O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 28/7 a 3/8, cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) denúncia do MPE (Ministério Público Eleitoral) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), por difamação e divulgação de notícias falsas ; ii) medida do governo que determina envio de R$ 25 milhões para cidades e estados implementarem ações socioassistenciais a migrantes e refugiados; iii) decisão de aplicação da a Lei Magnitsky, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) - Alexandre de Moraes.
Ao todo, foram analisadas 159 interações, que totalizaram 8.340 palavras
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Acusações a Nikolas Ferreira | O grupo defendeu majoritariamente que Nikolas Ferreira era vítima de perseguição política, por ser uma figura forte da direita. Os participantes negaram a existência de fake news. | Parte do grupo reconheceu a gravidade da acusação e defendeu punições moderadas. A outra parte considerou a denúncia como perseguição política seletiva contra a direita. | Houve forte reprovação à prática de desinformação, com ampla defesa da inelegibilidade como punição proporcional. Alguns manifestaram preocupação com os prejuízos causados à democracia. | Predominou o repúdio ao comportamento do deputado e a defesa de ele seja objeto de punições exemplares. Muitos consideraram a impunidade como um problema estrutural, reforçando que a desinformação deve ser combatida. | O grupo expressou forte condenação à figura de Nikolas Ferreira, destacando sua postura ofensiva e uso sistemático de fake news. Todos defenderam a inelegibilidade e responsabilização criminal como medidas urgentes. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de pertencimento. |
Ajuda emergencial a refugiados | O grupo rejeitou fortemente a destinação de recursos a migrantes e refugiados, argumentando que o governo deveria priorizar os brasileiros em situação precária. Houve forte desconfiança quanto ao uso do dinheiro e críticas ideológicas ao governo federal. | A maioria considerou a medida válida do ponto de vista humanitário, mas defendeu que o governo priorize os problemas internos do país. Houve apoio a um equilíbrio no atendimento à população brasileira. | O grupo apoiou a medida com ressalvas, defendendo acolhimento inicial, mas exigindo que os refugiados se tornem autônomos e não dependam permanentemente do Estado. Houve preocupação com o uso responsável dos recursos e com possíveis abusos. | As falas mostraram amplo apoio à ajuda humanitária aos refugiados, com destaque para a empatia e o dever moral do acolhimento. Algumas opiniões pediram atenção paralela à população brasileira e controle no uso dos recursos. | O grupo defendeu com convicção a ação do governo, ressaltando valores de solidariedade, humanidade e responsabilidade internacional. A maioria via o Brasil como um país acolhedor e acreditava que o investimento, além de ético, pode ser benéfico social economicamente. | Mesmo se tratando de um tema pertinente às pautas de solidariedade, os participantes evangélicos não apresentaram argumentos explicitamente religiosos em suas respostas. |
Aplicação da Lei Magnitsky | Houve forte apoio à sanção, vista como justa e necessária para punir abusos e excessos de poder de Alexandre de Moraes. A medida foi celebrada como uma forma de justiça que o Brasil não teria condições de aplicar internamente. | A maioria considerou a sanção justa, mas com argumentos mais moderados. Alguns ponderaram sobre os limites da jurisdição dos EUA e a seletividade da punição, mas sem deixar de realizar críticas ao ministro. | O grupo apresentou opiniões mais divididas, com críticas à seletividade e exagero da medida. Parcela maior rejeitou a punição por vê-la como injusta ou politicamente motivada. | Os participantes rejeitaram a decisão, por considerá-la invasiva e baseada em interpretações distorcidas sobre censura e regulação. Porém, alguns criticaram Moraes, por suposta concentração de poder. | Predominou a rejeição extrema à sanção, vista como ineficaz, desnecessária e politicamente motivada. O grupo também criticou a postura dos EUA e relativizou o impacto real da punição na vida do ministro. | Os evangélicos deram suas respostas de modo alinhado a seus grupos de participação. |
Majoritariamente os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e parcialmente os do grupo 2 (bolsonaristas moderados) manifestaram a crença de que as acusações contra o deputado Nikolas Ferreira seriam infundadas ou fruto de perseguição política, recusando a ideia de que ele teria disseminado notícias falsas. A retórica predominante reforçou a percepção de que há um uso seletivo da lei e de que figuras conservadoras estariam sendo alvo de um sistema enviesado, controlado por adversários ideológicos. Nesse contexto, o deputado foi amplamente defendido como um símbolo de resistência e enfrentamento contra esse suposto aparato.
Houve uma forte polarização discursiva, com a construção de uma dicotomia entre “direita verdadeira” e “esquerda corrupta”, que impediu a formulação de avaliações mais críticas ou ponderadas sobre a conduta do parlamentar. A acusação formal de desinformação foi amplamente deslegitimada pelos participantes, que adotaram a linguagem da suspeição e do complô institucional como forma de explicar a denúncia. A lealdade ao deputado se sobrepôs a qualquer consideração sobre os fatos relatados, revelando um padrão de argumentação marcado por desqualificação do outro campo político, desconfiança de instituições e defesa incondicional de aliados ideológicos.
"Notícias falsas pra quem? A esquerda quando não suporta ouvir verdades, vem logo com essa narrativa de fake news, se acham os donos da verdade e só o que eles falam é verdade, o que muitas vezes é mentira. Eu confio no deputado federal Nicolas Ferreira, e vão fazer de tudo pra cassar o mandato dele e deixá-lo inelegível, é assim que esse sistema podre maligno que se apoderou do poder age, acusando daquilo que eles fazem abertamente com conivência do STF. O que eu penso, é que o Nicolas Ferreira não veiculou notícias falsas, mas está sendo injustamente acusado, isso tem que acabar. Nicolas é muito bom, por isso vão tentar tirar ele do meio do caminho."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Não são notícias falsas, o que querem é tirar o Nicolas Ferreira do caminho, pois é de direita e forte candidato também para 2026. O STF joga sujo, junto com o descondenado. Aliás, tudo que é de direita é Fake News para essa corja!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)
"A justiça só funciona quando é contra alguém da direita.. incrível.. tivemos a pouco tempo uma influencer da esquerda acusando a Michele de ex prostituta, ela processou e advinha o que aconteceu? Perdeu . Tivemos vários casos de FAKE NEWS contra Bolsonaro desde 2019 , inclusive da imprensa, alguma coisa aconteceu contra eles ? Nada ... é revoltante isso. as mentiras contadas pela esquerda viram verdade é as verdades da direita viram mentira. Japonês admitiu ter feito rachadinha e não teve mandato cassado , lindberg foi acusado de corrupção quando era prefeito numa cidade do RJ foi cassado e um juiz amigo deu uma liminar para que ele continuasse no cargo, Glauber braga agrediu um civil dentro do prédio da Câmara e até hje nada aconteceu. 2 pesos 2 medidas ... Tramp tem que começar a meter pau nestas sanções o quanto antes pq não dá mais pra aguentar estas injustiças."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Será que de fato o dep. Nikolas cometeu uma difamação e divulgação falsa a ponto de perder um mandato....? Eu fico aqui pensando,agora quem só comete esses crimes de divulgação de fake news são apenas os de direita. Abramos os olhos,estamos vivendo uma ditadura silenciosa, estão querendo nos silenciar. Então acredito que isso é perseguição política,querem implantar a ditadura, então precisam tirar da frente todos aqueles que se colocam como uma barreira e escudo contra o viés esquerdista,criando todos as narrativas possíveis para calar a direita."" (G2, 42 anos, assistente logístico , PE)
"Pra mim tá bem claro q é mais um caso de dois pesos e duas medidas, como ele é da direita, a perseguição, as cobrançass são mais rigorosas. Estão tentando de tudo tirar todos os candidatos da direita do jogo....enquanto isso o Brasil tá só afundando e ninguém faz nada...." (G2, 43 anos, administradora, GO)
Parte dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) defendeu a responsabilização do parlamentar, reconhecendo que, se confirmadas as acusações, seria legítimo que ele sofresse sanções legais. Esse segmento destacou a importância da conduta ética na vida pública e apontou que atitudes como difamação ou disseminação de informações falsas deveriam ter consequências proporcionais, inclusive a inelegibilidade, em alguns casos. Houve também manifestações mais severas, que julgaram a conduta do deputado como demonstração de mau caráter e incompatível com o exercício de um cargo público.
"Acho que quem faz o errado tem que arcar com as consequências,quem acusa tem que provar,se não prova responder por isso, acho também que torna - lo inelegível por isso é exagero,por que pior que isso fazem aí e nem punição há,como esse roubo dos aposentados que não vai dar em nada, até o arquivamento já pediram."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"A atitude foi de uma falta de caráter,que ele seja punido e arque com as consequências dos seus atos. Concordo em ele ficar inelegível,mais acho que ainda seria pouco."" (G2, 26 anos, vendedora , AL)
"Eu acho que esse tipo de atitude já diz o caráter da pessoa. É certo que esse senhor se acha acima das regras básicas de conduta. Muito justo que ele fique inelegível, e eu vou mais além, ele deveria perder seu cargo e ir fazer seus esquemas em outro lugar." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Boa noite acho que se tudo for realmente apurado e verdadeiro,nada mais justo do que uma penalidade sim,pois são direitos iguais acredito ." (G2, 50 anos, auxiliar , SP)
Nos demais grupos (3, 4 e 5 - eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) predominou um juízo crítico em relação à conduta atribuída ao deputado, com forte rechaço à disseminação de informações falsas como prática política. A maioria dos participantes considerou a veiculação de fake news como uma atitude desonesta, antiética e incompatível com o exercício do cargo público, associando esse comportamento à má-fé, ao oportunismo eleitoral e à degradação da política. Houve ampla defesa de punições severas, incluindo a inelegibilidade e até mesmo a perda de mandato, com o argumento de que essas sanções seriam necessárias para preservar a integridade democrática e coibir práticas recorrentes de manipulação.
A desinformação foi vista não apenas como uma infração técnica, mas como uma ameaça direta à democracia e à confiança nas instituições. Emergiu a ideia de que a desinformação proposital, especialmente quando parte de agentes públicos, compromete o funcionamento da democracia e agrava a polarização política. Embora as críticas tenham se concentrado no deputado específico, alguns participantes ampliaram o olhar para além dos partidos, alertando que a disseminação de fake news é um problema estrutural que precisa ser enfrentado com seriedade e imparcialidade.
"Boa tarde. Esse atitude só revela o mal caráter que ele tem, de querer confiar algo em cima de mentiras. Se a lei valesse nesse país , ele não deveria ficar inelegível e sim perder o mandado imensamente" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Acho super correto ficar inelegível, na minha opinião, divulgar notícias falsas, dessa categoria, deliberadamente, é agir contra a democracia. Tem que ter punição."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Gente a cada dia acho mais absurda as atitudes desse povo bolsonaristas,eles acham que podem tudo. Esse Nicolas é outro sem noção.Se fosse pobre já estaria preso. A justiça falha em dá várias oportunidades a esses cidadãos que não contribuem em nada de bom pra população!"" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Bom dia este ser é uma pessoa desprezível um lixo para a sociedade ele só faz essas coisas porque ele sabe que não vai dar nada pra ele se fosse punido com rigor duvido essa pessoa fazer este tipo de coisas mais aqui a justiça e injusta vai entender" (G4, 53 anos, dona de casa, BA)
"Em um país que fosse sério, o Nikolas já estaria preso por transfobia naquele episódio que ele usou a peruca em pleno parlamento para ofender as pessoas trans do Brasil. Então, eu torço para que essa sentença seja cumprida e que esse mal seja extirpado da Câmera! O Nikolas é um divulgador feroz de Fake News, seja no caso do INSS ou do Pix, tudo o que ele fala vem recheado de informações inverídicas e de dados falsos. Por fim penso que essa nova geração de políticos mais jovens e carismáticos é super perigosa, pois com o uso das redes sociais contagia muita gente e faz com que pessoas assim que não querem o bem do Brasil sejam eleitas com muita facilidade."" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Acho mais do que justo esse homem e ridículo e tem uma postura desrespeitosa com todos aos seus redor, tudo que eu vejo sobre ele tem essa conduta carregada de deboche. Ele tem que pagar por tudo oque fez assim como o seu exemplo maior que se chama Jair bolsonaro." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
As opiniões manifestadas no grupo 1 (bolsonaristas convictos) foram marcadamente críticas à iniciativa do governo federal. De modo geral, prevaleceu um sentimento de desconfiança em relação à aplicação dos recursos, com muitas manifestações que sugeriam que o dinheiro seria desviado ou mal utilizado. Os participantes também demonstraram forte rejeição à priorização de migrantes e refugiados, sob a justificativa de que o país enfrenta sérios problemas internos nas áreas de saúde, educação, segurança e assistência social, os quais deveriam receber atenção prioritária. A iniciativa foi frequentemente interpretada como uma ação simbólica ou demagógica, com pouco impacto prático e possivelmente motivada por interesses políticos escusos.
Além disso, o grupo apresentou uma visão fortemente nacionalista, na qual a ajuda a estrangeiros foi entendida como um descaso com o cidadão brasileiro. Essa perspectiva reforçou a ideia de que o Estado deveria atender primeiro “os de casa” para só depois, se possível, estender auxílio a pessoas de fora.
"Eu penso que esse recurso já vai chegar desviado porque é o que mais acontece nesse governo do PT. Os refugiados não vão ver nem a cor desse dinheiro. E tantos municípios daqui do Brasil precisando aí manda recursos pra ajudar os flagelados dos governos ditatoriais que o descondenado apoia. Nada de bom vem desse governo que já era pra ter sido imptmado a muito tempo, todos os dias um escândalo de uma corrupção nova. Não acredito que estão querendo fazer caridade pra ajudar refugiados, esse dinheiro deve ter outra finalidade."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Incrível como sempre no governo LuloPetista ele da prioridade a ajudar outras nações em detrimento de seu próprio povo. Foi assim em governos anteriores quando mandou dinheiro para Cuba, Venezuela e países africanos investindo em infraestrutura enquanto aqui as estradas, linhas férreas e portos permaneciam sem nenhum investimento. Agora novamente ele vem com assistencialismo barato em meio a uma crise internacional que pode prejudicar toda população. Sou do RS e estamos até hje passados 1 ano das enchentes aguardando a ajuda prometida pelo governo para reconstruir o estado. Nada contra os refugiados mas pela lógica o governo federal deveria dar prioridade ao seu povo que paga impostos altíssimos para bancar suas viagens e luxos. VERGONHOSO ISSO."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Sinceramente, sou contra! Sou totalmente contra! O Pais está falido, sem recursos para educação, saúde, segurança, que é o básico nesse País. O INSS falido, pois não é só os aposentados que estão sofrendo, mas tbm o trabalhador. Conheço quem teve que se afastar por questão de saúde, fez cirurgia (câncer) a 5 meses, teve que se afastar, voltou e ainda não recebeu o período que ficou afastado, pq o governo não tem recurso. Não sou a favor de cuidar de refugiados, enquanto o País não tem recurso para si mesmo. Isso funciona desde sempre: Primeiro minha casa e minha família, depois se posso, ajudo os de fora, pois prioridade é a nossa família primeiramente, e isso não é negar ajuda, mas priorizar o mais importante."" (G1, 46 anos, cuidadora infantil, PR)
"Eu acho isso um absurdo, eles não cuidam da população que mais necessita no Brasil, mas fazem média com refugiados de outros países, na minha opinião, isso é apenas uma forma de arrumar mais um jeito de desviar dinheiro dos brasileiros."" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
"Não acho certo ajudar migrantes e refugiados, enquanto o povo brasileiro sofre e necessita muito dessa ajuda e não recebe." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
As opiniões dos grupos 2 e 3 (bolsonaristas moderados e eleitores flutuantes) e de alguns participantes do grupo 4 (lulodescontentes) apresentaram um tom majoritariamente favorável à iniciativa, ainda que com importantes ressalvas. Houve reconhecimento do valor humanitário da medida, com ênfase na empatia, na solidariedade e no papel do Brasil como país acolhedor diante de crises internacionais. Para muitos participantes, a ajuda a refugiados foi vista como moralmente legítima e socialmente necessária, sobretudo diante de contextos de guerra, perseguição e catástrofe.
No entanto, esse apoio veio acompanhado de um apelo à priorização das demandas internas, sugerindo que a assistência aos brasileiros em situação de vulnerabilidade deveria ser tratada como prioridade absoluta do Estado. Os participantes destacaram a importância de mecanismos de controle, monitoramento e avaliação da aplicação dos recursos, a fim de garantir que o apoio chegue efetivamente às populações pretendidas. A percepção de que o Brasil enfrenta sérias deficiências estruturais – em áreas como saúde, educação e segurança – também permeou os comentários, o que levou a um posicionamento intermediário: a ajuda aos refugiados foi vista como bem-vinda, mas não deveria comprometer ou negligenciar as necessidades urgentes da população nacional.
"Bom dia , até que não é uma má ideia , mas acho que deveria priorizar os problemas do povo brasileiro primeiro, mas a medida é legal , mas deveria ter um processo de averiguação pra ver se esse dinheiro foi realmente investido no projeto." (G2, 26 anos, autônomo, DF)
"Acho válido essa atitude do governo, que bom que essas pessoas vem pra cá e enxergam o Brasil um país acolhedor e como recomeço de vida, porém o governo precisa investir também em conjunto na nossa população em situação de risco e vulnerabilidade."" (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Suporte e acolhimento são válidos. O que não pode e deixa-los fazer o que bem querem em nosso país e ficarem vivem a base de bolsa família." (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Desde que haja transparência e um real controle, é super válido. O que não pode é verba destinada para um bem maior e ser desviada para corrupção" (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Acho certo até o ponto de que eles receberem ajuda quando chegam pra se adaptar e conseguir trabalhar pro seu sustento tudo bem,o que não pode é vir pra cá e ficar vivendo as custas do nosso dinheiro a vida toda já basta o povo que tem bolsa família nesse país que não desmama da teta do governo não trabalham porque senão perdem o tal,da "bolsa família" eles tem que andar com as próprias pernas após se adaptarem se quiserem ficar aqui ,senão vira bagunça.Será se os brasileiros conseguem isso lá fora?" (G3, 41 anos, funcionária pública , GO)
"Eu acho ótimo eles terem essa ajuda,não devemos ser como os estados unidos que expulsa aqueles que ajudaram o país a crescer.
Ajudar essas pessoas e elas serem encaminhadas para ter seu emprego e moradia,vai valer a pena."" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Sou a favor, mas não esquecendo de tbm ajudar os brasileiros pois não adianta nada ajudar um e esquecer do outro." (G4, 36 anos, instrutor de informática , SP)
"Acho super válido pois o número de refugiados cada vez aumenta mais e realmente tem cidades que não tem recursos pra dar um mínimo suporte ao pessoal que chega. É uma ação super positiva, poreeemm como tudo no Brasil precisa existir uma fiscalização desses recursos para verificar se esse dinheiro tá chegando aos que precisam mesmo. Essa é a parte mais difícil." (G4, 32 anos, engenheiro mecânico , BA)
Os grupos 4 e 5 (lulodescontentes e lulistas) demonstraram forte apoio à medida do governo federal, com ênfase em princípios de solidariedade, humanidade e responsabilidade ética do Estado brasileiro. Os participantes destacaram a importância de oferecer assistência a migrantes e refugiados que fogem de situações extremas como guerra, fome e perseguição política, valorizando a tradição diplomática do Brasil como país acolhedor. Muitos defenderam que o acolhimento digno é um dever moral e constitucional, reforçando que esses indivíduos devem ser tratados com os mesmos direitos e respeito garantidos aos cidadãos brasileiros. A ação foi vista não apenas como justa, mas também como positiva para a imagem do país no cenário internacional. Também foi mencionada a importância de estratégias que possibilitem a integração econômica dos refugiados, como acesso ao emprego e capacitação.
"Pelo tamanho do PIB do Brasil são recursos irrisórios e que não farão diferença alguma no orçamento, além de ajudar demais essas pessoas que estão em situação de guerra, fome e perseguição política. Dessa forma, acho mais do que acertada essa ação. O Brasil sempre teve na sua diplomacia e na sua essência acolher bem todos os refugiados que chegam, independentemente da situação na qual se encontra ou se está ou não legalizado para entrar no país. Por tudo isso, acho uma iniciativa nobre e acertada do presidente Lula, que tem vários erros, mas quando se trata de assistência social nunca esquece das suas raízes e de tudo o que passou."" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Boa tarde, eu vejo essa questão com bons olhos eu moro em uma cidade que recebeu muitos imigrantes e refugiados eu vejo o sofrimento dessas pessoas bem de perto então sou a favor de poder ajudá-los da melhor maneira possível. Pode ter certeza que esse tipo de acolhimento é tudo que eles precisam depois de tudo oque passaram." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
"Eu acho que independente de qualquer coisa , são seres humanos que precisam de assistência. E que vem de seu país com esperança de ter uma vida mais digna. Acho justo o governo federal dar assistência a essas pessoas , mas além disso devia ter maneiras que colocar essas pessoas para ter um trabalho digno."" (G5, 27 anos, enfermeira, PE),
"acho uma ótima iniciativa, isso mostra que não somente a população, mas sim o nosso governo tbm é caridoso e se preocupa com os demais, diferente de muitos outros países. esse tipo de investimento tbm é previsto em nossa constituição, se está em nosso território, devemos tratar como um de nós. que sirva de exemplo para os demais."" (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
As opiniões manifestadas no grupo 1 (bolsonaristas convictos) foram marcadamente homogêneas e refletiram um sentimento coletivo de aprovação às sanções aplicadas contra Alexandre de Moraes. A maioria dos participantes demonstrou profunda hostilidade ao ministro, atribuindo-lhe ações autoritárias e perseguições políticas. Prevaleceu a crença de que ele teria extrapolado seus poderes institucionais, violado direitos fundamentais e agido motivado por interesses ideológicos. Muitos identificaram a sanção como uma resposta justa, ou mesmo tardia, a condutas que julgam abusivas, colocando esperança em que essa medida internacional produza consequências mais amplas no cenário político interno.
A retórica utilizada nas falas foi marcada por termos intensos e emotivos, com ênfase em punição, justiça retributiva e deslegitimação da autoridade de Moraes. Não houve espaço para ponderações ou contrapontos: os relatos reforçaram uma visão já cristalizada e consensual entre os participantes sobre a figura de Moraes e sobre a legitimidade de sanções externas como instrumento de reparação simbólica e política.
Inclusive, assim que a notícia foi divulgada, antes mesmo da realização da pergunta, os participantes já haviam comemorado tal fato no grupo.
"Em primeiro lugar , não são supostos violadores ... todos os punidos são comprovadamente violadores de direitos. Engraçado que quando as questões são sobre Bolsonaro, não existe a suposição, já é dado como fato.
Não só acho justas as sanções, como acho é pouco. afinal de contas este bandido travestido de juiz, abusou de seu poder e prejudicou milhares de pessoas. Inclusive foi causador da morte de um inocente e manteve preso filipi Martins com varias acusações falsas e até forja de documentos. Finalmente vai começar a ter o que merece. Espero que estas punicoes não fique só nele."" (G1, 54 anos, músico, RS)
"Bom dia meu amigo já disse td,supostos!! aonde que esse tirano é apenas um suposto,ele agora vai começar a provar do próprio veneno a conta dele demorou a chegar,mas agora chegou e ainda é pouco acho que deveria ser preso tbm,espero que o restante da corja tbm pague na mesma moeda ele adora ver o sofrimento das pessoas agora vamos ver o que ele acha qdo é com ele..." (G1, 57 anos, confeiteira, PE)
"Ele vai sofre sanções, merece; da mesma forma que ele está fazendo contra Bolsonaro, nem rede social ele pode, sendo que isso não está previsto em lei, ele ultrapassou o jurídico, está uma verdadeira casada a Bolsonaro. Por fim; acho que trump agiu correto, quanto as sanções de moraes, que pague pelo o que está fazendo no Brasil." (G1, 36 anos, assistente jurídico, BA)
"Acho justíssima essa aplicação da lei Magnistsky no Alexandre de Moraes, porque aqui no Brasil não tem ninguém com coragem de enfrentar o ditador que prendeu e condenou um monte de inocentes patriotas, tem sangue nas mãos dos que morreram no cárcere, já que ele gosta de censurar redes sociais nada mais justo que agora ele não tenha mais acesso a nenhuma rede social. Ele agora tem que sofrer imptmam e pagar pelos crimes cometidos quando juiz do STF , Alexandre passou por cima da constituição e violou os direitos humanos de patriotas de esquerda, foi muito bom isso que aconteceu com ele. Agora tem que estender essa lei até os demais ministros do STF, que ajudaram nessas loucuras e os que fizeram vista grossa como presidente da Câmara e presidente do senado e não fizeram nada para parar essa psicopata com sede de vingança. Espero que a situação do nosso país mude depois dessa lei aplicada em quem merece."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Eu estou acompanhando tudo sobre essa decisão do Trump e achei mais do que justa, já passou da hora de tentar parar esse ditador, não entendo por que os nossos representantes não fazem nada, foi preciso um político de outro país tomar uma providência para tentar barrar a perseguição contra nosso ex-presidente, espero que isso seja apenas o começo, e que venham mais sanções contra esse ministro, e não só para ele, mas para todos que estão participando dessa perseguição."" (G1, 45 anos, padeiro , PB)
As opiniões do grupo 2 (bolsonaristas moderados) demonstraram uma tendência majoritária de apoio à sanção aplicada ao ministro Alexandre de Moraes, ainda que com algumas nuances e ressalvas. Os participantes, em geral, consideraram a punição como justa ou compreensível diante das atitudes que atribuem ao ministro, sobretudo em relação à suposta arbitrariedade e autoritarismo de suas decisões. O tom foi menos inflamado do que no grupo anterior, com parte dos respondentes manifestando surpresa quanto à existência da Lei Magnitsky e articulando suas opiniões com base em uma leitura mais normativa ou pragmática do direito internacional e da soberania dos países.
Alguns participantes ponderaram sobre os limites da jurisdição dos Estados Unidos e questionaram a legitimidade de ações unilaterais que possam afetar serviços ou instituições em território brasileiro.
"Eu nem imaginava que existe essa lei. Acredito que o Ministro está merecendo passar por isso devido às suas decisões arbitrárias." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Conheço essa Lei e é vergonhoso pro nosso país alguém daqui receber essa punição, acho justo o Ministro receber pois ele mesmo buscou através das suas atitudes."" (G2, 35 anos, contadora, RS)
"Os Estados Unidos presam muito a liberdade de expressão, o ministro deu brecha ao mandar prender uma americana por conta de suas palavras sendo que ela estava em solo americano. Sendo assim os EUA tem direito a aplicar a punição que quiser dentro de seu país, e as instituições devem obedecer as leis de seu pais, neste caso é não fazer negócios financeiros com ninguém vinculado ao punido. Os EUA não obriga nenhuma instituição bancária fora de seu pais de servir o punido, mas pune que faz negócios com quem serve os punidos. Sendo assim, o ministro poderá ter uma vida absolutamente livre no brasil, resta saber se as instituições brasileiras estão dispostas a servi-lo e abrir mão das transações com instituições americanas." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Bom dia não tinha ciência dessa lei e não acompanhei também, mas acredito que sim seja justo em partes. Uma vez que ele tenha ideias contrárias aos governantes de outros países tudo bem ele obedecer dentro dos outros países, agora supostamente empresas que fazem parte de outros países tentar bloquear contas no Brasil acho que isso vai contra as leis brasileiras também, cada país tem que ser responsável pela distribuição de cada serviço mesmo que um país seja responsável pela filial ou criação do serviço. Então se por ventura ele for bloqueado em qualquer desse serviços acharei muito injusto"" (G2, 24 anos, suporte TI, DF)
Nos grupos 3 e 4 (eleitores flutuantes e lulodescontentes) houve uma divisão de opiniões. Parte dos participantes considerou a medida exagerada, desproporcional ou mesmo injusta, especialmente ao compará-la com a impunidade de outras figuras políticas ou criminosos notórios. Predominou a percepção de que a punição refletiu motivações políticas e seletividade de critérios, enfraquecendo sua legitimidade aos olhos de muitos. Também se observou resistência à intervenção internacional, sobretudo por parte dos Estados Unidos, sendo Trump visto por alguns como uma figura que extrapola sua jurisdição e se envolve indevidamente na política brasileira. Muitos participantes defenderam as decisões de Moraes, argumentando que suas ações foram compatíveis com os limites institucionais e necessárias diante da omissão de outros poderes. Essas falas enfatizaram a defesa da regulamentação das redes sociais e rejeitaram a noção de que tal atuação configure censura.
Por outro lado, a outra parte dos participantes demonstrou apoio à punição com base na percepção de que o ministro detém poder excessivo no Brasil, o que, para esses respondentes, justificaria alguma forma de contenção, mesmo que externa. Esses interlocutores expressaram desconfiança em relação à centralização de decisões no Judiciário e defenderam a ideia de que não deveria haver tamanha concentração de autoridade em um único magistrado.
“Bom dia, eu não acho nada justa essa sanção. A gente vê pessoas cometendo crimes horrendos e tendo penas tão leves, continuam com a vida normal. Achei bem absurda essa medida.” (G3, 37 anos, médica veterinária, PR)
“Estou acompanhando esse circo, acho que o Trump está indo longe demais com isso, querer se meter nas leis do Brasil... Trump não tem que dizer o que fazer no Brasil, ele é presidente dos EUA, não aqui.” (G3, 41 anos, funcionária pública, GO)
“Provando do próprio veneno. Moraes fez a mesma coisa com diversos brasileiros… Então com ferro fere, com ferro será ferido. Justo? No caso dele sim. Mas não concordo com isso em outras situações.” (G3, 36 anos, autônoma, SP)
“Acho extremamente invasiva e sem razão. O que vejo Alexandre fazendo é tentando impor ordem num País que está visivelmente zoneado. Trump precisa se preocupar com os problemas do país dele…” (G4, 32 anos, engenheiro mecânico, BA)
“Essas punições a Moraes são exageradas e descabidas… Alexandre de Moraes só atuou em cima da omissão do Congresso… Regulamentação não é censura.” (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
“Eu acompanhei um pouco e acho justo sim… Não existe um juiz com tanto poder, ou não deveria pelo menos existir.” (G4, 27 anos, analista de sistemas, SP)
As opiniões do grupo 5 (lulistas) expressaram ampla rejeição à sanção aplicada a Alexandre de Moraes, com destaque para a percepção de que a medida não possui efetividade prática nem legitimidade política. Muitos participantes demonstraram desdém quanto ao impacto real da punição, considerando que a vida e a atuação do ministro estão centradas no Brasil e, portanto, imunes a esse tipo de pressão externa. A narrativa dominante foi a de que os Estados Unidos, particularmente sob a liderança de Trump, agem com arrogância e tentam impor sua vontade ao restante do mundo, o que gerou críticas à postura intervencionista e à suposta hipocrisia em nomear violadores de direitos humanos.
Além disso, houve forte interpretação de que a sanção teve motivações políticas, sendo encarada como uma tentativa de intimidação ou desestabilização da atuação do ministro, especialmente por parte daqueles que o veem como firme no combate a ações autoritárias e desinformação. Alguns relatos apontaram um sentimento de perseguição política, sugerindo que há interesses externos tentando enfraquecer o Judiciário brasileiro. De modo geral, o grupo adotou uma postura defensiva em relação a Moraes e crítica ao papel dos EUA, rejeitando tanto o conteúdo quanto a autoridade da sanção.
"Eu acho que o Moraes deve estar dando risada dessa punição, como se a vida dele fosse ser afetada por ela. Tem tantos países para visitar e tantas demandas para serem feitas que o nosso querido ""Xandão"" está dando de ombros para essa punição. Os Estados Unidos precisam entender que eles não são mais o dono do mundo e nem tudo, aliás, quase nada, será do jeito que eles querem. Sobre ser justo ou não, para mim é indiferente. Trata-se claramente de uma manobra desesperada para tentar fazer o xandão ceder, só que está mais do que claro que ele não irá, pelo contrário, vai ter ainda mais firmeza e convicção nas suas decisões."" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"Eu acho ate engraçado o trump falar de violação aos direitos humanos, to vendo o pessoal dar risada do Moraes, mas nao estou vendo ele se importar com isso, os EUA, acham que estao acima de tudo e de todos, basta alguem ir contra ao que eles acreditam e querem que eles tevem reverter, não é a primeira vez que Alexandre de Moraes bate de frente com eles, primeiro foi com o Elon Musk e agora com o trump, quero ver como vai proceder essa historia." (G5, 25 anos, estudante, AL)
"Acho super injusto , está sendo uma perseguição"" (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Moraes não tá nem aí pra essas coisas. O presidente dos Estados Unidos não deveria nem exercer o cargo tão improvável assim ele não está nem fazendo pelo povo dele pelo contrário está complicando a vida das pessoas"" (G5, 28 anos, autônoma, MT)
"Achei injusto porém como o próprio ministro disse nada disse vai conseguir afetar a vida dele porque a vida dele de fato e aqui no Brasil! Então essa atitude não teve efeito algum." (G5, 28 anos, gerente comercial , AM)
"se a intenção dessas ações era de fato atingir ou fazer algum mal ao Alexandre de Moraes o plano não deu certo, se a vida dele toda e no Brasil porque algo feito contra ele nos Estados Unidos afetaria ? O problema do Trump é achar que tudo gira em torno somente dos Estados Unidos." (G5, 28 anos, auxiliar administrativo , AM)
A primeira questão da semana trouxe dois conteúdos de desinformação, compartilhados no grupo 1 (bolsonaristas convictos). O primeiro tratava de um vídeo em que Nikolas Ferreira se defende na bancada do Congresso, afirmando que está sendo perseguido pela oposição, enquanto vários políticos da esquerda cometem crimes e saem impunes, citando inúmeros exemplos, como a ligação de políticos da esquerda com o PCC, a contratação de maquiadores irregulares, prática de rcahadinhas e ainda defendendo a inocência de Bolsonaro. Nikolas também afirmou que Bolsonaro estava em primeiro lugar em todas as pesquisas eleitorais para a disputa presidencial de 2026.
O segundo vídeo compartilhado acusa Lula de não respeitar a Constituição Peruana e depois criticar Trump. Também afirma que Lula é controverso ao defender que Bolsonaro é criminoso a partir de uma delação premiada, sendo que no passado o presidente foi inocentado justamente ao questionar a deleção por ele sofrida. Por fim, entre outras associações forjadas a partir de cortes de declarações do presidente, acusa Lula de estar tramando não realizar as próximas eleições, uma vez que o presidente afirma em um trecho que "a família Bolsonaro nunca mais voltará ao poder".
Novamente, as questões da semana demonstraram distanciamento — ora sutil, ora mais intenso — entre os bolsonaristas moderados e os convictos. Na primeira questão, referente ao deputado Nikolas Ferreira, esse racha foi apenas parcial entre os dois grupos conservadores. Enquanto os bolsonaristas convictos o defenderam de forma unânime e veemente, alegando perseguição política e seletividade judicial, apenas uma parcela dos moderados compartilhou dessa visão. Para grande parte dos moderados, o uso de fake news por parte do deputado deveria ser investigado e punido. Postura semelhante foi observada entre os demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas), que expressaram forte repúdio às atitudes atribuídas ao parlamentar, defendendo sanções severas, inclusive a inelegibilidade.
A segunda questão da semana introduziu um tema até então não explorado em nossa pesquisa: a destinação de recursos públicos para o acolhimento de migrantes e refugiados. As opiniões variaram amplamente, refletindo diferentes graus de empatia, confiança nas instituições e orientações ideológicas. Enquanto os dois grupos de eleitores de Lula demonstraram apoio quase unânime à medida, com base em argumentos humanitários e solidários, os grupos em torno do centro — eleitores flutuantes e bolsonaristas moderados — adotaram uma posição intermediária. Reconheceram o valor da iniciativa e apoiaram a ajuda emergencial, mas expressaram preocupações quanto ao equilíbrio entre as demandas internas e externas do país, temendo que a população nacional pudesse ser preterida em relação aos refugiados. Um ponto comum entre esses grupos foi a exigência de fiscalização e a preocupação com a correta aplicação dos recursos, revelando uma desconfiança generalizada em relação à capacidade do Estado de gerir políticas públicas de forma eficiente. A principal clivagem entre os grupos se deu pela visão nacionalista e excludente dos bolsonaristas convictos, que atribuíram ao Estado a responsabilidade exclusiva de cuidar de seus próprios cidadãos, rejeitando qualquer oferta de ajuda humanitária a estrangeiros.
A última questão da semana provocou fortes reações entre os convictos, que celebraram a decisão de Donald Trump. Houve, nesse ponto, certa aproximação entre convictos e moderados, ambos nutrindo uma imagem fortemente negativa do ministro Alexandre de Moraes, associado a abusos de poder, censura e perseguição política. Para esses grupos, a sanção foi recebida não apenas como legítima, mas como um ato simbólico de justiça, capaz de reparar a suposta omissão das instituições nacionais. Ainda assim, alguns moderados demonstraram incômodo com a interferência externa em assuntos brasileiros e com o acirramento da disputa institucional. Nos grupos de eleitores de Lula, por sua vez, prevaleceu a crítica à medida, vista como incapaz de atingir o ministro, politicamente motivada e como uma ingerência externa indevida em temas de soberania nacional. Já entre os eleitores flutuantes, observou-se certa ambivalência, marcada por dúvidas e desconforto quanto à seletividade e à proporcionalidade da punição. Um ponto interessante surgiu no grupo dos lulodescontentes: embora tenham reprovado a aplicação da sanção, parte dos participantes expressou críticas ao próprio Alexandre de Moraes, afirmando que o ministro estaria concentrando excessivamente o poder e adotando uma postura exagerada à frente do Judiciário.
Manifestações pró-Bolsonaro; Prisão de Bolsonaro; Motim de Deputados Bolsonaristas
Revogação dos vistos americanos de ministros do STF; Atitudes de Eduardo Bolsonaro; Alckmin e negociações sobre taxação
Entrevista de Lula; Veto de Lula ao aumento de deputados; Medidas cautelares contra Bolsonaro
Percepção de pobres x ricos; Implanon no SUS; Taxação de Trump
Vídeo sobre Imposto; Substituto de Bolsonaro; Comunicação da Direita e Esquerda
Infraestrutura e falhas governamentais; Resgate de Juliana Marins; Anulação de Decreto (IOF)
Ataques de Israel; Atuação do governo na economia; Papel social do governo
CLT; Interrogatório de Bolsonaro; Audiências de Ministros no Congresso
Política migratória dos EUA; Câmeras corporais nas fardas; Condenação de humorista.
Imagem de Janja; Ataques a Marina Silva; Programa Mais Especialistas
Responsabilidade pela Segurança Pública; Programa SuperAção SP; Anistia a Dilma Rousseff
Número de Deputados Federais; Mídia e INSS; CPI das BETS
Fraude no INSS; Papa Francisco; Viagem de Lula à Rússia
Prisão de Collor; Terapias hormonais em adolescentes; Camisa vermelha da seleção
Bolsa Família como Inclusão Social; Minha Casa, Minha Vida para Moradores de Rua
Ampliação da Isenção para Igrejas; Código Brasileiro de Inclusão
Governadores em Ato pró-Anistia; Percepções sobre os EUA; Percepção sobre Donald Trump
Identidades políticas adversárias; Autoidentificação de grupo; Percepções sobre crimes de abuso sexual
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Passeata de Bolsonaro por anistia; Licenciamento de Eduardo Bolsonaro; Avaliação do Governo Federal.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.