Relatório 27

De 13 a 19/10

Temas:

  • GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 13 a 19/10 dois grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas convictos (G1) e bolsonaristas moderados (G2) – o critério de seleção é o apoio aos atos de 8 de janeiro.
Cada grupo foi montado de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, com 12 participantes, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse grupo demográfico. Ao longo da semana, debatemos sobre a Guerra entre Israel e Palestina. Três temas foram abordados: i) a declaração de Lula sobre cuidados com as crianças na zona de guerra; ii) o resgate imediato e gratuito de brasileiros na área de guerra; iii) a participação de Lula na presidência do Conselho de Segurança da ONU.
Ao todo, foram analisadas 109 interações, que totalizaram 4.021 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados
Declaração de cuidados com as crianças A maioria dos participantes não acreditou na autoria do texto, argumentando que Lula não estaria preocupado verdadeiramente com as crianças. Muitos o acusaram de ser apoiador do grupo Hamas e de ter interesses financeiros com a guerra. O tweet de Lula não comoveu a maioria dos participantes, que o avaliaram como indiferente às crianças, argumentando que faltam políticas para atender as crianças brasileiras. Ele também foi visto como uma figura inexpressiva mundialmente, sem autoridade perante à guerra.
Repatriação de brasileiros A gratuidade do retorno e a prontidão da decisão foram elogiadas por muitos, mas não pela maioria. Alguns não reconheceram o valor da ação, avaliando tratar-se somente da obrigação de Lula enquanto presidente. O grupo elogiou a ação e a atitude de Lula, por não medir esforços para resgatar gratuitamente os brasileiros do local do conflito. A ação foi avaliada como humanitária e repercutiu positivamente na opinião da maioria.
Cargo de Presidente do Conselho de Segurança da ONU A maioria do grupo foi contrária à participação do Brasil, temendo que o país virasse alvo de guerra e fosse atacado. Muitos participantes seguiram acusando Lula de defender o Hamas. Os ataques cometidos por Israel foram avaliados como atos de defesa. Alguns participantes do grupo apoiaram a participação do Brasil, visando ao protagonismo internacional e à produção de uma solução pacífica. A maioria, no entanto, criticou Lula, por supostamente não resolver os problemas internos de segurança do país e querer liderar soluções para uma guerra.
Pergunta 77
Leiam o post do presidente e respondam a questão: O que acham dessa fala do Lula sobre ter cuidado com as crianças envolvidas no conflito do Oriente Médio?
Aprovam a fala

A empatia e o cuidado com as crianças foram bem avaliados por alguns participantes, de ambos os grupos, com mais ocorrências entre os do grupo 02 (bolsonaristas moderados), gerando elogios à postura de Lula. Sua ação foi avaliada como condizente ao que se espera de um presidente.

"Bom sendo ele ou não que escreveu .. concordo totalmente com esse texto , realmente as crianças não tem nada haver com essa guerra toda , dá muita dó . Vi fotos e vídeos de crianças mortas é de partir o coração. E sobre ele querer usar todos recursos acho super válido sim se juntar a outros Países para salvar essas crianças, creio que se fosse aqui no Brasil tbm gostaríamos dessa ajuda !" (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

"Ele está correto em dizer que as crianças não devem estar no meio deste conflito! Realmente, este Hamás está passando dos limites e se não houver a intervenção de outros países a situação tende a ter muitos mortos!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)

"Em meio ao caos e mesmo sendo um presidente não a altura do Brasil ele na condição de chefe de Estado esta no direito de reivindicar a Paz no Oriente Médio e ele está certo quando pedi cessar fogo pra livrar as crianças mulheres e civis que nada tem haver com essa guerra insana. Parabéns ao Presidente pelo pedido de Paz" (G1, 47 anos, administrador, GO)

"Na minha opinião independente quem esteja na presidência se esquerda ou de direita é muito importante o apoio as crianças e pessoas envolvidas nessa guerra absurda , nesse momento fico feliz em ler essa carta , parabéns ao presidente lula por essa tão nobre atitude" (G2, 53 anos, fiscal, CE)

"Acho importante a fala sobre os cuidados com as crianças, sei que ações falam mais que palavras, mais é bacana o posicionamento, concordo que devem sim ser pensado nos inocentes, mais infelizmente são os que mais sofrem e deveria ter mais ações do nosso presidente" (G2, 28 anos, autônoma, DF)

"Simplesmente fazendo o papel dele como presidente" (G2, 38 anos, técnico eletricista, RS)

Avaliam a fala de Lula como falsa

A maioria do grupo 01 (bolsonaristas convictos) não ficou convencida da intenção do tweet, argumentando que teria sido escrito por outra pessoa, mas, acima de tudo, que não condizia com o que Lula e o PT realmente pensavam.

A falta de uma postura clara criminalizando o Hamas foi pauta recorrente entre os participantes.

Alguns participantes do grupo citaram um suposto interesse financeiro, que não foi detalhado, com falas acusando Lula de apenas "estar interessado em lucrar com a guerra".

"Esse aí não tem sentimentos por ninguém, falou por falar, nada que venha desse enviado dos infernos convence! Até agora não reconheceu o maldito grupo como terroristas" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Lula está procurando um meio de tirar dinheiro do Brasil ao meio dessa guerra afirmando em ajudar ele só está procurando um jeito de tirar o dele e de seus aliados! Lamentável mesmo sobre essa guerra e a forma de como estão usando os Reféns!! Seria ótimo se Lula e Zanza ,janja sei lá o nome dessa mulher!😂😂 Fosse tirar umas Férias lá 🙌🏻" (G1, 41 anos, promotor de vendas , RS)

"Um acessor escreveu isso, lula não tem piedade das crianças de nenhum lugar do mundo. Ele apoia o Hamas esse grupo terrorista. oremos pela paz." (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Eu achei ótimo esse poste mais o não foi a mando do Lula porque ele não está nem aí com ninguém ele só importa com o bolso dele cheio de dinheiro mais nada é os inocentes pagando com sua vida nessa guerra que ninguém vai la e faz um acordo...." (G1, 26 anos, especialista em TI, PR)

"Ele não falou, alguém postou lá como se fosse ele pra dar likes, porque ele o partido dele apoia abertamente o Hamas, inclusive ele foi parabenizado pela Vitória na eleição pelo Hamas. Esse desgoverno nunca se importou com as crianças. Engana quem gosta." (G1, 39 anos, cabeleireira, PE)

Avaliam a fala de Lula como superficial

A maioria do grupo 02 (bolsonaristas moderados) criticou Lula, julgando que sua preocupação com as crianças não era genuína. Eles citaram como exemplos a falta de políticas para atender crianças do país, como nos casos das enchentes do Rio Grande do Sul, secas no Amazonas ou ainda, pela suposta separação, promovida por ele, entre pais presos pelos atos de 8 de janeiro e seus filhos.

A autoridade do presidente no plano internacional também foi questionada.

"Apenas palavras que são escritas aos ventos. Não vejo nenhuma ação concreta para ajudar às crianças. Apenas bla bla bla bla bla." (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"Palavras que não condizem com as atitudes. Pessoas dos partidos e próprios líderes fazendo manifestação a favor do Hamas, MST se pronunciando também a favor do Hamas. Acredito que isso foi só funcionários de relações públicas que escreveram." (G2, 43 anos, comerciante, TO)

"Para mim Lula não tem autoridade nenhuma sobre tudo que está acontecendo. O que pode acontecer de fato é a interferencia das grandes potencias mundial p dar um basta nisso." (G2, 57 anos, analista de TI, MA)

"Esse senhor não tem nem respeito como os de casa ...quer da uma de moralista.... crianças estão morrendo no norte do Brasil ... Amazonas precisa de apoio" (G2, 35 anos, gestor, RR)

"Achar que esse pilantra está preocupado com inocentes em meio a guerra tem que ser muito inocentes. Não houve humanidade no 8 de desembro, tem crianças que ainda choram aqui no Brasil esperando a volta dos pais que ele mandou prender." (G2, 39 anos, administradora, BA)

"Como já dito as crianças do Brasil em algumas cidades estão passando fome morrendo, ele não cuida nem das crianças daqui, ele não está preocupado não, ele deveria ter ações não palavras" (G2, 43 anos, motorista de aplicativo , GO)

Pergunta 78
Desde o início dos conflitos no Oriente Médio, o presidente Lula, com a FAB, trouxe para o Brasil quase 1.000 brasileiros, que vivem nas áreas de conflito e desejavam retornar ao país, sem custo algum para essas pessoas. A operação é pioneira quando comparada a outros países do mundo. Os EUA e o Reino Unido cobram uma alta taxa de cada pessoa que deseja retornar, e a viagem é feita de modo marítimo, levando muitas horas. O que acham dessa decisão do presidente Lula?
Aprovam a decisão

A decisão repercutiu de modo bastante positivo entre os participantes, de ambos os grupos. A ação foi avaliada como eficaz, por sua rápida realização, e humanitária, por sua gratuidade. Muitos participantes elogiaram e reconheceram a postura de liderança de Lula.

"Nossa sério que bacana ! Eu não visto falar sobre , achei uma atitude ótima.. sem custo nenhum é diferente de outros Países que cobra , é minha gente bem ou mal ele está fazendo algo pelo o que parece ! Dessa vez gostei da atitude do Presidente não dá para negar ." (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

"Eu acho que é ótimo, pelo menos teve a sensibilidade de não cobrar, pois o que esses brasileiros passaram foi um pesadelo e ainda ter que pagar pra voltar seria um absurdo." (G1, 40 anos, pedagoga, RS)

"Eu achei ótimo a atitude dele de não cobrar porque ele já pediram tudo lá na cidade e ainda ter pega pra poder volta seria um pesadelo. parabens pela atitude"" (G1, 26 anos, especialista em TI, PR)

"Sinceramente, eu achei uma atitude que deve sim ser reconhecida! Por pior que ele seja, estamos vendo uma guerra terrível, onde brasileiros estavam no meio do conflito e ele, como Presidente eleito, tinha obrigação de fazer essa repatriação! Triste é saber que países que a gente admira, estão cobrando dinheiro para trazer seus patriotas! Eu critico, e muito, esse governo! Mas, tbm não posso deixar de ver que pelo menos isso, ele fez de correto!" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"Essa é uma atitude que esperamos de nosso presidente da República e não importa qual seja, tem que trazer nosso povo de volta pra casa. Essa é uma situação extraordinária e não deve cobrar taxa alguma pra trazer os brasileiros que queiram voltar ao seu país." (G2, 30 anos, pensionista, TO)

"Pela primeira vez fez uma coisa boa. Parabéns" (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"Achei muito boa a iniciativa é algo que vai salvar muitas vidas" (G2, 28 anos, autônoma, DF)

"É o mínimo que ele tinha de fazer,muito louvável a atitude dele,pelo menos isso" (G2, 58 anos, administrador, MA)

"Atitude louvável e humanitária, isso é orgulhoso ao país que sempre teve essa atitude de ajudar as pessoas que estão em outros países em conflitos!" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)

Indiferentes

Para alguns, o ato foi avaliado apenas como mera obrigação. Comparações com os gastos realizados com viagens oficiais foram feitas, para minimizar os custos da operação de repatriação.

"Na minha opinião o atual presidente não fez mais do que a obrigação dele, porque quando é para votar todos se predispõe a dar um jeito de cumprir a obrigação!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)

"Pra mim ele não fez mais que a obrigação dele , porque quanto já roubo dos brasileiros nesses 10 meses de governo !? Isso ainda é pouco , e tenho certeza que não tirou nada do bolso dele , e sim do nosso ." (G1, 44 anos, desempregada , PR)

"Não fez mais q a obrigação dele. Foram tantos gastos em viagem que essa ação não fará diferença no bolso dele" (G1, 34 anos, artesã , SC)

"Ele não faz mais do que a obrigação dele, isso é troco em moedas em vista das viagens luxuosas e roubos do nosso dinheiro! O presidente Bolsonaro fez muito mais do que isso em meio a pandemia trouxe de volta ao Brasil os brasileiros que estavam longe em outros países! Esse ex condenado é tão ruim que quando faz um mínimo de obrigação dele as pessoas ficam abismadas!"" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"DESGOVERNO da vergonha faz apoio ao Hamas e agora vem com hipocrisia. Ele só está fazendo a obrigação dele. Nada além do que isso. Não faltaria mais nada se ele escolhesse deixar os brasileiros lá."" (G1, 39 anos, cabeleireira, PE)

"Kkkkkk.isso e um básico que um presidente tem que fazer ...Pois em situação de conflito acho até um absurdo cobra uma taxa..." (G2, 35 anos, gestor, RR)

"Eu achei normal em relação a cobrar eu cobraria sim igual os outros governos até pq o sul do Brasil está sofrendo com as chuvas lá sim precisa de ajuda do governo Federal." (G2, 50 anos, dona de casa , DF)

Pergunta 79
O Brasil ocupa temporariamente a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e está liderando a redação de uma carta sobre os conflitos no Oriente Médio. O comunicado deve marcar posição do Conselho de Segurança, como um todo, contra a guerra entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O que acham dessa participação do Brasil? É importante ou seria melhor ficar afastado?
Contrários à participação

A maioria dos participantes, de ambos os grupos, foi contrária à participação do Brasil como intermediário no conflito. Houve diversidade nos argumentos.

O discurso mais recorrente criticou Lula por sequer resolver os problemas do país, como o caso do roubo de fuzis, avaliando que ele não teria competência para lidar com questões internacionais.

Alguns criticaram novamente a falta de posicionamento de Lula, aguardando a criminalização do Hamas e apoio somente a Israel.

Outros, avaliaram que o Brasil poderia virar alvo de guerra e que não teria como se defender.

"Acho preocupante essa participação do nosso país! Nós não temos armamento o suficiente para sofrer algum tipo de retaliação!!! Melhor ficarmos neutros nessa situação!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)

"Eu acho que a gente aqui já tem muitos problemas sérios para resolver. O Brasil não está resolvendo os problemas da Segurança Pública da Bahia, do Rio de Janeiro e de outros estados imagina de Israel. Não adianta a mídia PETISTA falar nós sabemos onde a banda toca!!! Não somos imbecis!!! O Governo do Amor quer aparecer..." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)

"Difícil ficar de fora e ao mesmo tempo não ter uma participação, cabe ao governo saber se colocar em uma posição certa, a favor de Israel. Porque o importante é estar a favor dos que precisam e como nação temos que ser melhor que qualquer outra coisa."" (G1, 51 anos, pensionista, GO)

"O Brasil não tem poder nenhum contra seus aliados O atual Ex presidiário é Presidente ele é total a favor do grupo Hamas! Vergonha total desse País liderado por lixo!!!!" (G1, 41 anos, promotor de vendas , RS)

"O nosso país está afundando e nossos governantes não consegue administrar, vou administrar uma organização de tão importância como a ONU. , é ruim em !!;!" (G2, 53 anos, fiscal, CE)

"O cara não consegue resolver as situações de segurança na BAHIA .NO RIO DE JANEIRO INVESTIGA OS FUZIL QUE FOI ROUBADO NO Quartel...COMBATE O CRIME ORGANIZADO...O BRASIL NAO TEM E MELHOR MSM E FICA DE FORA DE B.O.." (G2, 35 anos, gestor, RR)

"Na verdade é até temeroso por chefes de governo cujo passado tenha envolvimento com bandidagem de todo tipo, fora o fato q a esquerda brasileira já demonstrou claramente apoio ao Hammas, talvez pq a Dilma tenha um passado parecido embora não tenha chegado ao extremo de decapitar seus prisioneiros." (G2, 57 anos, analista de TI, MA)

"É estranho o Brasil estar temporariamente na presidência de segurança da ONU, pois aqui temos muitos problemas disso e não é resolvido." (G2, 34 anos, contadora, RS)

Favoráveis à participação

A participação foi apoiada por alguns, que avaliaram que o protagonismo internacional traria mais visibilidade ao país e mostraria a todos a força da nação.

Um participante já imaginava que os Estados Unidos e Rússia vetariam a proposta feita.

"Não ouvi falar sobre mas pelo texto deu pra ter uma noção mais ou menos por cima . É ótimo o Brasil se envolver nessas causas e ajudar outros Países , para se no futuro precisarmos de ajuda sabemos q podemos contar . Como os colegas disse acima é arriscado o Brasil se envolver tendo em vista que Deus o livre aconteça algo não temos talvez estrutura , porém em contrapartida acho bom sim o Brasil se envolver e mostrar que somos uma nação forte sim .." (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)

"Eu acho que, até pela posição que ele ocupa nesse cenário, ele tinha que se manifestar e pedir o cessar fogo de ambas as partes, não somente de Israel, que está se defendendo dos terroristas do Hamas! O que estamos vendo diariamente pela TV é milhares de civis sendo bombardeados e mortos, mtos feridos, inclusive crianças! Eu acho que todos os presidentes do mundo, deveriam se unir pelo fim das guerras!"" (G1, 39 anos, contadora, BA)

"Acho que Brasil tem que participar opinar. Temos que mostrar que somos uma nação e que temos poder de decisão" (G1, 47 anos, administrador, GO)

"E muito importante a participação do Brasil nesse conflito. Ele tem de demostrar positividade em ajudar aos que precisam de verdade nesse momento" (G2, 54 anos, gerente senior, PA)

"Na realidade não tem peso algum ate pq o texto será vetado pelos EUA e Rússia que são membros permanentes do conselho e na vdd o conselho de segurança da ONU não vale de nada para qualquer conflito pois geralmente só os pontos de vista dos membros permanentes valem" (G2, 38 anos, técnico eletricista , RS)

"O Brasil participar é bom, desde que o faça de forma justa e respeitando as regras da diplomacia internacional. O Brasil pode ajudar a resolver o problema e fazer com que as pessoas conversem entre si, o que ajudaria a manter a paz no Oriente Médio." (G2, 42 anos, administradora, GO)

Evangélicos

Entre os participantes evangélicos a falta de posicionamento de Lula a favor de Israel e a criminalização do Hamas foi tema recorrente na semana.

Embora participantes de demais grupos religiosos também tenham expressado esse anseio, entre os evangélicos ele foi mais intenso, com repetidas falas acerca da temática.

"Até agora não reconheceu o maldito grupo como terroristas" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Um acessor escreveu isso, lula não tem piedade das crianças de nenhum lugar do mundo. Ele apoia o Hamas esse grupo terrorista. oremos pela paz." (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Depois de receber tantas críticas vem com essa conversa, deixou bem claro que o Brasil apoia o hamas, não acredito em nada que sai da boca desse verme humano." (G1, 51 anos, pensionista, GO)

"É importante o Brasil ficar do lado de Israel, mas com o atual presidente isso não vai acontecer, ele é a favor do hamas. Infelizmente.😭" (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Israel está se defendendo do ataque inesperado do hamas, o lula com certeza vai ficar neutro, não vai apoiar Israel nem assumir publicamente o apoio ao hamas. Vai lavar as mãos." (G1, 47 anos, secretária, MG)

"Difícil ficar de fora e ao mesmo tempo não ter uma participação, cabe ao governo saber se colocar em uma posição certa, a favor de Israel. Porque o importante é estar a favor dos que precisam e como nação temos que ser melhor que qualquer outra coisa" (G1, 51 anos, pensionista, GO)

"A presidente do PT Gleisi Roffmam , disse que Israel são terroristas, e como sabemos Lula também apoia o Hamas, vai mandar o exército pra ajudar terrorista, melhor que fiquem aqui pintando meio fio , e fazendo asfalto é o que nosso exército da sabe fazer" (G1, 44 anos, desempregada , PR)

"Eu acho uma temeridade, deveria ficar afastado, ainda mais que esse governo é a favor do grupo terrorista Hamas, já vimos que o Lula tem um lado nessa história, e se ficar calado é um favor para os brasileiros, porque não somos a favor dos terroristas que ele se ponha em cima do muro e fique por lá."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"A participação em si é boa porem a posição do brasil não concordo pelo que estou acompanhando os representantes do brasil estão tentando inverter e colocar a culpa em israel sendo que israel esta apenas se defendendo" (G2, 38 anos, corretor de imoveis, SC)

Considerações finais

As perguntas da semana focaram a atuação de Lula frente à presidência temporária da ONU e seus posicionamentos em relação à guerra no Oriente Médio.

Alguns posicionamentos foram recorrentes entre os participantes, independente das perguntas do dia. O primeiro, com destaque para as falas de evangélicos e bolsonaristas convictos, foi a incansável defesa de Israel perante os palestinos, com repetidas cobranças para que Lula criminalizasse os ataques do Hamas. Em momento algum os “contra-ataques” de Israel foram citados ou criminalizados.

Outro tema recorrente, agora com mais intensidade entre os bolsonaristas moderados, foi à participação de Lula nos comitês internacionais, avaliada como pouco significativa e gerando críticas a ele, por supostamente despender energias com questões externas ao país e não se preocupar com os problemas internos, não agindo com afinco para resolver as questões das enchentes, por exemplo, ou ainda, se preocupando com as crianças israelenses e palestinas enquanto as brasileiras eram esquecidas.

A solidariedade e eficiência no resgate às vítimas brasileiras da guerra conseguiu dar momentaneamente credibilidade ao presidente, avaliado como correto em suas decisões, condizentes ao cargo por ele ocupado. Versões que foram noticiadas ao longo da semana sobre governadores e prefeitos terem resgatado e repatriado os cidadãos não apareceram nos grupos.

Distribuição da Participação
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Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

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Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.