O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 26/8 a 1/9, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três perguntas referentes às pautas de benefícios sociais e atuação do Estado foram abordados: i) avaliação do programa Bolsa Família; ii) avaliação do programa Auxílio Brasil; iii) privatização das empresas estatais.
Ao todo, foram analisadas 192 interações, que totalizaram 7.076 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Bolsa Família | O grupo adotou postura favorável à manutenção do programa, manifestando apoio aos benefícios destinados aos mais carentes. Muitos disseram que o recebimento do recurso deveria ser por tempo limitado e atrelado a obrigações. | O programa foi avaliado como essencial, mas com necessidade de revisões. Alguns apontaram a necessidade de contrapartidas para evitar fraudes e garantir que apenas os necessitados sejam beneficiados. | O grupo ponderou que o programa deve ser mantido, mas com reformas, para impedir a contemplação de pessoas erradas e promover a qualificação dos beneficiários, evitando a dependência prolongada. | Os participantes mostraram-se favoráveis à manutenção do programa e alguns também à ampliação, desde que medidas mais efetivas de controle dos beneficiários fossem adotadas, para evitar fraudes. | O Bolsa Família foi visto como um programa fundamental e que deve ser mantido e expandido, mas com um sistema de verificação mais rigoroso e a inclusão de contrapartidas, como cursos de capacitação. | Todos os participantes foram favoráveis à manutenção do programa, em concordância com as narrativas predominantes em seus grupos originais de participação. |
Auxílio Brasil | O Auxílio Brasil foi visto como superior ao Bolsa Família, por ter ajudado muito mais pessoas durante a pandemia, pelo maior controle dos beneficiários e valor elevado. | O grupo percebia os dois programas como semelhantes, atentando para o caráter temporal do Auxílio Brasil, criado sob as condições ímpares da pandemia. Muitos viram o Bolsa Família como mais eficaz. | O Auxílio Brasil e o Bolsa Família foram percebidos como praticamente iguais, apenas com nomes diferentes, vinculados a seus criadores e com a questão da pandemia como contexto para ampliação dos beneficiários. | Os programas foram avaliados como semelhantes em suas funções e valores destinados, sendo o Auxílio Brasil momentaneamente mais abrangente devido às condições extremas da época. O Bolsa Família foi avaliado como mais eficaz por sua estrutura. | O Auxílio Brasil foi considerado inferior ao Bolsa Família, devido ao menor valor do benefício e menor eficácia no combate à pobreza, pois não ofertava outros serviços conjuntos. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento, não havendo concordância entre eles por conta da religião. |
Privatização das Estatais | Todos do grupo foram favoráveis à privatização, argumentando que tal mudança serve para melhorar a eficiência do trabalho ofertado e reduzir a corrupção nas empresas estatais. | A maioria dos participantes foi favorável, avaliando que empresas privadas são mais rentáveis e entregam melhores serviços. | O grupo não adotou um posicionamento claro. Muitos expressaram cautela em relação à privatização, defendendo uma análise caso a caso e sugerindo que nem todas as estatais devem ser privatizadas. | A maioria dos participantes apoiava parcialmente a privatização, apontando apenas algumas empresas estatais, vinculadas aos setores não essenciais, avaliando que os serviços seriam melhores e receberiam mais investimentos em tecnologia. | A maioria dos participantes adotou postura contrária às privatizações, citando exemplos de piora nas entregas de serviços. Os favoráveis limitavam tais mudanças a alguns setores. | Não houve consenso entre os evangélicos, que deram suas opiniões de acordo com seus grupos originais de participação. |
As opiniões expressas sobre o programa Bolsa Família refletiram um consenso significativo entre todos os participantes. A maioria dos respondentes acreditava que o programa deveria ser mantido, reconhecendo a importância do auxílio para famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, muitos sugeriram que o benefício não deveria ser permanente, defendendo a introdução de medidas temporárias e vinculadas ao esforço de capacitação e inserção no mercado de trabalho, como forma de evitar que as pessoas se tornem dependentes a longo prazo. Outro ponto de consenso entre os participantes foi a necessidade de maior rigor na gestão e fiscalização do programa, para garantir que o auxílio chegue exclusivamente àqueles que realmente necessitam, evitando abusos e fraudes.
Nos grupos 1, 2 e 3 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) houve acusações de que o programa era utilizado como uma ferramenta política pela esquerda, especialmente no que diz respeito à sua potencial instrumentalização como moeda de troca eleitoral.
"Não sou contra o bolsa família porque acredito que existem muitas famílias que realmente precisam desse benefício. Mas acredito que o governo deve disponibilizar cursos profissionalizantes para essas famílias, para que com o tempo elas possam conseguir um emprego e se manter sem essa ajuda." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu considero o bolsa família uma estratégia da esquerda, para manter as pessoas de baixa renda, dependentes do seu governo através do voto. Não sou contra a extinção pois muitas famílias dependem infelizmente deste programa, mas acredito que tenha que se faser algumas mudanças para evitar que políticos e partidos utilizem para benefícios eleitoreiros." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu acredito que o bolsa família precisa ser mantido infelizmente no Brasil temos uma grande massa que se encontra em uma pobreza Extrema e precisamos olhar para essas famílias e fazer um pente fino no CAD único para que a gente identifique quem realmente precisa mas eu acredito que o bolsa família é necessário e super importante no Brasil precisamos desse benefício para as famílias de baixa renda" (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Expandido porém feita a verificação corretamente, quem já recebe a X tempos tem que ir até CRAS atualizar de tempos em tempos com documentos que comprovem a verdadeira necessidade, e se não for comprovado cortar o benefício, muita das vezes pessoas que ganham 3-4-5 salários ainda recebem ou tem benefícios incompatíveis com sua renda. Então precisa um jeito melhor de verificação. E também acho que deveria virar lei, assim o PT não pode mais usar pra se reeleger constantemente" (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Acredito que deve ser mantido, porém, com muitas reformulações. Hoje não passa de um programa de venda de votos.As pessoas que realmente precisam não têm acesso . Atualmente é um programa que favorece universitários que gastam o dinheiro com farra, com mulheres que usam o benefício com celular,unha de gel e embelezamento, tira a oportunidade de mães que realmente precisam da creche para trabalhar,os adolescentes só vão pra escola porquê são obrigados para não perder o benefício , os participantes não querem e não fazem nada pra melhorar de vida: trabalho, cursos etc. Falo isso com propriedade pois preto serviço no programa." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Acredito que deva ser mantido e até expandido, mas que seja mais critérioso. Existem muitas pessoas que recebem o benefício e se acomodam. Acho que o governo devia incentivar até mesmo os adultos a se qualificarem pra receber o benefício, como por exemplo: O benefício ficará disponível por 5 anos, desde que o beneficiário esteja cursando ensino superior e se recolocando no mercado de trabalho." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Acredito que deve ser mantido, mas precisaria ser feito um pente fino, porque é uma ajuda destinada para as familias em situaçao de extrema pobreza, e as pessoas acabam se aproveitando e mentindo para poder receber." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Concordo que continue,pois é um programa que ajuda milhares de famílias carentes ,apesar de ser bem polêmico e cheio de pessoas má intencionadas que recebem sem precisar,a milhares que realmente precisam e então acho certo ter esse programa sim!" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"na minha opinião deve ser mantido. a desigualdade social no Brasil é GIGANTE, só ver quem não quer, enquanto alguns estão com com rios de dinheiro, comprando tudo de mais desnecessário, muitos estão comendo farinha com agua para sobreviver. esse auxílio é de grande importância para muitas famílias terem pelo menos o básico para se alimentar." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Acredito que sim, porém o sistema de avaliação das famílias deveria ser mais rígido e que as pessoas cumprisse alguns pré-requisitos para receber o auxílio. Por exemplo, criar uma política de que para receber o auxílio o recebedor estivesse fazendo algum cursinho profissionalizante" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
Nos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) alguns participantes apoiavam a expansão do programa, considerando que ainda existe muita pobreza e desigualdade no país. Esses apoiadores também debateram a necessidade da implementação de critérios mais rígidos de controle e a inclusão de contrapartidas, como a participação em cursos de capacitação profissional.
"Eu acho que deveria ser mantido e ainda melhorado pois vejo como uma grande ajuda e uma possibilidade de viver decentemente ." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"NA MINHA OPINIÃO O BOLSA FAMILIA DEVE SER MANTIDO E EXPANDIDO PARA MUITO MAIS PESSOAS,PORQUE AINDA O MAPA DA FOME É ASSUSTADOR,PRINCIPALMENTE NA REGIÃO NORTE E NORDESTE DO PAIS,E QUE SEJA MANTIDO E EXPANDIDO URGENTEMENTE PORQUE A FOME NAO ESPERA,ELA MATA E SE ALASTRA CADA VEZ MAIS NA SOCIEDADE" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Deve ser expandido , sendo bem supervisionado para que seja justo e que sejam beneficiadas famílias que realmente precisam." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Eu acredito que deve ser expandido, em um momento no qual o Brasil ainda se encontra no mapa da fome (graças ao Governo anterior), todas as medidas públicas que reduzem a desigualdade social e aumentam a possibilidade das pessoas terem uma maior qualidade de vida, devem ser adotadas, independentemente das questões a serem melhoradas no programa e as falhas que ele ainda tenha, com fraudes sendo cometidas. Dessa forma, o que precisa é um aperfeiçoamento do cadastro e também da verificação de dados para que os beneficiários realmente necessitem dessa ajuda!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Acredito que tenha que ser expandido. Afinal tem várias famílias carentes que precisam da ajuda. Deveriam passar um pente fino vejo muitas pessoas que não tem necessidade de receber e recebem pessoas que tem condições de vida boa,e quem realmente precisa acaba não recebendo." (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"Eu acredito que o programa bolsa família deve ser mantido e expandido para que possa beneficiar muito mais famílias crianças e jovens todos sabemos como a situação financeira no Brasil é complicada onde manter uma casa e manter filhos é uma tarefa muito difícil onde pagar um aluguel e ter uma alimentação minimamente decente muitas vezes se torna uma tarefa impossível e todos sabemos que bolsa família já tirou muitas pessoas da fome muitas crianças de passar fome então eu acho que o programa além de ser mantido tem que ser expandido para que possa ajudar muito mais pessoas porque sem esse programa muitas crianças estarão passando fome passando dificuldade" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
Todos os participantes avaliaram o programa Auxílio Brasil sem distinguí-lo do Auxílio Emergencial.
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) avaliaram o programa Auxílio Brasil como superior ao Bolsa Família. Somente para esses, o programa criado durante o governo Bolsonaro possuía uma maior eficácia e justiça na distribuição dos recursos, valor elevado e era mais bem direcionado, com um maior foco em ajudar aqueles que realmente necessitavam, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Houve uma crença comum de que o programa foi menos suscetível a práticas políticas de troca de votos, fato que, segundo eles, ocorre com o Bolsa Família.
"O programa mudou o nome e teve aumento de recursos. Foi feito tbm um pente fino no programa para saber quais famílias realmente nescessitavam do benefício.. então acho que era muinto melhor que o atual pois este é usado indiscriminadamente para uso eleitoreiro." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Acredito que até o nome era melhor. Nós sabemos que hoje o Bolsa família é usado para ganhar votos. Na época de Bolsonaro foi uma ajuda na pandemia. E se não tivesse esse recurso na época muitas pessoas teriam passado necessidade com o fique em casa a economia a gente vê depois." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"O auxílio Brasil, criado por Bolsonaro, era melhor sem dúvidas. Não tinha nenhuma falcatrua política no meio, envolvendo troca de votos entre os esquerdistas no bolsa família, como todos nós sabemos que existe, e muito. Tudo que os que são de esquerda criam tem um propósito no final, vantagem para eles mesmos." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"O Auxílio Brasil foi melhor que o bolsa família, porque ajudou de verdade quem precisa, ao contrário do bolsa família que era uma mixaria que só prestava pra comprar votos, conheço muitas pessoas que com o Auxílio Brasil conseguiu sair da extrema pobreza porque esse auxílio conseguiu dar um pouco de dignidade durante a pandemia e a pessoa teve cabeça pra se reerguer, e hoje não vive mais de ajuda do governo." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Com certeza o auxílio Brasil foi muito melhor, o Bolsa família já virou salário fixo de muitas pessoas que não se preocupam em arrumar um emprego pra ficar recebendo benefício." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
Para a maioria dos participantes, incluindo os do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes), ambos os programas eram semelhantes, apenas com nomes diferentes. Para esses, os dois programas compartilhavam o mesmo objetivo fundamental de apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, tendo os mesmos objetivos de assistência social, e também compartilhavam as mesmas falhas, como a falta de fiscalização rigorosa e a presença de fraudes, que permitiam que famílias não elegíveis recebessem os benefícios.
Houve um consenso de que o Auxílio Brasil foi criado em um contexto específico, a pandemia, e que isso o diferenciava do Bolsa Família, que possui um histórico mais longo de atuação.
"Entendo que o Auxilio Brasil nao é pior, melhor ou igual, pois ele foi criado num momento específico (de pandemia) e que ajudou bastante pessoas por alguns meses. Penso que o Bolsa Família poderia seguir nessa ideia, a família solicitar, mas ganhar esse auxílio por um tempo." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Eu entendo que igual pois os dois auxilios eram pra beneficiar pessoas com pouco poder de compra só que o auxílio Brasil foi implementado em época diferente, contra um outro tipo de problema diferente da pobreza, porém os dois são feitos para ajudar um todo a se manterem diante da pobreza ou doença. Não dá pra falar que um é melhor que o outro pela quantidade que um recebe a mais ou a menos, e sim colocar em igualdade sendo que os dois são ajudas para problemas que tivemos no passado." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Na epoca ex presidente Bolsonaro criou o auxílio Brasil no lugar do bolsa família para ajudar as famílias de baixa renda q estava sofrendo com a crise econômica e principalmente com a pandemia.. o objetivo do auxílio Brasil era aumentar os valores pagos e incluir mais pessoas" (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Mesma coisa com os mesmos problemas só mudou de nome. Agora com o governo no Lula aumentou o benefício primeira infância para crianças de até 5 anos.Mas o cadastro continua da mesma forma, sem nenhuma "verificação" pois você coloca o que quer na hora de fazer. Então se quiser mentir dizendo que ndo trabalha com CLT mas se tiver um trabalho por conta próprio ou sem vinculo você passa na verificação." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"O auxílio Brasil entrou em 2021 só pra mudar o nome do bolsa família. Durante a pandemia foi criado o auxílio emergencial, sendo assim um não tem nada haver com outro. O bolsa família não é só para famílias que tem crianças ou adolescentes ele abrange outras situações tambem." (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Acho que foi a mesma coisa, no final das contas só mudou o nome." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Contra a vontade do presidente da época foi criado o auxílio Brasil,estávamos passando por um período tenebroso da nossa história e o valor que foi proposto na época pelo presidente era de 200 reais e depois passou a ser de 600 reais que é o valor que se recebe hoje no bolsa família. A diferença é que o bolsa paga valores a mais dos 600 reais para algumas famílias que tem que ter as condições pra receber o valor a mais" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Para mim é "trocar seis por meia dúzia". Na prática a grande maioria das famílias que receberam o Auxílio Brasil e continuaram a receber o Bolsa Família acabam por receber o mesmo valor financeiro e só mudou o nome do benefício. A diferença maior do antigo Auxílio Brasil é que tinha um maior número de famílias beneficiadas, mesmo porque estávamos numa pandemia. O atual Bolsa Família melhorou bastante quanto à seleção das famílias que têm direito de receber, mas ainda precisa ser melhorado bastante para cumprir realmente sua função de programa de geração de renda a famílias de baixa renda, pois ainda tem muita família que precisaria receber e não recebe e família que não precisa e recebe." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
A maioria do grupo 5 (lulistas) expressou uma visão crítica em relação ao Auxílio Brasil, com muitos participantes acreditando que o programa era inferior ao Bolsa Família em diversos aspectos. A redução do valor dos benefícios e a exclusão de famílias necessitadas foram citados para apontar o Auxílio Brasil como menos eficaz na luta contra a pobreza. Além disso, os respondentes destacaram que o Auxílio Brasil não possuía as mesmas obrigações de contrapartida do Bolsa Família, como a exigência de vacinação em dia e a manutenção de médias escolares, o que enfraqueceu o impacto social positivo do programa.
Para muitos, o Auxílio Brasil foi visto como uma tentativa de rebranding político, sem melhorias substanciais em relação ao programa anterior. O sentimento geral do grupo foi de que a mudança de nome do programa foi principalmente simbólica, sem resolver os problemas estruturais de assistência social no Brasil.
"Esse programa era pior do que o Bolsa Família em diversos aspectos. Um primeiro ponto era que ele pagava um auxílio menor do que o Bolsa Família, o que prejudicava as pessoas que necessitavam de tal auxílio. Um segundo ponto é que ele atingia menos as famílias necessitadas, dessa forma, não acompanhava realmente onde as pessoas estavam passando fome, tanto é que o Brasil voltou para o mapa da fome na Onu. Um terceiro aspecto é que ele não tinha as obrigações que o Bolsa Família exige, tais como: a vacinação em dia e determinadas médias no colégio. Por tudo isso, penso que esse programa era pior que o anterior e nem deveria ter sido criado." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Era o mesmo programa, só mudaram o nome. Assim como será mudado a nomenclatura em um outro governo que não seja do PT. Na campanha criticam o programa, mas quando estão no governo fazem a mesma coisa, mas mudam o nome para dizer que diferente." (G5, 49 anos, bancário , CE)
"O Auxílio Brasil é inferior ao Bolsa Família que atendia os mais necessitados e tinha como contrapartida que as famílias tivessem o compromisso com seus filhos na áreas da saúde e educação nos itens citados por nosso colega ~Alexandre." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
"Acredito que o programa so foi útil na pandemia por abranger diversas pessoas que estavam prejudicadas com a pandemia, mas economicamente falando e socialmente falando o Bolsa Família é extremamente superior e acredito ajudar diversas famílias, além de movimentar a economia" (G5, 25 anos, estudante, AL)
"O programa auxílio Brasil na verdade era o programa bolsa família porém o governo bolsonaro se utilizou desse programa para usar como seu mudou o nome para auxílio Brasil e com isso tornou também ineficiente o programa então esse programa nunca foi auxílio Brasil ele foi sempre bolsa família no governo bolsonaro foi utilizado do programa para fazê-lo parecer um projeto dele e tornou um projeto ineficiente" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
A maioria dos participantes demonstrou apreço pela ideia, com alguns aderindo totalmente a possibilidade e outros parcialmente.
Unanimemente os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) se posicionaram a favor da privatização de empresas estatais no Brasil, refletindo um sentimento generalizado de insatisfação com a gestão pública. Os respondentes argumentaram que a privatização poderia trazer maior eficiência e qualidade nos serviços prestados, uma vez que a iniciativa privada, segundo eles, tem maior preocupação com a satisfação dos clientes e investem muito mais em modernização dos serviços e tecnologia de ponta.
Além disso, muitos expressaram a crença de que as estatais são frequentemente utilizadas para fins políticos e corrupção, o que justificaria a necessidade de transferir a gestão dessas empresas para o setor privado.
Outro ponto comum nas respostas foi a percepção de que a privatização poderia mitigar os problemas relacionados ao mau atendimento e à falta de responsabilização dos funcionários públicos, que são vistos como pouco comprometidos devido à estabilidade no emprego.
Entre os apoiadores da privatização nos demais grupos, as respostas também foram dadas com base nesses mesmos argumentos.
"Sou a favor, porque as empresas estatais só visam o lucro e não se importam com a satisfação do cliente e serve para a roubalheira dos políticos corruptos. Como por exemplo os Correios aqui no RJ o correio é péssimo, mesmo em lugares que não são áreas de risco eles não entregam a encomenda alegando área de risco, mesmo pagando o frete somos obrigados a enfrentar filas enormes para retirar a mercadoria nos centros de distribuições. Tem que privatizar sim, tudo e urgente." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Sim sou a favor , pelo simples fato de que as empresas estatais são usadas para benefícios políticos e corrupção.. já vimos isso acontecer nos últimos 20 anos e agora novamente. Quando um governo é corrupto empresas estatais são utilizadas para conchavos, negociatas e cabides de emprego para amigos e apoiadores políticos." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Sou totalmente a favor, pois, pelo menos aqui no meu estado, tudo o que foi privatizado progrediu significativamente. Houve restauração, reformulação e reinvestimento, resultando em melhorias visíveis para a população." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Sou a favor, o serviço público já faz tempo que deixa a desejar os funcionários concursados pensam que podem tudo, tratam os clientes de qualquer forma com a certeza que não serão demitidos. Privatizando essa situação mudará com certeza!" (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Sou a favor, apesar de acabar com o funcionalismo público, muitos perderão, mas daí as empresas se atualizam e crescem com um serviço mais qualificado." (G2, 43 anos, professora , SP)
"A favor, acredito e muito que em maioria dos casos as empresas são privatizadas por mal desempenho e administração, não tem muito o que fazer se uma empresa pública está indo de mal a pior, a privada alguém vai e toma o lugar, um exemplo que deveria é os correios, importo a muito tempo e pelo menos uma vez a cada 3 meses extraviam mercadorias minhas é uma frustração e perca de tempo gigante e o pior é que é sempre no mesmo local, e sinceramente mesmo denunciando nunca aconteceu nada. Sou a favor."" (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Eu sou a favor da privatização! Porque acredito que este fundamento é de extrema importância para o aperfeiçoamento da máquina pública. Acredito também que isso garante o crescimento do país. Aumenta também a quantidade de entrega do produto final." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Sou a favor pois acredito que tudo iria funcionar melhor. A iniciativa privada se dedica à empresa, não tem todo o desvio de dinheiro que acontece com as empresas públicas, os funcionários trabalham melhor, etc" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Sou muito a favor, pois privatizadas, essas empresas teriam comportamento diferente em relação a qualidade do serviço prestado." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"Sou a favor,pois hoje em dia está muito precária as estatais,seria uma maneira de renovação e de dinheiro para o governo realizar algumas obras. Que fosse destinado o valor pra educação e saúde."" (G4, 49 anos, artesã , CE)
Muitos participantes, sobretudo dos grupos 3, 4 e 5 adotaram posicionamentos parciais e cautelosos, reconhecendo a complexidade da questão.
Para esses, a privatização não deveria ser vista como uma solução universal, mas cada caso deveria ser analisado individualmente para entender os problemas específicos de cada empresa. Alguns limitaram os tipos de serviços que poderiam ser privatizados, falando da necessidade de proteger setores estratégicos de interesse nacional e garantir que a privatização ocorra com transparência e benefícios claros para a sociedade. A ideia de que o governo deve focar em serviços públicos essenciais, como saúde, segurança e educação, enquanto o setor privado gerencia outras áreas, foi destacada por muitos, que também sugeriram alternativas como as Parcerias Público-Privadas (PPP) para equilibrar os interesses públicos e privados.
"Essa é uma questão complicada. Tem que ser analisada cada empresa que está no alvo da privatização. Só privatizar, mudar os problemas de lugar, não vai resolver o a má questão da empresa, do país" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Lembro que o serviço de telefonia e energia elétrica já foram estatais, penso que caso ainda fossem estatais, talvez, hoje não estivéssemos usando tantos recursos tecnológicos, principalmente na área de comunicação. Muito investimento e modernização foi realizado e o serviço melhorou sem que precisemos questionar se essa foi a melhor opção. Somente a área da educação e saúde não sou a favor de serem privatizadas, mas precisam de investimentos grandes, o que talvez acontecesse se o governo se concentrasse apenas nessas áreas." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Sou a favor da privatização parcial, sendo assim as empresas mistas podem oferecer uma qualidade maior do serviço, visto que os recursos podem ser alocados de diferentes maneiras, fazendo a unção das verbas públicas com os investimentos privados..." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Tem algumas empresas que precisam ser privatizadas, até porque teriam mais investimento e teriam como oferecer serviços melhores, o governo infelizmente não investi em algumas empresas o que é necessário pra ter melhores recursos e oferecer serviços melhores." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"NEM CONTRA E NEM A FAVOR COMPLETAMENTE NEUTRA,PARA MIM O MAIS IMPORTANTE É QUE GEREM EMPREGO PARA A POLUÇAO E NAO SEJA CORRUPTA TA TUDO ACEITAVEL" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Depende da empresa. Há empresas que realmente precisam ser privatizadas, sair das mãos do governo, já outras não, principalmente se tratarem de áreas essenciais e estratégicas para a nação." (G5, 49 anos, bancário , CE)
"Então, essa questão é bem complicada, eu sou totalmente contra privatizar setores estratégicos, como educação, água(o que o Tarcísio fez foi um absurdo e iremos pagar por isso), aviação, petróleo entre outros. Agora, alguns setores menos primordiais para a sociedade, como iluminação, por exemplo, poderiam ser feitas parcerias públicas-privadas, sem nenhum problema. Um exemplo do que foi bem feito é o parque do Ibirapuera, que desde que foi "negociado", está melhor cuidado, com mais segurança e infraestrutura. Assim, é necessário pensar no quão estratégico são as empresas para o Brasil." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Sou a favor da privatizações de alguns serviços… Um exemplo claro é os correios. Entregam nossas encomendas igual lixo, conteúdo com frágil eles leem “de concreto” rs. Já em outros não concordo, pois geraria muitos desempregos e não funcionaria bem." (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
Em minoria, os participantes contrários à privatização expressaram preocupações com a perda de qualidade nos serviços ofertados por essas empresas, citando exemplos como a Enel em São Paulo, além do aumento de tarifas, do desemprego, e da degradação das condições de trabalho.
Para muitos, a privatização, na maioria dos casos, beneficia apenas as empresas e investidores, enquanto a população em geral sofre com os efeitos adversos, como menor acessibilidade e piora nos serviços essenciais. Além disso. outra preocupação expressa foi a possibilidade de empresas estrangeiras assumirem o controle de setores estratégicos, o que para alguns representaria uma ameaça à soberania nacional e ao controle do governo sobre recursos importantes.
"Eu não sou a favor da privatização, porque as empresas vão comprar e só pensar em lucro e crescimento de seu patrimônio. O que o governo deve fazer é mudar a forma de administração de suas estatais para que tenha a mesma competitividade e lucros das privadas, em benefício da economia e crescimento do nosso país." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Sou contra principalmente se a privatização for exercida por empresas estrangeiras. Sei que o governo deixa muito a desejar, mas mesmo assim prefiro que o governo gerencie o que é do nosso país." Sem contar no caos que virou meu estado depois da privatização da empresa de energia" (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Tema bem complexo, pq da mesma forma que a privatização dessas empresas possuem alguns benefícios para o Estado, quase não possui benefícios para os cidadãos. Como eu não sou nenhuma empresária bilionária, obvio que eu fico do lado das desvantagens da privatização, pq essa medida gerará muito desemprego, aumento das tarifas e claro que tem a perca do poder do Estado sobre. recentemente houve um estudo que “provou” que nem todas as estatais brasileiras podem ser vendidas (ainda bem)." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Eu não acho que é legal,Acho mais desvantagem que vantagem. Por conta de milhares de pessoas que perdem os empregos,tudo que privatiza fica ruim,aumenta tudo ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Eu sou contra a privatização, pois os serviços e produtos perdem a qualidade na maioria dos casos, além dos trabalhadores serem prejudicados com salários mais baixos e poucas oportunidades de crescimento profissional sem falar no desemprego gerado pelas privatizações." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
"Sou contra na maioria das vezes, pelo menos na minha cidade dois dos serviços que privatizaram houve piora e aumento no serviço, na agua e na luz, infelizmente pagamos cada vez mais caro por pessimos serviços e assistências" (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Eu sou contra a privatização das empresas pois na maioria das vezes nas experiências de pessoas que eu conheço e das minhas próprias toda vez que uma empresa passa para iniciativa privada além de perder a qualidade ela não é mais acessível a população geral em termos de valores qualidade burocracia" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)
Testamos essa semana questões pertinentes a políticas sociais de combate à pobreza e às privatizações.
Por um lado, o apoio ao bolsa família é amplo e se verifica em todos os grupos, o que confirma os dados dos surveys quantitativos que mostram o alto grau de aprovação dessa política por parte da população brasileira em geral. Contudo, a percepção de que há fraudes na identificação de beneficiários apareceu em todos os grupos, o que demonstra a forte penetração da desconfiança nas instituições, um tema muito cultivado pela extrema-direita.
A posição dos participantes em relação ao Auxílio Brasil mostra um certo grau de politização do tema. Os bolsonaristas convictos o tomam como melhor que o Bolsa Família, em parte porque identificam este programa com Lula e o PT e o Auxílio com Bolsonaro. Os bolsonaristas moderados, flutuantes e lulodescontentes tem uma percepção bastante similar dos programas, entendidos como equivalentes. Os lulistas foram aqueles que mais manifestaram opinião de que o Bolsa Família é superior ao programa de Bolsonaro, ainda que alguns bolsonaristas moderados também tenham essa opinião.
Mais uma vez, nossa pesquisa confirma os dados dos surveys que mostra haver um forte apoio da população brasileira a políticas sociais. Dessa vez, a contraposição entre os dois programas resultou em alguma politização da questão, mas não muito aguda.
Já o tema das privatizações operou uma divisão entre os grupos muito alinhada a sua divisão ideológica. Os dois grupos bolsonaristas mostraram-se francamente favoráveis, com os convictos mais preocupados com a corrupção pública e os moderados com a lucratividade e a qualidade dos serviços. Já os flutuantes, que em geral são mais céticos em relação a quase tudo, não manifestaram entusiasmo em relação às privatizações. Lulodescontentes foram favoráveis, mas cautelosos, enquanto os lulistas se opuseram a tal medida, salvo em alguns casos.
O resultado aqui parece contradizer aqueles obtidos em surveys quantitativos. Por exemplo, na pesquisa A Cara da Democracia, feita pelo INCT Instituo da Democracia, em 2024, mostra que somente 25% dos eleitores de Lula no segundo turno são favoráveis a privatizações, ao passo que 48% dos eleitores de Bolsonaro, também o são. Ou seja, a maioria da população brasileira é contrária, ainda que essas medidas encontrem apoiadores em todos os grupos, de maneira diferencial: quanto mais à direita, maior a probabilidade de ser favorável, e vice-versa.
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.