, com alguns inclusive aproveitando a oportunidade para criticar Flávio Bolsonaro. O assunto é potencialmente danoso para o bolsonarismo.

Os bolsonaristas moderados novamente deram mostras de duas de suas características marcantes: pró-mercado e pela defesa do meio ambiente. Parte viu na privatização uma chance para atrair investimentos da iniciativa privada, e parte mostrou preocupação com os impactos ambientais que tal medida pode acarretar.

Os flutuantes e lulodescontentes também surpreenderam nessa questão, pois se dividiram entre os que viam vantagens econômicas na privatização e os que se preocupavam com o meio ambiente. Ou seja, nisso foram muito parecidos aos bolsonaristas convictos.

Esse tema merece especial atenção, pois se de um lado mostra capacidade de arranhar o escudo de teflon do bolsonarismo, de outro divide todos os outros grupos entre privatistas e ambientalistas.

Já no tema da criminalização das fake news, os bolsonaristas convictos mostram-se inteiramente alinhados com a posição do próprio Bolsonaro e de seu grupo. Os moderados se dividiram entre aqueles que partilham a narrativa de que a criminalização seria estratégia da esquerda e os que rejeitam as fake news.

Mais uma vez flutuantes e lulodescontentes se assemelharam nas respostas, mostrando alta rejeição pelas fake news e apoio a sua criminalização.

Distribuição da Participação
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Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas

Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais

ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro

Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal

Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet

Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula

Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista

Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro

Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia

Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar

Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904

Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares

Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações

Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas

SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura

Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid

Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura

#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

Relatório #19 MED

ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula

Bolsa família, Laicidade do Estado e MST

Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.