O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 23 a 29/6, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) papel do governo federal nas obras de infraestrutura e desenvolvimento; ii) responsabilidade do governo no resgate de Juliana Marins; iii) anulação do decreto do governo Lula que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Ao todo, foram analisadas 187 interações, que totalizaram 9.835 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Responsabilidade por Obras | O grupo expressou forte crítica ao governo federal, com ênfase na corrupção, abandono de obras e uso político dos investimentos. Muitos associaram o atual governo à ineficiência e valorizaram a gestão anterior. | O grupo apontou a descontinuidade das obras e a falta de compromisso do governo em concluir o que foi iniciado como os principais problemas. Os participantes cobraram planejamento e maior eficiência na execução. | As falas destacaram a má distribuição dos investimentos, a ausência de ações preventivas e a lentidão nas entregas como fatores responsáveis pela desigualdade e problemas. Houve críticas à priorização de obras visíveis e eleitoreiras. | O grupo criticou a desigualdade regional, a interferência política nas decisões e a falta de suporte técnico às cidades pequenas. Houve consenso de que a corrupção compromete a efetividade das obras. | Os participantes apontaram a precariedade estrutural, especialmente em regiões pobres, e cobraram mais fiscalização e controle dos recursos. Alguns também destacaram a desigualdade no acesso aos investimentos. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos de pertencimento. |
Resgate de Juliana | Predominou a crítica à lentidão do resgate por parte da Indonésia. Paralelamente, muitos atacaram o governo brasileiro por omissão e por dar preferência de socorro apenas a políticos da esquerda. | Houve forte sentimento de negligência por parte da Indonésia e expectativa frustrada de atuação mais ativa do Brasil. Muitos participantes cobraram ação diplomática mais firme. | As falas combinaram indignação com a falha das autoridades indonésias e frustração com a passividade brasileira. Alguns destacaram a desorganização, falsas informações e ausência de suporte concreto à vítima e à família. | O grupo enfatizou o despreparo do destino turístico e a ausência de estrutura de emergência como causas principais da tragédia. A maioria reconheceu as limitações diplomáticas do Brasil, mas criticou sua lentidão e distanciamento emocional. | Houve consenso sobre a negligência das autoridades indonésias no resgate e divisão quanto ao papel do Brasil — alguns viram limites diplomáticos, outros cobraram mais pressão, presença e apoio à família. | Os participantes deram suas opiniões de acordo com seus grupos. |
Anulação de Decreto | A maioria defendeu que o Congresso agiu corretamente ao anular o aumento do IOF e criticaram fortemente os gastos do governo, expressando desconfiança em relação à promessa de que o imposto afetaria apenas os ricos. | O grupo apoiou a anulação do decreto com o argumento de que o governo deveria cortar seus próprios gastos em vez de aumentar impostos. Muitos acreditaram que qualquer novo tributo acabaria afetando também os mais pobres. | Houve consenso de que o aumento do IOF seria injusto, dado o nível já elevado de impostos no país. A defesa central foi por corte de desperdícios e melhor uso do dinheiro público, com críticas à justificativa oficial do governo. | As opiniões foram marcadas por ceticismo em relação ao Congresso, visto como movido por interesses próprios. Ainda assim, a maioria rejeitou o aumento do imposto e defendeu que tanto Executivo quanto Legislativo deveriam cortar privilégios e gastos. | O grupo se dividiu entre críticas à anulação, por entenderem que ela favorece os ricos, e críticas ao governo, por propor mais impostos em um contexto de ineficiência nos gastos. A ideia predominante foi a de que, no fim, os mais pobres sempre acabam prejudicados. | Os evangélicos elaboraram suas respostas alinhados com seus grupos de participação. |
A dificuldade do Estado em garantir capacidade de atendimento universal às necessidades de infraestrutura do país foi um dos temas recorrentes na análise dos grupos. Em todos eles, direta ou indiretamente, os participantes apontaram que os investimentos federais não chegam de forma igualitária a todas as regiões — especialmente nas cidades pequenas, áreas periféricas ou no interior do Norte e Nordeste. A ausência do Estado em locais afastados foi associada tanto à precariedade histórica de serviços básicos como saneamento e estradas quanto à percepção de abandono e negligência por parte das autoridades públicas.
Outro ponto fortemente presente foi a descontinuidade das obras, também mencionada em todos os grupos. Os participantes relataram com frequência que os projetos de infraestrutura começam, mas não são concluídos, sendo muitas vezes substituídos por novas obras iniciadas por governos subsequentes com objetivos políticos. Essa lógica compromete não apenas a eficiência dos investimentos, mas também a confiança da população nas instituições. A percepção de que o Estado atua de maneira fragmentada e descoordenada contribui para um sentimento coletivo de frustração, reforçando a ideia de que o Brasil sofre com a incapacidade crônica de planejar e executar políticas públicas de forma sustentável e universalizada.
"O problema não é apenas o governo mas tbm os parlamentares ( senadores/deputados ) pois é através deles que são enviadas verbas para os Estados e municipios. e Muintas das vezes estas verbas são desviadas para outros fins.. Mas com certeza o governo federal deveria investir mais diretamente em alguns lugares estratégicos.. eu moro no RS e devido às enchentes o atual governo se comprometeu a mandar recursos para reconstrução do estado. Já estamos completando 1 ano da tragédia e tudo que foi reconstruído em nada teve participação do governo federal. Então sim neste caso além de ausente usou a tragédia para fazer propaganda a seu favor." (G1, 54 anos, músico, RS)
"Acho que o governo federal deveria atuar na realização de obras que estão paralisadas pelo país, numa viagem pra qualquer lugar você vê obras inacabadas o que é um descaso do governo, que não terminou a obra mas começou outra pra dizer que é do novo governo. Creio que as obras são para o povo de uma forma geral, seja estrada, escola ou casas. Teríamos muito mais proveito se eles focassem em terminar o que já foi começado." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Acho que ele não se encontra realmente onde devia,muitas obras começadas e poucas acabadas,um montante de Dinheiro que ninguém sabe a direção. A infraestrutura continua precária,na maioria dos estados. Se eles dessem continuidade,em todos projetos começados, talvez vendo os términos,sentiríamos mais seguros em relação as demais.""" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"NO Brasil o que impera é o jogo de interesses políticos, infelizmente. Na maioria das vezes as obras federais não chegam nas pequenas cidades interioranas, em especial naquelas que dependem exclusivamente - ou praticamente exclusivamente - de repasses federais ou estaduais por não terem receitas próprias. Aqui na minha região falta muito uma política permanente de criação de infraestrutura para empresas/negócios e geração de renda. (...) De forma geral o interior é esquecido e só recebe "migalhas" às vésperas de eleições e isso quando não perdem o dinheiro que recebem por falta de estrutura técnica nas Prefeituras. O Governo Federal deveria dar mais suporte técnico às Prefeituras de pequeno e médio porte para não conseguirem recursos federais. Também deveria haver um sistema no qual o Governo Federal financiasse a totalidade das obras, sem necessidade de contrapartida dos Municípios e/ou Estados. Mas, o pior de tudo, é a politicalha que só manda dinheiro para onde receba voto de volta.""" (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"O Brasil ainda é muito falho em infraestrutura, principalmente em cidades menores e mais afastadas, basta ver que a % de saneamento básico, algo essencial para a qualidade de vida de qualquer pessoa ainda é abaixo dos 60% no país, o que é um descaso total com a população. Só que, infelizmente, ao invés de mais investimento estatal, o que está acontecendo é a privatização desses serviços públicos essenciais, achando que essa é a solução. Mas, já foi comprovado que água, luz, moradia e outras obras devem ser públicas!
Assim, ainda existe muita precariedade nessas aéreas, por mais que a desigualdade social tenha diminuído, as condições de moradia e acesso a boas condições de vida ainda são escassas no Brasil, o que faz com que o país seja um retrato de poucos com muito e muitos com pouco!""" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
Outro tema recorrente nos cicno grupos foi o desvio de verbas e a corrupção, sendo um dos principais fatores apontados para explicar a precariedade da infraestrutura pública no Brasil. Os participantes expressaram forte desconfiança em relação ao uso dos recursos públicos, questionando se o dinheiro liberado para obras realmente é aplicado conforme planejado. Em diversas falas, surgiram acusações diretas sobre superfaturamento, favorecimento em licitações, uso político das verbas e enriquecimento ilícito de gestores e aliados. Esse sentimento foi reforçado pela percepção de que obras paradas ou intermináveis são, muitas vezes, sintoma de desvios ou de novos contratos criados para beneficiar grupos específicos. Além disso, os participantes destacaram a ausência de fiscalização e a impunidade como elementos que alimentam a corrupção.
"o governo federal precisa melhorar sua presença nas regiões mais vulneráveis investir com mais equilíbrio entre os estados e fortalecer a fiscalização para garantir que as obras sejam concluídas com qualidade e sem corrupção e rouboa. Só assim será possível avançar de forma sustentável na melhoria da infraestrutura do país." (G1, 28 anos, autônoma, MT)
"Acho que ele não se encontra realmente onde devia,muitas obras começadas e poucas acabadas,um montante de Dinheiro que ninguém sabe a direção. A infraestrutura continua precária,na maioria dos estados. Se eles dessem continuidade,em todos projetos começados, talvez vendo os términos,sentiríamos mais seguros em relação as demais." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"O governo faz uma coisa ali e outra lá, mas o que mais vejo são obras incabadas e me parece que isso é proposital para fazer nova licitação que provavelmente é do cunhado/tio/primo do governador que vai morder uma fatia dessa nova licitação com preços superfaturados. Tá ai o porque da lentidão em muita obras ao meu ver. Outro fato é deixar acontecer o pior para depois ter que gastar mais, então porque não fazer uma prevenção/manutenção de acordo com a necessidade, isso seria o ideal. Nem todas as regiões necessitam do mesmo cuidado em infraestrutura mas vejo sim que eles priorizam as grandes cidades." (G3, 36 anos, autônoma, SP)
"O fato de o governo ser ausente em algumas regiões é nítido. Independente do presidente que esteja, a política no Brasil é um jogo de interesses e de acordos velados onde alguns conseguem mais verbas para suas regiões e outros não. E outro ponto que impacta demais no Brasil é a corrupção, muitas vezes o dinheiro sai mas não chega nas mãos certas para realizar as obras. Temos muito ainda a melhorar para que o Brasil seja um país digno minimamente para todos.""" (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)
"Eu acredito que dependa de acordos entre os governos federais e estaduais,no meio político a muito essa questão de troca de favores,corrupção e interesses próprios. Então fica difícil de sabermos o que realmente depende só do governo e da verba ou se á interesses próprios. Se fosse depender de fazer o que é certo eu acredito que seríamos pais de primeiro mundo,porque não falta dinheiro e riquezas naturais. Só falta pessoas honesta que queiram o bem do país" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"O Brasil peça muito em infraestrutura, existem sim as obras porém o que acontece é: Será que o ficheiro todo é utilizado naquela obra ou existem desvios??? Acho tb que deveriam ser mais monitoração e severamente ,coisa que não acontece, uma obra intermináveis e quando enfim terminam parece até que não acabou....""" (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
Alguns participantes dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) se destacaram por trazer propostas mais propositivas e estruturais para enfrentar os problemas de infraestrutura no Brasil. Em vez de apenas apontar falhas, eles sugeriram caminhos concretos para melhorar a execução e a justiça na distribuição dos investimentos públicos. No grupo 4 (lulodescontentes) foi defendido o fortalecimento técnico das prefeituras de pequeno e médio porte, com o argumento de que muitas delas não possuem capacidade técnica para elaborar projetos, captar recursos federais ou cumprir as exigências de contrapartida. A solução apontada seria o governo federal assumir um papel mais ativo, financiando integralmente algumas obras e oferecendo apoio especializado aos municípios menos estruturados.
Já no grupo 5 (lulistas), surgiu a proposta de ampliar a participação popular nas decisões sobre prioridades de investimento. A crítica à concentração de poder decisório nas mãos dos políticos veio acompanhada da sugestão de que a população possa indicar diretamente suas necessidades, promovendo uma forma mais democrática e responsiva de planejamento. Além disso, houve preocupação com a privatização de serviços essenciais, o que reforça a defesa de um Estado mais presente e comprometido com a garantia de direitos básicos.
"NO Brasil o que impera é o jogo de interesses políticos, infelizmente. Na maioria das vezes as obras federais não chegam nas pequenas cidades interioranas, em especial naquelas que dependem exclusivamente - ou praticamente exclusivamente - de repasses federais ou estaduais por não terem receitas próprias. Aqui na minha região falta muito uma política permanente de criação de infraestrutura para empresas/negócios e geração de renda. Aqui na minha cidade - interior do Paraná e de uns 5000 habitantes - falta também investirem na conclusão da rede de esgoto (tem cerca de 20% da cidade que não tem rede de esgoto) e falta um debate aprofundado e mais técnico acerca da Taxa de Lixo (Taxa de Coleta de Lixo) que é cobrada parcelada em 4 parcelas trimestrais, que é mais cara que o próprio IPTU; também há uma cobrança desproporcional de Taxa de Iluminação Pública (cobrada na Conta de Energia Elétrica) que não é proporcional ao consumo. Também falta emprego. De forma geral o interior é esquecido e só recebe "migalhas" às vésperas de eleições e isso quando não perdem o dinheiro que recebem por falta de estrutura técnica nas Prefeituras. O Governo Federal deveria dar mais suporte técnico às Prefeituras de pequeno e médio porte para não conseguirem recursos federais. Também deveria haver um sistema no qual o Governo Federal financiasse a totalidade das obras, sem necessidade de contrapartida dos Municípios e/ou Estados. Mas, o pior de tudo, é a politicalha que só manda dinheiro para onde receba voto de volta." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
"Acho que a distribuição é de acordo com o governante de cada estado. Tem os que buscam melhorias e os que fecham os olhos. Penso que devia ter uma maneiro do povo falar sobre suas necessidades e não depender somente dos políticos ." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"O Brasil ainda é muito falho em infraestrutura, principalmente em cidades menores e mais afastadas, basta ver que a % de saneamento básico, algo essencial para a qualidade de vida de qualquer pessoa ainda é abaixo dos 60% no país, o que é um descaso total com a população. Só que, infelizmente, ao invés de mais investimento estatal, o que está acontecendo é a privatização desses serviços públicos essenciais, achando que essa é a solução. Mas, já foi comprovado que água, luz, moradia e outras obras devem ser públicas!
Assim, ainda existe muita precariedade nessas aéreas, por mais que a desigualdade social tenha diminuído, as condições de moradia e acesso a boas condições de vida ainda são escassas no Brasil, o que faz com que o país seja um retrato de poucos com muito e muitos com pouco!" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
As opiniões manifestadas nos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) revelaram uma forte comoção diante da morte da brasileira, com percepções generalizadas de falha tanto do governo da Indonésia quanto do governo brasileiro. Os participantes demonstraram indignação com a lentidão do resgate, apontando a precariedade estrutural do país asiático como fator agravante. A crítica à demora nas operações e à suposta falta de preparo para lidar com emergências em áreas turísticas se destacou, gerando indignação moral diante do sofrimento prolongado da vítima. A maioria considerou que a tragédia poderia ter sido evitada com uma resposta mais ágil e eficaz.
Paralelo a isso, observou-se a instrumentalização política do episódio. A avaliação da atuação brasileira esteve fortemente atravessada por posicionamentos ideológicos, com comparações recorrentes entre gestões passadas e a atual. O governo foi acusado de omissão. Muitos avaliaram que faltou agilidade, iniciativa diplomática e envio de recursos ou suporte logístico que pudessem acelerar o resgate. Houve frustração com a postura considerada passiva do Itamaraty, e críticas diretas à presidência, acusada de priorizar outras agendas em detrimento da vida de uma cidadã brasileira no exterior.
"Acompanhei o caso. Na minha opinião, houve total descaso. Se o socorro fosse imediato, ela teria sobrevivido. Faleceu de frio, fome e dor. Muito triste!
1º O erro foi da moça, de ir em um lugar extremamente perigoso, levando em conta que a mesma tinha miopia e não enxergava nada, além de estar em um País que o governo não cuida nem dos que são de lá.
2º O erro governo de da Indonésia errou em não prestar socorro imediatamente, sendo negligente.
3º O governo brasileiro não se mobilizou em ajudar. Lembro que na época do Bolsonaro, ele se desdobrava em ajudar pessoas que estavam em outros Países e mandava imediatamente socorro.
4º Quem retirou o corpo da moça daquele local, foram voluntários e nenhum governo ajudou. Inclusive, o rapaz que desceu, a uma altura comparada ao Corcovado, passou mal."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"""Infelizmente o governo não quis nem ajudar a família trazer o corpo, não que seja obrigação de um governo mas a família não tem condições e vai precisar de ajuda e doações para trazer o corpo. Se fosse o governo Bolsonaro, de primeiro momento já teria mandado ajuda e no caso de não ter condições na questão do tempo para ajudar, teria buscado o corpo. A moça ela de esquerda e participava das campanhas contra o Bolsonaro, inclusive do ""ele não"", mas no momento em que ninguém larga mão de ninguém, o atual desgoverno não fez nada por ela. Faz por outros países, inclusive usou o avião da FAB para buscar a Cristina Kirchner dar abrigo para a condenada."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Realmente, a moça era da esquerda, eleitora do Lula, mas quem soube que a família na tem condições para pagar para trazer o corpo e resolveu pagar foi um hétero, branco, da direita, eleitor do Bolsonaro.
A esquerda virou as costas para ela. Nenhum artista de esquerda se propôs a ajudar, Lula poderia sim ter feito alguma coisa, mas ninguém fez. Agora tem uma conversa aí de que o governador ou prefeito do Rio de Janeiro, iriam ajudar, porém Alexandre Pato chegou primeiro e ajudou." (G1, 54 anos, músico, RS)
"O governo não fez nada, ficou escrevendo ofícios ..... uma vergonha nacional a falta de preparo para lidar com situações de emergência deste nível. O que dizer do governo da Indonésia? Não tenho como opinar, não tenho ideia nem se esses "passeios" tem permissão para serem feitos. Aliás, minha visão pessoal é de que isso deveria ser proibido. Serve de alerta para estas pessoas que gostam de turismo extremo. Creio que no governo não tem nem uma equipe que tenha um protocolo para essas emergências internacionais." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Governo foi omisso, poderia ter atuado com mais agilidade, talvez se tivesse agido com a mesma eficiência que socorreu a primeira dama condenada por corrupção no Peru a moça não teria morrido." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Custo entender o apoio bem distante do governo federal em relação a esse acontecido. Uma moça infelizmente morre e o governo ficou no meio termo,um apoio negligente do governo do Sr. Lula é o que eu percebo com a minha opinião. Existem muitas notícias que estão circulando nas redes sociais de que o governo não quer bancar o translado do corpo da brasileira, alegando custos, sinceramente isso não é possível e não existe,a família é que tem que ir atrás e trazê-la para o Brasil? Vexame internacional,chega a ser desumano,vamos ver o que esse min.das relações vai fazer."" (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
As respostas dos demais grupos. 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontens e lulistas) expressaram também fortes sentimentos de indignação e luto, com ênfase na negligência das autoridades da Indonésia e nas limitações enfrentadas pelo governo brasileiro. Muitos participantes apontaram a falta de estrutura e preparo do destino turístico como fator central na tragédia, reforçando a ideia de que a morte da jovem foi consequência não apenas do acidente em si, mas do abandono e da ausência de protocolos emergenciais eficientes. Houve consenso quanto à responsabilidade local em garantir segurança mínima aos visitantes em trilhas autorizadas, destacando-se a crítica à manutenção de roteiros turísticos sem suporte para resgates rápidos e eficazes.
Em relação ao Brasil, parte do grupo reconheceu os limites jurídicos e diplomáticos que restringem a ação direta em território estrangeiro, mas ainda assim esperava uma postura mais ativa e enérgica. A atuação do governo brasileiro foi vista como burocrática, morosa e emocionalmente distante. A frustração com a lentidão institucional e a percepção de abandono foram ampliadas pela circulação de informações desencontradas e pela falta de apoio imediato à família da vítima. A tragédia foi interpretada como um alerta para a necessidade de repensar protocolos diplomáticos de emergência e reforçar parcerias internacionais para situações semelhantes.
“Acompanhei pelo oq vinha sendo falado na midia, parece que não se tinha muito o que fazer. A indonésia é um pais onde não se usa a hospitalidade e não se comove para esses resgates, tem diversos casos na midia sobre acidentes nesse país e que não houveram comoção das autoridades do país para resolver em tempo hábil.” (G3, 25 anos, contador, RJ)
“Eu acompanhei esse caso e infelizmente a burocracia, falta de preparo para situações de emergência do tipo, culminaram na morte da Juliana, como foi uma ocorrência em outro país, o governo brasileiro tem menos liberdade de atuação, pois necessita respeitar as leis e autoridades do país em questão, também houve divulgação de informações falsas que atrapalharam a organização de equipes de resgate. Toda essa situação abre precedentes para se pensar em como o Brasil pode melhorar as relações com outros países e agilizar as respostas nesses casos.” (G4, 36 anos, instrutor de informática, SP)
“Acompanhei esse caso. A atuação do Governo brasileiro deixou muito a desejar; mas, tem-se que entender que a Lei brasileira é muito burocrática para atuação governamental nesse tipo de situação. Mas, o principal problema é a falta de responsabilidade do governo indonésio quanto a esses tipos de atividades. Claro que ninguém pode tirar a responsabilidade de quem escolhe fazer uma atividade de alto risco como essa. Mas também ninguém pode isentar a falta de responsabilidade e atitude nas ações de resgate por parte das autoridades indonésias. O Governo brasileiro pouco pouco poderia fazer em um país estrangeiro e numa situação de acidente num local de tão difícil acesso; a responsabilidade do Governo brasileiro fica muito limitada num país como a Indonésia que tem um sistema de socorro tão despreparado.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“Eu acompanhei esse caso bem de longe, pela tristeza e comoção que ele causou, não estava me fazendo bem ler as notícias e tentar acompanhar as lives do resgate. Penso que o Governo Brasileiro fez tudo o que estava ao seu alcance, já que não poderia organizar o resgate por conta própria e nem interferir nas soluções propostas pelo governo Indonésio. O que houve foi uma falha na demora para começar as buscas, algo que não tem nenhuma ligação nem com o Itamaraty, nem com o Governo Federal, quem deve ser responsabilidade é a própria equipe de resgate que demorou para entrar em ação.” (G5, 33 anos, tradutor, SP)
“Acompanhei sim, acho que o Brasil n tinha oq fazer pois ela se encontrava em outro país. Acredito que se fosse algo acontecido aqui as autoridades teriam tido outra postura e o resgate teria ocorrido bem antes e com bem mais esforços.” (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
As opiniões expressas nos grupos 1, 2 e 3 (Bolsonaristas convictos, bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) indicaram uma visão amplamente crítica ao aumento de impostos proposto pelo governo, mesmo que com foco nos mais ricos. Houve um sentimento majoritário de que a carga tributária no Brasil já é excessiva e a ideia de que o Estado prefere penalizar a população em vez de fazer ajustes internos foi recorrente, refletindo uma crítica à gestão fiscal e ao que foi percebido como falta de responsabilidade com o dinheiro público. A decisão do Congresso de anular o decreto foi amplamente aprovada pelos participantes, que a interpretaram como uma forma de proteção ao contribuinte comum. A ideia de que o aumento de tributos impacta negativamente o emprego e o custo de vida apareceu com frequência, sugerindo uma percepção direta entre elevação de impostos e deterioração das condições econômicas.
Além disso, o grupo 1 (bolsonaristas convictos) demonstrou forte desconfiança em relação à capacidade do governo federal de administrar os recursos públicos de maneira eficiente e ética. As falas refletiram um sentimento de revolta com supostos gastos excessivos e desperdícios por parte do Executivo, o que contribuiu para a rejeição à justificativa oficial do decreto. A crítica não se restringiu ao conteúdo da política fiscal, mas se ampliou para um discurso mais amplo de insatisfação com a atuação do governo, associando aumento de impostos à manutenção de privilégios e má gestão estatal.
"O congresso está certo em anular mais esse imposto nas costas dos brasileiros, porque o governo não corta do próprio bolso, com viagens com comitiva gigantescas, luxos da Janja, criou ministérios que não prestam pra nada, aí vem jogar mais impostos nos ombros de quem mais produz, e vem com essa conversa mole que é só para os ricos, mesmo se for para ricos vai refletir nos mais pobres, porque quem emprega o pobre é o rico. Esse descondenado só engana os militantes que são como zumbis, estão hipnotizados e não enxergam o grande mal que esse desgoverno tem feito ao país."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu achei mais que correto, o brasileiro já paga impostos demais, e esses valores simplesmente evaporam nas mãos do presidente e de seus aliados, ninguém vê mudanças reais , é só taxa em cima de taxa, enquanto o Lula viaja e aproveita luxos em hotéis cinco estrelas, o larápio quebrou o Brasil em tempo recorde!" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"O congresso está certíssimo,o gastos que o governo tem que cortar e nós benefícios recebidos pelos políticos e com os gastos desnecessário e que o próprio governo faz,mas é difícil para ele cortar da própria carne, então ele corta de quem menos tem."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"A decisão foi acertada partindo do principio que o governo não tem se esforçado para diminuição de gastos, mas onerando sobre maneira a área produtiva do Brasil." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Achei correta a decisão do Congresso de anular esse decreto. É um absurdo o Lula querer aumentar ainda mais o IOF, que já é alto. Nós já pagamos muitos impostos, eles que cortem as despesas absurdas que existem pelo país todo, que nos sabemos bem que é só pra favorecer o ganho de alguns" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Com certeza precisa cortar gastos, ja temos impostos altíssimos e mal aplicados, não querem cortar gastos porque isso impacta no bolso deles, e não querem mexer nos benefícios pois isso impacta nos futuros votos."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
As respostas dos grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) revelaram um posicionamento dividido, embora majoritariamente crítico tanto à decisão do Congresso quanto à gestão do governo federal. Parte dos participantes interpretou a anulação do aumento do IOF como mais uma medida que beneficia os mais ricos e penaliza indiretamente os mais pobres, reforçando a ideia de um sistema tributário injusto e regressivo. Houve também forte indignação com o discurso oficial do governo, acusado por alguns de usar os pobres como justificativa retórica, sem demonstrar compromisso real com a proteção social. A sensação de que a elite política e econômica está protegida de qualquer sacrifício apareceu em várias falas. Por outro lado, também surgiram manifestações que apoiaram a decisão do Congresso com base na percepção de que a carga tributária já está insustentável, especialmente para os mais pobres. Ainda assim, mesmo entre os que apoiaram a medida, predominou a crítica à má alocação dos recursos públicos e ao excesso de impostos sobre o consumo.
No grupo 4 (lulodescontentes) embora alguns participantes tenham considerado acertada a decisão de barrar o decreto do governo, a maioria das falas indicou uma desconfiança generalizada quanto às motivações do Congresso, visto como uma instituição que age prioritariamente em benefício próprio e das elites econômicas. A percepção de que a medida foi rejeitada não por preocupação com a população, mas por proteger interesses de grupos privilegiados, permeou diversos depoimentos.
"O congresso não faz nada a favor do povo, então acredito que isso realmente prejudicaria os mais ricos e por isso o congresso anulou.
Eles estão lá em benefício deles mesmo."" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Congresso só quer lucro para si, o povo que se lasque. Ganham dinheiro de impostos e não investem para melhoria do país."" (G4, 25 anos, babá, RS)
"Isso só não foi aprovado porque iria afetar as pessoas ricas , e realmente pagamos emposto por tudo meu muito complicado isso" (G4, 30 anos, gestão em TI, SP)
"Sempre assim , os menos favorecidos pagam a conta, deveria era certar despesas do senado, porque sobra apenas para os pobres, isso ta errado, parece que esta lutando contra os pobres, chega ser surreal isso. deveria era diminuir os impostos, os pobres ja fazem uma magica para se virar com salário vergonhoso," (G5, 38 anos, chefe de RH, BA)
"Parece piada uma palhaçada dessa. eles mesmo fazem questão de dizer que tudo isso afetaria apenas eles (os ricos) e uso dessa desculpinha de que vai “prejudicar os programas que criamos para os pobres”, quando na verdade eles querem que esses programas sumam e os pobres morram de fome. tem que ser muito idiota pra cair nesse papinho. É uma decisão rídicula! enquanto eles ganham milhares e gastam milhares o pobre tem que pagar 40$ em um café, tudo o que a gente tenta comprar pra comer ta com um valor absurdo do tanto de imposto que pagamos, mas os milionarios vao ser prejudicados se pagarem imposto, me poupe!
decisão pessima, que busca beneficiar apenas ricos."" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Concordo em partes. De fato já existe muitos impostos arrecadados ao governo e se cada vez mais tiver mais impostos, vai chegar um momento que até os pobres irão ter que pagar. É uma cadeia de consequências…"" (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
A análise das respostas dos cinco grupos revelou uma percepção amplamente negativa sobre a atuação do governo federal em obras e infraestrutura no Brasil. O sentimento de uma cultura política de descaso esteve presente em todos os grupos e de modo longitudinal, sem centrar-se especificamente na atual gestão. A maioria dos participantes demonstrou frustração com a lentidão, o abandono de obras e a má distribuição dos recursos, frequentemente guiada por interesses políticos e não por critérios de necessidade social. A ausência de fiscalização eficaz, o sentimento de impunidade e a prevalência da corrupção foram apontados como causas centrais da ineficiência estatal. Além disso, houve um reconhecimento coletivo de que as regiões mais pobres ou interioranas continuam desassistidas, enquanto os investimentos se concentram em áreas mais visíveis ou estratégicas eleitoralmente. Mesmo com a tendência corrente dos bolsonaristas convictos em acentuar suas críticas ao atual governo, em síntese, as falas refletiram um ceticismo profundo com a condução das políticas públicas de infraestrutura e uma demanda por maior equidade, eficiência e compromisso com o bem público.
A tragédia sofrida por Juliana Marins gerou um sentimento coletivo de indignação, com destaque para a percepção de negligência por parte do governo da Indonésia, considerado despreparado e lento em sua resposta ao acidente. A ausência de estrutura para resgates em áreas turísticas e a demora injustificável no socorro foram elementos apontados de forma unânime. Em paralelo, ainda que com diferentes graus de intensidade, todos os grupos manifestaram frustração com a atuação do governo brasileiro, ora por omissão, ora por inércia ou ineficácia diplomática. As divergências entre os grupos se expressaram principalmente nas interpretações sobre os limites da atuação do Brasil e na politização do episódio. Enquanto os bolsonaristas e eleitores flutuantes atribuíram ao governo federal responsabilidade direta, os participantes progressistas relativizaram essa expectativa, reconhecendo as restrições impostas pela jurisdição internacional.
Por fim, em mais um momento de convergência sob aspectos gerais, as respostas analisadas revelaram um padrão de descontentamento com a política fiscal adotada pelo governo federal, especialmente no que diz respeito à tentativa de aumento do IOF. A decisão do Congresso de barrar o decreto foi amplamente aprovada por parte significativa dos participantes, que enxergaram na medida um alívio diante da elevada carga tributária. Mesmo entre os que manifestaram apoio parcial ou preocupação com os impactos da decisão, no caso o grupo de lulistas, prevaleceu a percepção de que o problema central está na má gestão dos recursos públicos e na ausência de cortes em áreas privilegiadas do próprio Estado. A sensação predominante foi de que, independentemente do lado político, os mais pobres continuam sendo os mais penalizados pelas decisões orçamentárias e tributárias do Estado.
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interregatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.