O Monitor da Extrema Direita (MED) se transformou no Monitor do Debate Público (MDP). Na verdade, foi uma expansão do projeto original, que contemplava somente grupos focais contínuos de bolsonaristas convictos e moderados. Tornamos mais complexa a combinação dos critérios de seleção de participantes para produzir quatro categorias de grupos:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 – Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 – Lulistas: votaram em Lula no segundo turno e aprovam sua gestão. Os demais critérios são diversos.
Dessa maneira, o novo Monitor do Debate Público (MDP) será capaz de captar um escopo bem mais amplo da opinião pública e dos fenômenos que regem o comportamento político no Brasil de hoje.
Nossa metodologia permite que os participantes respondam aos temas colocados no tempo que lhes for mais conveniente, liberdade essa inexistente nos grupos focais tradicionais, que são presos à sincronia do roteiro de temas e questões colocados pelo mediador. O instrumento de pesquisa, assim, se acomoda às circunstâncias e comodidades da vida de cada um, reduzindo a artificialidade do processo de coleta de dados e, portanto, produzindo resultados mais próximos das interações reais que os participantes têm na sua vida cotidiana.
É importante salientar que os resultados apresentados são provenientes de metodologia qualitativa, que tem por objetivo avaliar posicionamentos e opiniões. Mesmo quando quantificados, tais resultados não podem ser tomados como dados estatísticos provenientes de amostragem aleatória, ou seja, as totalizações dos posicionamentos de grupos específicos não devem ser entendidas como dotadas de validade estatística mas como dado indicial.
O sigilo dos dados pessoais dos participantes é total e garantido, assim como sua anuência com a divulgação dos resultados da pesquisa.
Entre os dias 17 a 23/3 , cinco grupos foram monitorados a partir de suas opiniões sobre questões candentes do debate público. Compõem esses grupos 50 participantes. Todos os grupos foram montados de modo a combinar variáveis como sexo, idade, etnia, renda, escolaridade, região de moradia e religião em proporções similares às da população brasileira.
Cada grupo possui características únicas. São elas:
G1 – Bolsonaristas Convictos: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, aprovam as invasões de 08/01, acreditam que o ex-presidente é perseguido pelas instituições e não assistem à Rede Globo.
G2 - Bolsonaristas Moderados: votaram em Bolsonaro no segundo turno, desaprovam o atual governo, desaprovam as invasões de 08/01, não há consenso sobre o ex-presidente ser perseguido pelas instituições e não rejeitam a Rede Globo.
G3 – Preferências Flutuantes: votaram Branco/Nulo no segundo turno, mas em outros candidatos no primeiro turno. Os demais critérios são diversos.
G4 – Lulodescontentes: votaram em Lula no segundo turno, mas reprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
G5 - Lulistas - votaram em Lula no segundo turno e aprovam a atual gestão. Os demais critérios são diversos.
Evangélicos - Compusemos também um "grupo virtual" formado pela agregação das falas dos participantes evangélicos, a fim de capturar tendências específicas da opinião desse contingente demográfico.
Ao longo do período, três temas foram abordados: i) passeata de Bolsonaro por anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro; ii) licenciatura de cargo e mudança de Eduardo Bolsonaro para os EUA; iii) pesquisa de avaliação do governo federal.
Ao todo, foram analisadas 162 interações, que totalizaram 8.615 palavras.
Bolsonaristas Convictos | Bolsonaristas Moderados | Eleitores Flutuantes | Lulodescontentes | Lulistas | Evangélicos | |
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Manifestação pró-anistia | Os participantes apoiaram a manifestação e defenderam o pedido de anistia, considerando as condenações injustas. | Alguns defenderam a anistia por considerarem as punições desproporcionais, enquanto outros acreditaram que os condenados deveriam ser responsabilizados. | O grupo foi majoritariamente contrário à anistia, argumentando que os envolvidos cometeram crimes graves e deveriam ser punidos. | Os participantes avaliaram que os atos de 8 de janeiro foram crimes contra a democracia e, portanto, os envolvidos não deveriam ser anistiados. | Unanimemente o grupo rejeitou a anistia por considerá-la inconstitucional e perigosa para a justiça, defendendo o respeito irrestrito à democracia. | Os participantes elaboraram suas respostas de acordo com seus grupos originais de participação. |
Mudança de Eduardo Bolsonaro | A decisão foi vista como legítima e necessária para Eduardo se proteger de uma perseguição política. Muitos o enxergaram como um herói resistindo a um regime autoritário. | A maioria compreendeu a decisão como um ato de autopreservação diante de um cenário político inseguro, embora alguns tenham expressado dúvidas sobre suas motivações e objetivos reais. | O grupo criticou a decisão, com a percepção de que Eduardo estaria tentando proteger o pai e manipular o discurso político. Muitos consideraram a atitude uma fuga e um desrespeito às instituições brasileiras. | A decisão foi amplamente rejeitada, avaliada como covarde e antidemocrática, sendo vista como uma tentativa de evitar responsabilização e de deslegitimar o sistema de justiça nacional. | O grupo avaliou a atitude como uma estratégia para escapar das investigações, criticando também o apelo a autoridades estrangeiras, visto como desrespeito à soberania do país. | As respostas dos participantes estavam alinhadas com seus grupos originais. |
Avaliação do Governo | A desaprovação do governo foi atribuída ao aumento do custo de vida e perda do poder de compra, além da desconfiança na legitimidade do presidente eleito. | A principal causa citada foi a frustração com promessas de campanha não cumpridas e o impacto direto das decisões econômicas na vida das famílias, com destaque para inflação e juros altos. | O grupo enfatizou o aumento do custo de vida como causa da insatisfação, reforçada por uma percepção de distanciamento do governo em relação às necessidades reais da população. | Houve crítica à gestão econômica e à falta de respostas concretas do governo, com alguns participantes arrependidos de seus votos e outros apontando falhas na comunicação política e perda de credibilidade. | A queda de popularidade foi atribuída à inflação dos alimentos e à frustração com promessas não cumpridas, mas com destaque também para o papel da má comunicação do governo e da polarização política. | Os participantes reponderam a questão de acordo com seus grupos de pertencimento. |
As opiniões dos grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e bolsonaristas moderados) refletiram uma visão majoritariamente favorável à manifestação e à concessão de anistia para os condenados pelos eventos do dia 8 de janeiro. Havia um forte sentimento de injustiça nas punições aplicadas, pela suposta desproporcionalidade das penas, com comparações ao tratamento dado a outros crimes no país. A crítica ao sistema judiciário e a percepção de perseguição política foram temas recorrentes nas respostas, reforçando a ideia de que a manifestação teria sido um ato legítimo de reivindicação. Alguns retomaram as narrativas de que "os verdadeiros vândalos" eram pessoas infiltradas da esquerda e permaneciam soltos.
Em relação à estimativa do público presente no evento, os relatos apontavam uma rejeição às menores projeções feitas por institutos de pesquisa e uma adesão à estimativa de 400 mil participantes. As justificativas para essa posição baseavam-se na observação de imagens e vídeos nas redes sociais dos líderes participantes, assim como na percepção de que a mídia estaria manipulando os números.
"Eu penso que no nosso país não vivemos mais em uma democracia, o Ministro Alexandre de Moraes rasgou a constituição e está agindo em favor da extrema esquerda que se apoderou do poder e quer se vingar de qualquer um que não concorda com os desmandos dele. As pessoas que foram presas no 08/01 não queriam dar golpe pois estavam desarmados e sem apoio do exército, eram pessoas na maioria donas de casa, trabalhadores e aposentados, que estavam revoltados com o golpe das urnas que foi o verdadeiro golpe que sofremos. E ontem na praia de Copacabana havia mais de 400 mil pessoas, era nítido que o número manipulado pela grande imprensa de TV aberta. Mas a revista Veja falou a verdade que o número era bem maior do que alguns políticos de esquerda estavam postando fotos desde cedo dizendo que a manifestação ""flopou"". A anistia tem que ser feita porque quem foi preso não depredaram nada, foram enganados e levados de ônibus para serem presos, quem realmente quebrou estão todos soltos e protegidos pelo sistema!"" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
Alguns poucos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) e os demais participantes dos grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) argumentaram que as ações cometidas foram criminosas e que os responsáveis deveriam ser punidos conforme a lei, sem exceções, colocando-se de lado oposto à concessão da anistia aos envolvidos. Alguns enfatizaram a gravidade dos acontecimentos, classificando-os como um atentado contra a democracia. Além disso, houve quem apontasse que a defesa da anistia poderia ter motivações políticas, sugerindo que o ex-presidente estaria buscando benefícios próprios com essa pauta.
Em relação à quantidade de pessoas presentes no evento, a maioria considerou as estimativas mais baixas como as mais próximas da realidade, especialmente o número de 18,3 mil divulgado por pesquisadores da USP. Alguns mencionaram ainda que o evento teve pouca repercussão e engajamento espontâneo, sugerindo que o apoio ao ex-presidente teria diminuído.
"Sim, eu fiquei sabendo, acredito que devam ter comparecido nesta manifestação umas 18 mil pessoas. Eu não concordo com esse pedido de anistia, já que essas pessoas estavam participando e devem ser responsabilizadas." (G2, 43 anos, professora , SP)
"Eu ouvi falar sobre a manifestação apenas depois de ter acontecido. Acho errada a proposta de anistia, essas pessoas cometeram crimes, preecisam pagar por isso! Se elas forem liberadas como se nada tivesse acontecido, isso abre precedentes para outros fazerem a mesma coisa sem temer consequências! O Bolsonaro só defende porque foi do lado dele, se fossem petistas cometendo atos ilícitos, os bolsonaristas estariam dizendo que todo petista é criminoso... Enfim, dúvido que tenham comparecido 400 mil pessoas, acredito mais em 18mil mesmo" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Não ouvi ou assisti sobre essa manifestação. Mas todos que estava ali cometeram crime contra a democracia e a história do nosso país. Fizeram questão de quebrar as coisas. Manifestar todos tem o direito de defender o que quiser, mas destruir patrimônio público ou privado já partiu para o crime. Não cabe anistia, isso é pra quem sofreu perseguição injusta ou coisa semelhante, pois estava defendendo o certo. Esses só fizeram baderna, tem que pagar por seus atos. Espero que apenas 18mil tenham estado presente, pois pra mim já é um número absurdo de gente defendendo isso. Esse ato não tem defesa, tem que ter punição, pra não piorar a bagunça da impunidade que a gente vive."" (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Tive conhecimento do acontecido pela mídia (TV e internet). Sou contra a anistia aos envolvidos nos atos de 8/1, pois além de terem sido atos de atentado violento contra a democracia, foram atos criminosos. Todo ato que cause danos ao patrimônio público precisa e deve ser punido. Todos que se envolvidos em qualquer ato de ataque à democracia precisam e devem ser punidos, independente de serem cidadãos comuns (sem vida político-partidária) ou pessoas publicamente expostas e com vida político-partidária. Quanto ao total de pessoas no ato, acho que os cálculos da USP estão muito mais próximos de uma totalização verdadeira (embora acho que esteja um pouco exagerada)." (G4, 44 anos, funcionário público estadual, PR)
Unanimemente os participantes do grupo 1 (bolsonaristas convictos) e a maioria dos participantes do grupo 2 (bolsonaristas moderados) demonstrou apoio à decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar do mandato e permanecer nos Estados Unidos, interpretando sua atitude como um ato de resistência diante do que consideravam uma perseguição política. Predominou o sentimento comum de que os opositores do governo estariam sendo injustamente tratados, e que as autoridades judiciais estariam agindo de modo autoritário, o que foi visto como uma ameaça à liberdade política da direita.
Houve uma idealização da figura de Eduardo Bolsonaro, chamado de herói, por ser alguém que estaria abrindo mão de seus privilégios em nome de uma causa coletiva, especialmente a defesa daqueles que se identificam com o espectro político da direita.
Alguns projetaram expectativas na suposta ajuda e interteferência de Trump.
"Eu concordo plenamente porque no estado ditatorial que estamos vivendo no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes se tornou um ditador, perseguidor da direita, ele acata o pedido de qualquer político de extrema esquerda pra prender os adversários políticos, não dá pra confiar mais na justiça brasileira, o Eduardo Bolsonaro está certíssimo em não voltar mais ao Brasil do jeito que está, achei um ato heróico ele ficar e lutar contra essa tirania que estamos vivendo, Alexandre de Moraes é um psicopata, se estivéssemos em um país sério ele já estaria atrás das grades, pisou, cuspiu e rasgou a constituição a muito tempo. De que adianta ele vir pro Brasil correndo o risco de ter o passaporte confiscado e ainda ser preso, ele tomou uma decisão acertada."" (G1, 55 anos, gerente de serviços elétricos , RJ)
"Acredito que Eduardo Bolsonaro tomou um decisão bem acertada. O Brasil hoje se tornou um país liderado por ditadores e perseguidores da direita. Tudo que a esquerda faz é aceitável e a direita nada pode fazer contra essa tirania. Tomara que Eduardo possa fazer algo junto ao presidente Trump para mudar essa realidade que estamos vivendo." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Eu acho que foi uma decisão acertada, pois a esquerda persegue todos da direita, e do bem. O Alexandre de Moraes não irá sossegar enquanto não prender Jair Bolsonaro, e inclusive o próprio Eduardo Bolsonaro. E a única alternativa que pode ser feita, ir para os Estados Unidos, e pedir ao Trump ajuda, para soltar pessoas presas injustamente. Eu acredito nessa ajuda! Precisamos nos libertar dessa esquerda comunista o mais rápido possível." (G1, 64 anos, empresário, PR)
"Não é questão de concordar ou não. Alguém deve ter dito a ele q se ele voltar para o Brasil seria preso. O próprio PGT Paulo Gunet estava esperando a volta dele para responder sobre a apreensão de seu passaporte. Concordo pelo fato da auto preservação." (G2, 43 anos, administradora, GO)
"Não concordo nem discordo,mais ele sabe o que aguarda ele,caso ele volte,se ele não quer voltar, é porque ele sabe que algo de errado fez." (G2, 26 anos, vendedora , AL)
As percepções predominantes nos demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) foram marcadamente críticas em relação à decisão de Eduardo Bolsonaro, com uma forte ênfase na ideia de covardia, fuga e desrespeito às instituições brasileiras. Muitos argumentaram que sua saída do Brasil e a busca por anistia seriam pretextos para proteger interesses pessoais e familiares, principalmente relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A maioria das respostas apontou que o deputado estaria agindo por medo de investigações futuras ou de possíveis implicações legais, mesmo que ainda não houvesse processos formais contra ele.
A iniciativa de buscar apoio internacional, especialmente junto a Donald Trump, foi amplamente reprovada, sendo vista como uma afronta à soberania nacional e às competências dos poderes constituídos no Brasil.
"No mínimo descabida para não dizer outra coisa.Primeiro que o senhor Trump tem que se meter no país dele e não nos outros. E se Bolsonaro e sua família estão movendo céus e terras por essas anistia e porque devem" (G3, 37 anos, assistente administrativa , MG)
"Acho absurda essa atitude do Eduardo Bolsonaro, o Trump tem mil outras coisas para se preocupar do que com isso. Agora, se ele de fato conseguir a anistia dos envolvidos através disso, é porque tem muito mais coisa envolvida nessa história do que a gente imagina. Eu tenho certeza que ele está fazendo tudo isso pra livrar a cara do pai" (G3, 37 anos, médica veterinária , PR)
"Ele está com medo de ser preso, por isso fugiu sabe que cometeu crime contra a democracia. O bolsonarismo é tão corvade, e falso , que nolsonaristas depredaram o prédio do palácio, e ainda culpam que foram petistas. Se foram a esquerda, porque estão pedindo anistia ? Sem condições isso, falta inteligência em algumas pessoas." (G4, 25 anos, babá, RS)
"Ele é um covarde igual ao pai dele,os Estados Unidos não tem que se meter com as coisas aqui no nosso país não. Cada um que cuide do seu país."" (G4, 49 anos, artesã , CE)
"Não concordo, é um total desrespeito ao Brasil e STF, só mostra a corvardia desse homem, pq tanto medo? Se o pai diz que é inocente, não sei como ainda existe pessoas que apoiam Bolsonaro e seus aliados, uma verdadeira vergonha." (G4, 27 anos, autônoma, PA)
"Acho que essa decisão só mostra algo que todos que acompanhamos política nos últimos anos já sabemos. Todos os Bolsonaros são covardes e tem medo de encarar qualquer consequência dos seus atos. Enquanto a Dilma, de forma totalmente injustiça, foi julgada e condenada sem abaixar a cabeça por nem um segundo, esses "machões" ficam encontrando recursos, seja dentro, seja fora da lei para não serem julgados. E ainda tentam utilizar algo que já não cabe mais em um país com a democracia consolidada como o Brasil, que é a intervanção de um país externo em assuntos que não lhe dizem respeito." (G5, 33 anos, tradutor, SP)
"o nome disso é covardia. sentiu medo e fugiu. agora não tem processo ou decisão, mas ele sabe que logo em breve terá e por isso está se adiantando. bolsonaristas são “grandes” quando é contra o povo, para tirar do povo, quando tem um maior que eles, eles fogem, todos covardes. Tenho certeza que a justiça (vulgo Alexandre de Moraes) não vai deixar fácil assim, quando surgir um processo, espero que vão atras dele." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
Todos os grupos mencionaram o aumento dos preços — especialmente de alimentos — como principal motivo da insatisfação com o governo. A maioria dos participantes apontou o aumento contínuo do custo de vida, especialmente em itens essenciais, como uma evidência de ineficiência administrativa e como razões para a queda de popularidade. Além disso, as manifestações trouxeram indícios de que o descontentamento não estava restrito à população em geral, mas também seria perceptível nas dinâmicas do mercado e nas adaptações feitas pelas empresas frente à crise de consumo. A ideia de que a realidade econômica desmente o discurso governamental apareceu com força, acompanhada de uma crítica ao distanciamento da presidência em relação às dificuldades do cotidiano.
A frustração com expectativas eleitorais não atendidas foi também recorrente em todos os grupos. A percepção de que as promessas de campanha não foram cumpridas e de que medidas efetivas não estão sendo tomadas para conter a inflação foi recorrente. Em paralelo, algumas falas do grupo 4 (lulodescontentes) evidenciaram um sentimento de arrependimento eleitoral.
"Com certeza a popularidade do presidente está em queda. Com tudo que temos visto o governo fazer isso é normal. Vamos ao supermercado e vemos o preço dos alimentos em alta. Não só dos alimentos como todos os preços em geral estão em alta. E um presidente que só pensa em gastar. A única solução pro nosso país seria mudar o presidente sem dúvidas." (G1, 38 anos, assistente administrativo , AM)
"Sim, fiquei sabendo da queda do Lula, e o povo brasileiro acordou, finalmente! O desgoverno desse senhor está afundando o Brasil, tudo aumentou carne, ovos, café, e geral nos alimentos. Combustível, remédios, tudo subindo com a inflamação. A cada besteira que esse senhor fala, dólar sobe cada vez mais, e nós brasileiros estamos a mercê do PT, comunismo. O que eles querem, é encher os bolsos, corrupção, taxas altas, impostos abusivos. A população que se lasque!"" (G1, 64 anos, empresário, PR)"
"Com certeza a popularidade dele caiu e eu acho que essas pesquisas ,ainda não estão com os números reais,por que tenho certeza que caiu muito mais que isso. O motivo tá aí para todos verem a inflamação que subiu muito, preços lá em cima e o esbanjamento do dinheiro público."" (G2, 54 anos, aposentado, PB)
"Não fiquei sabendo dos dados, pois não tenho visto a imprensa noticiar tais dados. Porém, é um tanto óbvio que a desaprovação aumentou, o custo de vida só sabe crescer e não vemos uma atitude eficaz da presidência em questão. Por conta disso, a popularidade cai e a população fica em desanimo com a atual presidência." (G3, 25 anos, contador, RJ)
"Não vi notícias sobre. Mas tenho percebido que a popularidade dele diminuiu sim. Muitas promessas sobre o custo de vida do brasileiro melhorar está indo exatamente na direção oposta. A inflação só sobe, e a maioria da população acaba esmagada economicamente." (G3, 45 anos, turismóloga , RJ)
"Não vi sobre isso, mas acredito sim que tenha caído, principalmente porque o preço dos produtos subiram, a inflação está alta e salário não dá conta, o café está quase o preço de uma picanha." (G4, 25 anos, babá, RS)
"NAO VI ESTA NOTICIA MAS JA ERA DE SE ESPERAR PELA QUEDA ACENTUADA DO PRESIDENTE LULA,NAO ESTA CUMPRIDO COM NADA DO QUE PROMETEU NA CAMPANHA ELEITORAL,O BRASIL TA AFUNDANDO E PIOR QUE O EX PRESIDENTE BOLSONARO." (G4, 51 anos, professora , RS)
"Vi sim. E acredito que seja pelo aumento de valores de alguns alimentos." (G5, 27 anos, enfermeira, PE)
"Estou acompanhando e vejo que parte dessa desaprovação vem da inflação dos alimentos e não tem como não afetar a popularidade." (G5, 25 anos, estudante, AL)
Entre os participantes do grupo 5 (lulistas) algumas falas reconheceram que, embora o governo tenha obtido avanços econômicos em termos macro, esses resultados não se refletiram de forma perceptível no cotidiano da população, o que reforçou o sentimento de frustração. Os participantes apontaram que, apesar de reconhecerem algumas realizações positivas da atual gestão — como crescimento do PIB ou saídas de indicadores negativos — essas ações não foram devidamente divulgadas ou explicadas à população, apontando a dificuldade do governo em se comunicar com clareza e eficácia. A crítica então recaiu sobre a incapacidade do governo em traduzir seus feitos em uma narrativa acessível e convincente, principalmente frente à força das redes sociais e da desinformação, onde adversários políticos têm sido mais eficazes em moldar o imaginário popular.
"sigo muitas páginas de notícias confiáveis, acompanho o noticiário e não vi nenhuma divulgação se quer sobre isso. em meio a tantas fake news se alastrando, não me parece difícil o nível de aprovação do governo ter caído. lógico que pessoas conscientes na grande maioria das vezes e com razão, não aprovam alguns feitos do governo e estão certos, pq o cargo de presidente não é de uma popstar, temos que cobrar, por mais que nos agrade. o que quero dizer é que, há pessoas que nao estão se agradando por motivos especificos e pq estão cobrando do governo, mas uma parte dessa desaprovação vem de fanaticos bolsonaristas." (G5, 21 anos, auxiliar administrativa, RO)
"Infelizmente a popularidade caiu mesmo. A comunicação do Governo é muitoooooo ruim e a população, que vive a base do Zap-Zap, não consegue reconhecer os avanços que o país teve nos últimos três anos. Aí, chega no mercado e não tem poder de compra, é natural que irá culpar diretamente o Governo Federal" (G5, 33 anos, tradutor, SP)
""Eu vi essa pesquisa e não fiquei impressionada com o aumento da desaprovação do governo do Lula.
Eu acho que a popularidade dele caiu, e isso pode estar ligado a várias questões, como a situação econômica e algumas promessas que ainda não foram cumpridas. A imprensa está sempre em cima disso, o que pode influenciar a percepção das pessoas. É complicado, né? A política está cheia de altos e baixos, e parece que agora lula está em um momento mais desafiador e sua equipe de comunicaçãõ deixa a desejar, mesmo quando ele faz coisas boas, eles não noticiam de modo legal." (G5, 26 anos, fisioterapeuta , PE)
"Não acredito que a popularidade dele caiu. Acredito que pelo fato dele não estar conseguindo diminuir os custos gerais para sobrevivência da população. A população sendo assim entendeu que ele não cumpriu e não está cumprindo tudo que prometeu na sua candidatura. Por isso tanta desaprovação."" (G5, 37 anos, restauradora, SP)
Retornamos com os grupos após uma pausa de quase 3 meses. Realizamos também a substituição de alguns participantes, para oxigenar o debate. Mesmo com essas mudanças e com o tempo decorrido, deparamo-nos com as narrativas e posicionamentos muito semelhantes aos encontrados no ano anterior.
A análise da primeira questão mostra uma divisão das opiniões ao longo da linha que separa bolsonaristas do resto. Os convictos e moderados continuam a defender que o vandalismo foi cometido por infiltrados, que as penas aplicadas são injustas e persecutórias. Questionam as decisões judiciais, numa clara tentativa de redefinir os eventos daquele dia, minimizando sua gravidade e reordenando os fatos. Em contrapartida, os demais grupos (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) novamente defenderam a democracia, posicionando-se a favor da responsabilização dos mesmos, sem exceções, incluindo Bolsonaro e demais articuladores do possível golpe tramado. Para esses, o baixo índice de comparecimento de apoiadores nas manifestações recentes em favor de Bolsonaro foi visto como uma evidência de que o ex-presidente estaria perdendo força, interpretação que não foi expressa nos grupos que apoiam o ex-presidente.
A mudança de Eduardo Bolsonaro dividiu as opiniões de forma similar. Enquanto os grupos 1 e 2 (bolsonaristas convictos e moderados) valorizaram a atitude como um ato de legítima defesa frente ao que entendem como uma perseguição política e judicial, os grupos 3, 4 e 5 (eleitores flutuantes, lulodescontentes e lulistas) interpretaram o mesmo ato como uma tentativa de fuga e deslegitimação das instituições democráticas.
A última questão da semana revelou um padrão quase consensual de respostas nos cinco grupos, de predominante insatisfação com o governo federal, fortemente relacionado ao agravamento das condições econômicas, como a inflação e o aumento do custo de vida. A percepção de que promessas eleitorais não foram cumpridas permeou muitas falas, reforçando a sensação de frustração popular. Claramente os eleitores contrários a Lula – bolsonaristas convictos, moderados e os eleitores flutuantes – foram mais severos em suas avaliações, apontando a ineficiência do presidente para governar o país como principal causa dos problemas na economia. Já os eleitores de Lula foram mais analíticos em suas respostas, avaliando outros fatores como corresponsáveis pelos problemas da economia. Além disso, nesses grupos apareceu o argumento de que há graves falhas na comunicação do governo, que não consegue validar seus feitos perante a opinião pública.
Aumento da Faixa de Isenção do IR.; Condenação de Carla Zambelli.; Bolsonaro Réu por Ataques à Democracia.
Prisão de Braga Netto;Aprovação do do pacote de cortes de gastos;Concessão de benefícios extras
Tarcísio de Freitas e o uso de câmeras;Regulamentação de IA;Declarações de Moro e a Cassação de Caiado.
Isenção do IR; PEC dos Gastos Públicos; Divergências entre Mercado e Governo.
Tentativa de Golpe: informações gerais; Indiciamento de Jair Bolsonaro; Pedido de Anistia
Especial G20: Falas de Janja; Percepeções gerais; Avaliação de pautas
Símbolos religiosos em órgãos públicos; PEC para fim da escala de trabalho 6x1; Atentado em Brasília.
Retirada de livros com conteúdo homofóbico.; Vitória de Trump.; Programa Pé de Meia.
Fragmentação da Direita; Anulação de condenações da Lava-Jato; Reunião de Lula com governadores
Participação do Brasil no BRICS; Mudanças de candidato no 2T; Caso Gustavo Gayer
Privatização de estatais; Fake News nas eleições; Eleição de policiais e militares
CPI das apostas online; Aumento da pena para crimes contra a mulher
Decisão do voto: Direita x Esquerda; Voto no PT; Campanha 2024 e expectativas; Avaliação dos Resultados
Descriminalização das Drogas; Ens. Religioso; Escola cívico-militar; Aborto; Prisão de mulheres que abortam
Violência entre Datena e Marçal; Regras do debate eleitoral; Definição do voto
Manifestação convocada por Bolsonaro; Atuação de Marina Silva; Prisão de Deolane
Suspensão do X (antigo Twitter); Queimadas florestais; Acusações sofridas por Silvio Almeida
Semana Temática: Bolsa Família; Auxílio Brasil; Privatização das Estatais
Pablo Marçal; Folha contra Moraes; Suspensão das Emendas
Temático: Casamento Homoafetivo; Adoção por casal Gay; Cotas Raciais
ESPECIAL ELEIÇÕES MUNICIPAIS: Interesse pelo Pleito; Gestor Ideal; Apoios de Lula e Bolsonaro
Temático Segurança: Porte de Armas; Pena de Morte; Redução da Maioridade Penal
Desistência de Joe Biden; Declarações de Maduro; Declarações de Tebet
Atentado contra Trump; Cotas na Política; Fala de Lula
Espectro ideológico; Avaliação do Governo Lula; Isenção de Multa para Irmãos Batista
Saúde de Pessoas Trans; Lula e o Câmbio; Indiciamento de Bolsonaro
Aumento para os Procuradores de SP; Descriminalização da Maconha no país; Golpe na Bolívia
Lula no G7; Críticas de Lula ao BC; PL dos Jogos de Azar
Eleições nos EUA; Arthur Lira e o Conselho de Ética; PL 1904
Parada LGBT+; Terceirização da Escola Pública ; Escolas Cívico-Militares
Acusações contra Zambelli; PEC das Praias; Veto à criminalização das Fake News
Benefício Emergencial no RS; Absolvição de Moro; Imposto sobre Importações
Fake news da tragédia; Fala de Eduardo Leite; Fuga de condenados bolsonaristas
SEMANA PETROBRÁS - Privatização, Desenvolvimento e Meio Ambiente
Saídas Temporárias, Condenações de 8/1, Atuação de Presidentes em Calamidades Públicas
Manifestação pró-Bolsonaro em Copa, Novos programas para pequenos empresários e empreendedores; Elon Musk e Alexandre de Moraes
Caso Marielle; Comissão de mortos e desaparecidos; Percepções sobre a ditadura
Taxação dos super ricos; Fraude na carteira de vacinção; Áudios de Cid
Segurança Pública em SP; Nikolas na Comissão de Educação; 60 anos da Ditadura
#Diário Gal Heleno #Economia #Pautas para Mulheres
Manifestação pró-Bolsonaro; Isenção tributária a entidades religiosas; iii) Mudanças nos mandatos
Guerra do Iraque; Vacinação da Dengue; Vídeo de Bolsonaro
#Investigações do Golpe #Fuga dos Detentos de Mossoró
#Aproximação entre Lula e Tarcísio de Freitas #Avaliação de Bolsonaro #Avaliação de Lula
Abin e Alexandre Ramagem; Carlos Bolsonaro e espionagem; Erros no ENEM
Percepções sobre a vida atual, Eleições municipais, Programa
Janones, Declarações de Lula sobre Dino, Indulto de Natal
Falas de Michele, Auxílio a Caminhoneiros e Taxistas, Apoios de Criminosos
#Dados do desemprego no Brasil #Colapso ambiental em Maceió #Disputa entre Venezuela e Guiana
Fim das Decisões Monocráticas, Morte de Clériston Pereira, Dino no STF
#Pronunciamento de Janja #Redução dos custos das Passagens Aéreas #Redução dos custos dos Combustíveis
Militares na Política, Privatizações, Dama do Tráfico no Planalto
#Déficit Zero na Economia #Gabinete do Ódio #Redação do ENEM
Desvio de Armas, Jair Renan na Política, 2a. Condenação de Bolsonaro
Veto dos EUA, Milei, Violência no Rio de Janeiro
GUERRA: Crianças, Resgate de Brasileiros, Conselho de Segurança
Violência no RJ, Fake News da Vacina, Oriente Médio
Inclusão de Pessoas Trans, Grampos de Moro, Conselho Tutelar
Golpismo renitente, Canais de informação bolsonaristas, Gal. Heleno
Rede Globo, Jair Renan, Casamento Civil Homoafetivo
Desfile da Independência, Operação Lava Jato, Desastre no RS
O silêncio de Jair e Michele, Hábitos de Consumo de Informação, Voto Secreto no STF
Zanin, Faustão e a Taxação das Grandes Fortunas
Relatório #19 MED
ESPECIAL: O CASO DAS JOIAS
Tarcísio, Zema, Avaliação 7 meses do Governo Lula
Bolsa família, Laicidade do Estado e MST
Taxação de fundos exclusivos, Marielle e Porte de Arma
Escolas Cívico-Militares, Ataque a Moraes e Desenrola
Tarcísio vs. Bolsonaro, Lula no Mercosul e Aprovação de Lula
Condenação, Plano Safra e Inércia Bolsonarista
Julgamento, PIX e Condenação de Bolsonaro
Julgamento, Cid e políticas sociais
Valores: Marcha, Parada e Aborto
Temas: Zanin / substituto de Bolsonaro
Meio Ambiente
Monitor da Extrema Direita
Os temas da semana são: (1) Investigações sobre os depósitos an
As técnicas tradicionalmente utilizadas para investigar a opinião pública são os surveys e os grupos focais. Ambas são muito úteis, mas têm com limitações da ordem prática e orçamentária, particularmente se deseja realizar um monitoramento contínuo.
O Monitor do Debate Público (MDP) é baseado em uma metodologia inovadora para monitorar de modo dinâmico a opinião pública e suas clivagens no que toca temas, preferências, valores, recepção de notícias etc.
O MDP é realizado por meio de grupos focais de operação contínua no WhatsApp, com participantes selecionados e um moderador profissional.
Assim como na metodologia tradicional de grupos focais, os grupos contínuos no WhatsApp do MDP permitem que o moderador estimule o aprofundamento de temas sensíveis e difíceis de serem explorados por meio de pesquisas quantitativas ou mesmo pela aplicação de questionários estruturados.
O caráter assíncrono dos grupos do MDP, possibilitado pela dinâmica da comunicação no WhatsApp, permite respostas mais refletidas por parte dos participantes, o que é adequado para eleitoral, dado que o voto é também uma decisão que demanda reflexão.
Por sua natureza temporal contínua, grupos focais do MDP são propícios para criar situações deliberativas, nas quais as pessoas se sentem compelidas a elaborar suas razões a partir das razões dadas por outros participantes do grupo.
O telefone celular é hoje o meio mais democrático e acessível de comunicação. Assim, a participação nos grupos do MDP não requer o uso de computador ou mesmo que os participantes interrompam suas atividades para interagirem entre si.
Doutora em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Coordenou o IESP nas Eleições, plataforma multimídia de acompanhamento das eleições 2018. Foi consultora da UNESCO, coordenadora da área qualitativa em instituto de pesquisa de opinião e big data, atuando em diversas campanhas eleitorais e pesquisas de mercado. Realiza consultoria para desenho de pesquisa qualitativa, moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade. Escreve no blog Legis-Ativo do Estadão.
Mestre em Filosofia Política pela UNICAMP e mestre e doutor em Ciência Política pela City University of New York, Graduate Center. Foi professor do antigo IUPERJ de 2003 a 2010. É, desde 2010, professor de Ciência Política do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Coordenador do LEMEP, do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA) e do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Cientista Social e mestre em Sociologia pela UFPR, com experiência em relações de consumo e estratégias de comunicação. Possui formação em UX Research e cursos de gestão e monitoramento de redes sociais e estratégias eleitorais, mídias digitais e gerenciamento de redes. Possui experiência em pesquisas de mercado e campanhas políticas. Realiza moderações e análises de grupos focais e entrevistas em profundidade.
Mestre em Ciência Política pelo IESP-UERJ. Tem experiência em planejamento e desenvolvimento de sistemas computacionais de pequeno e médio porte, manutenção de servidores web e possui especialização em modelagem e implementação de bancos de dados relacionais.