O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 28/10 a 3/11, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) percepções sobre a fragmentação da direita, no país; ii) anulação das condenações de José Dirceu na Lava-Jato; iii) reunião de Lula com governadores e anúncio de novas medidas para segurança.
Ao todo, foram analisadas 78 interações, que totalizaram 7.363 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Fragmentação da Direita | A divisão interna na direita foi vista como um reflexo positivo da liberdade democrática. A fragmentação foi explicada pela separação entre apoiadores de Bolsonaro e outros políticos conservadores. | Muitos participantes identificaram a existência de diferenças no campo conservador, defendendo que nem todos de direita são extremistas em suas opiniões. | A fragmentação foi vista como resultado de interesses pessoais dos políticos. Alguns avaliaram de forma positiva, considerando mais legítima essa posição antipartidária. | Entre os poucos participantes que acompanharam o tema, a divisão refletia uma transição normal do conservadorismo radical ao moderado, com destaque para a ascensão de posturas centristas. | Os participantes viram essa divisão como uma tendência de novas lideranças se articulando para 2026. A divisão foi vista como ocorrendo entre políticos mais radicais e moderados. | Os evangélicos emitiram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Anulação das Condenações de José Dirceu | Os participantes demonstraram indignação com a notícia, considerando que a decisão era balizada pelos posicionamentos políticos do STF, que era claramente comandado pela esquerda. | O grupo manifestou ceticismo sobre a imparcialidade da justiça, apontando "dois pesos e duas medidas" nas decisões tomadas e criticando a politização do sistema. | Os participantes expressaram sua descrença com a política e criticaram o que veem como normalização da corrupção. Muitos demonstraram receio de que políticos condenados voltassem ao poder. | O grupo reforçou a percepção de injustiça e impunidade para figuras poderosas, independente se de direita ou esquerda, destacando a politização das decisões judiciais e benefícios dados aos mais favorecidos. | A maioria dos participantes concordou com a anulação, por entender que Moro agiu com parcialidade, sendo o processo ilegal. Alguns defenderam a retomada das investigações. | Os evangélicos deram respostas alinhadas aos seus grupos originais de participação. |
Novas medidas para segurança pública | O grupo criticou a centralização do controle policial pelo governo federal, temendo um possível abuso de autoridade, concentração de poder e a instauração da ditadura e comunismo a partir disso. | Os participantes viram com ceticismo a proposta, preferindo a ampliação das forças policiais já existentes. Alguns demonstraram preocupação a centralização do poder, temendo um golpe estatal. | O grupo aprovou a iniciativa, com esperança de que o problema da violência no país fosse enfrentado de modo mais sistemático. Alguns foram céticos quanto a real possibilidade de implementação da proposta. | A maioria do grupo expressou apoio à integração das forças policiais e defendeu a necessidade de adoção de novas maneiras de combate ao crime. Alguns preferiam a adequação das forças já existentes. | O grupo apoiou a unificação das forças policiais e o uso de inteligência no combate ao crime, com ressalvas sobre o risco de abuso de poder e uso indiscriminado de violência pela nova força ostensiva. | As respostas dos participantes foram alinhadas com seus grupos, sem interferência religiosa. |
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) enxergaram a divergência como um reflexo saudável da democracia e da liberdade de expressão, uma vez que permitia aos políticos da direita escolherem seus apoios de acordo com suas convicções pessoais, ao invés de seguirem uma linha partidária rígida. Esse cenário foi considerado uma resposta à ideia de que a direita se caracteriza pela falta de flexibilidade, mostrando que havia uma pluralidade de pensamentos, em contraste com a percepção de unidade forçada atribuída a políticos da esquerda. Para eles, essa diversidade era uma prova de que os ideais conservadores poderiam coexistir com posturas individuais variadas, fortalecendo a direita em diferentes contextos eleitorais.
Para alguns, tal fragmentação foi vista também como resultante da divisão de apoiadores legítimos de Bolsonaro e oportunistas.
"Eu vejo com bons olhos, afinal isso demonstra que diferentemente da esquerda que impõem o voto do cabresto a direita não é o gado que a mídia tenta imputar. Temos divergências e isso é bom . Afinal se todos pensar e agir igual, qual a utilidade de uma democracia ou de liberdade de expressão?" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Vejo essa divisão interna na direita de forma positiva, pois demonstra flexibilidade entre os políticos, além de apoio à democracia e à liberdade de expressão , já os esquerdistas agem como jumentos com aquelas viseiras que tapam os olhos, focando em uma única direção e sem abertura para outras perspectivas." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Eu vejo como positivo, todos temos opiniões diferentes, e a democracia é assim, o Bolsonaro apoia quem ele quiser, vai no palanque se quiser, não é obrigado a isso. A direita está criando forças, visto pela eleição a prefeito e vereadores. O povo tá acordando, graças a Deus! 🙏"" (G1, 64 anos, empresário, PR)"
"Eu vejo de forma positiva o presidente tem o direito de apoiar o candidato que ele mais confia, a política está passando por transformações e isso pode ser visto com o resultado das eleições." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Quem é patriota como o presidente Bolsonaro não é fanático como os militantes de extrema esquerda, mas sabe a aliar a atuação do candidato e sabe separar partido de ações a favor do povo e do Brasil, eu continuo confiando no presidente Bolsonaro, até agora ele continua íntegro e não se vendeu pra ter dinheiro e privilégios, é patriota de alma, agora não confio nesses que se dizem de direita e depois viram as costas para fazer o bem e lutar por aquilo que os patriotas esperam de um candidato honesto."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
Para os demais grupos, a divisão foi avaliada, de modo geral, como uma fragmentação mais natural, especialmente em um contexto de disputa entre alas moderadas e mais radicais. Alguns participantes enxergaram essa divisão como resultado de uma transição em que o bolsonarismo, inicialmente um movimento com forte apelo ideológico, perdeu força, cedendo espaço para um conservadorismo mais moderado e adaptável (e com características de centro e não de direita). Outros apontaram para o surgimento de novos líderes e influenciadores, que contribuíram para um cenário onde diferentes visões do conservadorismo disputam espaço, todos focados em ocupar os espaços abertos na disputa de 2026.
Os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) enxergaram tais fatos com receio, sem conseguir avaliar se tal fragmentação seria benéfica para a direita.
"Realmente percebe-se a divisão, não sei se isso é bom ou ruim,por que se está dividindo é por que não pensam da mesma forma e para serem Unidos tem que ter as mesmas ideias e os mesmos propósitos."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Acredito que seja bom no momento, pois muitas pessoas acreditam na ideia da direita mas não é tão conservadora quanto é o ex presidente e muitas das vezes elas entram no meio dos eleitores quando são criticados, creio eu que essa divisão é benéfica para mostrar até onde nossas ideias vão." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"Eu acredito que está ocorrendo essa divisão, alguns são muito extremistas e muito radicais, eu nunca estudei a fundo a questão política mas os partidos estão se dividindo conforme os cabeças desses grupos pensam. Acho difícil acompanhar." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Quando se fala em racha na direita está se falando em discordância sobre o tipo de conservadorismo defendido.Pelo menos eu vejo assim. Enquanto Nunes representa um abordagem mais moderada e associada ao atual sistema, Marçal adotou a retórica antissistema e de extrema direita alinhado com o bolsonarismo. A divisão evidência o enfraquecimento de discursos. Mas a meu ver para mim é que a esquerda é que saiu enfraquecida nas urnas pois o resultado fala por si." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Acredito que independente de ser direita, qualquer grupo radical pode sofrer com enfraquecimento ou divisão, pois mesmo nesses grupos mais extremos podem ocorrer mudança na forma de pensar ou defender seus valores." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"A atual direita brasileira reflete uma fragmentação de ideologias, onde os conservadores tradicionais que por falta de opção vão para um partido mais radical. A falta de apoio de Jair Bolsonaro a candidatos do seu próprio partido e as críticas de figuras como Silas Malafaia evidenciam tensões internas. Isso pode indicar uma reconfiguração do cenário político, com diferentes grupos buscando se afirmar em um ambiente cada vez mais polarizado."" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Percebo que toda essa divisão interna que ocorreu nas eleições municipais de 2024 está ligada a futura eleição presidencial 2026 e nos mostra que existem grupos dentro da direita que estão medindo força entre si para começar a construir um nome que substitua Bolsonaro. Agora é esperar para ver os nomes da direita que estarão se fortalecendo e qual nome terá a benção do Bolsonaro para 2026 caso o mesmo não consiga através de uma manobra jurídica se tornar elegível." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
Mesmo também avaliando tal fragmentação como fruto de posicionamentos extremos x moderados, os participantes do grupo 3 (eleitores flutuantes) deram mais destaque para os posicionamentos individuais (e legítimos) ante aos posicionamentos balizados pelas orientações partidárias. Muitos expressaram a crença de que alguns líderes políticos estavam deixando de seguir uma linha partidária em favor de vontades e opiniões pessoais, indicando uma busca crescente por autenticidade, mesmo que isso revelasse uma certa fragmentação de ideais no grupo.
"Em todo lugar tem diferenças de opinião, ainda mais quando é necessário agradar uma grande quantidade de pessoas. Sendo assim, eles estão indo mais em acordo das vontades pessoais do que políticas." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Concordo com as colegas, os candidatos estão indo de acordo com suas opiniões pessoais e vontades do que seguindo o pensamento do partido. Acho correto, pelo menos estão sendo sinceros" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Também acho que cada um tem sua própria opinião,estão mais levando pro pessoal que política,mas a qualquer momento isso ia aparecer." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Acredito que depois de tudo as pessoas começaram a ter opinião própria. Essa coisa de direita e esquerda dividiu lados por causa do Bolsonaro e Lula, agora as pessoas deixaram de fazer tudo que o Bolsonaro fosse a favor para ter opinião própria"" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Quanto à atitude do Bolsonaro, ele mostrou, desde o início que começou a candidatura à presidência, que já tinha difícil em se adequar 100% à visão do partido que estava filiado. Acho complicado isso de ter que aceitar calado tudo que um partido impõe, até na nossa família acontece da gente não concordar 100% com algum pensamento ou opinião da família e agir de forma diferente e continuar sendo da família. Mas em partido político isso não costuma acontecer. Pra seguir em frente um partido faz muitas alianças e isso em algum momento vai desandar."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
Os participantes dos grupos 1, 2, 3 e 4 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) manifestaram indignação com o que consideram ser um tratamento preferencial dado a figuras políticas poderosas, reforçando a sensação de que o sistema judicial brasileiro não aplica as leis de forma equânime. Muitos dos participantes expressaram frustração com o que entendem como uma inversão de valores, onde aqueles que cometem crimes aparentam ser recompensados, enquanto os cidadãos comuns se sentem injustiçados.
Para os participantes bolsonaristas, tal fato era reflexo da influência da esquerda no STF, mantendo suas percepções de que a direita era perseguida. Para os demais, o sistema foi avaliado como corrompido de forma mais geral.
"Eu vi essa notícia na internet e achei o fim da picada, o STF só sabe soltar bandidos, tudo isso dá uma grande sensação de impunidade e desesperança, quem vai acabar com essa farra desses ministros militantes do STF, o Brasil está largado a deriva de bandidos que estão fazendo o que bem entendem, cada um ataca o país como bem pode pra se beneficiar, e a população ficando cada vez mais pobre e sem direitos."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"O crime continua sendo recompensado no Brasil, ver condenações anuladas em casos tão sérios como o da Lava Jato é desanimador, enquanto nós lutamos por um país mais justo, o sistema continua a desmotivar quem acredita no combate à corrupção. Até quando veremos a justiça deixar a desejar?!" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Achei isso um absurdo. Mas o que esperar de um desgoverno como o nosso. A prova viva de que o crime compensa é ver o presidente da República sendo reeleito depois de todos os crime s que cometeu. Apenas o STF sendo o STF."" (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu penso que é uma vergonha nacional, tudo quanto é bandido acha um juíz bonzinho para anular as condenações que foram privadas. O Sérgio Moro que se cuide. No Brasil até assassino cumpre 10, 15 anos de uma pena de 30. Até quando isso vai acontecer. Estamos a mercê do mau caratismo que tomou conta do Supremo Tribunal." (G2, 43 anos, professora , SP)
"A reportagem em si eu não vi, mas penso q todas as investigações e decisões judiciais deveriam ser realizadas de forma imparcial, na vdd na política, a gente vê dois pesos e duas medidas, em que os da esquerda tem suas condenações e anuladas, enquanto os da direita enfrentam processos rigorosos...." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Onde vamos parar?!?! Os políticos do nosso país mandam e desmandam rs, rindo pra não chorar! É triste demais, mas já conhecido pelo mundo; aqui no nosso país tudo acaba em pizza. E vou falar mais, é provável que ele se candidate e ganhe , pq a memoria do brasileiro é curta."" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Acompanhei um pouco e fico triste de ver que até mesmo decisões judiciais são revertidas nesse país. É tudo uma bagunça, os políticos fazem o que querem. E tem gene que ama o Lula de paixão, não vê os crimes dele, então acredito sim que José Dirceu acabe se candidatando tbm" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Hoje o sentimento do brasileiro é realmente de que a lei somente se aplica ao pobre e sem título, ao rico, vale a impunidade, descondenação e ao livre ""crime"", lava jato é o maior crime já cometido contra o Brasil, não foram poucos os valores, foram absurdos os crimes cometidos. Mais infelizmente, quando um se levanta para cumprir com a lei, 10 derrubam ele, tudo isso é crime, tudo isso é errado."" (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Acompanhei um pouco sobre a notícia. Tenho a opinião que essa absolvição de Dirceu é absurda e injusta. O STF jamais deveria anular as condenações originadas da Lava-Jato; deveria rever - sem viés político como está sendo feito até agora - e validar o que não tenha vício de origem. Essa anulação das penas de Dirceu é mais uma consequência desastrosa da politização judiciária do STF brasileiro. Infelizmente, no Brasil ainda reina a máxima do "quem pode mais chora menos" na maioria das decisões do Tribunais Superiores (STF, STJ, TJs Estaduais, TCs, PGEs, PGR)." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
As respostas dos participantes do grupo 5 (lulistas) trouxeram uma perspectiva distinta em relação aos demais grupos, com muitos concordando com a anulação das condenações devido à parcialidade atribuída ao ex-juiz Sérgio Moro. O grupo destacou a importância de uma justiça imparcial e defendeu que, se o magistrado agiu com viés, então as decisões tomadas sob sua tutela estavam comprometidas e a decisão de Gilmar Mendes era acertada.
Alguns participantes defenderam uma nova investigação e que José Dirceu permanecesse sem direitos políticos até a conclusão da mesma.
"Eu fiquei sabendo dessa anulação da condenação do Ex Ministro José Dirceu e achei que foi ótimo. Independentemente do que ele tenha feito, todo o processo de julgamento estava viciado, já que o juiz não pode atuar como promotor, algo que o Sérgio Moro fazia, já tomando as suas decisões mesmo antes das investigações estarem concluídas. Agora, sobre o fato dele estar livre para concorrer a novos cargos, acredito que pela idade e por tudo o que já aconteceu na sua vida pública, imagino que não queira mais isso." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Achei relativamente bom sobre a anulação da condenação. Juiz nenhum pode atuar como promotor pelo menos foi isso que eu li na reportagem. Não concordo sobre ele poder concorrer a outros cargos.afinal ainda em esta sendo investigados" (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Eu acredito que foi o correto a se fazer porque nenhuma decisão judicial seja ela de qualquer distância de qualquer magistrado com atitude suspeita declaradamente é parcial não deve valer isso prejudica a vida de qualquer pessoa torna inválido qualquer decisão que ele possa ter tomado até porque claramente foi visto que era totalmente com viés político tanto dele quanto de deltan dallagnol"" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)"
"Sim, acompanhei. É pura lógica, se o juiz foi considerado suspeito, é óbvio que todos os processos sob a tutela dele estavam contaminados."" (G5, 49 anos, bancário , CE)
"Acompanhei a notícia e foi correta a anulação das condenações do ex- ministro José Dirceu, pois o ex- juiz Sérgio Moro não teve uma postura imparcial. Já o que se refere a uma possível candidatura de José Dirceu eu sou contra uma vez que sua imagem está desgastada e já passou da hora do PT trabalhar melhor a base e formar novas lideranças." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) mostraram uma forte resistência e ceticismo em relação à proposta do governo federal de ampliar sua atuação na segurança pública. Para esses, essa medida visava facilitar um controle federal mais rígido, algo que foi comparado a regimes autoritários em outras partes do mundo. Ou seja, Lula e o governo planejam concentrar o poder policial para que, no futuro, não enfrentassem resistência na instauração de um novo sistema político.
"Eu acho que isso é o que falta pra instalar o comunismo de vez no Brasil. Nada que venha do STF é bom pro Brasil, eles estão alinhados com esse governo imoral e corrupto. Eles querem dominar todos os estados, pra facilitar o controle. Eu acho que cada estado tem suas políticas públicas de segurança e isso tem que ser respeitado, um país continental como o nosso pra controlar começa por adotar esse controle. Não concordo com isso, e espero que os governadores não aceitem essa loucura."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Não vejo nada disso com bons olhos. Não estou satisfeita e feliz com nada disso, nem me sinto segura com as leis desse descondenado e o STF. Querem nos controlar a cada dia. O povo está perdendo a liberdade a cada dia e nem percebe. Quando se derem conta, estaremos igual a Venezuela." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Na minha opinião o Lula tá querendo acelerar o processo de venezualisacao do país com esta história de criar outra polícia.. já vimos isso na Venezuela com chaves e maduro criando seu próprio exército através de guerrilheiros e desarmado a população. Qualquer semelhança é mera coincidencia, não acredito em boas intenções vindo deste Lewandowski , com certeza esta cumprindo ordens do chefe da quadrilha."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Eu não consigo confiar ou acreditar em nada que esse governo faz, tudo parece golpe, tentativa de enfiar uma ditadura na nossa vida, não gostei até porque a criminalidade é apoiada pelo STF e pelo próprio governo." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Sou totalmente contra,por que a partir do momento em que o governo estadual perder o poder sobre as polícias e este poder ficar com o governo federal ele vai usar as polícias como massa de manobra para dar cobertura a tudo que ele pensar em fazer seja errado ou certo,temos os exemplos de outros países onde isso já acontece,como a Venezuela e a Bolívia. Sou contra."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Eu acho que isso é uma manobra do Governo para estabelecer o comando das polícias pelo Governo Federal. Apesar de não ter ouvido opiniões de jornalistas sobre essa PEC, acho errado fazer mudanças na Constituição sem o aval do povo." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Governo federal busca uma forma de ter todas as polícias em suas mãos tirando o poder dos governos estaduais, como já é feito nas ditaduras pelo mundo. Hoje o único obstáculo para um poder totalitário é que o Governo federal tenha em suas mãos todas as forças de segurança. Por outro lado os governos estaduais perderiam seu poder o que vai de encontro com o pacto federativo, na minha opinião os governadores deveriam rechaçar veementemente esta hipotese." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Sempre é bom ter um segurança pública um excelente qualidade e também segurança para todos só que colocar uma polícia onde que na localidade dela só responde a uma pessoa já é algo complicado acredito muito que seria melhor mais concursos e investimentos nas polícias já existentes com criações de departamento próprio para tipos de delitos criar nova polícia só vai trazer rivalidade entre as que já existem e mais corrupção onde uma vez que sera organizada somente por um órgão." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
Os demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) demonstraram uma recepção relativamente mais positiva em relação à proposta do governo federal para aumentar o controle sobre as políticas de segurança pública. Muitos participantes expressaram otimismo, acreditando que a medida poderia trazer mais segurança e melhorar o combate ao crime organizado, especialmente em locais onde a violência é alarmante. Havia um consenso de que, se a proposta fosse implementada como planejado, poderia resultar em maior eficiência e integração das forças de segurança, o que gerou esperança em alguns membros do grupo. Havia uma percepção de que a unificação das forças de segurança poderia representar um avanço na adaptação da segurança pública às novas realidades criminais, promovendo uma resposta mais organizada e articulada contra atividades ilícitas complexas.
De modo mais residual, houve quem defendesse que, ao invés de criar novas estruturas (processo moroso), seria mais eficiente fortalecer as forças já existentes, aumentando o suporte e os recursos disponíveis para as polícias estaduais e municipais.
"Excepcional, se for feito exatamente isso. Moro no Rio de Janeiro e aqui não tem PM, não tem Civil; a lei é dos bandidos e detalhe cada território tem sua lei. Aqui, nem professar sua fé podemos😞. Andamos com toque de recolher, sem mesmo ter, pq a madrugada é terra de ninguém. Vendo tudo isso, me sopra uma esperança de que tudo isso vai passar e melhorar a segurança em todos os aspectos da palavra"" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"A proposta é maravilhosa se for assim mesmo ,vamos ter mais segurança,policiamento,e mais prisões então acho sim uma maravilha." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Excelente notícia, tomara que essas mudanças aconteçam logo e entre em vigor, para que tenhamos um sistema se segurança pública mais eficiente e integrado."" (G3, 45 anos, professora , MT)
"Não fiquei sabendo desta notícia mas foi uma das melhores dos últimos meses,tomara que se cumpra na sua totalidade,porque a violência e a criminalidade esta exterminando a sociedade as famílias as pessoas de bem" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Na teoria funciona, mais porque não aumentar o policiamento já existe, dar mais força e suporte aos mesmos aos em vez de criar outro?! Faz parece que tirar um do papel é mais fácil que adequar o já existente, ou que nossa polícia ja atuante não tem poder para abranger mais áreas, porém, eu acho uma boa ideia."" (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Não vi nada sobre, mas proposta em si é boa, vamos ver na prática como vai ser , ai é outra coisa, porque sobre segurança/policiamento em nosso país está tudo péssimo." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Gosto muito da maioria das propostas, acho importante a unificação dos dados e também a questão de ter um sistema de inteligência atuando nos estados e munícipios brasileiros, já que sabemos que o crime organizado acaba sendo mais efetivo e estratégico nas suas ações. Agora, um ponto que me incomoda bastante é a questão de criar uma nova polícia, com poderes mais ostensivos, me gera uma preocupação, pois sabemos como a PM age e muitas vezes é de forma truculenta, até mesmo ilegal! Quero esperar para ver como será na prática essas mudanças, mas de forma geral, gostei bastante da proposta." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Eu acho positivo a integração do Governo Federal com os estados na Segurança Pública uma vez que o crime organizado tem se fortalecido em muitos estados e seus governadores não estão dando conta de enfrentar toda essa criminalidade. Temos que ficar atento para não se passar por cima da autonomia dos estados e nem delegar poder demais para uma polícia que muitas vezes percebemos não estar preparada para enfrentar os criminosos e e nem possui tato para lidar com a população." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
A fragmentação da direita foi o primeiro tema percebido de modo bastante diferente pelos grupos. Os bolsonaristas convictos avaliaram esse rompimento como sinônimo da liberdade democrática existente dentro da direita, em que cada político seria livre para agir de acordo com suas convicções, de modo legítimo e autêntico, sem sofrer as imposições ditatoriais partidárias. Bolsonaro seguiu sendo representante máximo desse modelo outsider de fazer política. Numa análise bastante similar - antipartidária - os eleitores flutuantes também defenderam tal forma de fazer política, mas sem centrar-se na figura do ex-presidente. Os bolsonaristas moderados não enxergaram tais mudanças dentro de uma perspectiva definida, evidenciando dúvidas quanto à positividade de tal fragmentação. Os participantes mais progressistas avaliaram que a fragmentação da direita poderia ser interpretada como um processo de "realinhamento partidário," num ajuste de posições em resposta a mudanças nas demandas e perfis eleitorais., evidenciando uma certa instabilidade política pós-eleições.
Ao mesmo tempo houve um certo consenso em torno da ideia de que Bolsonaro tem competidores no campo da direita e que, em boa medida, essa fragmentação resulta em um deslocamento de forças de direita ao centro, num esforço de se diferenciarem do radicalismo.
A anulação das condenações de José Dirceu foi vista de maneira similar por todos os grupos, com a exceção dos lulistas. Os participantes dos demais grupos demonstraram uma insatisfação generalizada com as instituições responsáveis pela aplicação da justiça e a percepção de que suas decisões favorecem determinados grupos e políticos, ou seja, de que as leis não se aplicam igualmente para todos. Por se tratar da Lava-Jato, os participantes bolsonaristas aproveitaram a oportunidade para retomar as acusações contra Lula. Somente os lulistas trouxeram uma abordagem mais técnica e jurídica do caso, defendendo a anulação das condenações sob a justificativa de que a imparcialidade de Moro era comprometida.
A sombra da Lava Jato mais uma vez pode ser observada nos grupos, com uma maioria esmagadora de participantes mostrando-se convencidos de que a política é marcada pela corrupção e que o sistema de justiça é também corrupto se não age como supostamente agia a Lava Jato, ou seja, culpabilizando severamente os políticos. Ou seja, o sentimento antipolítica permanece fortíssimo entre os brasileiros e isso explica as frequentes menções à figura redentora do outsider, que ainda é encarnada por Bolsonaro, aos olhos de alguns.
A PEC da Segurança separou apenas os dois grupos bolsonaristas, que articularam suas respostas de modo a indicar que a concentração de poder era um plano de Lula para instaurar a ditadura no país, sem reconhecer a iniciativa como em prol da segurança pública, pauta tão defendida por eles. Os demais participantes, mesmo aprovando a medida, com consenso sobre a necessidade urgente de melhorias na segurança pública, questionaram se essa centralização resultaria em avanços concretos, especialmente considerando desafios históricos de corrupção, burocracia e falta de recursos nas forças policiais existentes.
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.