Relatório 60

De 22 a 28/7

Temas:

  • Desistência de Joe Biden
  • Declarações de Maduro
  • Declarações de Tebet
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 22 a 28/7, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) desistência de Joe Biden; ii) declarações de Maduro sobre as eleições brasileiras; iii) declarações de Simone Tebet sobre a economia.
Ao todo, foram analisadas 170 interações, que totalizaram 7.743 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Lulistas Evangélicos
Desistência de Joe Biden Para a maioria, a renúncia de Biden foi vista como inevitável. Alguns avaliaram que ele percebeu que seria derrotado. Kamala Harris foi considerada fraca e sem chances reais contra Trump. O grupo avaliou a escolha de Biden como correta, por causa de sua saúde debilitada. Kamala Harris foi vista como incapaz de vencer Trump, por sua inexpressividade política. O grupo avaliou a retirada de Biden como sensata, devido sua limitação de saúde. O nome de Kamala foi bem recebido, mas muitos expressaram um certo ceticismo quanto às suas chances de vencer Trump. Os participantes viram a renúncia de Biden como apropriada devido à sua saúde e falta de força política. Kamala Harris foi vista como qualificada e mais capacitada para tentar derrotar o preferido Trump. O grupo viu a desistência de Biden como acertada devido à sua saúde. Kamala Harris foi reconhecida por sua representatividade e por seu potencial, mas muitos apontaram o difícil desafio de enfrentar Trump. Os evangélicos responderam à questão de acordo com seus posicionamentos políticos e em concordância com seus grupos originais de participação.
Declarações de Nicolas Maduro As urnas eletrônicas brasileiras foram vistas como não auditáveis e suscetíveis a fraudes, refletindo a desconfiança no sistema eleitoral e na legitimidade das eleições que deram a vitória a Lula. O grupo avaliou que Maduro não tem autoridade moral para criticar o Brasil. Porém, quanto a acusação em si, alguns concordaram com a possibilidade de fraudes no Brasil, enquanto outros defenderam a legitimidade e segurança do sistema eleitoral. A maioria dos participantes defendeu a segurança e legitimidade do sistema eleitoral brasileiro. Alguns viram fundamentos para as dúvidas de Maduro, expressando ceticismo quanto a inviolabilidade das urnas brasileiras Os participantes demonstraram plena confiança no sistema eleitoral brasileiro e criticaram Maduro por sua irresponsabilidade em fazer tais acusações, avaliando suas declarações como tentativas de desviar atenção dos problemas internos da Venezuela. O grupo defendeu o sistema eleitoral brasileiro, reafirmando a crença em sua segurança, legitimidade e reconhecimento mundial. Para eles, Maduro não tinha nenhuma credibilidade para tratar do assunto. Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos de pertencimento, sem nenhuma uniformidade baseada no critério religioso.
Declarações de Simone Tebet Tebet foi acusada de traição no grupo. Os participantes criticaram fortemente os privilégios e gastos dos políticos, apontando-os como os principais responsáveis pelo desequilíbrio nas contas públicas. Embora muitos participantes tenham expressado descontentamento com o posicionamento político de Tebet, suas opiniões foram avaliadas como coerentes. Muitos destacaram um desejo comum de que a redução de gastos fosse iniciada pelos próprios políticos. Muitos participantes expressaram ceticismo em relação às intenções da ministra, suspeitando que suas declarações fossem mais retóricas do que ações concretas. Alguns reconheceram que a ideia de revisar os privilégios é um passo na direção certa. Muitos participantes expressaram apoio às palavras da ministra, destacando que concordam com a ideia de que os benefícios sociais não são os principais responsáveis pelos gastos do país, e que a verdadeira carga financeira recai sobre os privilégios dos ricos e dos políticos corruptos. Os participantes concordaram com a ministra, reconhecendo que os programas sociais e os benefícios para os menos favorecidos são muito mais importantes do que onerosos. Para eles, o problema residiria nos privilégios dos ricos e na má administração dos recursos públicos. Não houve consensos entre os participantes evangélicos, que mantiveram suas opiniões mais ancoradas em suas percepções políticas.
Pergunta 43
O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou neste domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição e disse apoiar a vice-presidente Kamala Harris para liderar chapa democrata. Vocês acompanharam essa notícia? O que sabem e pensam sobre a potencial indicada dos Democratas?
Previsão da derrota

Embora todos os grupos tenham considerado a decisão de Joe Biden como acertada, os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados) avaliaram que a mesma se deu pela percepção do presidente de que seria derrotado por Trump de maneira vexatória.

O nome de Kamala foi considerado igualmente fraco na disputa. Muitos a consideravam inexpressiva politicamente e a criticaram por ser representante de pautas da esquerda (defesa da mulher e negros). A opinião dominante era de que, apesar das tentativas dos democratas, Trump continuaria a ter uma vantagem significativa nas próximas eleições.

"Vi que o Biden não tem condições nenhuma de disputar uma reeleição, muito menos vencer Donald Trump, então ele desistiu e indicou a vice presidente, não acredito que a Kamala Harris vai conseguir ganhar do Trump, porque como vice do Biden fez uma participação muito apagada sem nenhuma relevância, os americanos não vão apostar numa candidata sem histórico expressivo no campo político e que vem com pauta de mulher apenas." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"O Biden viu que não tinha nenhuma chance de ganhar do Trump e desistiu pra não passar vergonha. Não acredito que a Kamala Harris tenha alguma chance de ganhar as eleições." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"O Biden viu que não conseguiria vencer as eleições presidenciais e está tentando colocar alguém com mais prestígio que ele. Mas, pelo que parece, será uma tentativa inútil, pois o Trump está saindo na frente das pesquisas. Já sobre a potencial indicada dos democratas, não acredito que seja uma concorrente à altura de Donald" (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu acompanhei e essa foi sem dúvida a melhor coisa que ele fez, ele não tem condições nenhuma de ganhar do Trump quanto a Kamala no início do mandato ela foi vista como uma grande aposta do partido mais se mostrou fraca, sem expressão e nenhuma competência para um cargo tão importante." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"A Kamala pelo que lembrei ela não tem índices tão bons em aprovação e sei que já foi criticada por não ser clara com vários problemas, acho que Joe já viu que não ia dar e passou o bastão pra ela, mas acho que no final das contas Trump vence." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)

"Eu vi a notícia por cima ,acho que essa Kamala,não vá ganhar,ela já foi muito criticada e o povo não esquece,e nem perdoa.Tem um povo contente por ser mulher e negra, mas esse povo que acha que amor ganha eleição. O Biden viu que não iria ganhar,e botou ela de bode expiatório." (G2, 26 anos, vendedora , AL)

"Na minha opinião Biden não tem força política, talvez não seja realmente a pessoa mais preparada para assumir os EUA Dessa forma ele perde todo o prestígio que tinha dentro do seu partido,dando então oportunidade a outro candidato,eu acho a Kamala politicamente fraca para ganhar as eleições dos Estados Unidos. Eu tenho a preferência em Trump e acredito que ele vença essas eleições." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

Decisão assertiva

Os participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) também não demonstraram surpresa ante a notícia. Porém, para esses, a decisão do presidente e do partido se deu em grande parte devido à sua idade avançada e saúde debilitada.

Muitos destacaram Kamala como a opção mais qualificada dentro do partido democrata, ainda que sua capacidade de vencer Donald Trump permanecesse questionável.

Houve menções sobre a possibilidade de uma chapa composta por mulheres, como Kamala Harris e Michelle Obama, avaliada como uma estratégia forte contra Trump.

Em total oposição ao grupo 1 (bolsonaristas convictos), os grupos e 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) viram a indicação de Kamala Harris como forte justamente pelo fato de ela ser uma mulher negra e representar uma diversidade significativa. Alguns acreditavam que isso poderia mobilizar uma parte importante do eleitorado.

"Já era esperado que o Biden desistisse, ele está com vários problemas de saúde. Com relação à Kamala, acho ótimo uma mulher como líder, ainda mais de um país tão forte quanto os EUA. Eu acho que ela é ótima, parece ser muito sensata, com uma boa política imigratória. Ela quer entender o porque as pessoas saem dos seus países e ajudar a América Latina, ao contrário do Trump que fez um terror separando famílias e devolvendo todo mundo pros países de origem sem avaliar cada caso. Ela também se posiciona bem com relação às guerras e à economia. Acredito que ela vá fazer um ótimo mandato, espero muito que ela vença. Não suporto o Trump" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Vi um pouco sobre. Inclusive vi uma especulação de que Michele Obama poderia vir como vice da Kamala, acho que uma chapa composta por mulheres é uma excelente jogada contra o Trump." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Vi uma reportagem ontem falando sobre a Kamala, ela tem potencial pra concorrer é bem qualificada mas infelizmente acredito que o Trump vai ganhar o que é uma pena ." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

"Eu não fiquei surpresa,pois o Biden está bem fora de prumo. Acredito que vão colocar a vice dele como candidata.Eu preferiria a Michele Obama ou uma chapa das duas, mas vamos aguardar os próximos capítulos" (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Eu acompanhei e estou acompanhando essa notícia. Tenho a opinião que a renúncia de Biden foi - embora tardia - muito acertada. Biden não tem as condições de saúde necessárias e nem a força política necessárias para uma nova disputa eleitoral, em especial contra um candidato tão forte politicamente quanto Trump. Quanto à indicação de Kamala Harris é a indicação mais adequada para a atual disputa e pode significar um grande impulso à campanha Democrata e pode ser ainda uma estratégia diferenciada no sentido de poder se ter a opção de se ter a primeira mulher Presidente dos Estados Unidos." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"Acompanhei a notícia da desistência do presidente dos Estados Unidos, mas não fiquei surpresa com a notícia, pois meio que já esperava algo nesse sentido pois acompanhei os debates e prévias dos candidatos e é nítido que o presidente dos Estados Unidos está com dificuldades no raciocínio e isso atrapalharia ele a exercer o mandato, eu penso que ela foi a escolha mais lógica pois ela tem um apoio do presidente ela tem uma campanha formada ela já consolidada já conhecida então eles não precisarão investir em outro candidato pra torná-lo conhecido e favorito do público. E ela também abrange uma parte da população significativa você é uma mulher por ser negra você é uma mulher com descendência então ela abrange uma parte da população que vai se sentir vista com ela concorrendo mas claro a muitas outras questões porque ela ainda precisa conquistar os delegados então apesar de ter o apoio presidente tornar isso mais fácil ainda assim vai ser uma longa trajetória com espaço de tempo muito curto" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)

"Li sobre, e amei a indicação de uma mulher negra a se candidatar a presidência." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)

Pergunta 44
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o sistema eleitoral brasileiro durante comício nesta terça-feira (23. O presidente afirmou, sem provas, que os resultados das urnas eletrônicas do Brasil não são auditados. Além do Brasil, Maduro também criticou os processos de apuração eleitoral dos Estados Unidos e da Colômbia, onde, de acordo com ele, os votos também não são auditados. Já na Venezuela, segundo ele, existem 16 etapas de auditoria. O que vocês acham dessa declaração de Maduro? Concordam com ele?
Concordam integralmente com a acusação

Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) concordaram integralmente com a acusação, mesmo discordando de todas as outras posturas de Nicolás Maduro. Unanimemente o grupo expressou concordância com as críticas de Maduro, enfatizando a falta de auditabilidade das urnas e manifestando ceticismo quanto à legitimidade das eleições que elegeram o presidente Lula. Os participantes mostraram-se totalmente crentes que o sistema eleitoral atual não oferece garantias suficientes de segurança e integridade dos votos, questionando os resultados eleitorais de 2022 com base em suas percepções particulares da realidade.

"Pela primeira vez vou ter que concordar com o Maduro em relação a seriedade das eleições brasileiras. Porque não acredito que o presidente Lula foi realmente eleito de forma justa e transparente." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Concordo, porque no Brasil não temos urnas auditadas, como também na Venezuela, e esse ditador só falou a verdade porque o descondenado também criticou as falas de ditador dele, deixem que briguem se for a nosso favor tá bom. Mas realmente o que ele disse é uma verdade onde não dá para auditar os votos não dá pra confiar, o mundo precisa da verdade, as pessoas tem que deixar de não gostar de política e deixar que outros decidam por eles." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Eu concordo com ele, pois realmente nosso sistema não é auditado. É possível ver, pela falta de popularidade de Lula, que ele não ganhou as eleições e, sim, tomou na marra do nosso ex-presidente Bolsonaro. Parece que Nicolás não gostou do que o Lula falou a respeito do banho de sangue caso ele não ganhasse e resolveu deixar o mundo mais atento." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Concordo com maduro. E to bem curiosa pra ver a reação do Lula. Será que o alexandre de Moraes vai pedir que maduro se explique em 24h? Parece o fim de uma "bela" amizade" (G1, 35 anos, artesã , SC)

"Parece incrível que terei que concordar com um ditador as urnas brasileiras são falhas e todos nós sabemos, só alguns políticos ainda não sabem disso, deixa ele criticar bastante vamos ver como o Senhor Lula vai reagir. É só olhar o tanto de gente que contestou pra saber que a eleição foi roubada aqui no Brasil" (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

Expressam desconfiança do sistema

A maioria dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas convictos) e uma minoria do grupo 3 (eleitores flutuantes) concordou parcialmente com a acusação de Nicolás Maduro quanto ao sistema eleitoral brasileiro.

Muitos revelaram preocupações significativas sobre a auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras, falando sobre a necessidade de melhorias no sistema eleitoral, especialmente em termos de transparência e auditabilidade, sugerindo que a falta de comprovação física do voto gerava insegurança. Porém, entre esses, não houve menções diretas ou exemplificações de potencias casos de fraudes.

"Quem é Maduro para criticar qualquer coisa em qualquer país do mundo, ele não é exemplo para nenhum país ou pessoa. E quanto as urnas no Brasil ,eu em particular não confio." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Concordo q não há como auditar o sistema brasileiro, pois não há comprovação física do voto, e os dados podem ser alterados no decorrer do processo entre a votação e a apuração por alguém q o opere o sistema, sem q depois haja provas de tal manipulação. Defensores do processo eleitoral brasileiro sempre dizem q nunca houve prova de fraude, e isso é obvio pois as provas depois deletada não são mais recuperaveis, vide o exemplo do invasor do sistema do STF em 2018 onde os logs de quem teve acesso ao sistema foram apagados, impedindo assim q as pessoas envolvidas fossem identificadas. Porém obviamente não acredito q as eleições na Venezuelas são eleições limpas, pois ditaduras sempre fazem de tudo pra continuar no poder." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Concordo plenamente com essa versão de seu ditador Maduro apesar de não compactuar com as atrocidades desse coleguinha de lulis. Realmente acredito que o nosso sistema eleitoral poderia passar por algumas mudanças e ajustes,uma delas poderia ser certamente auditadas aprimorando o processo de apuração. Creio que seria uma melhoria excelente,fazendo que as ideias de fraudes fossem frustradas e que todo o processo fosse prestigiados." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

"Concordo plenamente o que ele discursou,o nosso país já teve índice de fraudes na urnas e boatos como esse não surgem do assim nada." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Acho que Maduro tem que olhar mais pro jardim dele antes de falar dos outros. Porém concordo com ele, nosso sistema eleitoral é muito falho em relação a auditoria dos votos, porém visto o sistema corruptivo que temos, uma auditoria pode ser a janela para a adulteração dos votos e um chamarisco para mais polêmicas envolvendo o legislativo brasileiro." (G3, 25 anos, contador, RJ)

"Que eu saiba Maduro é amiguinho do Lula, deve saber umas coisas bem podres ai, será que vai começar a soltar? Estranho isso ai .. esse desentendimento entre os dois. Mas que pelo menos uma parte da população brasileira acredita que as Urnas não são auditadas pelo TSE, ah isso é fato. Ou se são auditáveis deve ser com uma arma na cabeça rs .... eu realmente não acredito nas urnas." (G3, 36 anos, autônoma, SP)

Rejeitam totalmente as acusações

As respostas dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) às declarações de Nicolás Maduro sobre o sistema eleitoral brasileiro mostraram uma rejeição generalizada às críticas feitas pelo líder venezuelano. Todos os participantes demonstraram confiança no sistema de urnas eletrônicas do Brasil, defendendo sua segurança e lisura. Muitos falaram sobre o sistema ser referência mundial, apontando que o país é elogiado internacionalmente por sua tecnologia eleitoral avançada e pela rapidez na apuração dos votos.

As declarações de Maduro foram vistas como hipócritas e sem credibilidade, principalmente considerando a própria reputação de seu governo em relação à manipulação das eleições na Venezuela.

"A urna só é uma fraude quando quem quer ganhar perde?! Estudos já foram feitos, auditorias tbm e viu se que as urnas são seguras. Lamentável as falas desse cidadão que msm sem embasamentos está difamando um processo que já fora dito seguro" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Ele deveria era cuidar da situação econômica de seu país, e pesquisar primeiro antes de fazer uma declaração dessas. Eu não concordo com este tipo de declaração e a justiça deveria fazer ele provar que o sistema eleitoral principalmente do Brasil não funciona." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Discordo totalmente. Papo de sem noção mesmo desse cara , desacreditar do sistema eleitoral, não importa se é de direita ou esquerda, se é golpista mete esse mesmo papo. Se fosse honesta eleição de lá ele não seria presidente, e a Venezuela não estaria do jeito que está." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Essa fala de Maduro é um absurdo que só pode vir de um ditador antidemocrático e violento como Maduro. As urnas eletrônicas brasileiras são tão seguras que até outros países já vieram conhecer a urna eletrônica com interesse em implantar a mesma em seus países. Maduro não tem nenhuma credibilidade para opinar sobre eleições." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)

"Não assisti nada sobre isso, mas acho um absurdo, o que não surpreende vindo de um ditador como o Maduro, esse homem não tem moral nenhuma pra falar algo sobre o nosso sistema eleitoral ainda mais sem provas, acredito sim que o sistema eleitoral brasileiro é 100% seguro." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Não concordo, o sistema eleitoral brasileiro é elogiado no mundo todo, tanto por sua segurança, como pela rapidez na apuração, conseguindo fazer com que mais de 100 milhões de votos sejam contabilizados em apenas algumas horas. Além disso, o sistema brasileiro passa por testes de segurança e possui um forte esquema de controle por meio da criptgrafia. Por tudo isso, discordo da frase do Maduro, que foi bastante infeliz na sua colocação!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Acho que é uma declaração bem fajuta, tendo em vista que ele faz uma alegação sem nenhuma prova qualquer. O sistema de eleição do Brasil é de longe um dos melhores e mais seguros do mundo!" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)

Pergunta 45
Nesta terça-feira (23), a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, falou sobre como equilibrar as contas do país. A ministra disse que a resposta é gastar bem o dinheiro público, verificando os gargalos, mas que não seriam os programas sociais os responsáveis pelos maiores gastos do país. Em suas palavras: “O problema dos gastos no Brasil não é o pobre no Orçamento, são os privilégios dos ricos, que precisam ser checados ponto a ponto nos gastos tributários aquilo que, efetivamente, ao se renunciar na forma de receita vem da mesma forma em políticas que atendam o interesse coletivo”. Vocês acompanham a atuação de Simone Tebet? O que pensam sobre a ministra e seu posicionamento?
Posicionamentos sobre Simone Tebet

Os participantes dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) criticaram a Ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil por seus posicionamentos políticos. Muitas das opiniões revelaram um sentimento de decepção, traição e oportunismo, principalmente pela aliança de Tebet com o atual presidente, o que foi visto como uma contradição em relação às suas posições anteriores. A percepção de que a ministra está limitada pelas diretrizes do governo foi um ponto recorrente, indicando uma falta de esperança de mudanças significativas sob sua liderança.

Os participantes dos demais grupos não debateram sobre a imagem de Simone Tebet.

"Ela é uma hipócrita e vendida está ministra mequetrefe. No debate a presidência falava que nunca iria apoiar o Lula e olha só, acabou se tornando ministra do ladrão.. nada do que está senhora fala tem validade. é uma imoral sem caráter e traidora dos eleitores." (G1, 54 anos, músico, RS)

"Essa ministra é uma vendida." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Essa mulher é uma oportunista, pois se escora onde convém. Não estrutura para nada." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Essa Simone Tebet é uma mentirosa, dissimulada, eu não acredito em nada que venha dela, todos que criticavam o descondenado, no 2° turno das eleições o apoiaram pra mim perdeu a credibilidade e o respeito." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"A Simone Tebet, traiu Bolsonaro. Foi apoiar o Lula, ser ministra dele, se vendeu isso sim! Não vejo sinceridade em nada que venha dessa senhora, e os mais privilegiados no caso são os políticos, ela inclusive, e quem paga a conta somos nós brasileiros honestos trabalhadores. Só vejo viagens de Lula, e sua quadrilha, almoços dos mais requintados, roupas, e luxos da dona Janja. Todos querem uma fatia do bolo, inclusive a Tebet. É o tal de me engana, que eu gosto! #sqn" (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Não acompanho a Simone, pois me decepcionei no momento que passou a apoiar o Lula, ela tem conhecimento e capacidade, mas como é ministra dessa turma tem que fazer o que eles querem." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Essa ministra era minha opção de voto, mas depois se juntou com o Lula, me decepcionou, foi virar ministra do PT." (G2, 43 anos, professora , SP)

Redução dos custos da classe política

Unanimemente todos os participantes concordaram com as declarações de Simone Tebet sobre a necessidade de redução dos gastos.

Para os participantes dos grupos 1, 2 e 3 (bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) , os privilégios estariam concentrados na classe política. Houve um consenso de que os próprios políticos (e concursados do alto escalão, como ministros e juízes), com seus altos salários e benefícios, são os grandes responsáveis pelos desequilíbrios nas contas públicas. As respostas destacaram um desejo comum de que a redução de gastos começasse então pelos próprios políticos e suas mordomias, incluindo a redução das viagens internacionais (numa alusão direta a Lula).

Embora algumas opiniões no grupo 3 (eleitores flutuantes) fossem mais positivas em relação às declarações de Tebet, considerando-as coerentes e válidas, a crença geral foi de que as promessas de cortes e ajustes são frequentemente retóricas vazias, que não se traduzem em ações concretas.

"Ela poderia começar entao cortando o próprio salário eo dos colegas ministeriais.. poderia tbm cortar os privilégios do Lula da janja dos ministros do STF dos parlamentares, pq todos estes ai são ricos que nunca produziram nada para o desenvolvimento do país". (G1, 54 anos, músico, RS)

"Acredito que tem que haver redução de gastos, a começar pelos gastos do então presidente Lula e de sua esposa. " (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"O problema do Brasil são os políticos e seus privilégios, são tantos auxílios que não sei como eles não ficam com vergonha na cara de esbanjar dinheiro do suor dos brasileiros, vivem as custas do sacrifício de um povo sofrido e batalhador. Essa ministra é outra que vive as nossas custas e fica de blá blá blá e não resolvem nada a nosso favor." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Eu acho que a economia devia começar por eles mesmo, o Presidente gastar menos comas viagens e acompanhantes que ele leva e cortando as mordomias de deputados e senadores, que são muitas ,fazendo isso acho que mais de 50 % dos problemas estariam resolvidos." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Não acompanho a ministra mas achei muito sábio esse posicionamento, os ricos sempre tem privilégio, mas o principal problema ao meu ver com o valor gasto do ministério público são os próprios políticos, que tem salários altíssimos fora um monte de benefícios e muitas vezes ainda fazem coisas por baixo dos panos para ganhar mas dinheiro.Aí eu fico pensando qual será o salário real dela" (G3, 29 anos, vendedora , GO)

"O problema das contas do Brasil não são somente o privilegio dos ricos, pois alguns trabalharam muito para serem ricos, mas sim o privilegio dos próprios políticos, ministros, presidentes, governadores, juízes, e gente rica também que se tornou por conta de vantagens fiscais e etc. Um exemplo, quantos juízes fazem merda e ao invés de serem julgados eles simplesmente perdem o cargo pois eles se aposentam, e pasmem com salario integral .... kkkk isso é uma piada. Pois ai que esta o gargalo. Mas o discurso dela é só para ganhar eleitores, dos quais boa parte do Brasil sobrevive de programas sociais sim. Então ela esta querendo conquistar a maior fatia do bolo." (G3, 36 anos, autônoma, SP)

"Realmente tem que cobrar de quem tem sim . Mas tem que concordar com alguns comentários como esse governo gosta de taxa e como já disseram eles deveriam ser taxados pelos altos salários que recebem também tudo é pago com o nosso dinheiro e pouco serviço prestado pra população." (G3, 40 anos, auxiliar de classe , SP)

Reorganização do sistema tributário

Os participantes dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) expressaram maior apoia às palavras da ministra. Muitos concordaram com a ideia de que os benefícios sociais não são os principais responsáveis pelos gastos excessivos do país, e que a verdadeira carga financeira recairia sobre os privilégios dos ricos e dos políticos corruptos.

A ênfase na necessidade de uma tributação mais equitativa e no corte de despesas desnecessárias, especialmente nos altos cargos políticos e nos benefícios exagerados, foi um ponto de consenso.

Houve também uma percepção clara de que "discursos bonitos não são suficientes sem ações concretas". Alguns participantes expressaram frustração com a falta de medidas práticas e efetivas para combater a corrupção e reduzir os privilégios dos ricos.

"Gostei demais das palavras dela, realmente o que falta é taxar os ricos,porque o problema do Brasil não é o pobre,mais sim os mais favorecidos que levam vantagem em tudo nesse país." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Acho a declaração acertada, porém, mais do que palavras, precisamos ver ações efetivas. Gosto dela e o posicionamento que tem mantido." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

"Não vi nada sobre, mais gostei muito da fala dela, bom que pense assim, os pobres nesse país só sofrem cada vez mais, só que falar bonito e não fazer nada não adianta." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Eu raramente gosto de pronunciamentos da Simone, às vezes acho que ela extrapola, mais ultimamente tenho visto bons posicionamentos dela, concordo com o mesmo, vemos hoje muitos ricos abusando do seu poder aquisitivo e de muitas "mordomias" digamos que chega a ser surreais, o pobre gasta e gasta muito, a maioria tem famílias grande, não acredito que o pobre é quem gere tal prejuizo." (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)

"Ela está certissima! Os programas sociais e o ajuda para os menos favorecidos são uma parte ínfima do orçamento brasileiro. Se a gente tivesse uma reforma tributária que taxasse mais os ricos em proporção a quem ganha 2, 3 salários mínimos, já seria um grande avanço. Isso sem falar na tributação das empresas, taxação de heranças, acabar com a farra das aposentadorias dos filhos de militares, entre tantas outras coisas que acontecem no Brasil. Enfim, falar que o pouco que a classe menos favorecida recebe no Brasil prejudica o orçamento é de uma hipocrisia imensa." (G5, 33 anos, tradutor, SP)

"Concordo com a Simone Tebet não são os programas sociais que oneram os cofres públicos o que mais pesa nos cofres públicos são os privilégios dados aos ricos e aos políticos." (G5, 46 anos, vendedora, AL)

"Essa fala de tirar o privilégio dos mais ricos e taxar os mais ricos já dita muito tempo mas só é falada nunca é feita as pessoas comuns não veem essa fala se concretizando em ações por exemplo. Se realmente tudo o que ela falou onde os ricos teriam que renunciar os privilégios e teria geraria mais receita eu acho que realmente seria interessante" (G5, 28 anos, auxiliar administrativa, RS)

Considerações finais

As opiniões dos grupos sobre a troca de candidato do Partido Democrata estadunidense foram muito similares. Os bolsonaristas se diferenciado um pouco por nutrirem uma imagem muito negativa de Kamala Harris, vista como incapaz e incompetente por convictos e moderados. Os outros grupos reconheceram virtudes na candidata, mas ao mesmo tempo afirmaram achar difícil a tarefa de derrotar Trump.

O tema das declarações de Maduro contra o sistema eleitoral brasileiro foi usado pelos bolsonaristas convictos para reafirmar sua crença na ocorrência de fraude eleitoral na eleição de 2022, que deu a vitória a Lula. Já os convictos de dividem entre aqueles que também creem na natureza fraudulenta do sistema brasileiro e aqueles que tem opinião diametralmente oposta. A percepção de que o sistema eleitoral brasileiro é corrompido penetra inclusive no grupo de flutuantes, ainda que em uma minoria de participantes. Lulodescontentes e lulistas, por outro lado, creem plenamente no bom funcionamento. Esse resultado mostra que os ataques contra o sistema eleitoral, promovidos pelas campanhas de desinformação da extrema-direita, produzem efeitos inclusive para além das bolhas bolsonaristas, ainda que não penetrem no eleitorado simpático a Lula.

A recepção da fala de Tebet, defendendo que o problema do orçamento público não são as políticas sociais para os pobres, mas os privilégios e vantagens conferidos aos ricos, foi bastante diferenciada, revelando aspectos interessantes do posicionamento e mesmo da cognição dos integrantes de cada grupo.

Bolsonaristas convictos acusaram-na de traidora, ao mesmo tempo aproveitando o tema para afirmar que o problema das contas públicas eram os privilégios e a corrupção dos políticos, algo que não estava na fala da ministra. Moderados já tiveram um posicionamento mais nuançado. Alguns a recriminaram por ser ministra de Lula, mas outros concordaram com sua crítica, adicionando a ela um viés contra os políticos, que deveriam ser os primeiros a cortar privilégios, na sua visão. Os flutuantes, reafirmando sua vocação mais apolítica, concordaram com a crítica, mas desconfiaram da seriedade da emissora. Os lulosdecontentes concordaram com a ministra, mas não deixaram de colocar parte da culpa nos políticos corruptos. Somente os lulistas concordaram com as falas, ainda que alguns tenham citado o problema da má administração de recursos públicos.

Esse resultado mostra o estrago que a Lava Jato e a campanha de décadas de demonização da política promovida pela grande imprensa brasileira produziram na opinião pública de nosso país. As pessoas continuam a acreditar que a corrupção política tem um efeito principal nas contas públicas e, ao fazer isso, deixam de identificar os aspectos regressivos da taxação, a mediocridade neoliberal imposta à política fiscal e outros dispositivos da administração pública que favorecem a reprodução das desigualdades brutais em nossa sociedade.

Distribuição da Participação
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Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro

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#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

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#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

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Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

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Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.