O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 16 a 22/12 , cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) prisão do General Braga Neto, por obstrução da justiça e participação na tentativa de golpe de Estado; ii) aprovação do pacote de cortes de gastos e contrapontos; iii) concessão de benefícios extras (vale-ceia) a ocupantes de cargos públicos, no Mato Grosso.
Ao todo, foram analisadas 166 interações, que totalizaram 7.740 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Prisão de Braga Neto | O grupo viu a prisão como uma perseguição política, expressando desconfiança nas provas apresentadas e nas motivações do processo. | O grupo defendeu a necessidade de uma investigação rigorosa e aplicação imparcial da justiça. Alguns demonstraram ceticismo em relação às provas, apontando motivações políticas. | Os participantes defenderam a prisão do general, desde que baseada em provas robustas sobre sua participação nos crimes citados. | O grupo considerou justa a prisão e respaldada por provas concretas. Muitos expressaram indignação com os possíveis privilégios no sistema penal militar. | Os participantes comemoraram a prisão, vista como um marco positivo para a democracia, por fortalecer a confiança na justiça e nas instituições brasileiras. | Os participantes seguiram as tendências gerais de seus respectivos grupos ao responderem a questão. |
Pacote de Gastos | Os participantes criticaram as mudanças aprovadas, desconfiando da efetividade das propostas e reprovando a criação de novos impostos e cortes em áreas fundamentais. | O grupo reconheceu alguns aspectos positivos das medidas, mas demonstrou ceticismo quanto a aplicação prática das mudanças e preocupação com o aumento da carga tributária. | A maioria aprovou as medidas, elogiando a isenção na cesta básica e o cashback, mas com ressalvas sobre a execução e críticas ao impacto das novas taxações. | O grupo aprovou a maioria das medidas, valorizando a ideia do cashback e imposto seletivo, mas com preocupações com o potencial aumento de impostos em outros setores. | Unanimemente houve uma visão positiva sobre as propostas, com ênfase nos benefícios para a população de baixa renda, mas com preocupação sobre a implementação prática das medidas. | Os participantes responderam à questão de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Vale-Ceia | O grupo criticou os privilégios injustificados aos servidores públicos e destacou a desigualdade social, enfatizando que os recursos deveriam beneficiar os mais necessitados. | Unanimemente o grupo rejeitou os benefícios extras, considerando-os desproporcionais, e pediu maior responsabilidade na gestão de recursos públicos para reduzir desigualdades. | Todos os participantes reprovaram os privilégios excessivos, apontando a falta de conexão entre os gestores públicos e a realidade do povo, com apelo por justiça e ética. | O grupo condenou os altos valores dos benefícios, avaliando-os como imorais, exigindo cortes nos privilégios para reduzir desigualdades e promover uma gestão pública mais justa. | O grupo defendeu o fim das regalias desnecessárias e maior fiscalização, indicando que os recursos deveriam ser redirecionados para ajudar a população mais carente. | Todos os participantes repudiaram o caso, demonstrando profunda insatisfação com os benefícios considerados desproporcionais e injustificáveis. |
Todos os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e alguns do grupo 2 (bolsonaristas moderados) enxergaram a prisão do general como uma perseguição política direcionada contra a direita e os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa percepção foi reforçada por uma desconfiança em relação às provas apresentadas e às justificativas dadas para a prisão preventiva, bem como por críticas ao suposto desequilíbrio entre as instituições democráticas. Muitos participantes expressaram indignação e descontentamento com a situação política geral, interpretando o caso como parte de uma estratégia mais ampla de desestabilização de grupos considerados opositores ao governo atual.
"Este é mais um caso de perseguição política e abuso de poder do STF.. pq será que até agora com tantas supostas provas incriminatorias contra vários aliados do ex presidente, em nenhum momento Alexandre de Morais cogitou prender Bolsonaro pelos mesmos crimes? Será que a intenção é de coagir aliados para produzir provas ? Fica a reflexão..."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"O STF está tentando de todos os jeitos incriminar os de direita, o possível golpe de estado que não existe. Pura perseguição política! Eu acho que o exército tem que se impor e mostrar a que veio! Somos patriotas, e não aguentamos mais esse bando de corruptos no poder, e quem sofre é o povo brasileiro."" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Estou acompanhando o caso. Acho totalmente injusta e uma grande perseguição política contra a direita continua. Prendeu Braga por uma suposta tentativa de obstruir uma investigação que já estava concluída. Acho que alguma coisa tem que acontecer, tipo assim que Donald Trump assumir, fazer algo para tirar esse povo do trono."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Estou acompanhando, e achando tudo muito estranho, com tudo q foi divulgado não consigo entender como é possível ordenar a prisão de um general de 4 estrelas apenas com uma dedução de algo que foi falado pelo whatsapp, ainda mais levando-se em conta q tudo aconteceu a mais de um ano atrás. Meia tonelada de droga não foi considerado como prova para prisão do homem q tinha posse do entorpecente, mas uma mera suposição já é suficiente pra prender alguém por mera suposição." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Estamos vendo uma perseguição feroz e árdua contra os de direita,para esse juiz todos de direita são golpistas e merecem prisão,e posso ir até além,se tivéssemos pena de morte no Brasil,os de direita serão aniquilados.
Sou contra o que estamos vivenciando no nosso país,para mim não vivemos uma democracia." (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
A maioria dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) destacou a gravidade das acusações e a necessidade de uma investigação rigorosa e transparente. Houve uma preocupação clara com o devido processo legal e a aplicação da justiça de forma correta, independentemente da patente ou do histórico do investigado.
"Esse é um caso muito delicado e que tem gerado muitas discussões. A prisão do general Braga Netto envolve acusações sérias, como obstrução de investigações e planejamento de ações graves contra autoridades. São situações que mexem com a confiança das pessoas na justiça e no futuro do país. Acho que, mais do que nunca, precisamos acompanhar os desdobramentos com cuidado, buscando clareza e transparência, para que a verdade apareça e a justiça seja feita de forma correta e imparcial. É um momento delicado, e tudo isso nos faz refletir bastante sobre os caminhos da nossa democracia." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Não tenho acompanhado o caso, mas se ele tá envolvido e tem provas, acho justo ele ser preso, pois a tentativa de mudar algo na investigação, é bem suspeito" (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Ele já está sendo investigado acredito que a prisão deva ser feita de maneira correta e tudo de acordo com a lei." (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
"É algo que deve ser bem investigado para poder tomar as devidas providências." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
Os demais grupos (3, 4 e 5 - eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) adotaram uma postura predominantemente positiva em relação à prisão do general Braga Netto, vista como um marco na história do Brasil por demonstrar que mesmas figuras de alta patente não estão acima da lei. Muitos participantes destacaram a importância dessa decisão para o fortalecimento da democracia e o combate à impunidade, interpretando-a como um sinal de que as instituições estão operando de forma mais eficaz. A ação do STF e da Polícia Federal foi amplamente elogiada, com menções ao cuidado na ratificação das provas para evitar solturas futuras e garantir a legitimidade das investigações.
Muitos participantes reforçaram ainda a necessidade de que a justiça seja aplicada de forma igualitária, independentemente da patente ou da reputação do acusado. Houve também comentários críticos ao tratamento diferenciado oferecido ao geral durante a prisão, interpretado como reflexo de privilégios incompatíveis com o princípio da igualdade perante a lei.
"Acho correta a prisão dele. As leis precisam valer para todos, esse cara realmente está sendo acusado de vários crimes" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Eu estou acompanhando o caso pela TV e sites de Notícias. E meu pensamento é que a lei tem que ser para todos, e a prisão só aconteceu devido às provas da investigação. E também acho as investigações devem continuar até o fim do processo."" (G3, 45 anos, professora , MT)
"Minha opinião sobre isso é bem simples, militar não deveria estar envolvido na política." (G4, 25 anos, babá, RS)
"ASSISTI A REPORTAGEM E FIQUEI INDIGNADA COM ESTE MILITAR E TENHO CERTEZA QUE ESTA ENVOLVIDO NOS CRIMES INVESTIGADOS E ESPERO QUE PAGUE CARO PELO QUE COMETEU MILITAR NAO TEM QUE SE ENVOLVER COM POLITICA,MAS NO BRASIL TALVEZ NEM FIQUE PRESO PORQUE É RICO INFLUENTE INFELIZMENTE É ISSO ACABA EM PIZZA" (G4, 51 anos, professora , RS)
"Sim, estamos acompanhando e há indícios de golpe por parte dos aliados do ex- presidente Jair Bolsonaro e se faz necessário a prisão do general Braga Netto para garantir a ordem enquanto se apuram todos os fatos." (G5, 46 anos, vendedora, AL)
"Essa prisão só nois mostra que a justiça funciona em alguns casos e nem o general se safou das acusações e que ele continue preso e pague pelos seus crimes"" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
Os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) demonstraram uma percepção predominantemente negativa em relação às medidas aprovadas, com críticas direcionadas tanto à criação de novos impostos quanto à implementação do cashback. A maior parte dos participantes expressou desconfiança sobre a eficácia dessas iniciativas, apontando que a carga tributária já existente no Brasil seria excessiva e que a criação de um imposto seletivo apenas agravaria o cenário. Além disso, houve uma visão amplamente compartilhada de que os recursos arrecadados não seriam utilizados de forma transparente ou em benefício direto da população, o que alimentou um sentimento de insatisfação e descrença em relação às intenções do governo.
"Estes políticos sempre querendo ferrar com quem lhes dá o poder ..gostaria de saber para onde vai tanto dinheiro arrecadado em impostos. Saúde, infraestrutura, educação e segurança pública neste governo não são prioridades . Estas medidas são um desrespeito com o povo, pois já sabemos com quem é com o que o dinheiro arrecadado será usado."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Difícil de acreditar no que venha deste desgoverno. No fim sempre quem paga a conta é o povo. Na verdade tudo que fazem é para benefício próprio." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Mais impostos, independentemente do produto, são prejudiciais. Além disso, essa história de cashback não parece muito confiável, já que tudo o que esse governo faz parece ser para benefício próprio e não para a população." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Pra variar o pobre se ferrando ele fala em taxa zero na cesta básica e aumenta o imposto da indústria automobilística?? Quantas pessoas vão perder o emprego?? Esse desgoverno trabalha pra desviar dinheiro e favorecer seus comparsas." (G1, 50 anos, engenheiro, SP)
Os participantes dos grupos 2, 3, 4 e 5 (bolsonaristas moderados, eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) destacaram tanto aspectos positivos quanto preocupações relacionadas às medidas propostas. Muitos participantes concordaram com a ideia de aumentar os impostos sobre produtos prejudiciais à saúde, como cigarros e refrigerantes, e apoiaram a isenção de impostos sobre itens da cesta básica. A ideia do cashback foi bem recebida, mas gerou dúvidas sobre sua eficácia e acessibilidade, especialmente entre pessoas de baixa renda ou com menor familiaridade com sistemas digitais.
Outro ponto levantado foi a desconfiança em relação à implementação e aos benefícios reais das medidas, refletindo um ceticismo geral quanto à capacidade do governo de administrar os recursos de forma equitativa.
"Essas medidas trazem pontos importantes para nossa vida. O Imposto Seletivo quer desestimular produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e refrigerantes, enquanto a taxa zero na cesta básica ajuda a aliviar o bolso das famílias. Já o cashback dos impostos em serviços essenciais, como água e energia, é uma boa notícia. No fim, a ideia parece ser equilibrar as contas sem pesar tanto para a população mais vulnerável." (G2, 24 anos, técnica em enfermagem , RJ)
"Os impostos para as coisas que fazem mal , eu até concordo, mas dificilmente vai diminuir o consumo, e a proposta do cashback é atrativa, mas só acho que deviam cortar os gastos do governo primeiro." (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Se realmente funcionar, vai ser ótimo. A cesta básica e a população vai agradecer. Estou torcendo muito para isso"" (G3, 50 anos, pedagoga, RJ)
"A iniciativa é boa se realmente funcionar. Mas ficou um pouco confuso sobre o que terá diminuição em questões de alimentos. E outra se a questão é ajudar os pobres, o cashback pode atrapalhar muitas pessoas mas velhas nem sabem como usar."" (G3, 29 anos, vendedora , GO)
"A proposta é boa agora se vai dar certo na prática é outro assunto. Esse cashback vai ajudar muitos, porque hoje em dia devido às dificuldades manter as contas de água, luz e gás não está fácil. Apesar que as regras valerão apartir de janeiro de 2027,já é uma luz no fundo do túnel."" (G4, 53 anos, artesã , SP)
"Acho as propostas boas. Sobre o “imposto do pecado” acho muito válido, pois com certeza o aumento do preço irá pago pelo consumidor final, pelo menos vai pesar no bolso, o que poco reduzir o consumo. Sobre zerar a cesta básica, também acho importante e muito apropriado. Sobre o cashback é uma medida boa, porém o difícil é definir quem realmente faz parte da baixa renda, pois hoje o que vejo, pelo menos no meu estado, são pessoas encostas nos benefícios do governo e quem não querem ser admitidas pelas empresas para não perder esse benefício."" (G4, 37 anos, analista de RH, ES)
Todos os grupos consideraram os benefícios como desnecessários, imorais ou desproporcionais, especialmente em comparação com as dificuldades enfrentadas pela população.
Predominou um sentimento de indignação e revolta diante do benefício adicional aos magistrados, percebidos como desnecessários e imoral. Os participantes destacaram a discrepância entre os altos salários já recebidos pelos servidores do Judiciário e a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam fome e dificuldades financeiras extremas. Essa disparidade foi vista como um reflexo da desigualdade social que permeia o país, gerando sentimentos de vergonha, raiva e descrença em relação às decisões de gestão pública e ao uso dos recursos coletivos.
Além disso, os comentários evidenciaram uma crítica contundente à falta de bom senso e ética associada a decisões que priorizam uma minoria em detrimento das necessidades básicas da maioria. Muitos destacaram a incoerência de órgãos que representam a Justiça, participando de atos considerados injustos e desiguais, alimentando a percepção de uma máquina pública ineficiente e distante da realidade.
"Isso é um verdadeiro absurdo! Esses desembargadores já recebem um salário muito bom, e não há necessidade de um auxílio com esse valor. Enquanto isso, o pobre fica cada vez mais pobre com o aumento dos produtos da cesta básica , e os cortes de despesas promovidos pelo governo, que acabam afetando quem mais precisa." (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Que absurdo! Os desembargadores já ganham salários altíssimos e ainda vão receber mais de 10 mil de vale ceia. Sou totalmente contra isso. Enquanto o povo mais carente não consegue comprar o básico da cesta básica. Isso é pra rir da cara do povo, só pode." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Isso é ridículo, é chamar todo trabalhador brasileiro de burro e otário,por que quando é para os trabalhadores mais humildes não tem estás vantagens,mas como é uma classe da qual os políticos precisam de favores ,aí sim podem ser beneficiados. Meu Deus o Brasil tende a afundar cada vez mais, aí eles querem cortar os poucos benefícios, que os pobres e miseráveis,tem. Senhor tem misericórdia do Brasil e dos brasileiros."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"é ridículo para não dizer mais. O salário mínimo não aumenta. Mas pessoas que já ganham mais do que bem ter e essas regalias é fruel" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Sinceramente é uma vergonha, enquanto as famílias baixa renda pega 1 cesta básica da básica ainda e nem é todo o mês, eu tenho VERGONHA" (G4, 27 anos, analista de sistemas , SP)
"Uma grande vergonha!! Eles não deveriam decidir essas questões pra eles mesmos. Chega a ser imoral,pois os brasileiros em geral muitas vezes não tem uma ceia de natal farta e muitas vezes nem tem a ceia. Muitas coisas que esses políticos fazem da até nojo." (G4, 49 anos, artesã , CE)
"é muito difícil não ficar brava com isso. enquanto muita gente tem dificuldade para comprar comida, vem uma decisão dessa que dá mais de 10 mil reais para ALIMENTAÇÃO?? que alimentação é essa? não tem lógica. o dinheiro público deve ser usado para ajudar todos e não para dar vantagem a alguns por conta dos seus cargos. um beneficio desse nao tem a ver com a realidade da maioria das pessoas. a maioria ganha isso em UM ano de trabalho. parece que quem decide essas coisas vive em outra realidade, sem entender o que realmente acontece com as pessoas. enquanto alguns ganham cada vez mais, a maioria continua sofrendo e passando dificuldades pra ter o mínimo." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
As questões relacionadas à operação “Verde e Amarelo” foram novamente distorcidas pelos grupos bolsonaristas, com interpretações divergentes da realidade. Entre os bolsonaristas convictos, a prisão do general Braga Netto foi vista como mais um capítulo da suposta perseguição política promovida pelo STF e pela esquerda. Já entre moderados e outros grupos, o caso foi avaliado como um marco na promoção da igualdade perante a lei, destacando o ineditismo da prisão de um militar e político de alto escalão. Nesses segmentos, prevaleceu um sentimento de fortalecimento da democracia e das instituições, percebidos como superiores a qualquer indivíduo.
O segundo tema da semana gerou consensos pontuais, especialmente sobre aspectos das medidas propostas, como a isenção de impostos na cesta básica e o potencial de cashback para aliviar os custos da população de baixa renda. Contudo, preocupações generalizadas surgiram em relação à implementação prática dessas medidas, à abrangência das iniciativas e ao impacto eficaz na vida da população, particularmente no que diz respeito à carga tributária. As principais observações entre os grupos concentraram-se no nível de confiança nas intenções e capacidades do governo: enquanto os lulistas demonstraram otimismo quanto aos possíveis impactos positivos, os bolsonaristas convictos expressaram profundo ceticismo, associando as propostas a objetivos meramente arrecadatórios.
Por fim, o último tema abordado gerou amplo consenso nos grupos e entre eles, com um forte sentimento de indignação diante da desigualdade social evidenciada pelos privilégios do Judiciário, em contraste com as condições enfrentadas pela população brasileira. Os participantes demonstraram frustração com o uso inadequado dos recursos públicos e defenderam o fim das regalias, bem como medidas que impeçam políticos e magistrados de votarem suas próprias remunerações e benefícios. A indignação com os privilégios transcende o aspecto econômico, também se refletindo no plano moral.
G1=86,122,100,225,161,171,166,69,104
G2=142,119,257,175,129,323,206,74,97,122
G3=234,68,82,151,142,342,80,83,350,121
G4=101,242,121,65,78,75,150,365,116
G5=69,36,90,913,103,195,126,104,64,50,266
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.