O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 01 a 07/12 dois grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões do momento. Compõem esses grupos 36 participantes, todos eleitores de Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, divididos entre bolsonaristas convictos (G1) e bolsonaristas moderados (G2) – o critério de seleção é o apoio aos atos de 8 de janeiro.
Cada grupo foi montado de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, com 18 participantes, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo da semana, três temas foram abordados: i) redução do desemprego no Brasil ; ii) responsáveis pelo colapso das minas em Maceió; iii) disputa territorial entre Venezuela e Guiana.
Ao todo, foram analisadas 114 interações, que totalizaram 4.112 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | |
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Taxa de Desemprego | A maioria do grupo questionou a veracidade da pesquisa, concluindo que os dados teriam sido manipulados pelo governo, pois não condiziam com a realidade vivenciada por eles. Muitos falaram sobre aumento da pobreza e precariedade dos salários, para deslegitimar as informações apresentadas. | A maioria dos participantes criticou a pesquisa, avaliando-a como falsa e utilizada pelo governo para enganar a população. Muitos falaram que seriam apenas empregos temporários e que logo esse índice voltaria a ser ruim. Alguns atribuíram ao governo passado e às próprias empresas os méritos pelos índices de trabalho. |
Colapso das minas em Maceió | O grupo atribui a responsabilidade à Braskem e aos vários governantes municipais e estaduais que comandaram Maceió ao longo dos anos e permitiram que a exploração fosse feita sem os cuidados necessários. Muitos lamentaram o ocorrido e as famílias atingidas. | O grupo atribui mais a responsabilidade ao estado, que não fiscalizou de modo efetivo a instauração e serviços, falhando também na verificação ambiental. A Braskem foi igualmente citada e responsabilizada por não arcar com os custos e realocação da população. |
Disputa entre Venezuela e Guina | Todos os participantes criticaram as ações da Venezuela, questionando a validade do referendo, por ser um governo ditador. Embora não almejassem o envolvimento do Brasil no conflito, muitos afirmaram que Lula defenderia Maduro, seu "colega comunista" | O grupo criticou as intenções da Venezuela, avaliando que Maduro realizou o plebiscito apenas para fingir respeitar a opinião popular. A maioria esperava uma postura neutra de Lula, que deveria, no máximo, intervir diplomaticamente e se preocupar em defender o território brasileiro. |
A maioria dos participantes, de ambos os grupos, duvidaram dos dados apresentados, considerando-os uma manipulação do governo para iludir a população.
Exemplos sobre o aumento da visibilidade da pobreza nas ruas, sobre o fracasso da Black Friday, sobre o comércio vazio, entre outros, foram usados para validar as opiniões que questionavam a veracidade dos dados.
Os que falaram sobre o aumento de pessoas empregadas, atribuíram-no apenas a vagas com baixos salários.
"Na minha opinião os governos de esquerda sempre maquiam , disfarçam e falsificam os índices com o objetivo de mostrar falsos resultados positivos de suas administrações espúrias. Se esses índices fossem verdadeiros a economia não deveria estar “bombando “???? Basta ir ao comércio da sua região e verificar comparativamente ao ano passado por exemplo… Aqui no RS lojas vazias , Shopping Centers com baixíssimo movimento e o mercado em geral sofrível… . Se o nível de emprego fosse essa maravilha teríamos mais dinheiro circulando, e infelizmente a realidade é bem outra!" (G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"Para mim é mais uma propaganda enganosa, sinceramente tudo que vem desse governo não dá mais para acreditar. O que vejo é o aumento de pessoas pedindo dinheiro ou comida nas ruas. Se houve algum aumento de emprego, no geral foi de empregos com salários baixos até empregada doméstica está caindo em desuso, esse situação dos Enfermeiros só fez com que as empresas realizassem demissões em massa para contratar através de empresas prestadoras de serviço que não assinam a carteira de muitos desses profissionais. E por aí vai. Põe na cabeça q esse atual desgoverno vai trabalhar e muito com mentiras e mais mentiras auxiliado pelas mídias compradas." (G1, 57 anos, analista de TI, MA)
"Eu desconheço essa ""melhoria"", ainda vejo muita gente desempregada e muita empresa fechando por causa dos impostos altíssimos que o governo cobra! Sinceramente o Brasil vai quebrar de uma vez com esse presidente irresponsável que até agora não cumpriu o que havia prometido na sua campanha!"" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)
"Vocês cinceramente acreditam nessa pesquisa do IBGE? Esse desgoverno desde quando entrou só aumentou impostos não fez nada para que as empresas pudessem contratar mais,agora acabou com desoneração de alguns setores,podendo acarretar em mais de hum milhão de pessoas desempregadas,eu particularmente não acredito nesses números vamos esperar 2024 chegar para tirarmos nossas conclusões."" (G1, 64 anos, nutricionista, AL)
"Eles que estão lá podem dar qualquer informação, ma será que está certo? O que nos prova que isso é verdade? Eu não acredito em nada que vem de esquerda." (G2, 32 anos, vendedor, MA)
"Não sei onde esta pesquisa foi feita mas tá difícil acreditar. Os meios de comunicação falando o tempo todo da segunda pior Black Friday da história, sabemos que neste número está também quase 700 mil empregos públicos gerados em concursos e cargos comissionados. Na minha cidade estabelecimentos comerciais fechando e contratações de fim de ano só começaram agora em dezembro pra 1 mês só. Mesmo assim tá tudo parado. Me espelho em mim mesmo que trabalho com o comércio. " (G2, 43 anos, comerciante, TO)
"Eu não acredito tbm nessas informações esse governo fez foi muita gente ficar desempregada aqui fechou fábrica duas empresa de ônibus e várias lojas e vejo o desemprego em outros estados quem fez essa pesquisa tá querendo mentir na cara dura para o povo" (G2, 43 anos, motorista de aplicativo , GO)
Entre os participantes que aceitaram os dados apresentados, citaram como causas prováveis o governo de Bolsonaro, a própria regulação do mercado, supostamente independente de fatores políticos, o aquecimento sazonal das contratações temporárias de fim de ano.
"O índice de desemprego caiu não é graças ao governo. O governo até o momento não fez nada pra melhorar esse índice. Isso é regulação do próprio mercado" (G1, 47 anos, administrador, GO)
"A mão de obra está crescendo muito , não só informal como formal .. responsável talvez tenha sido o empregador que abriu um leque para novas oportunidades .. tendo em vista como disse o trabalho informal cresceu muito depois da Pandemia , conheço pessoas que saiu do mercado formal clt e foi para empreender .. que é algo que está crescendo cada vez e creio eu que a tendência é aumentar muito mais ." (G1, 33 anos, assistente administrativa , SP)
"Isso é muito positivo pra o país , é o responsável seja o aumento de empresas e comércios em crescimento, mas é vaga só de fim de ano, eu acho que seja isso" (G2, 53 anos, fiscal, CE)
"É um resultado bom se for verdade, e o responsável são as empresas, que estão buscando melhorias para crescer mais." (G2, 34 anos, contadora, RS)
"Não tem responsáveis, e sim fatores, por exemplo empregos temporários final de ano comércio, setores da construção civil bombando e expansão redes Supermercados. Vale ressaltar que são empregos formais porém com faixa salarial baixa e modelo parecido com escravidão, pois pagam pouco e cobram muito." (G2, 53 anos, administrador, ES)
"O responsável é o governo anterior." (G2, 58 anos, administrador, MA)
" Eu acho que e resultado do antigo governo. Ate agora nao vi nada positivo neste governo. Mais sinda precisa melhorar"" (G2, 54 anos, do lar, PR)
Para os participantes do grupo 01 (bolsonaristas convictos) a empresa Braskem deveria ser responsabilizada e obrigada a pagar danos morais imediatos a todos os atingidos, bem como realizar ações para recuperação do meio ambiente.
Muitos citaram a responsabilidade dos governantes locais e agências regulatórias, que há anos vinham observando o problema se agravar e não tomaram medidas para impedir a empresa de seguir avançando. Esse desacreditavam que "justiça seria feita", avaliando que grandes empresas sempre saem impunes no Brasil.
Alguns fizeram associações do problema com o atual governo federal, argumentando que a defesa atual do meio ambiente é apenas retórica para enganar a população.
"A responsabilidade é da mineradora Braskem e as medidas que devem ser tomadas é a realocação das famílias que perderem as casas e o encerramento das atividades dessa mineradora, em decorrência do impacto ambiental e danoso causado a população residente daquela região!" (G1, 42 anos, técnica administrativa, PA)
"Quem tem que ser responsável com certeza é a Braskem porque as obras são de responsabilidade deles tem que arcar com todos os dados tanto faz família como do impacto ambiental." (G1, 48 anos, do lar, SP)
"Braskem só fez o que fez no Alagoas com apoio político. Temos duas opções bem evidentes e estão bem caladinhas sobre isso, Arthur Lira e Renan Calheiros. Sinceramente não acho que os nossos queridos ministros vão embargar essas empresas, travar o dinheiro delas afim de resolver essas situações catastróficas. Pois não é do interesse deles resolver os problemas do país. No final vai ser que nem em Minas, destruíram dois rios, mataram muitas pessoas e ninguém foi preso. O fato esse, isso aqui é o Brasil." (G1, 39 anos, dona de salão de beleza, BA)
"E eu pergunto: Cadê a turma do meio-ambiente? Quando é para cortar uma árvore na porta de casa, é uma chateação, mas, em se tratando de empresas, sempre fecham os olhos. Ninguém liga. Braskem está punindo aqueles que fizeram o L. Cadê o governo do Lula agora que cria tantas normas, tantas regulações, tantos impostos, mas não consegue fiscalizar uma mina em um capital. Me poupe, isso daí e só um grão no que realmente deve acontecer no Brasil. Só Deus na causa! No Brasil, infelizmente, CPI ou qualquer outra coisa, sempre vira pizza." (G1, 39 anos, cabeleireira, PE)
"Parece até história da carochinha. A Empresa Braskem ndona da mina que está destruindo aquela cidade foi convidada para dar palestras sobre meio ambiente na COP, parece brincadeira, no mesmo local que estava o descondenado que faz vista grossa p isso. A culpa tb é é do governo e prefeitura q deixaram acontecer provavelmente as custas de uma boa propina. É isso, é Brasil, infelizmente." (G1, 57 anos, analista de TI, MA)
"Eu acho que a responsabilidade é tanto da mineradora como da prefeitura e do estado. Pois como que uma empresa de porte gigante como essa mineradora, não saberia sobe os danos que poderia vir causar?! Responsabilidade da prefeitura e estado também, que deveria ter uma fiscalização rigorosa nisso. Mas como só correm atrás depois que o estrago e o dano foi causado… igual a barragem de Mariana."" (G1, 35 anos, autônoma , MA)
Embora utilizando praticamente os mesmos argumentos, o grupo 02 (bolsonaristas moderados) responsabilizou com mais destaque o governo estadual de Alagoas e a prefeitura de Maceió, seguidos então pela culpabilização da Braskem. Para eles, as agências de fiscalização foram omissas, bem como os governantes, que sabiam do problema há anos e não impediram a empresa de seguir.
A CPI foi debatida pelo grupo, que concordava com sua criação, mas pontuou a morosidade da mesma (comparando com outras) e falta de desfechos conclusivos.
Muitos citaram os acontecidos em Brumadinho para demonstrar como justiça não é feita no país, deixando os atingidos pela tragédia com o prejuízo e as empresas sem arcar com todos os danos causados.
"Se Desde 2019 existem fatos de Um lugar inabitável por conta dos terremotos o governo já deveriam ter tomado as providências, responsabilidade do governo do estado e do município da empresa,: ter tomado providências antes do problema aconte que no Brasil só se tomam providências quando morrem alguém. Um exemplo é brumadinho dentre várias outras. JA ERA PRA TER FEITO ESSA CPI" (G2, 32 anos, vendedor, MA)
"Acredito ser responsabilidade do estado do município e da empresa de mineração. Sou a favor da CPI desde que resolva porque as cpis do Brasil são uma vergonha." (G2, 43 anos, comerciante, TO)
"Infelizmente tudo que vem agredindo meio ambiente, encostas, barragens e agora mina. Tem muita complacência dos órgãos fiscalizadores que só aparecem após tragédias. O erro foi deles, mas obvio que quem tem que arcar com os prejuízos é quem criou o problema e enriqueceu com ele, a empresa" (G2, 53 anos, administrador, ES)
"Responsável o governo que consedeu a licença para mineração dentro de um lugar habitado e a Braskem que tinha sempre soube do Risco e a 50 anos continua retirando material embaixo aonde si cava e deixa um lugar vazio com milhões de toneladas de terra encima de uma placa o que poderia acontecer?" (G2, 35 anos, engenheiro TI, SP)
"CPI pra investigar! Sabendo-se que os culpados são as mineradoras. As medidas tomadas seria fechar definitivamente todas as minas. Fazer algo enquanto pode ser feito. Depois pode não haver mais condições para evitar uma catástrofe. Minha opinião é que não estão muito preocupados com essa situação. Há muito tempo vem acontecendo e somente agora querem fazer uma CPI." (G2, 54 anos, nutricionista , AM)
"A culpa está bem claro,governo do estado,prefeitura e Braskem. O problema é que no Brasil quem perde,apanha é só o pobre,a população em geral é que vai presa por qualquer delito e vai passar mais 5,10,15 anos ou mais para que seja apurada as responsabilidades e a punição seja paga em suaves prestações ou a empresa declara falência." (G2, 58 anos, administrador, MA)
"Era pra ter feito essa CPI porem seria necessário achar o verdadeiro culpado, e não só dar voltas pra la e para cá e tentar jogar a um laranja ou abafar o caso como várias outras" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)
Os grupos foram uniformes em suas opiniões. Todos os participantes reprovavam o governo de Nicolas Maduro, chamando-o de ditador, e o conflito por ele gerado.
A anexação do território guianense pela Venezuela foi duramente criticada por todos, percebida como uma tentativa de Maduro recuperar a economia falida do país.
O próprio referendo foi questionado e avaliado como ilegítimo, como uma ação falsa para simular aspectos democráticos no país.
"Bom , em primeiro lugar plebiscito ou eleições democráticas na Venezuela não existem… Existe apenas a vontade de um ditador genocida, falsamente chancelada por uma fraude eleitoral. Em segundo lugar essa disputa em pleno século 21 é simplesmente absurda por se tratar de um território ( País ) independente."(G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"Eu acho uma falta de sanidade mental desse ditador, ele sabe que poderá ter problemas nas próximas eleições, aí está procurando algo para sensibilizar a população e tentar se manter no poder, de alguma maneira o meliante brasileiro terá que intervir contra o amigo ditador, pois a Venezuela só invade a Guiana, se entrar pelo Brasil, se isso acontecer estará gerado um impasse pois ele estaria sendo conivente com tudo isso." (G1, 64 anos, nutricionista, AL)
"Sim esse outro maluco que deveriam prender com camisa de força ditador onde é democrático seu mandato ele é um ditador no poder fazem o que quiserem pensam que podem tudo" (G1, 48 anos, do lar, SP)
"Estou acompanhando e entendo que o real interesse desse Maduro é única e exclusivamente do petróleo que existe por lá. Ocorre q os inglesas e os americanos não vão deixar esse ditador invadir a Guiana e simplesmente tomar p si. Eu espero que esses países façam a Venezuela ficar no seu lugar ou invada logo a Venezuela e destitua esse ditador." (G1, 57 anos, analista de TI, MA)
"Ele vai invadir e vai anexar esse território, algo assim não foi planejado da noite para o dia. Não precisava fazer referendo, todos sabem que até quando ele perde, ele ganha." (G1, 39 anos, cabeleireira, PE)
"Vindo de um pais ditador amigo do Lula que faz parte da agenda global isso ja esta previsto outros paise se tornar uma ditadura inclundo nosso belo Brasil" (G2, 54 anos, do lar, PR)
"É uma forma que esse débil mental encontrou para poder mostrar ao povo que ele é patriota. Ano que vem tem eleições na Venezuela e ele encontrou a fórmula pra conseguir apoio popular pois manipular a eleição, ele já sabe que não será uma tarefa fácil pois o mundo escada de olho nele é conseguir apoio popular com uma guerra com um país sem expressão militar, se torna bem mais fácil." (G2, 58 anos, administrador, MA)
"Acho uma lástima tudo isso, porque o maduro está desviando o foco das próximas eleições de seu país no próximo ano." (G2, 30 anos, pensionista, TO)
Os participantes criticaram Lula por sua proximidade e suposta defesa dos interesses de Maduro, seu amigo.
A maioria afirmou não desejar a intervenção do país no conflito, salvo para a defesa do território brasileiro, impedindo que tropas venezuelanas chegassem à Guiana através de Roraima.
"Para concluir, o Brasil deve intervir somente se for no sentido de evitar que tropas e equipamentos militares invadam a Guiana através do território Brasileiro." (G1, 57 anos, representante comercial, RS)
"Acredito que o Brasil não tem que se meter nessa bagunça, mas precisa estar preparado se caso o maduro queira usar o território brasileiro pra transportar suas tropas. Nesse caso seria bem ruim."" (G2, 30 anos, pensionista, TO)
"Na minha opinião o Brasil não deve se meter, já temos problemas demais a serem resolvidos, sou totoalmente contra." (G1, 35 anos, administradora, MT)
"O Brasil deveria apenas cuidar do seu território caso haja guerra. Mas sabendo q o Lula e ele são da mesma laia, capaz de apoiar essa loucura." (G1, 34 anos, artesã , SC)
"O Brasil tem que impedir que os mesmos passem por territórios brasileiros, para concluir a invasão terrestre." (G2, 54 anos, nutricionista , AM)
"Difícil confiar nessas informações, o Brasil precisa evitar que invasores cruzem nosso território, mas é necessário considerar intervenções, que geralmente dependem de conversas e decisões entre países, levando em conta a diplomacia e a política externa." (G2, 42 anos, administradora, GO)
"Acho que se o presidente brasileiro tivesse o mínimo de integridade, e sendo o amigo do presidente venezuelano aconselharia para não fazer isso, pois pode gerar muito prejuízo até a eles, acho que só isso que o país deveria fazer!" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)
Os participantes evangélicos convergiram com seus respectivos grupos em suas opiniões.
Na questão sobre desemprego, eles questionaram a validade dos dados apresentados e na questão sobre a Braskem pediram a responsabilização da empresa e dos políticos omissos perante os ocorridos.
Em relação à invasão da Guiana, embora tenham também criticado os atos, muitos utilizaram versículos religiosos para profetizar sobre o lado maléfico da esquerda.
"No atual Brasil em que vivemos, temos olhos e somos capazes de ver e raciocinar, portanto vemos que a realidade não é essa da pesquisa. Sabemos que as pesquisas não mostram a realidade, tá difícil de acreditar que o desempregado caiu, quando olhamos a nossa volta e vemos que não é verdade."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu também não acredito nessa pesquisa, ainda mais com um governo que paga pra falar bem dele, isso com certeza é fake , porque sabemos que tem empresas fechando as portas por falência." (G1, 44 anos, desempregada , PR)
"Eles que estão lá podem dar qualquer informação, ma será que está certo? O que nos prova que isso é verdade? Eu não acredito em nada que vem de esquerda." (G2, 32 anos, vendedor, MA)
"Estranho pelo menos onde moro que é uma das grandes capitais oq mais vejo é empresas e fábricas fechando suas portas desde o início do ano" (G2, 24 anos, eletrotécnico , GO)
"Eu acho que a ganância da empresa Braskem, é a principal culpada, mas a prefeitura de Maceió também tem muita culpa, porque já vi reportagem antiga dos moradores reclamando de rachaduras nas casas e de lá pra cá nada deve ter sido feito para amenizar ou resolver esse risco das pessoas perder duas casas, será que a prefeitura não fiscalizava essa empresa, é lamentável uma tragédia dessa acontecer até chegar nessa tragédia eminente."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"A responsabilidade é tanto do governo quanto da mineradora. E acredito pra resolver isso agora é indenizando as famílias atingidas ." (G1, 44 anos, desempregada , PR)
"Responsável o governo que consedeu a licença para mineração dentro de um lugar habitado e a Braskem que tinha sempre soube do Risco e a 50 anos continua retirando material embaixo aonde si cava e deixa um lugar vazio com milhões de toneladas de terra encima de uma placa o que poderia acontecer?" (G2, 35 anos, engenheiro TI, SP)
"As coisas em Maceió estão complicadas por causa da mineracao, mas o mais importante agora é manter as pessoas seguras, levando-as para lugares seguros e consertando o solo para evitar mais problemas. Quem deu permissão para isso é o principal responsável." (G2, 42 anos, administradora, GO)
"Acho uma lástima tudo isso, porque o maduro está desviando o foco das próximas eleições de seu país no próximo ano. Acredito que o Brasil não tem que se meter nessa bagunça, mas precisa estar preparado se caso o maduro queira usar o território brasileiro pra transportar suas tropas. Nesse caso seria bem ruim." (G1, 30 anos, pensionista, TO)
"O mundo se prepara pro grande dia do Senhor, por mais que agente faça alguma coisa tudo vai se cumprir, esquerda sempre encontrará algum motivo pra guerra." (G2, 32 anos, vendedor, MA)
"Mateus 24;4/ 7 - E Jesus respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos; que ninguém vos engane; Porque muitos virão em Meu nome, dizendo, 'Eu sou o Cristo' e enganarão a muitos," "E ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras, pois nação se levantará contra nação, e reino contra reino". O Brasil tem que impedir que os mesmos passem por territórios brasileiros, para concluir a invasão terrestre. Que Deus seja conosco." (G2, 54 anos, nutricionista , AM)
A semana evidenciou a permanente dificuldade do governo em comunicar suas ações e resultados positivos para os bolsonaristas, que seguem descrentes da atual gestão, sempre questionando os resultados, sobretudo quando baseados em índices e pesquisas. O tema da queda do desemprego evidenciou tal fato, pois ambos os grupos questionaram a validade dos dados, vistos como manipulados pelo governo. Em geral, os bolsonaristas demonstram ter baixa confiança nas instituições.
Entre poucos que validaram os índices, a rejeição à competência do atual governo permaneceu forte, com a utilização de argumentos que a outros fatores o sucesso na economia.
Em relação à Braskem os grupos inverteram as responsabilidades maiores, com o grupo dos convictos responsabilizando mais a empresa e depois os governantes e o grupo dos moderados cobrando mais os gestores e responsáveis técnicos e fiscais. O interessante foi que, mesmo sendo um problema de longo tempo, alguns convictos culparam o Governo Federal por não cuidar das pautas ambientais defendidas na campanha.
Por fim, os grupos se uniram novamente em relação ao conflito emergente entre Venezuela e Guiana. Criticaram intensamente Maduro e a Lula, e acusaram o presidente brasileiro de apoiar seu “colega ditador”, uma repetição do bordão bolsonarista (e também de parte da grande imprensa) de associar Lula a ditaduras e ditadores.
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.