O Monitor do Debate Público (MDP) deriva do Monitor da Extrema Direita (MED). O escopo original, restrito a grupos focais de bolsonaristas convictos e moderados, foi expandido mediante critérios de seleção mais sofisticados, estruturando cinco grupos que cobrem a maior parte do espectro ideológico da população brasileira atual:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno e aprovam as invasões de 08/01.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno e desaprovam as invasões de 08/01.
G3 – Preferências Flutuantes: não votaram em Lula nem em Bolsonaro no primeiro turno e anularam ou votaram em branco no segundo turno.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão.
Dessa maneira, o Monitor do Debate Público (MDP) capta um espectro bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que orientam o comportamento político no Brasil comtemporâneo.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduz a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, gera resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm no seu cotidiano.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar narrativas, argumentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não devem ser entendidos como dotados de validade estatística, mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência prévia com a divulgação dos resultados da pesquisa, desde que respeitado esse anonimato.
Entre os dias 3 a 9/11, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) percepções sobre o evento cultural Global Citizen Amazônia; ii) posicionamentos acerca da derrubada de áreas nativas para construções de empreendimentos ; iii) reunião entre líderes mundiais na COP 30, durante a Cúpula de Chefes de Estado .
Ao todo, foram analisadas 158 interações, que totalizaram 8.910 palavras
| Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Global Citizen Amazônia | Predominou a desconfiança e o ceticismo em relação ao evento, visto como manobra política e midiática sem resultados reais para a Amazônia, marcado ainda por desperdício de recursos e uso indevido de dinheiro público. | As opiniões refletiram descrença na efetividade do festival e suspeita sobre o destino dos recursos, embora alguns reconhecessem o valor simbólico da iniciativa caso fosse bem executada. | O grupo adotou postura moderada: reconheceu a importância da conscientização ambiental e do alcance simbólico do evento, mas criticou os altos custos e a falta de transparência financeira. | Houve apoio majoritário à iniciativa, valorizando seu papel educativo e de visibilidade para o Norte, embora com ressalvas sobre a gestão dos recursos e a necessidade de ações concretas. | O grupo manifestou apoio à causa ambiental e avaliou o evento como relevante e urgente, mas cobrou coerência política, transparência e medidas estruturais para que o impacto fosse real e duradouro. | Os participantes articularam suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento. |
| Derrubada de árvores | O grupo oscilou entre a crítica ao desmatamento urbano e relativização do problema, com base na legalidade da obra, necessidade de expansão urbana e compromissos de recompensas ambientais. | As opiniões foram mais equilibradas, aceitando a derrubada em prol do crescimento urbano, desde que acompanhada de compensações ambientais e replantio de mudas, mas com desconfiança sobre o real cumprimento dessas promessas. | Houve forte reprovação à destruição de áreas verdes, associada à perda da biodiversidade, à corrupção e à hipocrisia das construtoras. O discurso foi majoritariamente ambientalista e indignado. | O grupo condenou o favorecimento das grandes empresas e a fragilidade das leis ambientais, interpretando o desmatamento como símbolo da desigualdade entre poder econômico e cidadania. | As falas denunciaram a lógica capitalista e o desequilíbrio urbano, vendo a derrubada como ato imoral e destrutivo, com críticas severas à conivência do Estado e à falsa compensação ecológica. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais. |
| Cúpula de chefes de Estado | Predominou a visão de que a COP30 é um evento inútil e dispendioso, marcado por hipocrisia e desperdício de recursos públicos. O grupo expressou descrédito total nas intenções do governo e dos líderes mundiais em relação à pauta ambiental. | As falas destacaram ceticismo e desconfiança quanto à efetividade da conferência, vista como repetitiva, esvaziada e ineficaz. O evento foi interpretado como espetáculo político e gasto supérfluo, sem resultados concretos. | O grupo reconheceu a importância da cooperação internacional, mas duvidou da execução prática das propostas. Houve mistura de esperança e descrença, com críticas à falta de ações efetivas e elogios à visibilidade internacional do Brasil. | As opiniões oscilaram entre otimismo e ceticismo: parte valorizou a oportunidade de o Brasil sediar o evento e atrair investimentos, enquanto outra parte criticou os gastos e duvidou da sinceridade das intenções governamentais. | As respostas foram majoritariamente positivas, destacando a relevância da COP30 para o meio ambiente e para a política externa de Lula. Os participantes defenderam a importância do evento e a cooperação global. | Os evangélicos elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de participação. |
As opiniões dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) expressaram uma visão predominantemente cética em relação ao festival, marcada pela descrença na efetividade das ações ambientais e pela suspeita quanto às intenções dos organizadores e artistas envolvidos. Os participantes enxergaram a iniciativa como uma ação de natureza política e midiática, associada a interesses governamentais e à autopromoção de artistas, em vez de um esforço autêntico de preservação ambiental. O discurso predominante indicou descrença quanto à aplicação efetiva dos recursos anunciados e forte suspeita de desvios, desperdícios e uso indevido do dinheiro público. As referências à ministra do Meio Ambiente e ao governo foram marcadas por críticas severas, nas quais se reforçou a ideia de ineficácia administrativa e de repetição de promessas vazias, sem resultados concretos para a população local.
De modo geral, prevaleceu um sentimento de desilusão e de saturação diante de discursos considerados repetitivos e hipócritas. A retórica ambiental foi interpretada como fachada ideológica e estratégia de manipulação política, sem correspondência prática na realidade amazônica. O tom das falas foi majoritariamente negativo, com desconfiança tanto em relação ao poder público quanto às organizações e artistas envolvidos.
"Uma iniciativa com ar de boa politicagem, enganando o povo. Falando em US$ 1 bilhão, uma quantia exorbitante iria mesmo para a Amazônia, sem nenhum desvio? Esse desgoverno logo coloca artistas com show, artistas para iludir o povo, e a presença da Marina que não fala le com cré, uma piada. E outra só iriam fazer em prol da Amazônia com todo esse dinheiro? E o povo que mora lá, nada? Iniciativa duvidosa no mínimo, e a Amazônia pertence ao Brasil, e ninguém tem que meter o bedelho."" (G1, 64 anos, empresário, PR)"
"Avalio como uma perda de tempo e gastos do dinheiro público, isso é só lacração e nada de concreto vai ser feito, esse governo não vê o lado de ninguém, muito menos dos índios, eles entregam a floresta para essas ONGs fazer o que bem entende, só pensam no dinheiro fácil que vão arrecadar, como esse 1 bilhão de dólares."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
"Esse show foi benéfico apenas para os artistas que foi lá cantar porque o dinheiro não vai para a causa nenhuma apenas para o bolso dos artistas" (G1, 38 anos, diarista , SP)
"Esse show foi um verdadeiro rasga dinheiro. Politicagem das piores! Lula já vendeu grandes riquezas do Brasil e logo vende o que sobrou."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Eu acho tudo isso um teatro. São pessoas globalmente famosas que se dizem preocupadas com o meio ambiente, mas no final das contas eles querem mesmo é fama e dinheiro. Vejo essas ações como indiferentes, não haverá diminuição no desmatamento, por exemplo."" (G2, 32 anos, analista de sistemas, SP)
"Acho mais do mesmo. O resultado disso é quase 0. Há quanto tempo a gente não vê essas coisas, mas de ações práticas que e bom nada. Acho que é bem pra fazer média pra outros países isso sim" (G2, 38 anos, professor, SP)
As opiniões dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) revelaram uma postura mais equilibrada e ambivalente em relação ao festival, combinando reconhecimento da importância simbólica e educativa da iniciativa com críticas à sua execução e aos custos envolvidos. A maioria dos participantes considerou positiva a visibilidade dada à pauta ambiental, especialmente por meio da presença de artistas conhecidos e do apelo cultural do evento, visto como instrumento de conscientização e mobilização social. O discurso ambiental foi valorizado enquanto esforço de sensibilização coletiva, mesmo que seu alcance prático fosse percebido como limitado. Houve também a percepção de que o evento poderia gerar efeitos indiretos positivos, como movimentação econômica local e fortalecimento do turismo sustentável.
Ao mesmo tempo, e de forma bastante incisiva, persistiu a preocupação com a transparência financeira e a eficácia real das promessas anunciadas. Parte dos participantes questionou o montante gasto na produção, a necessidade de atrações de grande custo e o destino dos recursos arrecadados, evidenciando desconfiança diante de possíveis desvios e desperdícios. Essa tensão entre reconhecimento simbólico e ceticismo prático estruturou as falas do grupo, que expressaram apoio à causa ambiental, mas exigência de resultados concretos e fiscalização rigorosa.
"Bom dia. Acho válida a iniciativa para alertar das importância e necessidade de boas práticas para recuperar o meio ambiente. Mas, não concordo com o absurdo de dinheiro gasto com atrações sendo que poderia ser investido no em projetos e melhorias ambientais ." (G3, 37 anos, assistente administrativa, MG)
"Acho valida a iniciativa em prol da preservação do meio ambiente e dinheiro arrecadado que seja usado na investido na restauração da floresta amazônica" (G3, 34 anos, empreededor, RO)
"É uma ótima iniciativa, e sempre traz ótimos recursos financeiros. Mas tem que ter uma fiscalização e gestão correta desses recursos para que não sejam desviados para outros fins, como propinas e organizações fraudulentas."" (G3, 45 anos, professora, MT)
"Acho muito válido,já que as florestas ajudam a todo planeta. Como dizem que a Amazônia é o pulmão da terra. Espero que não fique só em falar,mas em ações também!"" (G4, 49 anos, artesã, CE)
"Estes eventos não adianta nada já é tarde demais a natureza já morreu, é só blablabla e os recursos roubados,nada concreto não se vê avanços nesta esfera,de politicagem e semvergoismo..." (G4, 51 anos, professora, RS)
"Esse tipo de iniciativa seria valida se fizesse alguma diferença na pratica, mas infelizmente não vemos muitas diferenças ou nações se importando realmente com questões ambientais, o que vemos é pequenos grupos tentando fazer alguma diferença mas sendo engolidos ou silenciados pelas grandes empresas e até mesmo sem visibilidade politica das pautas discutidas nesses eventos." (G4, 36 anos, instrutor de informática, SP)
Os participantes do grupo 5 (lulistas) expressaram uma percepção predominantemente positiva e reflexiva sobre o evento, com reconhecimento de sua importância simbólica e urgência temática. A maioria dos participantes destacou a relevância de retomar o debate sobre preservação ambiental e valorizou a visibilidade proporcionada pelo festival, entendendo-o como uma oportunidade de reaproximar a sociedade da pauta ecológica. O tom geral foi de apoio à iniciativa, vista como necessária e até tardia, diante da gravidade da crise ambiental. Muitos ressaltaram a esperança de que o engajamento internacional e o compromisso financeiro pudessem gerar resultados concretos, desde que houvesse gestão responsável e aplicação efetiva dos recursos arrecadados.
Ainda assim, o grupo manteve um olhar crítico em relação à coerência das ações governamentais e à distância entre discurso e prática. Parte dos participantes demonstrou desconfiança quanto à real execução dos compromissos assumidos e à contradição entre a defesa pública do meio ambiente e práticas políticas permissivas à exploração de recursos naturais.
"Se olharmos para o marketing da proposta acho bem positivo. Em relação à arrecadação do evento, se for bem usada pode ajudar em muitas coisas. Em relação aos discursos resta saber se serão gritos no vazio ou serão levados à sério??
No final das contas acho que o tempo será o grande juiz. Seria muito interessante se o evento se estendesse para o mundo abrir os olhos, e se possível, fossem realizados também para outros temas como a fome, educação, saúde, desenvolvimento humano para a dignidade mundial."" (G5, 61 anos, aposentada, PR)
"Tá mais nitido que nunca que precisamos da natureza para sobreviver. Precisamos de mais leis para prevenção ambiental. Pois isso é encencial...." (G5, 28 anos, freelancer, SP)
"Eu acho esse tipo de iniciativa sempre válida, mas sem mudanças reais estruturais, elas de nada adiantam. Eu adoro a Marina Silva e o Rodrigo Agostinho(Presidente do Ibama e ex prefeito de Bauru), mas eles ficam de mãos atadas quando o Lula força uma exploração de petróleo na fossa do Amazonas. Ou ainda quando o Brasil se esforça para receber a COP30, mas o Governador do Pará Helder Barbalho mantém uma grande fazenda irregular e o seu pai Jader Barbalho é uns dos maiores incentivadores da pecuária no Brasil." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"foi uma boa ideia e teve uma ótima arrecadação, mas vale verificar se o valor investido não foi próximo ao arrecadado, pq se foi, não acho que tenha valido tanto a pena, pq apesar sa visibilidade, todos sabemos que a natura sofre a milénios e as pessoas continuam sem se importar. mas isso não exclui o fato de que é uma boa iniciativa para chamar mais atenção pra essa causa e conscientizar as pessoas."" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Acho positiva ainda mais se tratando para restauração e preservação da nossa floresta Amazônica. Que esse investimento seja empregado logo, porque quanto se trata de meio ambiente não podemos esperar." (G5, 28 anos, gerente comercial, AM)
Os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) apresentaram um posicionamento mais moderado em relação à derrubada de áreas verdes, revelando uma tensão entre a preocupação ambiental e a aceitação da legalidade dos empreendimentos. Muitos participantes expressaram desconforto com o desmatamento, mas tenderam a relativizá-lo quando amparado por licenças e contrapartidas, como o replantio de mudas ou a revitalização de praças. A confiança na autoridade técnica e institucional apareceu como justificativa recorrente, refletindo uma crença de que, se as normas foram cumpridas, o impacto ambiental seria controlável. Essa perspectiva revelou uma disposição em conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento urbano, interpretando o problema mais como questão de gestão e fiscalização do que como conflito ético ou político.
Ainda assim, a adesão à legalidade foi acompanhada de desconfiança em relação às promessas das construtoras e à efetividade das políticas ambientais. A percepção de que muitas contrapartidas não se concretizam, somada à suspeita de favorecimentos e corrupção, gerou um sentimento de ceticismo contido, que limitou o apoio irrestrito às obras.
“Se eles alegam que está tudo regulamentado, não tem o que fazer. Se têm os documentos e as licenças pra fazer, não há nada pra ser discutido. As pessoas precisam de lugares para morar. E sabemos que em todas as grandes cidades um dia já foram áreas verdes.” (G1, 38 anos, assistente administrativo, AM)
“Sinto pena quando derrubam árvores centenárias, deveria ser proibido ainda mais na cidade onde o ar é muito poluído. Com certeza alguém ganhou muito dinheiro com a venda do bosque, estou do lado da população que lute até quando puder.” (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos, RJ)
“Desde que seja cumprido o que foi dito, não haverá perda nenhuma para nossa fauna e flora, pelo contrário.” (G2, 32 anos, analista de sistemas, SP)
“O problema é que sempre existem vistas grossas nessas contrapartidas. Tem lugares que as construtoras fazem o que querem.” (G2, 38 anos, professor, SP)
“Boa noite; sou contra a derrubada, essas construtoras prometem muito, não estão nem aí para o meio ambiente, algumas delas compram até a licença ambiental, mas o Brasil é isso.” (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
“Toda derrubada de árvores é ruim, ainda mais quando se tem árvores centenárias, porém nesses casos de construção é difícil barrar. A questão é ficar em cima pra que realmente cumpram o que foi prometido.” (G2, 35 anos, contadora, RS)
Os grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) compartilharam uma percepção fortemente crítica e emocional em relação à derrubada de áreas verdes, compreendendo o desmatamento urbano como uma agressão à natureza e à coletividade. As falas expressaram indignação diante da perda da biodiversidade e do avanço desordenado das construções, associando esses processos à degradação da qualidade de vida e ao agravamento das mudanças climáticas. O tom predominante foi de lamento e revolta, muitas vezes marcado por sentimentos de impotência diante de decisões tomadas por empresas e governos em benefício de interesses econômicos. As contrapartidas ambientais prometidas foram vistas com descrença, percebidas como promessas vazias ou tentativas de justificar práticas destrutivas.
Além da preocupação ecológica, esses grupos também articularam uma crítica política e moral ao modelo de desenvolvimento urbano vigente. A destruição de bosques e florestas foi interpretada como símbolo de corrupção institucional, desigualdade social e dominação do capital sobre o bem comum. As falas sugeriram uma leitura sistêmica do problema ambiental, em que a conivência estatal e o enfraquecimento das leis de preservação refletem a captura do interesse público por forças econômicas.
“Estamos vendo e vivenciando os desastres climáticos devido à falta de cuidado com o meio ambiente. Essa fala que planta não sei quantas mudas é papo furado. Se toda empresa que fala que faz isso realmente estivesse fazendo, já não teria mais espaço para novas construções.” (G3, 37 anos, assistente administrativa, MG)
“É muito triste isso, quando o ser humano ficar rodeado só de concreto, sem nenhum verde, quero ver o que vai acontecer. Acabam com a fauna e a flora dos locais sem piedade, muito triste assistir a tudo isso.” (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
“Desmatar áreas para o bel prazer de algumas empresas é muito insustentável. De um lado tem o esforço da população em plantar e cuidar e do outro o poder público que não acompanha as ações dessas empresas. Devemos sim plantar mais para garantir nosso futuro.” (G4, 41 anos, farmacêutico, PE)
“Quando uma grande empresa pede autorização para derrubar centenas de árvores para empreendimentos e apresenta planos de reflorestamento muitas vezes desproporcionais aos danos causados, consegue facilmente as licenças e autorizações necessárias.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“Mesmo que a construtora tenha acesso legal e permissão para a derrubada dessas árvores, é um absurdo que isso aconteça. Tanto a cidade como o estado de São Paulo virou um balcão de negócios em que a população sai prejudicada e os empresários beneficiados.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“A cidade de São Paulo é caótica, um lugar feito de pedras, onde nem se quer se vê o céu direito mais. As pessoas só querem saber de lucro, mas vai chegar uma hora que não vão gastar nada, pois não existirá mundo.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
As opiniões expressas pelos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) revelaram um forte sentimento de desconfiança e rejeição em relação à COP30 e ao governo brasileiro. A conferência foi amplamente percebida como um evento sem propósito prático, esvaziado de legitimidade e destinado mais à autopromoção política do que à defesa efetiva do meio ambiente. As falas destacaram um descrédito profundo nas instituições e nos líderes globais, descritos como hipócritas e distantes das reais necessidades da população. A crítica à ministra do Meio Ambiente e ao presidente foi recorrente, associando ambos à ineficiência, ao desperdício de recursos e à falta de coerência entre discurso e prática.
O tom predominante foi o de indignação e desencanto, permeado por referências à corrupção, aos gastos excessivos e ao uso político da pauta ambiental. A ausência de grandes potências como Estados Unidos e China foi interpretada como prova do fracasso e da irrelevância do evento, enquanto as menções ao suposto superfaturamento e aos luxos reforçaram a percepção de farsa e desvio moral. De modo geral, as falas expressaram não apenas oposição ao governo, mas também uma visão pessimista sobre a política internacional e a capacidade de articulação global frente à crise climática. O tema ambiental, em vez de ser tratado como questão planetária, foi absorvido por uma lógica de deslegitimação e denúncia moral do poder político.
“Eu não vejo muita importância na realização de um conferência sobre eventos climáticos, onde se gasta milhões ou talvez bilhões num evento como esses para combater desmatamento e mudança climática, enquanto isso o país que vai realizar a conferência vê sua floresta amazônica se destruindo em queimadas e nem a ministra do Meio Ambiente e nem o presidente cachaceiro faz nada para impedir isso, para mim é um gasto absurdo e desnecessário!” (G1, 45 anos, padeiro, PB)
“Boa noite! Evento desnecessário, pois nesse desgoverno tudo que fazem é gastar! Impor taxas, impostos exorbitantes. Não estão preocupados com meio ambiente, Amazônia, que é o pulmão do mundo! Se entrar algum dinheiro nesses eventos é para o luxo dessa corja de comunistas! Fora os gastos no próprio evento. Desnecessário!” (G1, 64 anos, empresário, PR)
“Até onde eu soube, foi um fracasso total. O governo gastou um baita dinheiro e ficou tudo precário. [...] Tudo isso foi uma grande organização só para roubar dinheiro dos países trouxas. [...] Enfim, tudo isso foi desvio de dinheiro público, onde Lula colocou sigilo para poder desviar. Vindo do Lula, nada útil aí Brasil. Útil apenas para o saldo da esquerda.” (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
“Acompanhei. Achei o evento ‘esvaziado’: não tem China, não tem EUA, não se decidem nada sem esses. Mais um evento só pra marketing e pra inglês ver. Perca de tempo e dinheiro.” (G2, 38 anos, professor, SP)
“Tenho acompanhado bastante sobre este evento. Tudo o que será tratado e dito, não será realizado. Os países mais capitalistas do mundo não estão presente. Então, certamente o Brasil e outros países do mundo vão continuar ‘abrindo as pernas’ para estes governos, na questão de recursos naturais e afins. Ou seja, não vai dar em nada (novamente).” (G2, 32 anos, analista de sistemas, SP)
“Os principais líderes não vieram, passamos vergonha na questão das hospedagens, Lula foi a uma conferência sobre o clima em um iate que gasta quase 4000 litros de diesel por dia. Show de hipocrisia e gastos do governo. Vai gerar um documento esvaziado, pois não terá assinatura nem participação dos EUA, e a China faz apenas uma participação protocolar.” (G2, 43 anos, administradora, GO)
As opiniões dos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) expressaram uma postura intermediária, marcada por reconhecimento da importância da COP30 e, ao mesmo tempo, por reservas quanto à sua efetividade. Ambos os grupos valorizaram o caráter simbólico e diplomático do evento, considerando positivo o fato de o Brasil sediar uma conferência global e receber líderes internacionais. As falas indicaram que o país poderia se beneficiar da visibilidade e de possíveis investimentos, além de reforçar sua imagem no cenário mundial. No entanto, o entusiasmo foi contido pela percepção de que as discussões costumam permanecer no plano retórico, sem se traduzirem em ações concretas ou políticas sustentáveis. A contradição entre o discurso ambiental do governo e práticas internas vistas como incoerentes, como o incentivo à exploração da Amazônia, também gerou desconfiança.
Em ambos os grupos, a pauta ambiental apareceu como legítima e necessária, mas permeada por um tom de realismo crítico. Houve expectativa de que o evento estimulasse acordos e cooperação internacional, mas também consciência de que a ausência de grandes potências e a falta de continuidade nas ações podem limitar seus efeitos. A visão predominante foi a de que o Brasil tem potencial para liderar a agenda climática, desde que traduza o discurso em medidas concretas e duradouras. Assim, as falas de G3 e G4 revelaram uma combinação de esperança e ceticismo: uma crença moderada na relevância da COP30 e no papel do país, acompanhada da dúvida quanto à sua capacidade de gerar transformações reais no enfrentamento das mudanças climáticas.
“Acho que é de suma importância todos os países se reunirem e fazerem efetivamente ações para combater os danos climáticos. Porém, vemos que o próprio Brasil só fala e não faz nada efetivo, eficaz e imediato. Não adianta ficar só falando e não ser exemplo.” (G3, 37 anos, assistente administrativa, MG)
“Vi os países que não entraram e só me surpreendi com a Argentina, não entendi porque não foi. [...] Fico feliz com a participação de todos os outros líderes, é fundamental uma união de todas as nações para salvar o meio ambiente. Vejo esse evento sendo sediado no Brasil como algo positivo para nós e para o governo Lula, demonstra que ele está interessado em fazer parte das melhorias nessa área, espero que seja verdade mesmo.” (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
“É importante, mas acho que o mundo não está mais tão interessado nesses eventos, ví o número de líderes participantes nos últimos anos.” (G3, 25 anos, contador, RJ)
“Acho super válido as participações principalmente dos presidentes nesse evento. Além de aumentar a popularidade deles no viés ambiental, o Brasil está no centro das notícias do mundo, o que é muito bom para a política externa do Lula.” (G4, 29 anos, profissional de TI, MG)
“Acho a iniciativa muito válida e espero que traga muitos investimentos para a Amazônia e visibilidade para a preservação de nossas florestas. Espero também que traga muito desenvolvimento para o Norte e empregos para a população.” (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
“Não há mais tempo de corrigir a desgraça que o mundo já está destruindo, me dá vontade de chorar com tanto descaso com a natureza e as pessoas que vivem neste mundo... é tudo balela, conversa para boi dormir e o Lula investindo milhões que poderiam ser aplicados na saúde e na fome.” (G4, 51 anos, professora, RS)
As opiniões do grupo 5 (lulistas) expressaram uma visão predominantemente favorável à realização da COP30 e à participação do Brasil como país anfitrião. A maioria dos participantes reconheceu a importância do encontro para o enfrentamento das mudanças climáticas e para a visibilidade internacional do país, destacando o papel da conferência na reaproximação do Brasil com a comunidade global após um período de isolamento diplomático. As falas indicaram orgulho e expectativa de que o evento gere efeitos positivos, tanto na consolidação da imagem externa do governo quanto na adoção de práticas sustentáveis. Mesmo as críticas pontuais ao governo — sobretudo à contradição entre o discurso ambiental e a exploração de petróleo na Amazônia — foram acompanhadas por uma defesa da necessidade de manter o debate climático em escala mundial.
Embora alguns participantes tenham mencionado a alta dos preços e o caráter comercial do evento, o tom geral manteve-se construtivo e esperançoso. As respostas refletiram a percepção de que a cooperação entre líderes é essencial e de que o Brasil deve exercer papel de protagonismo nas negociações ambientais. A importância simbólica da presença de figuras internacionais foi amplamente reconhecida, assim como a expectativa de que os compromissos assumidos se traduzam em ações concretas.
“Eu tenho acompanhado por cima, vi uma ou outra notícia, nada muito aprofundado. Sobre a fala do Lula, concordo totalmente com ela, pena que na prática ela não seja aplicada, basta ver a aprovação da PEC da devastação e também a liberação da fossa do Amazonas para a exploração de petróleo. Por fim, sobre a política externa, esses eventos são fundamentais, mesmo que tenha algumas ausências, penso que a mais sentida é a do Presidente Chinês, pois era claro que nem o Trump nem o Milei estariam presentes!” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Tenho acompanhado desde do início do ano as notícias da COP, em especial nesses últimos 02 dias. Acredito que essa reunião e o compromisso firmado, trará mudanças significativas para o meio ambiente. Seja no compromisso de diminuir as emissões de CO₂, investimentos em práticas sustentáveis… Entretanto, esse compromisso há de ser executado, conforme o colega acima pontuou, há projetos do governo Lula que contrariam toda essa agenda climática, dando aval na exploração da Amazônia. Isso é inaceitável. Acredito que há necessidade de aplicar todos esses projetos discutidos, caso contrário não passará de meras promessas.” (G5, 22 anos, assistente jurídico, PR)
“Ando sim acompanhando, principalmente os comentários que na cidade tudo está superfaturado, hospedagem e serviços básicos por conta do evento. Acho sim necessário esse tipo de evento, espero que tenha melhoras positivas na maneira como cuidamos do nosso planeta.” (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
“Estou acompanhando pelo próprio Instagram do governo federal. Eu avalio como muitíssimo importante essa vinda dos líderes ao nosso país. O Brasil havia deixado de ser tão presente nas políticas internacionais, e de pessoas tão importantes vir ao Brasil, Lula tem feito muito isso e isso dá muita visibilidade ao nosso país e nos coloca novamente no centro. Imagino até como movimentou a economia esses eventos, porque muitas pessoas estão se aproveitando para aumentar o preço de tudo, mas enfim, avalio como muito bom.” (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Ao longo dos debates das questões relativas à COP30 e aos eventos associados, como o festival de música Global Citizen (questões 99 e 101), foram compartilhados cinco vídeos, todos no grupo dos bolsonaristas convictos. Em todos os casos, os conteúdos apresentaram retóricas voltadas a deslegitimar discursos e ações do governo, personificado nas figuras de Lula e Janja, apontados pelos participantes como hipócritas. As críticas concentraram-se em três eixos principais: os custos para a realização dos eventos, a escolha de Belém como sede da conferência e os valores de hospedagem do presidente e de sua equipe.
No primeiro eixo, os vídeos afirmaram que o evento no qual Mariah Carey se apresentou em um palco flutuante em formato de vitória-régia teria custado R$ 30 milhões, contrapondo esse valor à precariedade do SUS, em um enquadramento retórico de contraste moral. Na verdade, o evento citado ocorreu em outra data e local, contou com financiamento privado e não teve valores oficiais de custeio divulgados, o que demonstrou o caráter especulativo da informação.
A escolha de Belém como sede da COP30 também foi alvo de críticas. Nesse caso, o argumento apresentou base factual, mas ainda com enquadramento tendencioso. Os autores dos vídeos insinuaram que o governo teria sido hipócrita ao escolher uma cidade com sérios problemas de saneamento para sediar um evento climático. As postagens afirmaram que apenas 7% do esgoto coletado em Belém seria tratado, quando, na realidade, coletava-se 7% do esgoto total da cidade, sendo 37,9% dessa quantidade efetivamente tratada.
Por fim, o tema mais recorrente nos vídeos foi o dos gastos de hospedagem de Lula e de sua comitiva. As postagens alegaram que “o preço para passar os dias da COP30 no barco que hospedava Lula e Janja era de R$ 450 mil” e que “o barco de luxo usado pelo presidente pertencia a um empresário envolvido em escândalos”. A primeira informação foi meramente especulativa e não pôde ser comprovada por nenhum veículo de comunicação. A segunda mostrou-se parcialmente verdadeira, mas com viés valorativo, ao associar o governo a práticas criminosas por meio da palavra “escândalo”. Também foram feitas alegações parcialmente verdadeiras sobre a suposta falta de transparência do governo em relação aos gastos da conferência. Em um dos vídeos, afirmava-se que Lula teria “decretado” sigilo sobre despesas de luxo com o barco usado por ele e Janja em Belém. De fato, a Secretaria de Comunicação confirmou diária média entre R$ 2.647 e R$ 2.700 por pessoa na embarcação contratada, mas manteve sob sigilo o número de ocupantes por razões de segurança. A imprensa noticiou que o contrato havia sido classificado como reservado até o fim do mandato, o que configurava restrição de acesso, mas não um decreto presidencial.
Em suma, os opositores ao governo federal buscaram criticar a realização da COP30 explorando dados e valores por vezes verdadeiros — porém enquadrados de forma tendenciosa — e, em outros casos, meramente especulativos ou sensacionalistas. Os autores procuraram evidenciar supostas hipocrisias cometidas pelo governo ao escolher Belém como sede e por Lula e sua equipe ao se hospedarem em um iate de luxo, ao mesmo tempo em que o presidente negava tratar-se da “COP do luxo”.
Reação aos custos do palco em formato de Vitória Régia
“Você sabia que gastaram 30 milhões em um show enquanto o povo sofre no SUS? O palco flutuante da Mariah Carey em Belém virou o centro da revolta popular.”
Situação sanitária de Belém, sede do evento:
“ Menos, menos de 7% do esgoto que é coletado em Belém, que é pouco, né, que é uma parcela bem pequena. Menos de 7% é tratado. Então veja: 80% das pessoas não têm esgoto. Aí 20 das que têm, apenas 20% das que têm, desse pequeno montante, apenas 7% é coletado e tratado.” / “Belém é um esgotão a céu aberto. E é esse o local escolhido para ser a sede de um evento que discute mudanças climáticas, preservação do meio ambiente. Cara, é de uma hipocrisia tão... tão absurda, tão absurda, é tão vergonhoso que isso esteja acontecendo.”
Comentários a respeito dos custos de hospedagem de Lula e equipe:
“Só de navios aí de aluguel de navio hotel para o Lula e Janja fazerem festas foi R$263 milhões.” / “Lula decretou sigilo absoluto sobre despesas de luxo com barco usado por ele e Janja em Belém.” / “O preço para passar os dias de COP30 no barco que hospeda Lula e Janja é de 450 mil reais.” / “Barco de luxo usado por Lula na COP30 é de empresário e já esteve envolvido em escândalo.”
Os temas debatidos ao longo da semana versaram sobre questões ambientais e suas implicações políticas. Apesar das diferenças de tom e posicionamento entre os grupos, houve validação quase unânime da pauta ambiental como legítima e necessária. No entanto, as dimensões política e econômica foram mais significativas para orientar os posicionamentos dos participantes diante dos temas, servindo como filtros interpretativos das ações do governo e da credibilidade das iniciativas ambientais.
O evento Global Citizen Amazônia, embora tenha mobilizado atenção pública e debatido causas de relevância global, foi recebido com graus variados de desconfiança e ambiguidade. Entre os participantes bolsonaristas, prevaleceu a percepção de que se tratava de uma encenação simbólica, associada à autopromoção de artistas e à ineficácia do governo. Já os demais grupos reconheceram seu potencial de conscientização social e visibilidade internacional, mas ressaltaram que a legitimidade das ações ambientais depende menos do espetáculo e mais da credibilidade na execução. As falas dos eleitores flutuantes e lulodescontentes destacaram que o engajamento com as causas ambientais só é convincente quando acompanhado de coerência, transparência e resultados verificáveis, e não apenas de eventos midiáticos.
A discussão sobre o equilíbrio entre progresso e preservação revelou ampla concordância de que a derrubada de áreas verdes para construções privadas representa um problema ambiental, moral e social. Mesmo entre os que admitiram a legalidade do processo ou aceitaram as promessas de compensação, predominou o sentimento de perda e insatisfação diante do avanço do concreto sobre a natureza. Os participantes bolsonaristas mostraram maior tolerância às obras, desde que houvesse medidas compensatórias, como reflorestamento. Nos demais grupos, prevaleceu uma postura crítica, porém mais ponderada, que reconheceu a necessidade do desenvolvimento urbano, mas defendeu que ele ocorra de forma planejada, fiscalizada e ambientalmente responsável. O consenso geral foi de que o crescimento das cidades não pode ocorrer à custa da qualidade de vida e da preservação das áreas verdes.
A COP30 foi interpretada por grande parte dos participantes com desconfiança e ceticismo, refletindo um descrédito generalizado na efetividade dos compromissos ambientais. Nos grupos bolsonaristas, mesmo entre aqueles que reconheciam a relevância do tema climático e a necessidade de cooperação global, predominou a visão de que o evento se repetia como um ritual diplomático esvaziado, marcado por promessas não cumpridas e pelo distanciamento entre discurso e prática. As críticas ao governo foram incisivas: Lula foi retratado como responsável por gastos excessivos, má gestão e contradições na política ambiental, acusado de usar a conferência como instrumento de autopromoção e de construção de uma imagem internacional que não corresponderia à realidade. A ausência de grandes potências, o suposto desperdício de recursos e a denúncia de hipocrisia ambiental reforçaram um sentimento de frustração e descrença no papel do Brasil como liderança legítima na agenda climática.
Por outro lado, entre os grupos com posturas mais equilibradas ou favoráveis, emergiu uma visão de esperança cautelosa quanto à capacidade do país de exercer protagonismo internacional e de fortalecer sua imagem externa por meio da COP30. Os grupos centrais — compostos por eleitores flutuantes e lulodescontentes — reconheceram o valor simbólico e diplomático do evento, mas enfatizaram a necessidade de resultados concretos e ações práticas que comprovassem o compromisso do governo com a pauta ambiental. As falas expressaram o desejo de que o Brasil transformasse o discurso em políticas reais e consistentes, evitando que a conferência se limitasse à retórica. Já entre os participantes mais entusiastas, identificados com o campo governista, prevaleceu o otimismo quanto ao papel do país e à importância da cooperação internacional, ainda que com consciência das contradições internas da gestão atual.
Os três temas debatidos ao longo da semana evidenciaram um contraste mais acentuado entre os grupos posicionados nos extremos do espectro ideológico. O grupo de bolsonaristas convictos apresentou o tom mais radical e combativo, marcado por indignação moral, descrédito absoluto nas instituições e rejeição sistemática a qualquer iniciativa governamental, vista como farsa, corrupção ou manipulação ideológica. Já o grupo de lulistas revelou maior entusiasmo e engajamento positivo, reconhecendo a importância das ações ambientais e do protagonismo brasileiro na agenda climática. Suas falas expressaram orgulho pela visibilidade internacional do país e pela retomada do diálogo global, mas combinaram esse apoio com vigilância crítica, exigindo coerência e resultados efetivos, dado que demonstra novamente o caráter assimétrico da “polarização” no Brasil. Os grupos centrais, por sua vez, mantiveram uma posição moderada e pragmática: valorizaram a pauta ambiental e a necessidade de cooperação internacional, mas conservaram reservas quanto à efetividade das políticas e ao distanciamento entre o discurso oficial e as ações concretas.

O Monitor do Debate Público é um projeto do Laboratório de Estudos da Mídia e da Esfera Pública (LEMEP), localizado no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da UERJ, baseado na metodologia do Painel de Monitoramento de Tendências (POMT), desenvolvida por nossa equipe.
O POMT é uma metodologia inovadora que nos permite monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas da agenda pública, preferências, valores, recepção de notícias etc. Ela opera por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do POMT permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do POMT, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado tanto para a pesquisa social quanto para a eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que muitas vezes demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, os grupos focais do POMT são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do POMT não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
O MDP é um projeto que utiliza a metodologia do POMT para analisar, com periodicidade semanal, o debate público brasileiro, segmentado em cinco grupos de diferentes orientações ideológicas, que cobrem da extrema-direita à esquerda. Tal divisão se justifica por serem esses grupos os de maior relevância demográfica na atualidade.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e doutoranda em Sociologia pelo IESP-UERJ e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.
Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Paraná, pesquisador do INCT ReDem e dos Grupos de Pesquisa NUSP e Observatório das Elites, vinculados à UFPR. Tem como interesses de pesquisa representação política parlamentar e metodologia científica. Possui experiência com a utilização de Inteligência Artificial na pesquisa cientifica, bem como na estruturação e análise de bancos de dados prosopográficos.
O Instituto Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Representação e Legitimidade Democrática (INCT ReDem) é um centro de pesquisa sediado no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), financiado pelo CNPq e pela Fundação Araucária.
Reunindo mais de 50 pesquisadoras(es) de mais de 25 universidades no Brasil e no exterior, o ReDem investiga, a partir de três eixos de pesquisa (Comportamento Político, Instituições Políticas e Elites Políticas) as causas e consequências da crise das democracias representativas, com ênfase no Brasil.
Sua atuação combina metodologias quantitativas e qualitativas, como surveys, experimentos, grupos focais, análise de perfis biográficos e modelagem estatística, produzindo indicadores e ferramentas públicas sobre representação política, qualidade da democracia e comportamento legislativo.
O objetivo central do ReDem é gerar conhecimento científico de alto impacto e produzir recursos técnicos que auxiliem cidadãos, jornalistas, formuladores de políticas e a comunidade acadêmica a compreender, monitorar e aperfeiçoar a representação política democrática no Brasil.
Reunião Lula e Trump; Megaoperação no RJ; Criação do Escritório Emergencial
Reforma Casa Brasil; Município Mais Seguro; Nepotismo e STF
Adulteração das bebidas; Precarização do Trabalho; Reunião entre Chanceler Brasileiro e Secretário de Trump
Declarações de Flávio Bolsonaro; Reforma da estabilidade dos servidores públicos; Críticas ao governo Lula.
Manifestações anti-PEC da Blindagem; Decisões prioritárias do Congresso; Declarações de Trump
Assassinato de Charlie Kirk; Novo programa do governo: Vale-gás; Confiança nos meios de comunicação
Declarações de Tarcísio de Freitas; Reações às falas dos Ministros; Condenação de Jair Bolsonaro
Expectativas sobre Julgamento de Bolsonaro; Pauta da Anistia no Congresso; Percepções sobre o Julgamento
Fiscalização das emendas parlamentares; PEC da blindagem; Megaoperação
Prisão de Hytalo Santos; Saída do país da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto; Áudios de Silas Malafaia
Mudanças na CNH; Vídeo de Felca; Sanções dos EUA ao Mais Médicos.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Denúncia contra Nikolas Ferreira; Medida de ajuda a refugiados; Imposição de Lei Magnitsky
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
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Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
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Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
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Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
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