O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 14 a 20/7, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) entrevista de Lula sobre a taxação imposta por Trump; ii) veto de Lula ao projeto de ampliação do número de deputados federais; iii) mandato de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e decisão de uso de tornozeleira.
Ao todo, foram analisadas 154 interações, que totalizaram 7.467 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Entrevista de Lula | Os participantes responderam com críticas intensas e até ofensivas a Lula, com rejeição ao seu posicionamento e à sua legitimidade política. Predominou a ideia de que ele estaria agindo de forma irresponsável. | As respostas mostraram reprovação ao tom da resposta de Lula, vista como precipitada e arriscada para a economia. Defenderam que o Brasil deveria buscar diálogo com os EUA em vez de confronto. | O grupo apoiou majoritariamente a reação de Lula, destacando a importância da soberania nacional e da não interferência externa, embora alguns tenham sugerido cautela e diálogo, mas sem ceder às chantagens impostas. | Houve aprovação da firmeza de Lula, com ênfase na defesa da independência do país. Alguns participantes demonstraram preocupação com a adoção de radicalismo e enfatizaram a necessidade de separar política de economia. | As falas foram amplamente favoráveis a Lula, defendendo sua postura como firme e necessária. Destacaram a valorização da soberania e críticas a Trump por interferir na democracia brasileira. | Os participantes deram suas respostas de acordo com seus grupos originais de participação. |
Veto de Lula | O grupo defendeu o veto ao aumento de deputados com base na crítica ao aumento do gasto público e na percepção de que o número atual já é excessivo. Porém, houve desconfiança quanto às intenções do presidente, vistas como oportunistas. | O grupo apoiou o veto por considerar a proposta desnecessária e onerosa, com alguns participantes desconfiando das motivações políticas por trás da decisão e da eficácia do veto diante do Congresso. | Os participantes manifestaram forte oposição ao aumento, enfatizando os altos custos do Legislativo e a baixa produtividade dos deputados. O grupo expressou apoio ao enfrentamento com o Congresso. | O grupo defendeu o veto com ênfase na crítica moral e econômica aos parlamentares, destacando o excesso de privilégios e ineficiência. Parte dos participantes apoiou que Lula enfrentasse as decisões impopulares do Congresso. | Houve total rejeição da proposta de aumento, por considerar os deputados excessivos, ineficientes e privilegiados. O grupo valorizou a postura de enfrentamento do presidente como forma de retomar apoio popular e se contrapor a medidas impopulares. | As respostas seguiram o mesmo padrão de opinião de seus respectivos grupos, sem apresentar divergências temáticas ou argumentativas. |
Medidas Cautelares | Predominou a percepção de que Bolsonaro é vítima de perseguição política orquestrada pelo Judiciário, especialmente por Moraes. As medidas foram vistas como injustas, baseadas em provas falsas e motivadas por medo de sua força eleitoral. | As falas expressaram cansaço com o foco contínuo em Bolsonaro e desconfiança nas ações judiciais, vistas como desproporcionais e parciais. Houve críticas à seletividade da Justiça e ao tratamento diferenciado dado à direita e à esquerda. | O grupo ficou dividido: parte apoiou as medidas judiciais como necessárias e legítimas, enquanto outra questionou o equilíbrio das decisões e demonstrou desconfiança tanto em relação a Bolsonaro quanto às instituições. | Houve opiniões fragmentadas, com críticas tanto a Bolsonaro quanto ao Judiciário. Parte considerou as punições justas, outra parte viu exageros ou perda de rumo institucional. O grupo expressou descrença generalizada no sistema político. | A maioria aprovou as ações contra Bolsonaro e elogiou a atuação do STF, interpretando as medidas como justas, tardias e essenciais para a responsabilização de crimes graves. Defenderam a firmeza institucional como defesa da soberania nacional. | Os participantes responderam alinhados com seus grupos de pertencimento. |
Os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) criticaram o comportamento de Lula frente às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em ambos os grupos, prevaleceu a ideia de que o presidente estaria agindo de forma impulsiva, guiado por motivações políticas ou pessoais, e colocando em risco a economia nacional e as relações diplomáticas. Também houve forte ênfase na desconfiança em relação à legitimidade do governo, com acusações de autoritarismo, desrespeito às instituições e críticas à aliança com regimes considerados autoritários. A figura de Trump foi tratada com respeito ou simpatia, enquanto Lula foi retratado como inábil, provocador ou até como um obstáculo ao progresso do país.
O grupo 1 (bolsonaristas convictos) apresentou falas mais extremadas, com linguagem agressiva, termos pejorativos e recorrência a teorias conspiratórias envolvendo o STF, a imprensa e influências internacionais. Já o grupo 2 (moderados), embora igualmente crítico ao governo, adotou um tom mais moderado e argumentativo, centrado nas consequências práticas da política externa brasileira. As críticas foram menos personalizadas e mais voltadas à avaliação de estratégias diplomáticas, com maior preocupação em sugerir alternativas como o diálogo ou a cooperação.
Outra diferença importante diz respeito ao acesso às entrevistas concedidas pelo presidente. Muitos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) fizeram questão de afirmar que não assistiram às falas por rejeitarem os canais de televisão aberta — considerados manipuladores — e por recusarem qualquer escuta ao presidente, independentemente do conteúdo.
"Não assisto nada na TV aberta, porque é tudo manipulado e tenho asco da voz desse descondenado, não consigo ouvir o grunhido da voz desse mentiroso asqueroso! O que eu penso sobre o posicionamento dele é de um anão diplomático, que acha que está por cima da política mundial, acha que ainda tem influência no meio políticos dos países democráticos, ninguém mais leva a sério esse ser sem relevância, todos sabem que ele não governa aqui no Brasil, e sim o STF na pessoa do ministro inquisidor Alexandre de Moraes. Quanto mais ele abre a boca pra falar mais afundo o país, o único culpado de toda essa situação é o ex-presidiário e o ditador da toga, nosso congresso está amarrado e o senado anestesiado geral, no resumo estamos lascados e largados a própria sorte."
(G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Boa tarde eu n̈ vi nada na TV e nem nas redes sociais,fiquei sabendo através de uma amiga que acompanha os canais de direita. Eu acho que esse descondenado está comprando uma briga feia pq o Trump e poderoso e o descondenado n̈ está nem aí pro Brasil ele quer que o povo brasileiro se dane com essas taxaçoes os preços de td vão subir mais ainda e o desemprego tbm vai aumentar,e nós brasileiros é quem vai se ferrar..." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)
"Boa tarde; vejo que o Mula tentou algo, mas vejo o presidente todo perdido em relação a suas ações, o ruim agora vai ser para o Brasileiro, com mais 50%, assim fica tudo mais difícil. Por fim; ele como presidente deveria rever seus posicionamentos em relação aos líderes mundiais. Ele é fraco, ninguém se importa com ele e vai querer enfrentar o Trump, esse cara deveria estar preso e não nos representando" (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
"Estou acompanhando sim, e acho a resposta de Lula um tanto inresponsável, pois qualquer tarifação aos EUA significaria mais inflação para os brasileiros. Ou seja, Lula agirá com o figado prejudicando ainda mais o pais principalmente nas faixas mais pobres da sociedade. Enquanto China e India firmaram acordos com os americanos deixando Lula sozinho nos discursos do BRICS, Lula teimosamente recusa a negociar com os EUA como o Mexico faz, por exemplo." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Boa noite eu acho que o Lula acaba. Se perdendo.nas próprias palavras ,e ao invés de fazer algo fica um atacando.o outro,o cenário político está cada vez pior,e com isso tudo só os mais atingidos é a população em geral,eu não acredito em mudanças infelizmente." (G2, 50 anos, auxiliar, SP)
Os participantes dos demais grupos – 3, 4 e 5, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas - revelaram uma avaliação majoritariamente favorável à resposta de Lula, com destaque para a defesa da soberania nacional e da legitimidade do Brasil em adotar medidas de reciprocidade. Muitos participantes consideraram a fala do presidente acertada ou necessária diante da postura adotada pelos Estados Unidos, especialmente no que tange às críticas de Trump e às interferências em questões judiciais internas. A ideia de que o país não deve se submeter a pressões externas foi bastante presente, assim como o apoio a uma resposta firme que reafirme a autonomia do Brasil frente a potências estrangeiras. Alguns participantes expressaram receios de uma crise diplomática maior, devido ao posicionamento de Lula, mas mantiveram seus apoio ao presidente nesse embate.
Ainda que nem todos tenham acompanhado integralmente as entrevistas, a maioria das opiniões foram baseadas em trechos acessados por redes sociais ou na compreensão geral do conflito diplomático.
“Eu acompanhei na Globo e acho correto o que o Lula disse, as questões judiciais brasileiras só tem a ver com o nosso país, nenhum outro tem que se envolver! Nunca vi os EUA se posicionarem sobre algum crime que tenha ocorrido no Brasil, agora quando tem a ver com o Bolsonaro vira o maior estardalhaço. Muito errado isso. O Trump que se preocupe com o país dele, que já está tendo muito problema" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Boa tarde. Acho que o presidente está correto de não aceitar interferência de Trump e pagar na mesma medida, seguindo o exemplo chinês. Não defendo nem lula e nem Bolsonaro, porém o Lula parece ter mAis consciência das coisas no país do que o Bolsonaro" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Boa tarde não acompanhei mais achei o posicionamento do Presidente muito acertado afinal chubo trocado não dói parabens ao Presidente Lula"(G4, 53 anos, dona de casa, BA)
"Acompanhei pela própria Record. Tenho a fala de Lula foi um pouco exagerada e pode vir a dificultar as negociações com os Estados Unidos. É óbvio que Lula está certo quanto a criticar o posicionamento de Trump quanto a Bolsonaro e as ações judiciais. As críticas quanto as taxas impostas pelos Estados Unidos é justa. O que se deve cuidar é fazer a separação das ações econômicas possíveis das discussões ideológicas desnecessárias." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Eu gostei sim da resposta que ele deu apesar de acreditar que ele poderia sim ter colocado um pouco o pé no freio em suas falas, porém é nítido como o governo Trump quer mostrar sua oposição com o governo atual brasileiro, em parte concordo com a resposta dada." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Eu confesso que não acompanhei as entrevistas, vi apenas alguns cortes em redes sociais, mas adorei o posicionamento firme e direto do nosso presidente. Estava sentindo falta desse Lula mais raiz, que fala o que sente, sem pensar tanto em governabilidade ou tentar agradar o centrão. Está claro que essa medida do Lula Paz e Amor estava acabando com as suas forças, já que ele estava sendo engolido pelo Congresso e pela Câmera sem expressar reação. Sobre a medida de reciprocidade eu acho mais do que válida, o Brasil tem uma força política, uma economia forte e não deve abaixar a cabeça para ninguém. Já foi a época, ainda bem, que os Estados Unidos determinavam o que acontecia na América Latina. Hoje, os países são soberanos e donos das suas próprias decisões e isso não deve mudar!"" (G5, 33 anos, tradutor, SP)"
"Eu tenho acompanhado bastante todo esse conflito BR x USA, em todos os veículos de comunicação possíveis(portais de notícias, jornais de diversas emissoras, redes sociais) justamente para ter uma visao ampla de tudo, concordo completamente com o presidente em relação da reciprocidade e acho um absurdo um país como os EUA, que precisa da materia prima de diversos paises, fazer isso." (G5, 25 anos, estudante, AL)
A maioria dos participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) se mostrou contrária à proposta, defendendo com veemência o veto presidencial. As falas evidenciaram uma percepção de que o Congresso já é excessivamente numeroso e oneroso para os cofres públicos, e que a ampliação de cadeiras representaria um agravamento do desperdício de recursos. O argumento econômico apareceu como principal justificação para o posicionamento contrário, geralmente associado à ideia de que o Legislativo entrega pouco em termos de benefícios reais à população.
Apesar do apoio ao veto, muitos participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) manifestaram desconfiança quanto às reais intenções do presidente. Houve insinuações de que a medida poderia ser uma jogada estratégica para agradar o eleitorado, sendo a decisão motivada por um fundo estratégico ou oportunista, e não necessariamente compromisso com a redução de gastos ou com a eficiência política.
"Eu acho que deveria vetar todo o congresso e senado, porque pagamos pra esses parasitas nos representar e eles estão dormindo, não fazem mais leis pra benefício do povo, não fazem imptmam de ministro ditador e de desgoverno ladrão, quem manda no Brasil é o judiciário ninguém consegue vencer esses ratos do esgoto do submundo. Não sei qual é a intenção do descondenado com esse veto, mas 513 já são demais nas nossas costas." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Sou a favor do veto .. mas não podemos se deixar enganar que Lula só está querendo fazer isso por retaliação ao congresso, por este não ter se posicionado a favor do governo e contra as sanções de trump. Não nos deixemos enganar novamente por este oportunista.""
(G1, 54 anos, músico, RS)
"Deve vetar com certeza! Afinal, quanto mais deputados, mais gastos do dinheiro público. Mas é apenas uma estratégia do descondenado para ganhar positividade com a população, não engana não." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Com toda certeza,ele deve vetar ,por que é um absurdo,já não chega aqueles parasitas que estão lá, só sugando as verbas do nosso país ainda querem colocar mais e o pior é que cada deputado tem direito a centenas de sangue sugas para também sugar o nosso país. Lula vai vetar pra ficar bem com o eleitorado, não porque tá interessado no país" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Boa noite,eu não sou favorável para que se acrescente mais deputados, não sou fã desse governo que tá na gestão do país,mas acredito que o Sr. Lula não aprove esse projeto. Não minha opinião ele não deve aceitar esse aumento e deve vetar." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
Nos demais grupos - 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) predominou um posicionamento fortemente favorável ao veto presidencial, sustentado principalmente por argumentos econômicos e por uma visão crítica da atuação parlamentar. Os participantes reforçaram a ideia de que o número atual de deputados já é excessivo e que os custos associados ao Legislativo são injustificáveis diante da pouca entrega em termos de trabalho efetivo. Apareceu também a sugestão de que, em vez de ampliar o número de cadeiras, seria mais sensato reduzir a quantidade de parlamentares. A proposta foi tratada como desnecessária e desrespeitosa com a população, reforçando a percepção de que o Congresso está desconectado das prioridades do país.
Um elemento adicional nestes grupos (com maior recorrência entre os lulistas) foi a valorização do enfrentamento político por parte do presidente Lula. Algumas falas defenderam que ele deveria manter uma postura firme diante do Congresso, inclusive para expor à população quem seriam os verdadeiros responsáveis por medidas impopulares. Essa postura foi vista por alguns como uma forma de mobilizar novamente setores progressistas e a classe trabalhadora, além de demonstrar liderança frente ao Legislativo.
"O veto é necessário, nossa despesa com o congresso já é enorme, não tem a necessidade de aumentar. Do mesmo jeito que ele diz que não deve abaixar a cabeça para o Trump, também não pode abaixar para os deputados." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Com certeza ele deve vetar o aumento. Temos uma quantidade gigantesca de deputados, a maioria não serve pra nada, só pra tirar dinheiro público. Ganham salários altíssimos pra não fazer nada, enquanto o povo só paga. Ele que compre a briga com os deputados" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Tenho a opinião que Lula deve vetar essa proposta totalmente absurda e descabida do Congresso Nacional. Lula aprovar aumento de quantidades de Deputados Federais é "atirar no próprio pé", pois seria contraditório ao seu discurso de corte de gastos públicos. Mesmo porque é totalmente desnecessário um aumento da quantidade de Deputados Federais. A ideia que tem Lula de redistribuição das cadeiras entre os Estados é muito mais condizente com a realidade econômica e orçamentária atual. Quanto a Lula criar mais atritos com a Câmara de Deputados, e em especial com Hugo Motta, é uma situação que volta ao sério problema que o Governo Lula está enfrentando de não conseguir uma articulação para ter uma base aliada para apoio político e isso é a articulação política do Governo Lula que está falhando." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Sem dúvidas deve vetar o aumento dos deputados que fica lá com a bunda na cadeira uns vagabundos imprestáveis,foi a decisão mais justa e coerente que o presidente lula fez, é uma vergonha este Brasil com estas pestes que ganham uma fortuna e o povo morrendo de fome,o Brasil tá afundando...."(G4, 51 anos, professora , RS)
"Já está mais do que claro de que o Lula não tem mais o mesmo poder, aprovação e o Congresso nas mãos como tinha no seu segundo mandato para fazer as reformas. Assim, não adianta barganhar com a Câmera e com o Congresso, pois eles irão fazer o que quiserem e não dá para ficar à merce desses deputados. Assim, considero ótima a sua decisão de ir para o enfretamento e o combate, mostrando para a população que ele não concorda com tais medidas e quem são os verdadeiros responsáveis por elas, como a veto no aumento do IOF, a não apoio ao fim da jornada 6x1, o aumento na conta de luz, entre outras barbaridades que os nossos ""queridos"" representantes vem fazendo. Além disso, esse tipo de ação mobiliza a esquerda e a classe trabalhadora, que estava morta e sem nenhum tipo de ação popular, com isso, além de mostrar para a população que ele é contra medidas antipopulares, ele ainda vai ganhando um pouco de força para conseguir governar." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Com certeza se ele acha que o melhor é vetar então deve ser feito. Aliás 513 pessoas já é gente demais fazendo pouco ou quase nada pelo país e usufruindo dos benefícios dos cargos" (G5, 37 anos, restauradora, SP)
Os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) expressaram um forte sentimento de injustiça e perseguição, refletindo a convicção predominante de que as ações judiciais contra Bolsonaro faziam parte de uma estratégia articulada para impedir sua participação nas eleições de 2026. A maioria dos participantes descreveu o ex-presidente como vítima de um sistema corrompido e autoritário. A argumentação destacou a existência de um suposto duplo padrão no sistema judicial brasileiro, com críticas à impunidade de políticos ligados à esquerda e à severidade desproporcional aplicada à direita. Vários participantes relativizaram as acusações contra Bolsonaro, apontando a ausência de provas claras, contestando até os valores encontrados em sua casa, e a imposição de medidas consideradas abusivas, como tornozeleira e restrições de comunicação. O ministro Alexandre de Moraes voltou a ser citado como um “ditador autoritário”, associado a uma “caça às bruxas” direcionada a adversários ideológicos.
Entre os convictos, o tom geral foi de revolta e indignação, muitas vezes marcado por teorias conspiratórias envolvendo interferência internacional e manipulação de provas. Observou-se, ainda, a idealização de lideranças como Bolsonaro e Donald Trump, vistas como figuras redentoras que resistem ao suposto domínio de forças corruptas. A resposta foi, em grande parte, emocional, centrada em sentimentos de traição, censura e ameaça à liberdade.
Entre os moderados, embora o tom de revolta ainda estivesse presente, prevaleceu uma visão de saturação e enfado com a continuidade dos desdobramentos envolvendo o ex-presidente. A repetição de operações contra Bolsonaro foi interpretada por muitos como tentativa de desviar o foco de problemas reais do país.
"Bom dia! Isso é uma grande injustiça, nosso presidente de fato é Bolsonaro, foi tirado dele a reeleição, e esses malditos da extrema esquerda acabando com o país, e não podemos recorrer a ninguém porque o judiciário é que está por trás do verdadeiro golpe que foi dado em 2022. O presidente Bolsonaro é inocente, estão cometendo uma grande injustiça quem devia estar atrás das grades está aí afundando o Brasil."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu estou acompanhando o caso sim, vejo como perseguição, pois sabe que em 2026 ele tira Mula da presidência, por isso vão e estão fazendo de tudo pra derrubar e enfraquecer a direita pra 2026, vejo também que Alexandre de Morais que mandar em todas as esfera, puta que pariu." (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
"Essa informação da pergunta está errada também. Foram apreendidos 7 mil reais e aproximadamente 14 mil dólares, tudo devidamente com origem. Chegaram ao ponto de colocar um pen drive como prova falsa. AGUARDO ANCIOSAMENTE AS SANÇÕES MAGNYTHISKY A TODOS OS ENVOLVIDOS" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
“Vi essa notícia hoje de manhã, e é nítido a perseguição a Bolsonaro, nunca vi isso com outra pessoa, já cansou isso."" (G2, 35 anos, contadora, RS)
"estou acompanhando e não concordo com as decisoes que estão sendo tomadas contra o Bolsonaro, a forma como tudo tá sendo conduzido parece mais uma perseguição política do que uma investigação justa. Não há provas claras de q ele cometeu os crimes que estão sendo divulgados e ainda assim, medidas extremas foram impostas como proibição de usar redes sociais, toque de recolher e até ameaças de prisão. Enquanto isso políticos da esquerda q já foram condenados e ate presos por corrupção hoje estão soltos, ocupando cargos publicos e sendo tratados com respeito pelas autoridades. Isso mostra um claro desequilíbrio no tratamento dado a direita e a esquerda no Brasil, acredito q Bolsonaro merece ser respeitado e julgado com base na lei, e não por opiniões políticas ou por quem tá no poder atualmente." (G2, 43 anos, administradora, GO)
Parte dos participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) e integralmente os do grupo 5 (lulistas) revelaram amplo apoio às medidas judiciais tomadas contra Jair Bolsonaro, com avaliações majoritariamente favoráveis ao trabalho do STF e, em particular, às decisões do ministro Alexandre de Moraes. A maioria dos participantes considerou as ações legítimas, necessárias e até tardias diante da gravidade das acusações. O uso da tornozeleira eletrônica, a busca e apreensão e outras sanções foram vistas como medidas apropriadas para conter o que foi descrito como um padrão contínuo de comportamento ilegal por parte do ex-presidente e de sua família.
Em vários relatos, observou-se a expectativa de que Bolsonaro venha a ser, de fato, preso em breve. Alguns participantes enfatizaram a importância de impedir novas articulações, mencionando o risco de fuga e o papel do filho de Bolsonaro na manutenção das estratégias do grupo. O tom geral foi de celebração da justiça e confiança no sistema legal como meio de responsabilização e defesa da democracia.
"Boa tarde, eu acho correto. Se ele comete atos criminosos, tem que ser penalizado como tal. É muito absurdo ele tentar condicionar essas tarifas que o Trump tá impondo a sua própria anistia. Ele acha que pode fazer chantagem, o cara não tem limites" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
“Acompanhei por cima e acho fez tem que pagar e o Bolsonaro e família etc , falando em fraudes burlar eles são campeões. E acho se procurar vai achar mais"" (G3, 39 anos, analista financeiro , SP)
"Eu acho é pouco,era tão valentão!? Nunca gostei dele como pessoa...Um cara ser controle que só falou asneiras. Não devemos nos submeter a nenhum outro país que queira mandar por aqui e muito menos por causa desse cidadão que quer anistia pra ele e fica usando a justificativa que é pro povo que foi preso dia 08 de Janeiro. Não devia só usar tornozeleira não...Devia fazer companhia aos que estão presos por causa dele. E o próprio Trump disse que aumentou a tarifa por causa da perseguição fale que tem o Bolsonaro." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Não acompanho essas coisas mas acho e pouco tudo que está acontecendo com o ex presidente Bolsonaro uma pessoa cem um pingo de educação até hoje não entendi como conseguiu entrar na política e pior ser um Presidente da República agora grita mito acho e pouco tudo que ele está passando que venha mais cadê você mal educado valentão mil vezes bem feito" (G4, 53 anos, dona de casa, BA)
"Eu acho as decisões mais do que justas, já passou da hora do Bolsonaro começar a pagar por todos os crimes que ele cometeu e continua cometendo. Que a Justiça e o Governo brasileiro não esmoreça e nem ceda as chantagens dessa família de milicianos e criminosos, a qual, irá arcar com as consequências de todos os seus atos. Além disso, acho válida essa preocupação com a questão dos embaixadores, para quem já se escondeu uma vez na embaixada, não custa nada se esconder de novo, por isso é justa essa medida."" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Bom di acompanhei pela Internet fiquei tão.feliz ,a justiça enfim foi feita. O Brasil tem que acabar com isso de priorizar alguns e prejudicar outros apenas pela influência eu adorei ler e saber da notícia, o ministro foi sensato e coerente ." (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
Alguns participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) expressaram desaprovação à prisão de Bolsonaro, expondo críticas ao sistema de justiça. Ainda que alguns não se declarassem apoiadores do ex-presidente — e em alguns casos até rejeitassem seu estilo e trajetória política —, houve uma percepção recorrente de que o Judiciário, sobretudo o Supremo Tribunal Federal, estaria agindo de forma seletiva, autorreferente e politicamente motivada. A atuação de Alexandre de Moraes foi particularmente contestada, sendo vista como excessiva, personalista ou instrumentalizada. Para esses participantes, as medidas judiciais não apenas extrapolaram os limites da legalidade, mas também contribuíram para aprofundar a instabilidade institucional, ao reforçar a ideia de que as regras do jogo político são manipuladas conforme interesses circunstanciais. Em suas falas, a prisão ou restrição de Bolsonaro foi menos questionada por seu mérito e mais pelas motivações atribuídas a quem decide, revelando um desgaste na legitimidade processual e na confiança em que a justiça seja, de fato, equânime.
"É meio maluco dizer independência do judiciário, se o próprio Alexandre de Moraes não tem nenhuma rs o cidadão faz o que quer e bem entende, onde tá a constituição nisso ai se ele passa por cima. Os caras estão desde que o Lula assumiu a presidência só falando do tal do golpe que eu nem usaria essa palavra ridícula, aquilo não foi golpe, foi vandalismo mesmo, enfim ... ai chega depois de anos luz e nesse momento que o Trump põe o circo para pegar fogo vão lá e prende assim da noite para o dia .... isso aí é pressão! Cada um vai atacar de um lado como pode. Aliás quem pode mais chora menos. Não gosto de bolsonaro, mas menos ainda de Lula, mas o que estão fazendo é silenciar ele falaram para não ter acesso as redes sociais e nem diplomatas. Na verdade fazem com todos que o prejudicam que estão no seu caminho. Jogam sujo demais, e o Trump está jogando também. O poder consome as pessoas tudo isso para governar o Brasil ? Essa mega responsabilidade? Quanto dinheiro tem nisso nunca nem vimos a cor disso. Agora digo essa briga toda essa tal de 'reciprocidade' entre eles, esse toma lá da cá chega a dar medo de uma guerra vindo por aí." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"O judiciário tem que ser justo e agir igual com todos. Não tenho muito a dizer, mas se um cumpre pena e comanda o país, pq outro sofre sanções sem nada objetivo?" (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Judiciário brasileiro é uma piada. Só estão fazendo merda e tentando colocar a culpa em outros. Caça às bruxas como o Trump falou, e eu nem gosto do Trump mas ele tem razão. Falar da taxa de 50% do EUA ou da taxa de 100% que 32 países da OTAN estão querendo implantar de taxa no Brasil por causa do Lula não falam." (G4, 27 anos, analista de sistemas, SP)
"Eu concordo em parte com as punições. Acho que o uso de tornozeleira eletrônica é um pouco exagerado, pois não vejo risco tão alto em Bolsonaro que se necessite adotar uma tornozeleira eletrônica. Quanto às demais ações proibitivas são corretas frente às ações de Jair Bolsonaro. Bolsonaro está se aproveitando politicamente das ações judiciais contra ele. Bolsonaro falar que nunca usou um pen-drive, por exemplo, é uma estratégia para se vitimar como um 'perseguido político' para tentar alavancar sua ala política. É claro que há também uma necessidade de se discutir uma limitação de algumas ações do Judiciário, mas esse tipo de debate se deve viabilizar sem se misturar Bolsonarismo na questão." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
As respostas dos cinco grupos revelaram percepções marcadamente divergentes em relação ao tema das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Os grupos bolsonaristas interpretaram a reação presidencial como imprudente, provocadora e prejudicial ao país. Entre os convictos, predominou um discurso agressivo, pautado pela deslegitimação institucional e por teorias conspiratórias. Ficou evidente a existência de uma rejeição sólida a qualquer iniciativa que parta do governo federal, com muitos participantes recusando-se inclusive a ouvir as falas do presidente, por desconfiança em relação à mídia tradicional e rejeição pessoal ao chefe do Executivo. Em contraste, os grupos progressistas e parte dos eleitores flutuantes demonstraram concordância com a firmeza do discurso de Lula, destacando a importância da soberania nacional e do princípio da reciprocidade nas relações internacionais. Muitos elogiaram a postura adotada pelo presidente, relatando sentir orgulho ao vê-lo enfrentar com altivez a ofensiva norte-americana. Nesses grupos, a legitimidade de Lula foi reconhecida como prerrogativa e sua reação foi interpretada como adequada ou, ao menos, justificável frente às circunstâncias.
Comparando com a rodada anterior, observou-se uma mudança na dinâmica discursiva dos bolsonaristas. Se, na pergunta anterior (50), os participantes do grupo de bolsonaristas convictos se mobilizaram com rapidez, organização e uso de vídeos de influenciadores da direita, nesta nova etapa (51) as manifestações foram menos numerosas, mais espaçadas e não recorreram a vídeos de apoio — ainda que o tom crítico e desqualificador tenha sido mantido. Isso pode denotar uma possível exaustão da máquina de comunicação bolsonarista, perante a enxurrada de notícias ruins e às frustradas tentativas de defesa de Bolsonaro feitas por Tarcísio, Caiado e outros apoiadores.
Em contrapartida, a discussão sobre o possível veto presidencial ao aumento no número de deputados federais gerou maior convergência entre os grupos. As reações evidenciaram uma insatisfação generalizada com a classe política e os custos associados ao funcionamento do Legislativo. Em todos os grupos, predominou a defesa do veto, com argumentos centrados na contenção de gastos públicos, na percepção de excesso de parlamentares e na baixa produtividade do Congresso. A proposta de ampliação de cadeiras foi interpretada como um desrespeito à população, e o veto apareceu como um gesto mínimo de responsabilidade fiscal e respeito institucional. Ainda assim, as leituras sobre as motivações do presidente variaram: bolsonaristas, mesmo aprovando a decisão, insinuaram se tratar de uma manobra populista ou meramente simbólica. Já os demais grupos valorizaram a disposição de Lula em enfrentar o Congresso, lendo a atitude como um reposicionamento político diante de uma base legislativa adversa. Muitos também demonstraram desaprovação em relação ao Congresso em si, avaliando que suas decisões recentes tem sido totalmente contrárias aos interesses da população.
Retomando o tema que inaugurou a semana, observamos novamente um profundo antagonismo na forma como os grupos interpretaram as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e a conduta de Jair Bolsonaro. Os grupos bolsonaristas rejeitaram veementemente as decisões judiciais contra o ex-presidente, tratando-as como perseguição política e expressão de seletividade institucional. Já os grupos progressistas — especialmente o dos lulistas — defenderam com firmeza as medidas, avaliando-as como respostas legítimas diante de crimes graves e de ameaças à soberania nacional. Entre os polos, emergiram vozes que apontaram falhas tanto do ex-presidente quanto das instituições, revelando uma desconfiança difusa em relação à política e à Justiça. De forma geral, as reações dos participantes à questão evidenciaram caráter polarizado — não apenas em relação aos posicionamentos políticos e às lideranças envolvidas, mas também na forma como diferentes segmentos da população interpretam o papel das instituições e os mecanismos legais que regulam a democracia.
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.