O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 08 a 14/12 dois grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas convictos (G1) e bolsonaristas moderados (G2) – o critério de seleção é o apoio aos atos de 8 de janeiro.
Cada grupo foi montado de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, com 18 participantes, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) reações a falas de Michele Bolsonaro ; ii) irregularidades no pagamento de auxílios durante o governo Bolsonaro; iii) acusações a amigos próximos da família Bolsonaro.
Ao todo, foram analisadas 134 interações, que totalizaram 5.604 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | |
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Falas de Michele Bolsonaro | Unanimemente o grupo apoiou as falas da ex-primeira-dama, avaliando que o trecho havia sido retirado do contexto e defendendo o caráter, a integridade e a virtude de Michele. | O grupo apoiou Michele, dizendo que as reclamações em relação ao conteúdo eram mimimi da esquerda. Todos validaram que as falas seriam positivas e em tom apenas de agradecimento. |
Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas | O grupo avaliou a investigação como mais uma tentativa de prejudicar Bolsonaro. Para eles, os culpados seriam os responsáveis por fiscalizar a distribuição e os próprios beneficiados, que receberam indevidamente o auxílio. | O grupo atribuiu a responsabilidade aos órgãos responsáveis por fiscalizar e aplicar as medidas de seleção dos beneficiários. As pessoas que receberam indevidamente foram avaliadas como corruptas. |
Apoios de Criminosos | O grupo defendeu ferrenhamente a integridade de Bolsonaro, comparando-o a Lula, que seria um condenado. Quanto aos vínculos, todos afirmaram que o ex-presidente não tinha como prever as ações de seus apoiadores. | O grupo defendeu Bolsonaro, avaliando que os dois citados eram apenas apoiadores do mesmo e, após as acusação, o ex-presidente havia imediatamente se afastado de ambos. |
Michele foi defendida, em ambos os grupos, como primeira-dama exemplar, caridosa e muito atuante em causas para auxiliar pessoas com necessidades especiais. O conteúdo do vídeo foi avaliado como demonstrativo apenas de sua fé e vontade de ajudar o próximo.
Muitos criticaram o uso do trecho, por ter sido retirado de contexto a fim de manchar a imagem da ex-primeira-dama, assim como supostamente faziam com o ex-presidente.
Outros também falaram em um "mimimi" da esquerda, que teria sempre a intenção de problematizar fatos para prejudicar o clã Bolsonaro.
"Acho Michele Bolsonaro uma mulher admirável, e entendo que as falas dela são no sentido de explanar um raciocínio mais extenso que está fora do contexto devido ao vídeo ser muito curto !" (G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"Pra quem ver o vídeo inteiro sabe o que ela quis dizer, pegam uma fala e já querem acusar com se ela estivesse falando bobeira, assim como tazaim com as falas de Bolsonaro, cortavam e colocavam o que eles queriam pra tentar derrubar ele . São uma família perseguida por bandidos mas sabemos que são honestos e se preocupam com povo brasileiro principalmente com os problemas de saúde. E agradeço a Deus por na minha família também não ter ninguém autista, porque a vida já está difícil sem um imagina com um assim ." (G1, 44 anos, desempregada , PR)
"O que vi aqui no vídeo foi o que cansaram de fazer com o Ex-Presidente Bolsonaro. Pegaram um parte do vídeo para sair do contexto completo. O vídeo mostra o que pouca gente tem a coragem de expressar. É lógico que qq mulher deve de fato dar graças a Deus por não estar passando por esses dois problemas citados. É lamentável q as pessoas ou até os próprios jornalistas e tb esquerdistas mudem tudo do contexto para tentar acusar a equipe anterior de algum ato ilícito ou por discriminação." (G1, 57 anos, analista de TI, MA)
"A agenda da ex primeira dama era principalmente formada de ajuda a pessoas com necessidades especiais e mulheres vítimas de estupro e violência doméstica. Que mulher não agradeceria por isso. A fala foi correta e o que mais era de se admirar é que ela não tendo passado por isso se empenhava em ajudar essa população esquecida por todos. Infelizmente estamos em um país onde a fala virou bíblia e tem várias interpretações onde um quer transformar em ódio e outro em amor. Pelo menos ela se preocupava com pessoas que precisam e não com o lençol que ia dormir." (G2, 43 anos, comerciante, TO)
"Como os colegas comentaram acima o vídeo é curto,qual mulher ou mãe e pai nunca fez um agradecimento desse não vi nada demais.muito mimimi pra pouca coisa." (G2, 50 anos, dona de casa , DF)
"É preciso ver o discurso completo para entender exatamente o que ela quis dizer. Agradecer a Deus e abençoar os filhos é algo que deveria ser normal.." (G2, 42 anos, administradora, GO)
"Eu assim como outras mães também agradeço a Deus por não ter que passar por esta missão, não é fácil ser mãe de uma criança especial, isso foi a única coisa que ela quis dizer, quem conhece Michele sabe que ela foi a única primeira dama que em todo o mandato de Bolsonaro lembrou dos deficientes assim como ela fez, ela sempre foi muito engajada na causa das pessoas com deficiência. As mais diversas deficiências foram mencionadas nos últimos 4 anos antes desse atual presidente. Michele é a EXPRESSÃO do valor de uma verdadeira mulher de Deus e isso ninguém vai manchar, por mais que a mídia como sempre queira fazer isso." (G2, 39 anos, cabeleireira, PE)
"Hoje em dia é tudo romantizado, muito mi-mi-mi, não vi ela falar nada de mais, autismo não é doença mais ninguém quer que seu filho venha com qualquer tipo de problema." (G2, 39 anos, administradora, BA)
Muitos participantes compararam Janja com Michele, para evidenciar que, enquanto a ex-primeira-dama se preocupava em ajudar os mais necessitados, a atual só estaria gastando dinheiro com viagens e compras de roupas de cama.
"Acho que ela se destacou como primeira dama, dez um ótimo trabalho ajudando as mulheres , diferente da atual, que só viajar e gasta em lençol, ela sim merece ser chamada de primeira dama." (G1, 51 anos, pensionista, GO)
"Ela esteve 4 anos fazendo a diferença, fazendo história como primeira dama desse país, altruísta, humilde, econômica, discreta e agindo em prol de quem precisa. Enquanto a atual vive em viagens luxuosas, uma deslumbrada que usa nosso dinheiro e nem disfarça. Essa imprensa fala bem e entrevista o tempo todo mostrando o que ela nunca foi. Pior de tudo que TODO brasileiro viu e vê a diferença, mas ficam calados e ainda apoiam isso." (G1, 48 anos, do lar, SP)
"A agenda da ex primeira dama era principalmente formada de ajuda a pessoas com necessidades especiais e mulheres vítimas de estupro e violência doméstica. Que mulher não agradeceria por isso. A fala foi correta e o que mais era de se admirar é que ela não tendo passado por isso se empenhava em ajudar essa população esquecida por todos. Infelizmente estamos em um país onde a fala virou bíblia e tem várias interpretações onde um quer transformar em ódio e outro em amor. Pelo menos ela se preocupava com pessoas que precisam e não com o lençol que ia dormir e nem pra onde ia viajar." (G2, 43 anos, comerciante, TO)
"Desculpa nunca fiz isso acho quem que tá fazendo esse mimimi ,deveria se preocupar com as contas da primeira dama atual pelo que foi comentado não será mostrado nem gastos ou o que ganhara nas viagens.Abre o olho Brasil." (G2, 50 anos, dona de casa , DF)
Ambos os grupos atribuíram a responsabilidade do ocorrido às agências de fiscalização e à própria população que recebeu indevidamente os benefícios.
Para os participantes, as falhas maiores ocorreram na distribuição, com os agentes fiscalizadores não checando corretamente as informações dos beneficiados.
As pessoas que se inscreveram indevidamente também foram responsabilizadas e avaliadas como corruptas. Pedidos para que houvesse a restituição dos valores foram feitos por muitos participantes.
"É extremamente vergonhoso ver a má fé da população inicialmente em querer tomar para si um direito que não lhe pertence. O que mais vemos em determinados municípios é pessoas que tem uma vida estabilizada querendo usufruir de direitos que seriam administrados a quem não tem condições financeiras. Reclamamos da corrupção, mas a prática de tal já está generalizada, não importa se é muito ou pouco, corrupção é corrupção. A responsabilidade seria sa população e dos órgãos fiscalizadores também." (G1, 35 anos, administradora, MT)
"Ao meu ver os responsáveis teriam que ser o órgão/setor de fiscalização disso, com certeza tem algum seto que faz isso, e se passou por ele e foi liberado, pois eles quem estão errados, de aprovar e de liberar." (G1, 35 anos, autônoma , MA)
"Infelizmente nesse país o anormal é não ter corrupção, as pessoas agem de má fé e se dão bem em tudo, por isso a decadência política é tão grande." (G1, 51 anos, pensionista, GO)
"Os responsáveis são aqueles deveriam checar as informações do benefiario antes de aprovar o benefício." (G2, 30 anos, pensionista, TO)
"Acho que deveria ser investigados, e as pessoas que receberam indevidamente devem ser exigido o estorno dos valores, acho que a falha de um sistema que identifique com clareza já é um indicativo de que todo o sistema foi falho, então deveriam ser responsabilizados quem liberou o pagamento e também quem recebeu para que devolva" (G2, 28 anos, autônoma, DF)
"Quem devia organizar os pagamentos errou. As pessoas que receberam sem merecer também têm culpa e deveriam devolver. É importante investigar e responsabilizar quem tomou as decisões erradas." (G2, 42 anos, administradora, GO)
"Assim como todos os demais participantes aqui também concordo que a culpa é de quem enviou o benefício, e o beneficiado estornar os valores recebidos, pra isso existe secretaria e funcionários para verificar a real situação. O sistema errou mas a aprovação foi responsabilidade deles. Cabe ao beneficiado devolver." (G2, 54 anos, nutricionista , AM)
O grupo 01 (bolsonaristas convictos) viu na situação uma tentativa da esquerda de incriminar Bolsonaro, que, mais uma vez, estaria sendo perseguido. Para eles, o ex-presidente agiu com boa fé, para ajudar a todos, e não caberia a ele controlar quem seriam os beneficiados da medida.
"Isso não foi culpa do Presidente Bolsonaro isso é de responsabilidade da fiscalização isso não trabalho dele e sim dos órgãos responsável" (G1, 48 anos, do lar, SP)
"Acho que a esquerda quer com isso incriminar o presidente Bolsonaro, eles ainda não acharam um motivo que dê margem para isso, mas se tem que achar um culpado acho que seria a fiscalização." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Se tem culpado foi a pessoa que pediu o benefício sem ter o direito e a fiscalização. Bolsonaro fez o que precisava fazer para ajudar o povo." (G1, 47 anos, secretária, MG)
"O governo Bolsonaro, ao contrário do desgoverno do amor , priorizou a ajuda à população mais necessitada durante a pandemia , procurando agilizar e desburocratizar o sistema sempre pensando no povo. Errou quem pegou sem merecer. E cabe ressaltar que a atitude deles é vergonhosa devido ao fato de terem tirado a oportunidade do benefício ter ido para quem realmente necessitava. Mas Bolsonaro não tem como ter culpa disso" (G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"E de novo, mas uma vez a esquerda querendo criar acusações para nosso ex presidente. Eu ficaria espantada se Bolsonaro ficasse com o dinheiro, mas se ele usou para beneficiar o povo que paga impostos, a polêmica é porque foi para ajudar motoristas em tempos de crise, não vejo nenhum problema. E outra coisa, Era o Bolsonaro que checava os dados? Ele não pode ser responsabilizado porque ele autorizou os pagamentos agora quem confere e quem assegura de que os valores seriam pagos as pessoas certas deveriam ser os órgãos verificadores, que são pagos por isso, inclusive com nossos impostos. Os esquerdistas são uma comédia." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)
"Continuam querendo achar alguma coisa errada de qualquer forma! E só encontram coisas boas e certas! Esta narrativa mais uma vez é uma calunia. Quando se está em Estado de calamidade, você socorre à todos, não dá para ficar cassando pelo em ovo, numa situação de urgência. Simples, quem recebeu indevidamente que devolva o dinheiro, agora ficar procurando uma desculpa para se vingar dos caminhoneiros que apoiaram o melhor presidente que esse país já teve, isso que é vergonhoso." (G1, 39 anos, cabeleireira, PE)
Em ambos os grupos, os participantes pontuaram as diferenças entre as amizades de Lula e de Bolsonaro.
Para eles, Lula seria próximo de pessoas comprovadamente associadas à criminalidade, a pessoas envolvidas em corrupção e demais crimes e, como agravante, muitos desses compunham o atual governo.
Já Bolsonaro teria apenas recebido o apoio dos dois citados e, ainda mais, eles seriam totalmente inocentes.
"Uma coisa é ser comparsa de quem já é criminoso como é o caso do Lula, outra coisa é ser aliado e estar próximo de pessoas que porventura se tornam criminosos. Ninguém nasce com uma estrela na testa mostrando o que é ou não. Ninguém é culpado até que se prove o contrário. Agora essa PTzada tem é muito crime escancarado, nem da pra comparar as situações." (G1, 35 anos, administradora, MT)
"Lula é amigo de criminosos, bandidos e terroristas. O que tem haver Bolsonaro ter amizade com o ex marido da Ana e com o Renato, pelo que sei Renato é uma pessoa honesta. Acredito que estão perseguindo o Renato justamente por ele ter entrevistado o Bolsonaro em um podcast. Af essa esquerda é de dar nojo."" (G1, 47 anos, secretária, MG)
"Vcs sabem que é o líder do governo no congresso ? Simplesmente o homem do dinheiro na cueca. Isso ninguém questiona, isso é ser próximo de bandido." (G1, 57 anos, analista de TI, MA)
"Eu nunca vi uma pessoa mentir tanto como Lula. Um bandido que roubou bilhões e que apoia todo tipo de safadeza. Ele acha que as pessoas têm memória fraca, porque não é possível tanta mentirada!!! Já contra Bolsonaro o que se vê são acusações. Nada comprovado. Eu acredito na inocência do ex presidente Bolsonaro. Bolsonaro não é e nunca foi caçado pelo que ele fez, mas por quem ele é." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)
"O que estamos vendo é uma perseguição insana contra um dos melhores presidenciaveis do Brasil. Não vejo problemas em simpatizantes se envolverem em problemas particulares cada um cada um responde pelo seu caráter"" (G1, 47 anos, administrador, GO)
"São crimes que não tem nada haver com corrupção política, agora o que Carlos citou eu acho que foi referente aos desvios que Lula fez e tudo era dos amigos. Quanto aos amigos ao nosso redor é como uma caixinha de surpresa, Ana Hickmann mesmo, levou 25 anos pra descobrir que o marido não é uma boa pessoa para conviver." (G2, 42 anos, professora, PR)
"São homens públicos e tanto Lula quanto Bolsonaro estão vulneráveis às pessoas fichas sujas aproximarem deles (live, campanhas, caminhadas reuniões etc). O que vale melhor observação é o vínculo que esses fichas sujas tem com os presidentes numa intimidade maior, como acesso aos ministérios com indicações outros políticos. Tratar esses sujos como autoridades e honra." (G2, 53 anos, administrador, ES)
"Nada conclusivo em questão ao Renato cariani, agora em questão de falar aos apoiadores do Bolsonaro, são apenas apoiadores, do lula são pessoas próximas como a matéria mesmo fala, ai está uma grande diferença" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)
Os participantes evangélicos não se diferenciaram significativamente dos demais.
Nos três temas da semana a família Bolsonaro foi defendida por todos, avaliados como pessoas integras, corretas, tementes a Deus e honestas. Já Lula foi bastante atacado, acusado de ser realmente aliado de bandidos.
"Eu concordo com ela e também agradeço a Deus por ter filhos saudáveis. pois imagino o quanto deve ser difícil ver um filho nessas situações! Somos realmente abençoadas, mas cada um tem sua luta que deve ser travada com sabedoria e discernimento!" (G1, 35 anos, administradora, MT)
"A Michele Bolsonaro foi a única primeira Dama a trabalhar em diversos programas sociais, principalmente apoiando os surdos e mudos ela deu voz a eles é uma mulher íntegra, honesta e ama o Brasil. Que Deus abençoe a nossa primeira Dama." (G1, 47 anos, secretária, MG)
"O vídeo tem apenas 9 segundos e não tem como forma uma opinião sem saber o contexto todo dessa fala. Mas acredito que ela não estava desdenhando das pessoas que sofreram ou sofrem esses problemas citados por ela." (G2, 30 anos, pensionista, TO)
"Isso não foi culpa do Presidente Bolsonaro isso é de responsabilidade da fiscalização isso não trabalho dele e sim dos órgãos responsável" (G1, 48 anos, do lar, SP)
"Se tem culpado foi a pessoa que pediu o benefício sem ter o direito e a fiscalização. Bolsonaro fez o que precisava fazer para ajudar o povo." (G1, 47 anos, secretária, MG)
"A responsabilidade serio sos responsaveis por averiguar na epoca o presidente apenas criou este beneficios para ajudar na pandemia" (G2, 54 anos, do lar, PR)
"Se você sabe que está recebendo um benefício sem ter direito você também está sendo desleal , não é culpa de quem quis ajudar." (G2, 39 anos, administradora, BA)
"Verdade está na hora de mostrarem os erros do lula e esquecerem um pouco o nosso Presidente Bolsonaro." (G1, 47 anos, secretária, MG)
"Um político ,não pode fazer um filtro excessivo em sua campanha e contatos de uma forma geral, até sob o risco de ser taxado de elitista! E nesses casos específicos a assessoria e o próprio presidente Bolsonaro não sabiam dos ilícitos destas pessoas naquele momento… , ou resumindo, todos são inocentes até prova em contrário! Diferente do carniça e seus asseclas que tem abertamente contatos nas organizações criminosas como PCC E CV, e ainda pior, defendem os meliantes e juntamente com o STF facilitam a impunidade de criminosos perigosíssimos! A diferença entre Bolsonaro e Lula é simplesmente abissal." (G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"Nada conclusivo em questão ao Renato cariani, agora em questão de falar aos apoiadores do Bolsonaro, são apenas apoiadores, do lula são pessoas próximas como a matéria mesmo fala, ai está uma grande diferença" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)
"Esquerda sempre buscando motivo de incriminar alguém que nem está mais no poder ... vai entender" (G2, 32 anos, vendedor, MA)
A semana foi de bastante rispidez por parte dos participantes, que viram as sucessivas acusações à família Bolsonaro como perseguição.
O vídeo enviado de Michele não causou nenhum estranhamento entre os participantes, que a defenderam de modo unânime. Em contrapartida, Janja, que nem era citada no vídeo, foi acusada de ostentar com o dinheiro público. Alguns apresentaram informações bastante recentes acerca dos gastos públicos de viagens do presidente para apoiar suas falas.
As frases polêmicas ditas por Michele foram vistas como normais e as potenciais reclamações avaliadas como perseguição e mimimi da esquerda, demonstrando que posturas “não polidas” seguem sendo interpretadas como sinais de honestidade e autenticidade.
Bolsonaro seguiu imune a acusações, tanto da proximidade com pessoas envolvidas em crimes quanto de atos enquanto presidente. A imagem do mesmo segue sem ser manchada por sucessivos erros de sua gestão, mesmo quando há farta evidência que esses erros ocorreram, como se ele não fosse responsável pelos atos do poder executivo sob seu controle. Os pagamentos indevidos dos benefícios foram criticados, mas atribuídos à má fé dos beneficiados ou à má gestão dos responsáveis por fiscalizar, seja lá quem forem.
Mais uma vez, o apontamento de muitos erros de Bolsonaro causou estresse no grupo, que reage esposando a teoria de perseguição continua movida pela esquerda e contra-ataca acusando Lula.
Mais uma vez o grupo de moderados se comportou de maneira muito similar ao de radicais. Seria isso sinal de um estreitamento entre a distância que havia entre os grupos? Estariam os moderados se aproximando, progressivamente, de posições mais radicais? Estaria o efeito teflon que blinda a imagem de Bolsonaro se fortalecendo? Essas são questões que serão exploradas futuramente pelo projeto MED.
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Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
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Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.