Relatório 51

De 20 a 26/5

Temas:

  • Benefício Emergencial no RS
  • Absolvição de Moro
  • Imposto sobre Importações
Realização:
Apoio:
Metodologia

O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:

G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.

G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.

G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.

G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.

G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.

Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.

Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.

É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.

O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.

Síntese dos Principais Resultados

Entre os dias 20 a 26/5 quatro grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 40 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) recriação do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) para o RS ii) absolvição, pelo TSE, do senador Sergio Moro; iii) possibilidade de retomada do imposto sobre importação.
Ao todo, foram analisadas 168 interações, que totalizaram 6.910 palavras.

Bolsonaristas Convictos Bolsonaristas Moderados Eleitores Flutuantes Lulodescontentes Evangélicos
Benefício Emergencial O grupo apoiou a iniciativa de auxílio às vítimas das enchentes no RS. Muitos levantaram questionamentos acerca da idoneidade do atual governo em gerir tais recursos e outros fizeram comparações saudosas com o governo anterior. O grupo aprovou a iniciativa por parte do Governo Federal, elogiando-a e caracterizando-a como uma ação correta nesse momento, que ajudaria tanto trabalhadores quanto empresários. Alguns pontuaram que tal medida era uma forma de os impostos pagos de fato retornarem à população. Os participantes apoiaram a iniciativa, considerando ser de grande valia para os empresários se reerguerem sem causar prejuízos aos seus funcionários. Alguns participantes mencionaram a necessidade de transparência e responsabilidade na implementação do programa. O grupo validou a iniciativa como necessária e celebrou a ajuda aos mais necessitados. Muitos participantes apontaram para a necessidade de criação de uma cláusula de compromisso, para que os empresários fossem compelidos a manter os empregos dos funcionários. Os evangélicos, assim como os demais painelistas, aprovaram a iniciativa, considerando-a um ato justo e benevolente para amparar os gaúchos no enfrentamento das consequências das enchentes.
Absolvição de Moro O grupo respondeu de modo dúbio, aprovando Moro enquanto juiz, por sua atuação na Lava Jato e rejeitando-o a partir de seu rompimento com Bolsonaro. A absolvição pelo TSE foi interpretada por alguns como um reflexo do sistema político viciado. Majoritariamente o grupo celebrou a vitória de Moro. Muitos participantes mencionaram a ausência de provas contra Moro e consideraram as acusações como ataques políticos de adversários. A maioria do grupo não havia acompanhado as notícias mais recentes, porém se mostraram céticos em relação à justiça no país, apontando que políticos e pessoas de poder no Brasil raramente enfrentam as consequências de seus atos. Alguns repudiaram a absolvição do senador. Além de mostrar ceticismo e apatia em relação à justiça, destacando a percepção de que o dinheiro e o poder influenciaram decisivamente os resultados judiciais, o grupo também demonstrou rejeição a Sergio Moro, considerando-o culpado perante as acusações recebidas. Os evangélicos posicionaram-se de acordo com seus grupos originais de pertencimento, não apresentando convergência de opiniões motivadas pela prática religiosa.
Imposto de importação O grupo criticou a introdução do imposto, aproveitando a ocasião para relembrar o governo Bolsonaro e argumentar que sua administração era superior à de Lula, citando como exemplo a ausência de taxas sobre importação. As respostas do grupo indicaram uma profunda insatisfação com a política tributária vigente, com apelos para a redução dos impostos. Muitos avaliaram que as classes mais baixas seriam as mais prejudicadas, pela redução de sua capacidade de consumo. O grupo avaliou a política de taxação no país como uma medida covarde e injusta, que colocaria um fardo excessivo sobre os consumidores de baixa renda, pois esses seriam os mais prejudicados. A diminuição dos impostos nacionais foi vista como uma solução para a compra de produtos nacionais. Os participantes argumentaram que, ao invés de aumentar as taxas sobre importações, o governo deveria focar em equilibrar e reduzir a tributação sobre produtos nacionais, tornando-os mais competitivos e justos em relação aos produtos importados. Os evangélicos mantiveram-se alinhados aos seus grupos de origem, sem mostrar uma unificação de opiniões que fosse influenciada pela prática religiosa.
Pergunta 16
O governador do RS, Eduardo Leite, disse ao Estadão que conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de recriar o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) que fora instituído por Medida Provisória durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, no contexto da pandemia da covid-19. Sob esse modelo, de modo resumido, as empresas poderiam diminuir os salários dos funcionários e o governo cobriria parte desse custo. “Se o governo puder assumir parte desses pagamentos, isso seria um enorme alívio para os trabalhadores e as empresas. Os trabalhadores teriam mais tranquilidade para ir refazendo suas vidas, e as empresas poderiam diminuir suas despesas, sem interromper sua produção e permitindo que o trabalhador mantenha sua renda”, disse o governador. O que vocês acham dessa medida? Vocês concordam que o governo federal deve financiar custos da iniciativa privada?
Aprovam a iniciativa

De modo unânime, todos os participantes aprovaram a adoção da medida emergencial proposta pelo governador do Rio Grande do Sul. Para eles, a iniciativa seria crucial para a manutenção de empregos e para ajudar tantos trabalhadores quantos empresas a se reerguerem, ajudando na recuperação econômica do estado. Alguns painelistas deram exemplos de quando foram contemplados pelo programa, durante a pandemia e de como isso os ajudou.

Muitos ressaltaram a importância de uma fiscalização rigorosa para garantir que os recursos sejam aplicados corretamente, evitando fraudes e desvios de verbas, garantindo que a ajuda chegue a quem realmente precisa.

No grupo 2 (bolsonaristas moderados), a ação foi vista como uma forma de reversão dos tributos pagos em benefícios diretos. No grupo 4 (lulodescontentes) algumas respostas sugeriram melhorias adicionais, como a criação de termos de garantia de manutenção de emprego para evitar demissões após o término do benefício.

"Acho uma medida bastante válida para ajudar a manter os empregos e ajudar economia a se reerguer no Rio Grande do Sul ,mas que isso seja feito com muita fiscalização porque nesse governo, tudo o que gera gastos tem desvios, infelizmente!" (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Eu concordo com esse programa. Pois na época da pandemia eu recebi meu salário através da ajuda desse programa. E acredito ser de vital importância para as empresas honrarem os compromissos com os seus funcionários." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Sim,acho mais positivo essa medida,ajudaria demais principalmente os empregados ,e não teriam prejuízo algum,já que todos pagamos tantos impostos,em tudo e em todos os lugares. Acredito que não estão perdendo e nem dando nada,pois já é um direito de todos."" (G2, 50 anos, auxiliar , SP)

"Eu acho que será uma atitude bastante positiva,ja que estamos passando por um momento muito delicado,seria apenas uma troca de favores,ja que toda ajuda vai sair dos impostos que pagamos,seria uma ajuda louvável no momento." (G2, 26 anos, vendedora , AL)

"No meu ponto de vista isso sim seria uma boa ação do governo federal , quando foi criado na época da COVID com o governo do Bolsonaro isso estabilizou bem o nosso país, e vejo sim que o governo fazendo isso vai está diminuindo a angustia da perdas que o pessoal do Sul está vivenciando." (G3, 32 anos, vendedor, MG)

"Eu acho que o governo Lula deve sim recriar o Benefício Emergencial de Preservação de Emprego e da Renda ( BEM), porque todos que foram atingidos pelas enchentes perderam tudo ou quase tudo que tinha. A única forma das empresas e dos cidadãos se reerguerem é com ajuda imediata de todas as formas possíveis. Agora, deve sim ter ampla fiscalização e prazo determinado para que os benefícios cheguem a quem realmente está precisando e o estado possa se reerguer." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Achei bem interessante desde que todos saiam ganhando, as empresas se erguendo novamente e os trabalhadores permanecendo com sua renda, espero que isso de fato ocorra para o bem de todos que precisam." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Achei bem válido, nosso estado precisa de muito apoio nesse momento com tudo que vem passando, e acredito que isso vai ajudar muito os que foram afetados , será uma coisa a menos para se preocupar." (G4, 25 anos, babá, RS)

"Nesse momento excepcional, acho importantíssima essa medida que vai ajudar empresários e trabalhadores. Porém acredito que deveria ser feito um termo de garantia de manutenção do emprego, para que ao final desse “ajuda”, não seja realizada demissões em massa. Acredito também ser necessário criar uma comissão para avaliar se essa ajuda será necessário para reerguer uma empresa/comercio, ou se será preciso mais coisas para isso, pois pode não ser necessário, visto o tamanho do dano as cidades." (G4, 37 anos, analista de RH, ES)

Bolsonaro

Os participantes do grupo 1 aproveitaram a oportunidade para rememorar e elogiar a atuação do ex-presidente e atacar o atual governo, acusando Lula de ser omisso em ações de auxílio ao RS e de querer politizar os recursos. Muitos também fizeram acusações sobre os riscos das verbas serem desviadas em atos de corrupção.

"isso éo mínimo que o governo deve faser, afinal pelo que ja ouvimos falar, em todos os meios de informações ''confiáveis" .... grande parte dos 50 bilhões que o governo se vangloria de mandar como ajuda , na verdade é empréstimos ..." (G1, 54 anos, músico, RS)

"Super concordo. É o mais certo a se fazer. Agora é saber se darão ouvidos ao governador. Pois o governo não tem dinheiro. E conhecendo o presidente, vai mudar o nome do programa para não ser comparado com o Bolsonaro e da mesma forma que mudaram o nome de outros programas para bolsa família para ganhar os créditos." (G1, 35 anos, artesã , SC)

" Concordo com a medida, mais do que justo ter essa ajuda, eles precisam se reerguer de alguma forma, mas vão precisar de muita ajuda. Resta saber se não vai ter desvio de dinheiro. Pois nesse governo atual, eu não confio de jeito nenhum." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Sim, eu concordo que o governo ajude a iniciativa privada nesse momento de crise, até que tudo volte à normalidade, assim como aconteceu na pandemia quando o presidente Bolsonaro criou o benefício emergencial para que os trabalhadores não ficassem sem ter o sustento para sua família. Mas eu não acredito que essa ajuda vai acontecer, porque esse governo não está ajudando em nada as pessoas que foram atingidas pelas enchentes que vitimou milhares de pessoas." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Se fosse no governo Bolsonaro, tenho certeza que desde o primeiro dia já estaria dando total apoio a todos do RS, assim como ele fez no Brasil inteiro durante a pandemia. Diante da situação, do governo atual pegar doações, montar cestas básicas com selo do governo como se isso fosse feito por ele, tenho minhas dúvidas, mas espero que aconteça essa ajuda para a população"" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

Pergunta 16
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve, nesta terça-feira (21), a absolvição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) em julgamento que o acusava de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação, durante sua campanha em 2022, onde ele concorreu e venceu a disputa pela vaga de Senador no Paraná. Na prática, o tribunal regional manteve o mandato de Moro como senador. Vocês acompanharam esses fatos? Como vocês avaliam o ex-juiz e agora Senador, Sergio Moro?
De paladino da justiça a traidor da pátria

Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) demonstraram complexidade para articularem suas respostas.

Como juiz, muitos reconheceram seu papel decisivo na operação Lava Jato, percebido por alguns como um combate significativo à corrupção. No entanto, sua transição para a política foi vista de forma negativa por muitos, especialmente devido à sua saída conturbada e disruptiva do governo Bolsonaro em meio à pandemia. A traição ao presidente Bolsonaro foi um ponto central de crítica, sendo vista como um gesto de vaidade e falta de caráter.

"Pra mim o Sérgio Mouro perdeu a credibilidade quando traiu o presidente Bolsonaro e saiu do governo em meio o caos da pandemia, no momento difícil que estávamos passando ele ainda contribui pra deixar pior a situação de insegurança, mas nada como um dia atrás do outro pra revelar a verdade, essa capa de homem honesto e honrado caiu por terra e descobrimos que ele não passava de outro traidor, a vaidade dele foi tanta que hoje vemos esse senador como um pato rouco ridículo sem palavras, que só estava atuando pensando em ser um grande político mais a frente. Avalio o senador como alguém sem credibilidade, sonso, sem caráter e atrapalhado que não vai chegar a lugar nenhum." (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

"Esse caso nao estou acompanhando não. Como juiz pra mim ele foi um ótimo profissional, porém quando ele se envolveu na política deixou muito a desejar, por que ocorreu traição por parte dele com o atual presidente na época, abandonou o cargo de ministro, entre outras coisas." (G1, 26 anos, recepcionista , SP)

" Acompanhei por cima e não fiquei surpreso com a sua absolvição infelizmente política é um jogo de cartas marcadas. Esse Senhor me decepcionou muito porque se mostrou falso e sem nenhuma credibilidade." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Quando Sérgio Moro era juiz, fez um ótimo trabalho, prendeu vários corruptos, e sim ajudou na luta contra a corrupção. E esse governo atual, estão soltando a maioria. Moro depois que virou político, traiu o Bolsonaro. Nos dias de hoje não confio muito nele para ser governante, mas tem piores. E se foi absolvido deve ser inocente das acusações feitas." (G1, 64 anos, empresário, PR)

"Moro como juiz fez um excelente trabalho. Como ministro nomeado por Bolsonaro, foi vergonhoso. Não fez seu trabalho, traiu Bolsonaro e todos que confiaram nele. Como Senador, é aquele que só está no cargo, mas não faz nada.Não acho justo absolvição de nenhum político que tenha cometido algum crime político." (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)

"Olha moro é o verdadeiro judas 😒😓 traiu quem mais deu a cara a tapa para ele !!! Infelizmente a política nem todos são confiáveis. É uma pessoa que não se confia ,pq qdo a corda vai arrebentar ele é o primeiro é fechar a porta e jogar a fechadura" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)

Perseguição política

Os participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) expressaram um forte apoio à manutenção do mandato de Sergio Moro como senador, refletindo uma confiança na integridade do ex-juiz e na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Muitos participantes mencionaram a ausência de provas contra Moro e consideraram as acusações como ataques políticos de adversários. A decisão unânime do TSE foi vista como uma validação da inocência de Moro e um indicativo de que ele está sendo alvo de perseguição política, especialmente devido ao seu histórico na operação Lava Jato e sua oposição ao, na época, ex-presidente Lula.

"Sou a favor da permanencia do Moro como Senador, pois as acusações feitas por adversarios politicos não foram comprovadas e o TSE decidiu manter sua absolvição e mandato." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Infelizmente não acompanhei,mas sempre achei ele muito íntegro e a atuação dele,como juiz,nunca deixou rastros, então apoio completamente a decisão TSE." (G2, 54 anos, aposentado, PB)

"Eu acompanho o senador e ex-juiz Sérgio Moro desde desde a apurações da lava jato acompanho na íntegra notícia ou comentário sobre ele,esse cidadão é uma pessoa muito correta,uma pessoa honesta,uma pessoa que não tem nada a temer. E nos últimos meses o que se tem visto infelizmente no nosso país é aquilo que chamamos de perseguição,e perseguição política. O senador tem sofrido bastante ataques da esquerda,por ele ter sido o responsável pela prisão do presidente Lula,e pelo que parece,Lula está empenhado em desconstruir esse lado correto e honesto do senador. No meu ponto de ver e enxergar a política e todo o cenário atual,o tribunal superior eleitoral agiu corretamente na decisão da sentença,fazendo com que o ex-juiz Sérgio Moro tenha todos os seus direitos intactos." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)

"Não acompanhei esse fato, mas entendo que o TSE julgou certo, ele é outra pessoa que é perseguida pela esquerda pois agiu como bom profissional e com ética como juiz e agora como senador." (G2, 35 anos, contadora, RS)

"Sérgio Moro desde seu mandato havia muitos apoiadores e justamente por ele ser íntegro sempre ouve pessoas contra sua posição até pelo poder dele mesmo, acredito que se a justiça não encontrou nada sobre as acusações acho válido a decisão tomada apoio o TSE." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)

Céticos

Os participantes dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) expressaram forte desconfiança no sistema político e judiciário brasileiro, refletindo um ceticismo generalizado em relação à absolvição de Sergio Moro.

Muitos participantes apontaram que políticos e pessoas de poder no Brasil raramente enfrentam as consequências de seus atos, destacando a percepção de impunidade e favoritismo. A decisão do TSE de manter o mandato de Moro foi vista como mais um exemplo de como o sistema protege seus próprios membros, independentemente das acusações ou evidências apresentadas contra eles.

Alguns participantes mencionaram acompanhar o caso de maneira superficial ou relataram uma falta de interesse justamente devido à previsibilidade dos resultados em casos envolvendo figuras poderosas.

Entre os que se posicionaram mais em relação à decisão, houve condenação da absolvição de Moro, que foi considerado como culpado por seus atos políticos.

"Sinceramente não acompanhei esse caso. Mas baseando em casos passados, ricos e políticos nunca serão penalizados no BRASIL" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Ja era de se esperar a absolvição. Infelizmente as leis são válidas para quem não tem poder. E algo banalizado hj em dia, muitos políticos tem abuso de poder, fazem campanhas antes do prazo; quantos jantares, churrascos, “inaugurações “ e nada é feito… enfim, a justiça só vale para quem não tem nada a oferecer" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)

"Isso não acontece somente com o Sergio Moro isso na verdade acontece com todos lá dentro são tipo uma "panelinha" no dito popular. Fulano absolvido por lava a jato, beltrano por mensalão, ciclano por dinheiro na meia e por ai vai. Ai os proprios que fazem essa corrupção toda são os proprios que absolvem, os amiguinhos. Ah mas no futuro poderei ser vice do presidente, do governador então vamos dar uma "chance", poisa talvez precise deles enfim. Isso não é nada democratico afinal o TSE faz um mal para a sociedade, absolvendo condenados e muito deles que já confessaram, isso so mostra que o crime compensa, porem para alguns." (G3, 36 anos, autônoma, SP)

"Eu acompanhei os fatos, tudo isso me deixa chateada e com a sensação de que nunca podemos confiar em nenhum político ou pessoa de poder no Brasil. Todos parecem de alguma forma abusar do poder ou usar dinheiro público para benefício próprio. Achei bem errado ele ter sido absolvido" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Eu não acho que ele seja inocente,ele só tem bons advogados e dinheiro pra se livrar. No nosso país infelizmente quem manda é o dinheiro e a influência que a pessoa tem." (G4, 49 anos, artesã , CE)

"Eu acho a justiça desse pais uma vergonha, quem tem dinheiro compra absolutamente tudo. Esse homem não é e nunca vai ser inocente, deveria pagar pelos crimes que cometeu." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Infelizmente a justiça do Brasil é falha, acredito que sim , ele tem culpa, mas com bons advogados trabalhando, e o judiciário sendo uma vergonha, ele foi absolvido." (G4, 25 anos, babá, RS)

Pergunta 19
A possível retomada do imposto de importação sobre encomendas do exterior de até US$ 50 vem gerando debates. A isenção federal do imposto para encomendas de baixo valor tem sido consistentemente criticada pelo empresariado de grande porte brasileiro – que diz haver uma penalização da produção nacional, cuja tributação é muito mais alta do que os 17% cobrados de ICMS. Já os de pequeno e médio porte defendem que se mantenha a isenção, uma vez que praticam negócios por essa via de compras. O que vocês pensam sobre esse assunto, que seria a taxação integral (60% do valor) de compras efetuadas no exterior?
Medidas injustas

Todos os grupos demonstraram uma forte insatisfação com o aumento das taxas sobre as importações. Houve consenso de que as novas taxas dificultariam as compras internacionais, afetando negativamente quem depende desses produtos, especialmente aqueles com menor poder aquisitivo.

Nos grupos 2, 3 e 4 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes e lulodescontentes) os participantes sugeriram que a solução seria reduzir os impostos sobre a produção nacional ao invés de aumentar as taxas sobre importações. Para eles, era evidente que isso incentivaria a economia local e tornaria os produtos nacionais mais competitivos.

"Eu acho uma tristeza principalmente porque quem mais vai sofrer é a populacao mais pobre que compra produtos importados por conta do preço mais baixo. Chega a ser maldade e isso é pra favorecer os empresários amigos dele." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)

"Eu sempre achei que se cobra impostos em tudo,e chega a ser abusivo . Existem produtos (exemplos )que a taxa de imposto é tão grande que muitos desistem da compra . Isso acaba prejudicando em todas as áreas e todos . Tudo mudaria se houvesse uma diminuição nos empostos." (G2, 50 anos, auxiliar , SP)

"Não sou a favor da taxação pq aumenta os custos para os consumidores e prejudica pequenos negócios q dependem dessas compras...." (G2, 43 anos, administradora, GO)

"Acho que estão brigando com lado errado. Tem que lutar é para baixar os valores de impostos brasileiros. Se os valores fossem atrativos e justos, ninguém estaria comparando itens da china" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)

"Eu concordo totalmente com a moça. O povo compra do exterior, em especial da China, porque os preços dos produtos brasileiros são muito altos. E por que são altos? Porque os impostos são absurdos! Eu sempre tento comprar produção nacional, para ajudar pequenas empresas brasileiras, mas às vezes é impossível pq a diferença de preço é enorme. Em resumo, acho que o governo para variar só quer sugar dinheiro da população e não dar nada em troca" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)

"Eu não concordo com a taxação, pois só prejudica o cidadão que tem poucos recursos e o pequeno empreendedor. Os nossos impostos já são altos, e essas compras nos ajudava muito na hora de comprar vários produtos. Quem tem dinheiro vai viajar e comprar o que precisa, quem não tem vai ficar a mercê dos preço altos praticados aqui no Brasil." (G3, 45 anos, professora , MT)

"Acho que não é necessário aumentar os impostos e sim diminuir a tributação da produção nacional, assim ficaria justo para ambos, pois com o aumento dos impostos muitas pessoas irão deixar de comprar no exterior, pessoas que trabalham com a mercadoria, que tiram seu sustento delas, acredito que não podem tirar de um para beneficiar outro, ainda mais quando se tratam de empresas de grande porte." (G4, 27 anos, autônoma, PA)

"Também acho que a solução não é aumentar os impostos e sim equilibrar a tributação dos produtos nacionais. Pois assim ficaria mais justo." (G4, 53 anos, artesã , SP)

Insatisfação com o governo

Novamente os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) basearam suas respostas em comparar a atual gestão com a de Bolsonaro. Os participantes compararam o governo atual desfavoravelmente com o governo anterior, mencionando que no período de Bolsonaro os impostos eram menores e que isso beneficiava a população, principalmente as classes de baixa renda. Além disso, houve críticas ao destino dos impostos arrecadados, com uma percepção de que não são revertidos em benefícios para a população.

"O governo anterior passou 3 dos 4 anos baixando impostos para beneficiar a populaçao, principalmente de baixa renda já o governo atual começou a taxar tudo desde o primeiro dia de posse. Governo que se diz do povo sempre ferrando com o povo." (G1, 54 anos, músico, RS)

"Eu acho um absurdo o que esse governo está fazendo , na época de Bolsonaro a gente comprava produtos de outros países e não tinha taxa , hoje em dia se você fizer uma compra de 13 reais, paga 3 só de impostos, isso não é um governo isso é um devorador, o homem fica procurando coisas pra taxar , nesses dias ele vai cobrar imposto até das pessoas que planta alguma fruta em casa, é uma vergonha ." (G1, 45 anos, padeiro , PB)

"Se pelo o menos todo o valor dos impostos fossem investidos no Brasil, mas sabemos que vai pro bolso de alguém que não é o povo. Não importa o tamanho da empresa, isso afeta a economia de pessoas físicas e jurídicas. O consumir final sai no prejuízo. Enfim. Ta cada vez pior." (G1, 35 anos, artesã , SC)

"O governo do amor e da picanha e da cerveja! Bolsonaro sempre pensou na população,sempre quis fazer algo para população,hoje temos aumento de tdo , e o povo do amor ,faz o que fecha-se os olhos !!!! Então de verdade,se o governo de.hoje puder taxar até a mãe ele fará !!" (G1, 37 anos, professora de educação infantil , SP)

"Vemos todos os dias que esse governo é o governo das taxas. Nós é que acabamos pagando pelos gastos deste governo irresponsável." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)

"Esse governo não sabe fazer outra coisa a não ser criar impostos e jogar nas costas do povo brasileiro, cada dia um escândalo pior que o outro e o povo só pagando mais impostos, porque esse é o "governo do amor" mas que só sabe ficar contra o povo. " (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)

Considerações finais

O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi apoiado por bolsonaristas convictos, mas esses, como de costume, fizeram várias ressalvas contra o governo. A proposta atraiu a simpatia dos moderados, pois combina socorro à população com benefícios aos empresários. Os outros dois grupos também apoiaram a medida, mas os lulodescontentes, confirmando sua posição mais a esquerda, pediram compromisso dos empresários na manutenção dos empregos. Os eleitores flutuantes também se preocuparam com a transparência na implementação do programa.

A absolvição de Moro revelou clivagens interessantes entre grupos. Os bolsonaristas convictos julgam Moro pela régua da lealdade a Bolsonaro, e, portanto, não ficaram muito animados com a notícia. Já os moderados celebraram a vitória do ex-juiz, confirmando o perfil mais lavajatista desse grupo. Os flutuantes foram bastante céticos em relação à decisão, aproveitando a oportunidade para reclamarem das incapacidade da justiça brasileira punir políticos e poderosos, alguns foram claramente contrários a ela. Os lulodescontentes reagiram de forma similar, reclamando da justiça e rejeitando ainda mais o personagem paranaense.

No tocante ao imposto sobre importados, os bolsonaristas convictos mais uma vez usaram a oportunidade para louvar as virtudes do Governo Bolsonaro. Os moderados, confirmando seu pendor neoliberal, reclamaram dos impostos em geral, argumentando inclusive que a medida afetaria os mais pobres. Também pregaram a diminuição geral de impostos. Nisso não diferiram muitos dos flutuantes, que advogaram as mesmas medidas, ou seja, diminuir impostos de produtos nacionais para eles competirem melhor com os importados. O mesmo aconteceu com os lulodescontentes. Esgrimiram os mesmíssimos argumentos.

É importante frisar que os grupos não se comunicam entre si. Assim, o fato de o novo imposto ter sido rechaçado por todos é digno de nota. Também o é a homogeneidade dos argumentos apresentados por bolsonaristas moderados, flutuantes e lulodescontentes.

Distribuição da Participação
Leia outros Relatórios do MDP

Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane

Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida

Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais

Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas

Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais

ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro

Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal

Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet

Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula

Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista

Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro

Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia

Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar

Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904

Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; iii) Escolas Cívico-Militares

Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News

Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas

SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente

Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas

Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes

Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura

Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid

Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura

#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres

Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos

Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro

#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró

#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula

Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM

Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa

Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal

Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos

#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana

Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF

#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis

Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto

#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM

Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro

Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro

GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança

Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio

Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar

Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno

Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo

Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS

O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF

Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas

Relatório #19 MED

ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS

Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula

Bolsa família, Laicidade do Estado e MST

Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma

Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola

Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula

Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista

Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro

Julgamento, Cid e políticas sociais

Valores: Marcha, Parada e Aborto

Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro

Monitor da Extrema Direita

Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an

As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.

O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.

O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.

Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.

O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.

Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.

O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.

Equipe MDP

Carolina de Paula – Diretora geral

Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.

João Feres Jr. – Diretor científico

Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).

Francieli Manginelli – Coordenadora de recrutamento

Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.

André Felix – Coordenador de TI

Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.