O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 10/6 a 16/6 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos: compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) eleições nos Estados Unidos; ii) atuação de Arthur Lira e mudanças no regimento do conselho de ética; iii) votação da PL 1904/24.
Ao todo, foram analisadas 144 interações, que totalizaram 8.916 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Evangélicos | |
---|---|---|---|---|---|
Eleições nos EUA | O grupo demonstrou preferência por Trump, comparando o seu estilo de governar com o de Bolsonaro, ambos sendo vistos como enérgicos. Biden foi criticado por sua gestão cheia de erros e tediosa. | O grupo afirmou não acompanhar as eleições, mas todos consideravam Trump como o mais forte da disputa, dada sua atuação passada como presidente e os bons resultados que ele apresentou para o país. | O grupo acompanhava superficialmente a disputa, mas demonstrou intensa rejeição a Donald Trump. Joe Biden não foi bem avaliado, mas recebeu as preferências por ser opositor do ex-presidente. | Os participantes não acompanhavam as eleições, mas demonstraram rejeição a Trump por seu radicalismo e apoio a Biden por suas condutas democráticas. | Os participantes evangélicos não demonstraram convergência em suas respostas devido à religião, posicionando-se de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Alterações do regimento | O grupo avaliou a medida com desconfiança. Apesar de favoráveis à adoção de punições contra quem atentasse contra o comportamento ético, muitos avaliaram que tal medida seria seletiva e tendenciosa, punindo apenas políticos da direita. | O grupo apoiou as mudanças propostas, considerando que fariam com que os políticos adotassem comportamentos mais compatíveis com o cargo. Alguns participantes elogiaram a atuação de Lira. | Os participantes concordaram que a medida seria benéfica para garantir que os parlamentares cumpram suas responsabilidades e sejam penalizados de forma eficaz por comportamentos inadequados. Alguns disseram preferir a formação de uma comissão mista para deliberações. | Muitos participantes acreditavam que a proposta teriam boas intenções, mas duvidaram que ela seria aprovada e aplicada de forma justa e efetiva, demonstrando ceticismo em relação aos políticos brasileiros, que agiriam para proteger seus interesses. | Os participantes evangélicos responderam à questão de modo diversificado, mais ancorados em seus grupos originais de pertencimento. |
PL 1904/24 | Não houve consenso no grupo. Alguns participantes criticaram a proposta, sobretudo pela punição mais severa às mulheres do que aos estupradores, defendendo também o direito ao aborto nesses casos. A maioria preferia, no entanto, a proibição total do aborto, considerando que haveriam outros métodos para que a gravidez não tivesse ocorrido. | Alguns participantes expressaram apoio à proposta, argumentando que o aborto deveria ser penalizado severamente, independentemente das circunstâncias. Outros se opuseram a ideia de equiparar a pena do aborto a do homicídio, especialmente quando a gestação resulta de estupro. | Muitos participantes expressam indignação com a proposta de equiparar o aborto tardio ao homicídio, argumentando que condenar a mulher com uma pena maior que a do estuprador seria injusto e refletiria um sistema machista. Alguns aprovaram a questão da redução do tempo de gestação, ancorados em diretrizes da OMS. | A maioria do grupo se mostrou incrédula, criticando tanto a maneira como o caso foi conduzido quanto as proposições feitas, apontando que causariam mais danos ainda às vítimas. Alguns participantes foram favoráveis ao projeto no quesito pró-vida. | Não houve consenso entre os evangélicos. Embora a maioria tenha se posicionado favorável ao novo projeto, em uma recusa total ao aborto, algumas mulheres criticaram ferrenhamente as proposições, defendendo o direito das vítimas em realizarem o procedimento. |
Unanimemente os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) demonstraram apoio e admiração ao ex-presidente dos Estados Unidos da América.
Donald Trump foi avaliado como um líder enérgico e direto. Os participantes elogiaram a sua franqueza e assertividade para tomar decisões rápidas, radicais e necessárias. Eles apontaram que Trump pode oferecer uma liderança pautada na economia , que seria mais benéfica, tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil. Trump foi constantemente comparado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em contraste, Joe Biden foi frequentemente criticado, por ser visto como politicamente enfraquecido, por sua gestão mal avaliada, considerada fraca e ineficaz e também por sua idade avançada.
Alguns participantes também expressam desconfiança em relação ao sistema eleitoral dos EUA, citando alegações de fraudes nas eleições anteriores.
"Acompanho sim. Nas últimas eleições presidenciais nos EUA houve indícios e inúmeras provas de fraude, Donald Trump tentou provar, mas o sistema é forte. Sou a favor de Donald Trump e acho que ele tem muito mais de bom a oferecer ao País, de maneira justa e correta, que o Biden que foi péssimo presidente e só fez o que o sistema manda." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Eu acompanho sim. Eu vejo que o Joe Biden está deixando a desejar na sua gestão, não está sendo um presidente que possamos dizer que mereça ser reeleito. Quanto ao Trump, ele é bem polêmico em suas falas, que às vezes extrapola um pouco. Mas ainda prefiro o Trump para ser eleito, mesmo com as acusações feitas a ele. É o melhor para governar o país." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Gostaria que Donald Trump ganhasse as eleições. Ele foi um bom presidente na época em que foi eleito, falava o que tinha que ser falado, como o Bolsonaro e isso desagradava quem não gosta de ouvir a verdade." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Acompanhando um pouco. Não muito a fundo. Vejo a gestão do Biden muito em cima do muro, não fede nem cheira. O Trump já é mais enérgico, é o Bolsonaro dos EUA. Não mede o que fala e gera muita polêmica." (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Boa noite ,vejo Biden tipo lula ,só merda atrás de merda ,e já o Trump, é tipo Bolsonaro, vai pra cima ,espero que ele ganhe !!! Se eu pudesse votar lá eu votaria nele !!!" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)
"Não costumo acompanhar muito de perto as eleições dos EUA, apenas vejo o q aparece na midia. Eu acredito mais nas propostas TRUMP pois acho que pode beneficiar o Brasil em termos de cooperação internacional e alinhamento politico..." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Prefiro Trump,por que com toda loucura ele fez o país crescer e desenvolver enquanto Biden não mostrou pra veio." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Não acompanho muito as eleições dos EUA, mas entre os candidatos que já é conhecido por todos, entendo que o Trump está mais preparado, apesar de ser radical em certas situações, ele pensa e trabalha em prol do povo e do país." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Na minha opinião nesta disputa quem vai ganhar é o Trump, acredito ser um diplomata bem mais preparado para presidir os Estados Unidos. E já o Biden não acredito que ganhei pois o mesmo já está enfraquecido politicamente o que deixa Biden bem longe de ganhar essas eleições nos EUA." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
Os participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) criticaram o ex-presidente, demonstrando apoio a Joe Biden mais por rejeição a Trump do que por avaliar positivamente a gestão do atual presidente norte-americano.
Entre as pautas de reprovação, seu comportamento polêmico, seu caráter preconceituoso e intolerante, a busca incessante por poder e as várias acusações, escândalos e processos judiciais que enfrenta foram citados.
Para muitos, Trump representaria o extremismo da direita e o egocentrismo, tornando-se um candidato perigoso e inadequado para a presidência.
"Acompanho muito pouco mais eu prefiro o Joe Biden, o Trump já perdeu para ele em 2020 se não me engano, fora que sofreu impeachment duas vezes pela Câmara dos deputados. No ano passado vi uma matéria que ele estava enfrentando 91 acusações em quatros casos. Sem falar que ainda estava com teoria da conspiração sobre fraldes nas urnas. E sinceramente depois da última eleição que tivemos no país não aguento mas ver nada a respeito de fraudes nas urnas, na minha opinião ele é igual o Bolsonaro que perde e fica igual criança causando caus e protestos!" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"Acho que os candidatos são de polos totalmente opostos, enquanto um é caos total o outro é complacência absoluta. E na minha opinião nenhuma das duas atitudes é a mais adequada para um político. Precisa de pulso firme, mas também de diplomacia adequada. E nenhum dos dois conseguiu esse equilíbrio, mas Biden ao menos é centrado e não um louco extremista." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Eu sou totalmente contra o Trump, acho ele uma pessoa horrível, ignorante, preconceituosa, que tomou atitudes brutais contra os imigrantes nos EUA, ocasionando em histórias muito tristes de famílias separadas, crianças largadas sozinhas nos EUA, etc.... Fora que durante a pandemia ele se comportou de forma terrível, com argumentos descabidos, e o Bolsonaro achava lindo e repetia tudo o que ele falava. O Biden não é ideal, parece um pouco confuso para um cargo tão importante, mas ainda é mil vezes melhor do que o Trump" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Acompanho o básico, porém acho que essa questão de só dois partidos disputarem muito ruim, pois limita a liberdade de escolha do povo americano. Os candidatos por lá são muito polêmicos, e pode até se comparar com o Brasil. Um é metido a Durão e envolvido em diversas marmotagens, e o outro é mais adorado só pelo motivo de não ser o "um". O Biden assim como o Lula, é preferido por muitos pelo fato de não ser o Trump ou o Bolsonaro." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Não gosto de nenhum dos dois acho o Trump é desequilibrado o Biden pelo tempo que está no governo não fez grandes coisas mais enfim melhor o Biden do que o Trump" (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)
"EU NAO ACOMPANHO MUITO ALGUMAS VEZES POR ACASO,MAS NA MINHA OPINIÃO QUEM DEVERIA GANHAR É O BIDEN,PORQUE O TRUMP NAO DEVERIA NEM CONCORRER MAIS A PRESIDENTE VISTO TODOS OS ESCANDALOS QUE ESTA ENVOLVIDO." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Eu vejo o que a mídia divulga. Mas não tenho nenhuma simpatia pelo Tramp. Acho que ele é uma pessoa que não tem limites para conquistar o que quer.Ele ao meu ver quer é poder. Ele não está preocupado em governar para o país. Ele quer que todos saibam eu sou. E pessoas sem limites são perigosas ao meu ver. Pois elas esquecem de caráter e princípios." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Eu acompanho as eleições norte-americanas apenas pelas notícias da mídia brasileira. Acho que Trump é fruto do crescimento infeliz do extremismo no mundo todo. Trump é o retrato de um exttemismo político e de uma parcela da população norte-americana que se preocupa apenas em defender seus próprios interesses. Trump não deveria ter tido sua candidatura aprovada jamais por causa de suas condenações criminais." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"O que acompanho das eleições dos EUA é através do noticiário nacional. De um lado um político condenado e extremista, que na minha opinião não deveria concorrer mais a cargos políticos e de outro um político mais democrata, porém com baixo nível de aprovação uma vez que a população está extremamente preocupada com a imigração e a economia, que não estão indo bem." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
Joe Biden, apesar de ter sido visto como um candidato mais adequado em comparação a Trump, também não recebeu um apoio entusiástico nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes).
Ele foi considerado complacente e politicamente fraco por alguns participantes, mas também recebeu elogios por ser um político mais democrático, alinhado com valores mais moderados e inclusivos.
Muitos, mesmo descontentes, apontaram para uma eventual vitória de Trump.
"Já Biden retrata uma parcela mais democrática da população norte-americana. Biden tem o problema que está politicamente desgastado por causa de todo o contexto político e social recente dos Estados Unidos e pelo apoio financeiro e com envio de armas a Israel na atual guerra em Israel." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Joe Biden tem ótimas ideias democráticas que funcionam e tem todo meu apoio além de defender coisas que também sou a favor, mas claro que também tem seus contras, porém minha opinião é que seria bem provável que ele ganhe na minha opinião e pelo que vi." (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Não acompanho muito, mas gosto do Biden como pessoa, como presidente ele não é tão bom infelizmente, e não irá se reeleger. Ele defende as coisas certas na maioria das vezes, mas não está tendo pulso para governar o país" (G4, 25 anos, babá, RS)
"Sobre a Eleição Norte-americana acho que pelas pesquisas eleitorais divulgadas Trump infelizmente vencerá porque chama amais a atenção. Eu preferia o Biden" (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Não acompanho as política americana, mas sou totalmente contra a candidatura de Trump visto o que ele fez anos atras! Só que as pesquisas mostram que ele vai vencer, uma lástima, o outro ao menos tem postura e educação" (G4, 45 anos, artesã , PR)
Independente do grupo de pertencimento, todos os participantes concordaram que a medida seria benéfica para garantir que os parlamentares cumpram suas responsabilidades e sejam penalizados de forma eficaz por comportamentos inadequados, expressando apoio a punições mais rígidas e imediatas. Muitos afirmaram sentirem-se envergonhados das atitudes dos parlamentares dentro do Congresso.
Alguns grupos apresentaram ressalvas em suas avaliações. No grupo 1 (bolsonaristas convictos) os participantes demonstraram receios de que somente os parlamentares da direita fossem punidos, trazendo narrativas de que a esquerda seria protegida e seus delitos encobertos, enquanto os políticos da direita seriam perseguidos pelo sistema como um todo. No grupo 4 (lulodescontentes) os participantes foram mais céticos, num sentido generalizante, considerando que nenhum político seria punido, pois a corrupção e os acordos secretos prevaleceriam dentro do Congresso, para impedir a aplicação das leis.
"Que seja para todos os parlamentares essa regra, que iriam pensar duas vezes antes de fazerem besteira, e que seja rigorosa essa regra, e coloque ordem no parlamento." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"A lei deveria ser justa e igual para todos, mas sabendo de como é que acontece em nosso País, será que será igual para todos ou a esquerda vai passar pano para eles mesmos? Sabendo como a esquerda persegue a direita, sinto um certo receio de ser cumprida a lei. Se for igual para todos, acho justo." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Acho válido, regras precisam existir para que não haja baderna. Mas vejo que também devam procurar outras formas de reparo para que essa situação não deixe de funcionar." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Acho que na medida do possível é importante adotar essas medidas , já que alguns políticos tem um comportamento muito inadequado para sua posição, creio que essa medida ajudará a ter um pouco mais de ordem, e fazer com que os deputados pensem um pouco mais antes de agir." (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Acho bem válido essa medida, e por se tratar de infringir Código de Etica é bom que seja rápida a punição. E do Artur Lira não vejo que ganhará poderes, pois foi o primeiro caso que levou a essa decisão e servirá de exemplo para os outros parlamentares." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Acho uma ação muito benéfica e tomara que seja aprovada. As pessoas que deveriam dar o exemplo de respeito,compromisso com o trabalho e com a população são as que sempre estão envolvidas em escândalo de desrespeito,conflitos, agressões diversas. Tem que mexer no bolso mesmo. Ficar sem salário e sem poder atuar em nome do povo." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Eu concordo. Quando mexer no bolso começarão a rever algumas atitudes. E se for para acelerar melhor ainda" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"É um excelente projeto que precisa ser aprovado e colocado em prática efetivamente, porque os parlamentares sempre arrumam um jeito e apoio para sair impune. Eu penso que o presidente da Câmara Arthur Lira, vai ter mais poder até certo ponto, mas não poderá agir com autonomia." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Não acompanhei mas acho muito bom pois temos casos onde os políticos que so estão lá nos representando esquecem o que é ética.E seria ótimo realmente para eles lembrarem que ética faz parte de caráter e do cargo que desempenham perder o salário,verba de gabinete seria uma ótima forma de lembrar muitos políticos .E assim pensarem um pouco antes de certas atitudes que desabonam a ética." (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Se realmente acontecesse seria ótimo, porque eles fazem os maiores absurdos e continuam com todas as regalias! Mais infelizmente estamos no Brasil,aonde tudo acaba em pizza!" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"É um bom projeto se de fato acontecer, o que eu acho bem difícil, os parlamentares precisam ter ética e acredito que se mexerem com o bolso deles e com as regalias que eles tem ia resolver." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
A imagem do presidente da Câmara não gerou consensos. Enquanto alguns participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) criticaram ferrenhamente Lira, no grupo 2 (bolsonaristas moderados) houve menções elogiosas a ele. Os demais grupos não se manifestaram especificamente sobre ele.
A maioria dos participantes afirmou preferir que a comissão fosse formada por mais integrantes, para impedir concentração de poder, decisões unilaterais e tendenciosas. Poucos achavam que tal medida permitiria que Lira viesse a concentrar mais poder.
"Eu não confio no Arthur Lira, desde quando prenderam o deputado Daniel Silveira, isso só vai valer para punir os políticos de direita, a justiça que não é cega só enxerga os políticos da direita, isso vai virar um motivo para prender e acabar com a direita no Brasil. Por isso querem aprovar em regime de emergência, quero ver valer para todos os políticos corruptos, temos o exemplo do Janones que o processo foi arquivado por machadinhas, acusaram tanto o filho do presidente Bolsonaro por machadinhas, e agora o Janones sai ileso, então não acredito que essa alteração por violar o código de ética só vai servir pra acabar com a direita." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Tbm não confio no Arthur Lira nem um pouquinho." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Temporariamente resolveria, porém deve-se pensar e votar novas medidas para que a decisão não fique na mão de um só parlamentar,para que não haja má fé." (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"O presidente da Câmara Artur Lira está se saindo muito bem. Com essa votação sobre o código de ética com certeza vai ganhar mais poderes, mas é necessário. Parece que tem muitos parlamentares infringindo o código de ética ultimamente." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Eu achei ótimo esse projeto, não me parece que Arthur Lira ganhará mais poderes, e sim que ele propõe que parlamentares sejam de fato penalizados pelos seus erros e violações ao código de ética. Atualmente essa penalização é um processo extremamente moroso, que só ocorre após a decisão do Conselho. Isso faz com que os parlamentares sintam-se à vontade para agir como quiserem, pois nada acontece para puni-los. O projeto vem para mostrar que esses parlamentares devem responder às regras e ter respeito ao próximo como qualquer outra pessoa." (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"É um excelente projeto que precisa ser aprovado e colocado em prática efetivamente, porque os parlamentares sempre arrumam um jeito e apoio para sair impune. Eu penso que o presidente da Câmara Arthur Lira, vai ter mais poder até certo ponto, mas não poderá agir com autonomia. Porém, depois pode-se tratar do problema numa mesa coletiva" (G3, 45 anos, professora , MT)
"O fato de resultar em mais poder a um só membro, acredito que se não tivessem ocorrendo esses fato, não precisaria dessa ação. Portando só é o resultado do comportamento dos parlamentares." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
"Quanto ao Arthur Lira ter mais poder, se para que essa situação não caia no limbo o Arthur Lira precisar de mais poder, que seja.Não acho que será um poder tão imperioso não" (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
Não houve consenso em nenhum dos grupos.
Entre os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) a maioria (mas não todos) demonstrou apoio às medidas propostas, em atitudes pró-vida. Nos demais grupos também houve esse tipo apoio.
Para esses, mesmo em casos de estupro a gravidez poderia ter sido evitada, com o uso de medicações imediatas, como a pílula do dia seguinte.
Após a concepção da criança, muitos apontaram que essa vida deveria ser mais importante que a autonomia da mulher. Para as vítimas, caberia ofertar tratamentos psicológicos para os traumas e a possibilidade de adoção da criança gerada.
Punições mais severas foram citadas como necessárias para abusadores, como prisão perpétua e castração química. A criminalização das mulheres não foi muito debatida, recebendo apoio dos mais radicais.
"Proposta correta. E conduzido de maneira correta também. Esse assunto já foi muito discutido e tinha qque ter agilidade na votação.
Não vejo erro quanto a pena para o aborto, já que o proprio sus medica com a pílula do dia seguinte caso procurem por um hospital."" (G1, 35 anos, artesã , SC)
"Eu não sou a favor do aborto e achei correto a decisão. Se no caso de estupro a mulher pode usar a pílula do dia seguinte que não é ilegal no Brasil. Tem que ter uma lei mais rígida no caso de estupro, punir com a castração química, e esse crime terrível ia ter redução porque vai inibir o estuprador." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu sou contra o aborto em qualquer hipótese, já que a pílula do dia seguinte é uma medicação de fácil acesso para todas as mulheres, sou a favor da lei pois ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa, agora o estranho é a pena do aborto ser maior que a do estuprador." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Não estou acompanhando,mas, acho boa a idéia,por que é uma vida que é tirada e por isso tem que ser penalizado mesmo e quanto ao caso de estupro ,a mulher vai ter tempo suficiente para tira nas primeiras semanas e se não tirou foi por que não quis e se não quis ,por que tirar depois de 22 semanas, Já que o feto se formou e tem vida ?" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"O tema é delicado, mas entendo que uma vez a mulher ter engravidado e não querer cuidar dessa0 vida que gerou, não aborte, entregue para adoção. Achei bem válido essa pauta, de ter uma pena também pra mulher, e deviam seguir isso não só em caso de estupro, em qualquer motivo que leve ao aborto, com exceção dos casos que envolvam a saúde do bebê." (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Concordo com o projeto de lei, pois a equiparação da pena ocorrerá nos casos dos médicos que descumprirem a resolução do Conselho Federal de Medicina que demonstra que o modo para se proceder um aborto após 22 semanas é cruel (injeção letal de potássio no coração). Este método não pode ser utilizado nem mesmo em animais, conforme determinado pelo Conselho de Medicina Veterinária, por causar dor extrema ao animal que deve ser sacrificado. Portanto, é inverídica a informação de que as gestantes seriam penalizadas. Apenas os médicos que realizassem tal procedimento responderiam criminalmente e não apenas no Conselho de Ética do CFM. A prioridade de discussão não implica na celeridade da discussão. Temas sensíveis exigem deliberações longas e amplas discussões."" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"Venho acompanhando, visto que não se fala em outra coisa. Porém o PL é conduzido sem transparência e dominado pelas fake news. O projeto em si, segue as orientações da organização de saúde, onde retrata as dificuldades no processo quando se há mais de 22 semanas... Sendo assim, não é desumana a decisão, visto que estamos falar de um ser ja formado, porém acredito que devia ser mantido como já é definido pela lei... E o que deveria acontecer, era a criação de uma maior rede de apoio para todas as ocasiões." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Eu estou acompanhando toda a mobilizacao quanto a essa votacao. Mas a minha opinião quanto a esse assunto muito delicado é: eu sou totalmente contra o aborto em qualquer situação, e totalmente a favor a prisão perpetua para o abusador com castração química. Sei que isso trás consequências para a mãe, mas teriam que colocar um suporte de acompanhamento psicológico e dar a ela a opção da doação, ter uma casa de assistência a crianças que foram vítimas dessa brutalidade, com assistência e acompanhamento também de especialistas." (G4, 45 anos, artesã , PR)
Também nos quatro grupos, muitos se posicionaram de modo contrário e crítico às propostas da PL.
Com mais recorrências nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes), majoritariamente os participantes estabeleceram críticas à forma como a votação foi conduzida rapidamente, sem um debate adequado e transparente. Para esses, tais ações eram claramente conduzidas por interesses religiosos e moralistas.
O direito ao aborto, já previsto em lei foi defendido, com alguns, inclusive, defendendo que tal direito deveria ser expandido para muitas outras situações. E apontamentos severos à criminalização das vítimas também foram feitos.
"Eu penso assim, eu sou contra o Aborto, porém não sou contra nesses casos de estupro. Sou contra também a mulher ter uma pena maior que o estuprador, isso pra mim e um Absurdo." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)
"Assunto extremamente delicado e como pai, filho e esposo eu sou contra essa lei, é inadmissível comparar uma mulher que sofre uma violência desse tamanho a um criminoso, eles deveriam votar para proteger a mulher e inibir os criminosos, impondo leis severas. Pra mim é absurda essa lei!" (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
"Eu também sou contra o aborto, mas como tenho visto que hj em dia acontece muitas violência contra a mulher ,aí sim todas tem que ter o direito de decidir se quer a gestação ou não, mas sobre a pena é ridícula só a mulher sabe oque passa ,então não acho correto essa pena .um estrupador sabe bem oque estar fazendo, a mulher não, muitas as vezes é obrigada a passar por situações de violência ." (G3, 32 anos, vendedor, MG)
"Não sou a favor do aborto, exceto em alguns casos, e nesses de estupro sou favorável. Mas isso é um absurdo, como a vítima vai ter uma pena maior que o estuprador? Nosso sistema é uma piada, sinto vergonha. E votar um assunto tão sério e delicado em menos de 1 minuto deveria ser considerado crime também." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Eu acompanhei notícias falando sobre a votação do projeto, não concordo com a pena estabelecida ser maior do que a do estuprador, porque a vítima não é culpada pelo que aconteceu. Eu não sou a favor do aborto, em nenhuma circunstância, acho que tem que ser apresentado a vítima apoio, tratamento e o encaminhamento da criança a adoção ao nascer. Mas sei que é direito da vítima tomar a decisão até a 22 semana...." (G3, 45 anos, professora , MT)
"Eu achei um absurdo, sou totalmente contra esse projeto. Só aqui mesmo que um estuprador pode ter a pena menor do que a vitima, no Brasil cerca de 60 mil casos de estupros de vulneráveis acontecem todo ano. Ninguém, principalmente crianças devem ser obrigadas a ter um filho fruto de um trauma terrível e também nenhum homem deveria decidir sobre o corpo de uma mulher, sobre sua liberdade e seus direitos." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Estou acompanhando e achei isso desesperador, infelizmente estamos regredindo muito. As mulheres precisam ter direito contra o próprio corpo, e ter a palavra final sobre o que fazer. Sem falar que afetaria principalmente meninas/crianças, pois nesses casos normalmente demoram muito mais pra serem descobertos, e tem toda uma questão psicológica até estarem preparadas pra aceitar e contar o que aconteceu. Na minha opinião deveria ter pena de morte para o estuprador." (G4, 25 anos, babá, RS)
As respostas dos participantes evangélicos foram variadas. Embora a oposição ao aborto tenha sido uma posição predominante entre os evangélicos, alguns praticantes dessa religião (inclusive dos grupos bolsonaristas) demonstraram ter sensibilidade e empatia pelos casos de violência sexual.
Isso indica que, mesmo em um grupo com fortes convicções religiosas, há nuances e uma disposição para considerar exceções baseadas em circunstâncias extremas e na necessidade de justiça e apoio às vítimas.
"Sou totalmente contra o aborto! Tem métodos conseptiutivos que a mulher pode útilizar para evitar a gravidez, que inclusive o SUS disponibiliza gratuitamente. Mas caso de estrupo, sou a favor do aborto, pois a mulher não pode ser responsabilizada por esse ato hediondo. O estrupador ter pena menor do que a mulher que foi agredida, física e psicologicamente. Em que país estamos? Me pergunto."" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Não acompanhei essa votação, mas independentemente de ser aprovado ou não minha opinião sobre o aborto não muda. O aborto vai contra os meus princípios e valores, acho q é um assunto muito dificil de ser abordado pois envolve muitos fatores desde crença, valores e ciência. Mas acedito q somente Deus pode tirar a vida de alguém e faço menção do q Rei Davi falou em salmos 139 sobre como Deus nos forma no ventre de nossas mães e nos conhece profundamente antes mesmo de nascermos. Isso reforça minha crença de que a vida é um dom Deus e deve ser protegida desde a concepção." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Eu não acompanhei mais vi notícias sobre o assunto,Sou contra ao aborto, independente do tempo em que esteja,mais não tenho nada contra,a quem é favorável,cada pessoa tem seus princípios.Então caberia a pessoa e mais ninguém tomae essa decisão" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"Não sou a favor do aborto mas também não sou a favor de uma mulher que já sofreu uma agressão,uma violência ser obrigada a nutri uma gestação fruto de abuso e ainda ter que ser rotulada de criminosa e ainda mais ter uma pena maior do que o próprio abusador, marginal." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Isso é um absurdo tremendo,as mulheres sofrem de todas as maneiras possíveis e imagináveis. Vemos casos como de uma adolescente de 17 anos que o pai abusou dela estando na UTI!! Tem coisa mais estrambolica do que essa!!?? Então tem que haver mudanças nessas leis que beneficiem a vítima e não ao criminoso e que mulheres tenham amparo financeiro e psicológico nessas questões pois muitas decidem abortar exatamente por não ter nenhum tipo de amparo." (G4, 49 anos, artesã , CE)
O primeiro tema da semana evidenciou como a eleição norte-americanas é medida pela mesma régua que a brasileira em relação às preferências pelos candidatos. Enquanto os participantes bolsonaristas defendem e enaltecem Donald Trump, por suas características de “um político outsider, enérgico e que rompe padrões e protocolos”, tal qual Jair Bolsonaro, os demais participantes não-bolsonaristas o rejeitam justamente por essa semelhança. Os eleitores flutuantes e lulodescontentes avaliam Trump como polêmico e como um símbolo de extremismo e corrupção, enquanto Biden é percebido como um líder mais democrático, apesar de suas falhas e desafios políticos. Biden não desperta paixões, mas é avaliado como mais preparado para o cargo, quando comparado ao desafiante.
A segunda questão gerou narrativas uniformes em relação à preocupação com a ética e o comportamento dos políticos, com todos concordando que medidas mais rápidas e eficazes para punir transgressões seriam necessárias. O consenso de que o atual sistema é moroso e permite impunidade, motivou o apoio à proposta de mudança.
Já a avaliação de Arthur Lira separou os grupos, com destaque para a rejeição por parte dos bolsonaristas convictos. Já os moderados aprovaram a atuação do presidente da Câmara.
A questão sobre a PL 1904/24 confirma os dados históricos acerca do conservadorismo brasileiro. A maioria dos participantes afirmou ser favorável a punições mais severas para abusadores, contrários às proporções das penas propostas (entre mulheres que realizassem o aborto e estupradores) e contra o aborto em situações gerais, havendo separação mais significativa apenas entre os que se mostraram dispostos a abrir exceções, como no caso de estupro. Interessante observar que, até mesmo entre os bolsonaristas convictos e entre os participantes evangélicos, não houve consenso, com alguns mostrando sensibilidade e empatia com o sofrimento das mulheres vitimadas.
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; iii) Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.